Análise FC Porto 2-0 Vitória de Setúbal (10ª Jornada) [ADENDA COMICO-TRÁGICA]

Este jogo hoje foi um jogo à Porto. Com muito desacerto, é verdade, com unidades em claro desgaste (Rúben, André, Brahimi, Maxi) e, convenhamos, mais coração do que cabeça a certa altura. Tivemos uma vitória merecidíssima, de superação, de vontade, de não baixar os braços e procurar sempre a vitória que teimava em não querer sorrir.

Posso dizer, com toda a certeza, que um FC Porto, a jogar assim, não terá assobios. Posso garantir que, com um pouco mais de eficácia na finalização, teremos uma equipa (ainda mais) temida pelos adversários, com um desnível de qualidade ainda mais brutal.

Vamos para - mais uma! - pausa com a moral em alta, com uns "maus olhados" sacudidos, nomeadamente no caso de Rei Bakar que precisa(va) de recuperar a confiança, e com um espírito de grupo cada vez maior.

Layún - Fenomenal jogo do lateral esquerdo. Raçudo, intenso, omnipresente, abrangente, solidário, com espírito de sacrifício, levou a equipa "às costas" e ajudou Rei Bakar a sacudir os jitters. Tem um golo de génio muito merecido que sentenciou o encontro. MVP a comprar já.

Danilo - Enorme jogo do nosso tandem que, cada dia que passa, cresce e floresce mais, vai-se libertando das amarras posicionais e vai abrindo mais o jogo com critério e qualidade. Uma parede a defender, o primeiro a abrir o ataque, este Danilo está a pegar, e bem, de estaca.

Raça - Nunca desarmar, não dar bolas por perdidas, ir sempre ao fim, procurar sempre o sentido da baliza contrária. É tudo o que se pede. A continuar assim, as goleadas serão muitas. Menção honrosa também para Imbula, que entrou com tudo e aproveitou muito bem o espaço para a sacudidela final.

Adeptos - ESTE é o verdadeiro Dragão. Eu sei, admito-o, que também andou a faltar à equipa, se calhar, o "ir a todas" que os adeptos - e bem - exigem. Mas é inegável que assim é que ajuda uma equipa a superar-se. Todos juntos fazemos uma força invejável. Hoje tive orgulho de estar no Dragão, pelos do campo e por todos na bancada.

Lopetegui - Fez uma decisão difícil, aquela de deixar André André no banco. Confesso, fico pasmo com tanta desonestidade intelectual - falo para ti, Ratazana - daqueles que fizeram essa crítica. André André estava claramente desgastado. E o Maxi. E o Rúben. Depois do excelente jogo em Tel Aviv, houve ali uma falta de fôlego incomum. Soube ler a partida, soube arriscar, soube temperar - os três momentos das substituições. Não se pede mais. E o raspanete ao Brahimi depois de "demasiado fair play" foi absolutamente delicioso.

Tiago Martins - É um artista português. O Nomeações soube fazê-las bem, com a dualidade gritante de critérios com que nos brindou. Lamentavelmente para ele, não chegou.

Eficácia - Passar ao lado de uma goleada é duro. Mas os recordes continuam connosco. E o jogo melhora de dia para dia.

À hora que escrevo, Inácio e Jesus vão mandando bocas ao Nosso Grande Clube. Ainda não sei o que se passa mas vou investigar. Amanhã falaremos.

ADENDA: Não sei se ria, se chore. Os paladinos da verdade desportiva, o not sporting lisbon, já vão sendo o novo Clube Amigos Colo. Até o senhor Coroado não disfarça as lentes verdes! Penalty do Maxi?! Epá peloamordasanta! Depois de ignorarem todos o descarado penalty de Arouca? Epá tenham vergonha. Está bom de ver, quando o vento sopra a favor, é tudo igual. O que queriam está à vista, a verdadeira verdade desportiva: o #colinho verde.

E o Inácio, a falar do Lopetegui a falar com o quarto árbitro?! Sim, claro que o Lopetegui foi lá ameaçar e coagir! Mas vocês não têm vergonha?!

E, ó iluminado mestre da táctica, se o NGP diz que não confunde amizades com trabalho, significa, ao contrário do que tu pensas, que te quer bem longe daqui!