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terça-feira, 14 de junho de 2016

O FC Porto Nas Selecções: A Importância De Liderar e Algumas Notas

Uma das coisas que passou do 80 para 8 rapidamente, no ano passado, foi a questão da qualidade do plantel que estava à nossa disposição. Não é assim. O FC Porto teve um plantel de qualidade, mas desajustado a um modelo que não estava adequado às características dos jogadores - no caso de Lopetegui - e sem jogadores para compensar as falhas do modelo, no caso de Peseiro.

Deitou-se fora o bébé com a água do banho. A confiança dos jogadores esteve baixa, o modelo errático e os adeptos... nervosos. Mas não se perdeu qualidade e potencial, como se vê no caso do nosso trio mexicano e de Danilo Pereira. Ontem foi a vez de Corona fazer um golo, a todo os títulos, monumental, no meio de uma exibição de grande categoria, vindo do banco. Layún também provou a sua elegância e polivalência, desta vez jogando a médio centro e Herrera é a estrela da companhia. Tenho a certeza que será uma boa venda. Infelizmente já não deve ir a tempo de ser mais.

Como estes, não duvido que o potencial esteja lá, e para extraí-lo será necessário que NES seja exigente mas pedagogo, e que saiba adequar o seu modelo às qualidades individuais de cada um. Estou certo que isso já está a ser pensado. E que a velocidade e a criatividade do plantel será aproveitada.

NOTAS

- Gosto muito do novo equipamento, tanto o alternativo como do principal, mas acho toda a discussão policromática de um vazio atroz. Tendo o Brasão Abençoado, vai ser sempre linda. Mas gostei dos detalhes e da sobriedade do desenho. Parabéns à New Balance. Ah, já agora, juro que a coisa do "Nação Universal" é pura coincidência! :)

- Alberto Bueno, alguém de quem espero muito este ano, mostrou mais uma vez a sua grande classe. Bem sei que não é um "dos nossos", que não nasceu no Grande Porto, mas são este tipo de detalhes que demonstram quem é um bom e interessado profissional. 

- Acho extraordinária a nova moda com o FC Porto: dizer que este está interessado em um jogador A, quando não está, para depois dizer que o FC Porto "perdeu a corrida"- Não está, não esteve, interessado em Feghouli. Nem em Bruno Alves. A silly season no seu melhor. Só falta dizer que o FC Porto está interessado em Ibrahimovic....

- A Rússia tem uma pena suspensa de desqualificação se os adeptos não se acalmarem. Acho bem. Futebol não pode rimar com violência.

- Em vez de xaropadas sem nexo, a Irlanda tem um vídeo motivacional a sério feito pelo inigualável Conor McGregor, que mostra como motivar bem as "tropas". Por um momento quase fui irlandês, carago!

terça-feira, 1 de setembro de 2015

O Mercado E O Tirano


E eis que, terminado a janela de transferências do Verão, somos dados ao balanço. 

Acabaram de chegar dois mexicanos que eu desconheço em absoluto, por isso não vou estar a fazer considerandos sobre um ou outro. Vídeos de Youtube dizem-me positivamente zero, um bom editor pode fazer do Janko um jogador melhor que o Ronaldo. Não conta para coisa nenhuma.

Parece que veio para o FC Porto um extremo com facilidade no jogo interior, que pode até jogar a dez (ai como estou cansado desta *wassacamanago* desta história do dez) se tal for necessário. Dado o jogo de Lopetegui, acho uma extraordinária mais-valia um extremo capaz desse estilo de jogo e desequilíbrio. Quanto a Miguel Layún, um lateral que seja bom no ataque é uma coisa importante numa liga como a nossa, e cumprindo as duas alas é tudo o que precisamos. Portanto, só por isso, duas apostas ganhas. Já agora, os 10,5M são por 100% do passe, com uma mais valia de 30% para o clube de origem numa venda futura, e não por metade do passe.

Ao contrário do que vinha sendo por aí propalado, conseguimos arrumar com todos os nossos excedentários: Mikel no Brugges, Rolando no Marselha por aparentes dois milhões, rescisão com o Djalma, empréstimo de Quintero a render 500 mil com cláusula de compra por 20M. 

Pelo meio vemos partir Ricardo para o Nice por duas épocas, para mim um bom empréstimo de um jogador que não tinha espaço neste FC Porto para a sua posição natural e estava a ter uma morte muito lenta como substituto de um Maxi que pegou de estaca e a saída de Hernâni por empréstimo para Olympiakos com uma cláusula de compra, que estou certo deverá ser accionada. Acho muito bem também esse empréstimo, pois lá Hernâni tem a titularidade assegurada, coisa que aqui não aconteceria.


O fim da novela Adrián López também nos deixou a todos aliviados, não somo pessoalmente, como desportivamente, como financeiramente. O ordenado de Adrián ascendia a 1,5M.  Uma aposta errada da SAD, que defendi a seu tempo e que nunca correspondeu.

Mas uma coisa importante que quero discutir é a ideia de que Lopetegui terá castigado jogadores e diminuído a sua importância relativa. Nada mais longe da verdade. Vamos por partes.

Visto o que se conhecia de Adrián López, não acredito que houvesse alguém que pudesse prever o seu fraco rendimento. Erros de casting todos os treinadores cometem, toda a aposta desportiva é um tiro no escuro. Nada conhecemos de Jesus Corona mas o facto é que vem como aposta para titular, relegando à outra ala Tello, Varela ou Brahimi, se este não gravitar para o meio. Zero hipóteses coerentes para Hernâni ou Ricardo, na sua posição. 

Crescimento e expansão fora não são negativas, muitos dos grandes jogadores do FC Porto fizeram-no, não há aqui qualquer tirania. André André é um deles.


Quanto ao famoso "caso Cissokho", acho que está tudo dito. Ganhou a versão benigna, que é o contrário do que nos queriam impingir. Lopetegui não castigou Cissokho, antes protegeu-o, notando que a posição de lateral no seu modelo de jogo é exigente e precisa de um entrosamento superior ao que Cissokho, naturalmente, poderia dar nesta altura.

Mas chega de lip service. Vamos aos factos. O facto é que este plantel é, no global, superior ao do ano anterior. Foi-lhe dada criatividade, velocidade, verticalidade, vontade, experiência e até exposição mundial. A partir de agora, caro Julen, deixa de chorar e mãos à obra. Eu (ainda) confio em ti. Torna estes rapazes numa boa equipa, molda-os como sei que sabes fazer, como fizeste com o Óliver, com o Danilo e o Alex Sandro, com o Casemiro. Porque, já sabes: não há desculpas. Títulos são obrigatórios. E não são tacinhas dos correios. São títulos. Senão, não haverá mais espaço para ti nesta casa. E essa é a verdade.