A Meditar: As Perdas de Pontos e a sua Escalpelização II - Os Empates (parte 3)

O final do ano foi penoso. O empate na Luz não parece ter criado mossa nas nossas tropas, mas antes, sim, o fim do sonhos em Munique. Ficou-me na cabeça que, depois do grande objectivo da época estar cumprido - chegar longe na Champions - e o grande sonho gorado - chegar à final ou vencer a Champions League - a motivação desapareceu completamente.

Não foi Lopetegui que entrou mal na Luz, no meu entender. O meio campo que anulasse todas as oportunidades do benfas foi bem jogado. Apenas Brahimi não estava para aí virado. E, na segunda parte, quando Lopetegui retorna ao 4x3x3, com Herrera, Quaresma e Hernâni, nenhum dos três também pareceu motivado para fazer melhor. A isso não deve estar alheio o facto do campeonato não ter direito a prémio por parte da SAD - ao contrário da Champions - e a falta de identificação com o ADN Azul e Branco.

Não há como escamotear - pese embora os detalhes do penalty ao Jackson e de uma ou outra ocasião de perigo, o FC Porto mostrou que desistiu antes de começar.

Daí até ao fim do campeonato foi um festival de jogos tangenciais, parcamente dilatados no fim e o vergonhoso empate no Restelo. Tínhamos uma réstia de hipótese de vencer o campeonato, mas a verdade é que, tirando Lopetegui, Rúben Neves, Óliver e - talvez! - no fim, Adrián, que fez o cruzamento que poderia ter dado a vitória, ninguém pareceu motivado para continuar a lutar.

"Só és derrotado quando desistes de lutar". Foi isso que o FC Porto fez: perdeu por desistência. E assim custa muito. E assim não dá. Esta não é a atitude do Futebol Clube do Porto. Esta não pode ser a atitude do próximo ano.

O Bibó Porto, Carago! fez o do seu jantar de 9º aniversário uma merecida homenagem ao Rei Ventura da qual tive o prazer e honra de fazer parte. Extraordinárias pessoas, Portistas de Alma e Coração, fui muito bem acompanhado ao jantar pelo caríssimo Vila Pouca - assim, com o espaço e a letra maiúscula como deve ser - e o senhor Fernando Pinto, cuja oferta venho agradecer novamente. Posso dizer-lhe que a minha pequenina não a larga! Muito obrigado! E bem-haja a todos os Portistas de Alma com quem tive o prazer de privar por umas horas, sois vós a Chama Azul e Branca, e um bem-haja especial ao senhor José Lima pelos dois dedos de conversa e por tanto Portismo ainda o fazer vibrar com a mesma vontade! Que nunca lhe doam os dedos!

O zbordem lá ganhou a Taça de Portugal, num jogo mauzinho, sofrível, do pior do futebol do chuto prá frente, desconexo, sem fio, bombeado, à salve-se quem puder. Erros defensivos de parte e banda que me fazem pensar que, com todos os seus defeitos, o futebol de Julen Lopetegui tem classe, fio condutor e ligação. Só lhe falta um pouco mais de Alma. Mas os erros defensivos do zbordem e a languidez do Braga a ganhar por 2-0 e a deixar-se empatar em cima do final do encontro, são de bradar aos céus! É caso para perguntar: Meus senhores, é este o futebol que quereis? PASSO! 

E já agora, aproveito para citar o zbordenguista Daniel Oliveira, na sua página de Facebook: "Gostei de ir a Alvalade. Foi bonita a festa. Mas ver Marco Silva a ser obrigado a subir ao palco no meio da equipa técnica, quase sem apresentação, quase como se nada tivesse a ver com tudo isto, enquanto Augusto Inácio entrou no fim, apresentado como se fosse o treinador, indignou-me. Votei e sempre apoiei este presidente. Mas foi o treinador e os jogares, não foi o presidente e o diretor de futebol, que me deram esta taça. E queria ter o direito de lhes agradecer com o meu aplauso. É bom que Bruno de Carvalho se lembre que os presidentes passam e o Sporting fica. E no Sporting que eu conheço o respeito e a educação são valores. Assim não.". Patético.

NOTA: Quando erro na análise, gosto de me redimir. Não vou apagar o que escrevi, mas antes corrigir a análise do assunto Danilo, que prova que, de contabilidade, percebo muito pouco. Deixo para quem sabe no Tribunal do Dragão e no Dragão Até à Morte.