Absolutamente fenomenal. Ninguém - ou quase, vá, vi pessoas no Twitter a prever isto - esperava este onze. Ninguém esperava esta solidez. Sérgio Conceição arriscou - e ganhou o Jackpot.
Povoar o meio campo, modificar o esquema táctico, era previsível. Agora, Sérgio Oliveira? Depois de zero minutos de competição?! Nem nos meus maiores sonhos! Mas, meus caros, eu não percebo nada disto! E que feliz que estou com isso!
Sérgio soube conhecer-se e à sua equipa - sabe quais são as suas forças e as suas debilidades - e não se pôs a inventar. Obviamente, deu a iniciativa de jogo ao Mónaco, mas fechou-lhe a porta, de tal forma que, depois de alguma ansiedade inicial, não foi possível ver o Mónaco a atacar de forma alguma. Noutro sentido, cada vez que o FC Porto pegava na bola, quer por um fantástico Brahimi, quer pela dupla de carros de assalto Aboubakar e Marega, sendo que este último, para lá de atacar e bem - duas assistências e algumas boas oportunidades - foi enorme num excelente apoio defensivo.
Assim sendo, e apoiados numa boa eficácia, marcaram-se os golos da maior surpresa desta noite de Champions League. Mas não só aí, nos golos, se fez a surpresa. Foi também no aproveito humano do plantel, da solidez defensiva ( gigantes centrais e Ricardo Pereira ) e da surpresa da nosso conforto. Houve uma altura em que chegamos a controlar o ritmo do jogo, a cadência, de uma forma absolutamente magistral. Caíram-me as lágrimas de felicidade no fim, por ver que está a ressurgir um FC Porto à Porto e por relembrar as saudades que eu tinha dele.
Estou esperançado. Não ganhamos nada, é verdade. Mas estamos a formar um FC Porto à Porto. E o Caminho faz-se caminhando. Próxima paragem - Sporting. E desculpem-me, perdoem-me, mas depois do que vi, acredito mais. Pode ser?
NOTA: Então, Ratazana, "O Mónaco parecia o Rio Ave"? Claro, claro, nunca sequer permitir pensar que o FC Porto ganha ao Mónaco com absoluto mérito! Se o ridículo matasse...