Saberão
certamente todos os que frequentam este espaço que não sou saudosista.
Tenho uma característica que considero positiva para mim: tenho uma
memória de passarinho.
Eu
sei, é péssimo em debates, horrível em testes escritos, mas a minha
capacidade de reter informação que seja decorada e estatística é perto
de zero.
Sei,
por isso, que se viveu História já no Dragão de todos nós. Mas a
memória que tenho sempre é da incontida alegria com as vitórias que já
lá vivi, a comunhão que senti com as centenas de pessoas que descem a
avenida para o seu carro, aquele êxtase de ter vivido uma inolvidável
vitória... que terei esquecido, no específico, três dias depois.
Sempre
será lembrada também a sensação de vazio, o sepulcral silêncio das
bancadas e a anacrónica celebração das equipas contrárias, como se
alguém colocasse no mute um espaço inteiro. É algo de tão raro que se
torna estranho.
Viver
celebrações de títulos, ali, é lindo. Viver o renovado esperançar de um
novo ano também. Mas - confesso - a sensação que mais gosto, sempre,
sempre, sempre, é aquele som, aquele misticismo do ar que me beija a
face - às vezes gélido - antes da Porta onde tenho o meu Lugar Anual,
antes do simpático e afável reencontrar dos meus amigos com quem tenho a
Honra de partilhar os momentos de felicidade e alegria que terei ali,
mais uma vez, com muitos ou poucos outros, às vezes ao gelo, às vezes à
tosta, enquanto para isso tiver vida e saúde.
Doze
anos. Que sejam doze décadas. Ou doze milénios. E que este que vos fala
possa neles participar no seu grão de areia pelo Tempo concedido.
Viva o Estádio do Dragão! Viva o Futebol Clube do Porto!
VIVA.
ResponderEliminarRocha
ResponderEliminar@ Jorge
vivam! sempre!
abr@ço forte
Miguel | Tomo III
Tão crescida que está a nossa casa :)
ResponderEliminarUm templo que se reza pelo nosso Deus em forma de Dragão!
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