Heptacampeões de Andebol |
Nunca fui alguém muito dado a balanços. Não os faço porque acho que o Futuro e o Presente são sempre melhores do que o Passado. As imagens que acompanham o post são a ilustração daquilo que melhor se viu no FC Porto deste ano. No fundo, deveriam servir de inspiração para todas as outras áreas do FC Porto!
Assim sendo, em vez de fazer o balanço de 2015, vou deixar os meus desejos para 2016.
Consistência - Mais do que o treinador A ou B para substituir Lopetegui, importa ver o que falta para conseguirmos o que queremos com o que temos. A palavra "consistência" parece-me consensual. Consistência de exibições, de intervenientes, para formar ligações, entendimentos e afinações que têm de ser repetidas, experimentadas, trabalhadas. Temos qualidade e mérito, só nos falta não andar numa constante montanha russa.
Intervenção - Ver a figura que sempre corporizou o FC Porto em toda a sua essência - pelo menos, para mim - calada e resignada, consensual e reflexiva, causa comichão. Não sou só eu que me sinto confuso com os silêncios de quem dirige o FC Porto. Este anacronismo démodé de quem, claramente, subestima a influência dos media e das plataformas sociais, tem de terminar. Pinto da Costa não pode falar só quando está por cima, não pode continuar a chamar a si as vitórias e a escudar-se, na sombra, nas derrotas. Tem que saber proteger os seus, desde treinador a adeptos, tem de saber passar uma mensagem de confiança aos adeptos e a perspectiva do Clube aos seus associados. Tem à disposição canais para isso! Mais importante do que tudo, tem de saber entender que, por muito que lhe devamos - e devemos - a recepção no Coração do Dragão de figuras abjectas que tudo fizeram (alguns ainda fazem) para denegrir A Nossa Casa, soa a traição, e não há nada pior do que isso. Ter uma Presidência em que se despediria do Clube negando tudo o que ele próprio fez representar durante mais de três décadas, seria catastrófico! A rever, já!
Campeões de Sub-19 |
Raça e Entrega - O FC Porto sempre foi assente em jogadores que suavam a sua camisola e deixavam tudo no campo. Tivemos Madjer, Deco, Lucho, Jardel, Hulk, Falcao, James, Domingos, Gomes, Baía, craques que são inspirações eternas, mas também tivemos (e temos!) André, Fernando Couto, Pedro Emanuel, Aloísio, Frasco e, por exemplo, os eternos Capitães Jorge "Bicho" Costa e João Pinto, que sempre significaram entrega até ao último suspiro e um cerrar de dentes que via no oponente o inimigo a abater! Não pode haver este rame-rame, esta falta de paixão, este "deixa andar" que se vê muitas vezes, em muitos jogos! Honrar o Brasão Abençoado é entregar-se de corpo e Alma ao jogo. E sim, os adeptos têm toda a razão de o exigir, a todas as horas! Chega de displicência e erros de desatenção! Quem não se entregar em sangue, suor e lágrimas, não merece a camisola que veste!
Temos dois objectivos claros e necessários, a Taça de Portugal e o Campeonato Nacional. E conseguir a primeira não salva não conseguir o segundo! Sempre foram e serão os objectivos principais de cada adepto, e não tenham dúvidas, senhores dirigentes, os mesmos adeptos não querem no seu plantel quem não ponha estes objectivos à frente de todos os outros, nem que se chamem Ronaldo, Neymar ou Messi! Tudo o resto é acessório! Chega de vender a Champions como prioridade! Não é! Prioridade é ser o melhor e mais titulado Clube de Portugal! Deixar de dirigir o Clube como uma empresa é imperativo. Ninguém quer ser sócio de uma firma de Import/Export!
Unamo-nos todos na obtenção destes objectivos e na exigência destas características. Não sou contra assobios. Sou-o, durante o jogo. Mas está na hora de chamar à responsabilidade quem tem o poder de fazer alterações e de trazer de novo o Jogo à Porto ao FC Porto!
Um excelente 2016 para todos os leitores do Porto Universal!
Octacampeãs de Natação |