Devo confessar que, nos dias que correm, vejo os jogos do nosso Futebol Clube do Porto com o coração apertado. Não os vejo assim pela qualidade da equipa, absolutamente inegável. Não vejo assim por causa dos egos ou super-egos, noção tão ridícula hoje em dia que parece de ficção. Não vejo assim pela juventude da equipa e a falta de entrosamento, jogam todos para todos e muito bem ligados. A minha apreensão vem porque jogamos sempre em desvantagem. E essa desvantagem, eu sei, já se sentiu em anos anteriores. Mas este ano ultrapassa todos os limites. Não há jogo que joguemos onde não haja árbitros e auxiliares de cor rubra, pese embora o último tenha pendido para o nosso lado, excepção que confirmará a regra. Pendeu para nosso lado, mas não foi escandaloso. Foi, no entanto, empolado com as "verdades desportivas" todas. Brahimi seria expulso, Danilo irradiado, Casemiro nunca mais jogaria futebol. No entanto os sistemáticos e incisivos abusos dos jogadores rubros são sempre desculpados, atirados para debaixo do tapete, sem levantar ondas.
Bem sei que Vieira tem a sua dívida mais fundida com a do benfas que Son Goku e Vegetta, e assim dá muito jeito que todo este campeonato seja uma farsa, bem sei que o chiclas tem memória selectiva e bem sei que a Comunicação Social dá a sua bênção a toda esta palhaçada, mas este caso do Miguel Rosa e do Deyverson é todo um novo nível de sem-vergonhice. Estes jogadores não são do benfas! Se acontecer que eles não joguem, é um défice competitivo brutal, é de uma vez permitir que se jogue desfalcado à partida! E tudo feito completamente a céu aberto, sem nenhum medo de consequências, que deveriam acontecer. E esta impunidade assusta.
À luz deste contexto, não deixo de trazer à colação o caso do Tozé e do seu jogo no Estoril. Onde muitos Portistas louvaram o seu profissionalismo, o facto de tudo fazer para que o seu Estoril vencesse - e que está no seu direito, uma vez que, se o Estoril tem metade do passe, o Tozé já é, na práctica, jogador do Estoril - espero que manifestem a mesma força na indignação contra este atropelo. E, face a isto, não sei muito bem que pensar sobre este campeonato.
Espero sempre que o nosso FC Porto deixe tudo em campo em todos os jogos, jogue para vencer e transpor todas as dificuldades. Mas será mesmo justo esperar que superem sempre um jogo desigual, inclinado, com vencedor decidido por decreto? Já vejo os jogos do FC Porto a pensar que pode não chegar. Se fazemos a campanha que fazemos na Champions League, num campeonato justo teríamos o mesmo tratamento. Mas não temos porque não podemos. O benfas tem de ser campeão a qualquer custo.
Espero um FC Porto forte e decidido hoje, avassalador e pressionante, para vencer um jogo que nos permitirá fazer um milagre - o de vencer um campeonato contra decreto. Por isso, sim, estou orgulhosamente com Lopetegui e declaro que, neste momento, não lhe exijo o campeonato. Posso esperar que o FC Porto me deixe orgulhoso, deixe a pele em campo, faça jogos unidos e pressionantes, com a qualidade que já nos demonstrou. Mas jogar em campo inclinado não é justo, e não é sério esperar que nos seja garantido o que nos é vedado.
Até porque, neste momento, as televisões ignoram a nossa existência. Depois de se saber que a TVI não vai transmitir o nosso jogo, em detrimento de um clube que já foi eliminado da competição, de não fazerem flash interviews connosco, agora são os programas de debate televisivo que nos relegam para notas de rodapé . Deixamos de existir, pura e simplesmente. Este é o estado desta palhaçada.
Tenho, portanto, a convicção de que seremos campeões.
Não o posso, em boa consciência, exigir.
Equipa para hoje, no meu entender: Fabiano, Danilo, Maicon, Marcano, Alex Sandro; Rúben Neves, Herrera, Óliver; Brahimi, Jackson, Tello.
Uma última palavra de solidariedade para com Fernando Madureira, o líder dos nossos Super Dragões. A confirmar-se a interdição de entrada na sua casa, é dos maiores atropelos à justiça que tenho memória. Fernando Madureira não fez mais do que, com os seus Super Dragões, defender a sua casa de um ataque vil, cobarde e ignóbil de um agressor camuflado. E, é claro, sobre esse assunto, dos viscondes calimeros, nem uma palavra. Nas questões importantes vêem-se os grandes homens. E da assunção do erro vem a Honra. Que, pelos vistos, não abunda muito no reino de Alvaláxia.
@ Jorge
ResponderEliminaresse é e sempre será o 'modus operandi' do 5lb: o «fazer isto por outro lado». é mais forte do que eles, pois corre-lhes no sangue e encontra-se nos seus genes.
recordo-te que em tempos não muito idos, os problemas resolvam-se com a indecência moral de se contratar o jogador mais influente ou na véspera ou no dia do jogo. foi assim com o central Jardel e com o Djaniny.
o assunto Rosa e brazuca ficará para depois do jogo pois até pode dar-se o caso de eles irem a jogo. duvido é que se entreguem com o mesmo empenho que o Tozé.
abr@ço
Miguel | Tomo II
Sem duvida, cá estaremos para ver o profissionalismo destes.
EliminarAbraço
http: // www. mais futebol. iol. pt/artigo / 520aa 2413004bc61 5fd05 b37
ResponderEliminarestou curioso para saber o que o luís sobral escreverá sobre o caso do 5lb.
abr@ço
Miguel | Tomo II