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Retirado do Twitter de Voluptama |
Jogo intenso, aguerrido, nada bonito mas viril, onde mostramos a nossa claríssima superioridade, uma vez mais, frente à segunda equipa a jogar melhor futebol em Portugal, mesmo sem o nosso esteio do meio campo e com uma solução improvisada. Começou bem o Sporting mas, curiosamente, depois da saída de Danilo, foi-se também o ascendente, porque o FC Porto tomou conta do jogo e teve uma mão cheia de ocasiões de golo. Um entrou. Mas não contou. Outra vez. E depois fomos para os penaltis. E aí, ganhou a experiência. Claro. Uns têm penalties jogo sim, jogo não. Outros não têm experiência. Por muito que se treine. Vamos descansar uma semana e atacar o que interessa. Porque era giro ganhar a Taça da Carica. Mas não mudava as nossas vidas. Saímos com a certeza de que temos equipa e que reagimos bem à adversidade. Mas ainda não estamos matadores. Temos de ser diferentes no Campeonato e na Taça de Portugal. Aí sim, há muito a ganhar. Vamos a notas.
Reacção à adversidade - Perdemos Danilo Pereira, por quanto tempo a esta hora não sei, mas curiosamente ganhamos força no meio campo. Porque? Porque Óliver, após uns minutos de entrar a frio, se ligou bem com um heróico e abnegado Herrera, que foi puxado para a sua "zona da selecção" - onde, insisto, ele está muito bem - e permitiu a perdularidade de um desobstinado Sérgio Oliveira, que decidiu pensar que era Casemiro e com isso anular as suas duas melhores qualidades: o seu passe vertical e o seu remate exterior. Apesar disso, como esteve bem defensivamente, ficou mais tempo do que necessário em campo. Mas o meio campo improvisado secou completamente a iniciativa de jogo do Sporting, que se viu obrigado a perder o controle que tinha e a tentar um jogo directo controlado pela defesa muito bem.
A Defesa - Quero começar por destacar um enorme
Alex Telles, um jogador
à Porto que é um orgulho para qualquer Portista. Que jogão magistral! Cortes providenciais, piscinas inteiras pelo corredor e boas combinações com
Brahimi e
Óliver, nada faltou ao bom do Alex, que é um exemplo de entrega e abnegação excelente. Também
Marcano e
Felipe estiveram num bom plano, providenciais cada um à sua maneira - estás a ver, Felipe, como quando estás concentrado és uma máquina? - e
Ricardo Pereira teve até nos pés um golo que poderia perfeitamente ter dado a
justa vitória ao FC Porto! E que dizer de
Iker Casillas? Basta ver este
tweet para entender um pouco melhor o que ganhamos em ter um guarda-redes com a tarimba de Iker em vez de um talentoso e esforçado
Sá. Pode custar pontos. Nos penaltis nada mais poderia fazer. Por mim, continuava.
Marega - Lutou bem defensivamente, foi um dinamizador do ataque, embora perdulário na decisão final - ver FALTAS - e só ia sendo parado por um Coentrão que deveria ter sido expulso aí umas cinco ou seis vezes. A disponibilidade de Maregod é comovente e inspiradora. Se ao menos acertasse com os grandes um décimo do que acerta com os pequenos....
aVARias - Se há uma coisa que demonstra claramente o estado do futebol português é o lance que ilustra o post. Aqui se mostra que Soares está em linha com Coentrão no lance do golo que nos foi anulado pelo senhor Artur Soares Dias, outra vez "exímio" contra nós e silencioso em tudo o que nos favorecesse. Sem a linha - a imagem da RTP não tinha linhas (porque será? Estamos nos anos 90?) - poderia até ser duvidoso. Agora, a regra manda que o VAR só pode anular o golo quando o fora de jogo é inequívoco. E tudo isto decidido em menos de um minuto! Fantástico! In dubio, FC Porto adversus. Foi tão mau, tão mau, que até fez da arbitragem do Ferrari Vermelho Nuno Almeida algo de decente. Além disso, os insultos racistas, filmados em grande plano, de Coentrão a Marega, noutras ligas, dariam um vermelho directo - que ele fez por merecer várias vezes por lances de bola corrida - e uma sanção exemplar. Aqui, na República das Bananas, siga.
Estaleca - É isto, meus amigos. Marega, Aboubakar, Sérgio Oliveira, Ricardo Pereira, Soares. Cada um deles lutou bravamente, e entregou-se ao jogo. Cada um deles teve bons pormenores e boas ocasiões para sentenciar um jogo que merecíamos ter vencido. Mas na hora da decisão final, veio a ansiedade, a pressa, a visão de túnel, a fraca escolha. Autoestima? Medo? Ansiedade? Não sei. Sei que isso não se passou contra o Mónaco nem o Leipzig. A melhorar, urgentemente. Neste estilo de jogos, cinco boas ocasiões têm de dar, pelo menos, dois golos. Criação de pólvora seca só leva à frustração.
Por último, o que se passa no corpo dirigente do FC Porto? Então temos um analista de arbitragem - que nos representou na reunião da Liga para o VAR - que contraria o bom e oportuno discurdo do Presidente Pinto da Costa, ainda por cima à mesma hora? Então temos um director de Comunicação que contraria totalmente o que o treinador está a dizer , à mesma hora, na conferência de imprensa?! É certo que não temos cartilhas, mas que tal, pelo menos, conhecer a posição uns dos outros, para não dar ideia de um barco à deriva? É só uma ideia!