domingo, 25 de fevereiro de 2018

Análise Portimonense 1-5 FC Porto - Conceição Com Uma Pitada de Robson


Seguimos líderes, seguimos fortes, seguimos sem mácula, despertando azia por todo o lado. Vencemos categoricamente um jogo que era tão importante como o seguinte, numa fase decisiva e deixamos um sinal de força grande para uma sexta feira que se avizinha decisiva para um dos lados. Nada está ganho, mas vai-se caminhando a bom ritmo. Vamos a notas.


Entrada à Robson - Decerto não poderá ser eternamente mantida - não espero que sexta seja assim - mas que prazer é ver uma equipa com tanta fome de vitória, tanta intensidade e tanto Porto! Não há muito a dizer, apenas e só saborear uma exibição memorável contra uma boa equipa, que tentou dar a réplica que pôde. Com esta bitola, saímos ainda mais motivados. A confirmar sexta feira.

Diogo Dalot - Uma menção especial para o menino que tão bem jogou e fez jogar. Terceira assistência, titularidade merecida, aqui e ali titubeante, como é natural, especialmente contra um adversário difícil. Tem de ser reafirmado e confirmado em próximas vezes, mas está assegurado o futuro das laterais Portistas. Assim o consigamos segurar.


Uma azia do tamanho de Portugal - Eles falam de jogos comprados. É para rir? Com que dinheiro, amigos? Eles falam de adversários macios. É para rir? Alguém duvida que o Portimonense tentou responder? Eles falam de faltas, faltinhas e faltecas. Depois do Rúben Dias a distribuir peras e maçãs ontem? E da vergonha que foi o sportem na semana passada? Quem não tem vergonha, todo o mundo é seu! Umas Rennie e Kompensan devem ajudar! Nada ganhamos ainda, mas tudo o que somos, somos à custa de luta e sacrifício, e nós sim, contra tudo e contra todos! 

E já agora, na escala de um a 10, quanto de azia terá a Sport TV e os seus comentadores, a tentar por tudo encontrar faltas e foras de jogo inexistentes, num jogo absolutamente de sentido único e sem casos? A lembrar por quem de direito na altura da renegociação!

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Análise GD Estoril Praia 1-3 FC Porto - Juggernault De Futebol Repõe A Verdade


Tanto se quis, tanto se falou, que queríamos ganhar na secretaria, que não éramos capazes de vencer nas quatro linhas, etc etc reubeubeu pardais ao ninho e, no final de contas.... em 20 minutos estava feito. Entramos com a atitude, a garra e o apoio - apesar de tudo terem feito para não o termos! - que eram precisos e dizimamos a estratégia do Estoril. Nada mais do que justo, nada mais do que inteiramente merecido. Tivemos o resultado que indubitavelmente merecemos. E saímos do terreno das "lideranças provisórias". Vamos a notas!


Pra cima deles, carailhe! - Que vendaval de futebol que fizemos na primeira meia hora! Intensidade e pressão demolidoras, a profundidade de Marega e Soares a fazer estragos, o livre perfeito de Alex Telles, os passes e pressão de Brahimi, Sérgio Oliveira e Herrera, com Sérgio ainda a bater com mira telescópica livres e cantos, foram simplesmente sufocantes. Ah e tal, lance duvidoso! Boo freakin hoo! Depois do Waris e Soares e companhia, vir falar disto é muita cara de pau!

Apoio dos adeptos - Depois da canalhice que o Estoril fez para evitar que o apoio Portista estivesse presente, foi fabuloso ver o apoio constante e orgulhoso do Mar Azul. Onda em número, Tsunami em valor! 


As lesões - Se a lesão de Corona apenas tirou discernimento ao mexicano, a de Alex Telles, para mim o nosso melhor jogador, inspira cuidados e apreensão. Esperemos que não seja nada de especial, porque faz muita falta, apesar da boa entrada de Diogo Dalot. Telles é de classe mundial e a sua entrega é ímpar!

As substituições - Se a entrada de Dalot foi natural e positiva, já a de Hernâni trouxe velocidade mas muito pouco discernimento e, pela enésima vez, não sou capaz de compreender a opção por André André quando o jogo pedia claramente o controle, a posse e discernimento de Óliver que, ainda por cima, vinha de vinte minutos cheios de força do último jogo. Esta preferência, para mim, nunca fará sentido. Foi uma absoluta nulidade.

Bem feitas as contas, no final, foi tudo dar ao mesmo. Ainda assim é imperativo que o FC Porto vá até às últimas consequências para castigar aquilo que poderia ter sido uma tragédia. Não é por termos ganho o jogo que devamos desistir da secretaria!

Entretanto, a minha voz de protesto para com aquele escroque do Pedro Henriques, o comentadeiro, que destilava o seu ódio pelo golo validado a Alex Telles, e assim seguiu insurgindo-se contra a prestação estorilista. Se não conseguem tirar a camisola... deixem de comentar! Mas isto só é possível na TV do senhor Oliveira... espero que, na futura renegociação, o FC Porto tenha tudo isto em conta...

Entretanto, a todos abaixo do Mondego... é lidar....


Hoje, Mais Do Que Nunca

Hoje, mais do que nunca... é para GANHAR, hoje é para mostrar que todas as nojices e baixarias que nos fazem nem nos besliscam, hoje é para jogar NA RAÇA e pela Honra da nossa Camisola!

Vamos COM TUDO!


segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

Análise FC Porto 5-0 Rio Ave - Cincazero Contra O Medo


Não me lixem, todos nós estávamos, à partida para este jogo, com uma pontinha de ansiedade e de nervos por causa do que se passou na quarta-feira, uma espécie de Kloppmort. Como reagiria o FC Porto? Como estariam os jogadores? Surpreendentemente, ou talvez não, Sérgio Conceição troca por Casillas e o FC Porto parte para uma exibição categórica, a demonstrar que o passado passou-se e o acabado acabou-se. Boa atitude, num jogo mais ou menos bem jogado, mas pleno de intenção, a devolver a ideia de que o FC Porto voltou ao seu centro. Foi uma boa tarde. E foi um jogo a horas decentes! Vamos a notas!


Porto à Robson - Entrada fulgurante, com a atitude certa, aos 2 minutos o resultado já era 1-0. Antes dos 25, já era de 2-0. No final da primeira parte, o jogo estava resolvido. Assim, foi possível jogar, com relativa calma, procurar o espectáculo e respirar.  Bravo. Muito bem. Esta é a atitude. Faltarão afinações, como, por exemplo, a meio campo, mas assim, na quarta feira, estaremos mais perto virar o jogo e de obter uma vantagem muito importante sobre os rivais directos. Este é o caminho. Liverwho? A guardar!

Casillas - É verdade que não esteve bem na quarta, mas não vou fazer parte do coro daqueles que fazem dele bode expiatório. Mas Sérgio optou, e muito bem, por experiência, maturidade e liderança que são indubitáveis, se vêem e se sentem. Sá tem tempo, será, naturalmente, o futuro. Nesta altura crucial está mais que visto que é preciso haver quem lidere. E aí está ele. Iker Casillas!

As substitituições - Óliver entrou muito bem, mais próximo do seu lugar natural, com elevada envolvência atacante e um equilíbrio que o seu controle e visão de jogo dão. Hernâni aproveitou bem os minutos para estourar mais o Rio Ave e ajudar ao xeque-mate final e o momento arrepiante da noite veio com o menino Dalot a dar, por um lado, o merecido descanso e ovação a um dos nossos melhores, o incansável Alex Telles, um lateral de top mundial, e por outro a mostrar que o futuro mora em casa. Não está pronto - naturalmente! - mas vai sendo bem hora de o fazer crescer. E por cá. Um momento de grande felicidade!


Xistrema - Quando falei, há dias, no Cavani sobre o pacing, falava disto que Xistra fez: uma dualidade idiota de critérios, extraordinárias 25 faltas assinaladas ao FC Porto por toques e toquezinhos, cacas e caquinhas. Bem sabemos que o objectivo era outro, bem demonstrado pelo tempo que demorou a validar o último de Soares - ou era isso ou penalti, e por ventura o caríssimo não quereria abrir precedentes... - e com a cereja no topo do bolo, uns geniais dois minutos de descontos! Senhoras e senhores, um artista português! Não temos ritmo para os Liverpoois? Pudera! Temos Xistras a empatar!

Os insubstituíveis - O capitão Herreraa não esteve muito mal, à parte das suas Errerices, como entregar a bola para um quasigolo fácil ou fazer passes mais à queima que um bife ao sol do Algarve, mas o seu cansaço vê-se. No entanto não sai. Como Moussa Marega. Sim, marcou dois dos 5 golos. Mas nota-se que as pernas já lá vão, e acaba sempr os jogos. Há mais gente com Paciência que quer muito jogar!

Vamos à Amoreira embalados com a confiança de sabermos Quem Somos!

Viva o Futebol Clube do Porto!

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Análise FC Porto 0-5 Liverpool - Bem, Siga...


Bem, assim foi. Vamos recuperar animicamente a equipa e andar para a frente. Vamos aguentar o gozo dos outros, sempre com a certeza que fomos melhores que todos os outros portugueses. Adiante. É o que é. Siga.

domingo, 11 de fevereiro de 2018

Análise GD Chaves 0-4 FC Porto - Goleada à Porto, A Embalar a Semana


Um excelente jogo de futebol em Chaves, abriu caminho à confirmação do que tenho como verdadeiro - a jogar futebol, somos a melhor equipa em Portugal. Este resultado é enganador e esconde um Chaves muito bem organizado - o trabalho de Luís Castro é fenomenal - que nos deu uma excelente réplica e nos fez tremer variadíssimas vezes, mormente por um endiabrado Matheus Pereira, que não consigo entender como não tem lugar no Sporting. Só que, do outro lado, estava um picado Soares que deu corpo àquilo que era a atitude à Porto de início que tenho - temos, muitos! - vindo a reclamar este tempo todo. Fomos com tudo, demos tudo, marcamos dois bons golos (o segundo foi um tiraço à matador!) e defendemos o perigo real do adversário com qualidade. 

No segundo tempo, entramos bem na mesma, e obrigamos o Chaves, que ainda acreditava mas já perdia discernimento, a esgotar todo o tanque. Quando Marega marcou o terceiro, num remate pleno de intenção (cof cof), acabou com o ânimo do Chaves e desligou a cabeça dos Portistas, naturalmente imediatamente a pensar nos Himalaias que vão ter de subir para ultrapassar Mané, Salah, Firmino e companhia limitada. Perdeu-se critério e capacidade de pensar em aproveitar para fechar com chave de ouro o resultado, mas ainda deu tempo para premiar a dupla de meio campo, que mais uma vez esteve bastante bem, e combinar a assistência de  Herrera com o excelente remate após recepção de peito de Sérgio Oliveira para um merecidíssimo 4-0. Maior tónico para uma semana difícil, não poderia haver. Vamos a notas.


Atitude contra as dificuldades - Meia equipa entre o cansaço crónico e o estaleiro? Não há problema! Neste Futebol Clube do Porto não há quem jogue mal! Mais minutos, menos minutos, mais titularidades ou menos, cada um dá tudo de si e aproveita todos os minutos para fazer correr bom futebol pelas veias azuis e brancas! Um grupo unido, em que ninguém está de fora, uma alegria esfuziante, é o maior propulsor para um merecido primeiro lugar (e com um jogo a menos!). Poderá ser possível parar este espírito, mas é certamente dificílimo!

Soares - Nada como responder ao supra referido picanso com 4 golos, todos eles de importância fundamental. Hoje mais dois, um deles de compêndio. Para lá disso, trabalhou que se fartou e ajudou os colegas defensiva e ofensivamente. Muito bem!

Sá - Que grandes defesas, que segurança e postura vertical! Bravo, Zé! Estou convencido! É assim que se mostra o valor!

Otávio - Não percebi a sua inclusão no onze, à partida, confesso, mas ainda bem que não sou eu o treinador! Velocidade, verticalidade e garra! Muito bem! Essencial no roubo que deu origem ao primeiro golo, foi perdendo natural fulgor ao longo do jogo, mas está aí uma grande alternativa Yacínica. E Corona à esquerda também não esteve nada mal!

Soares Dias - Critério largo, à liga grande, é isto: nada de faltinhas mixurucas, nada de parar a cada toquinho, deixar o futebol respirar - esse é o segredo. Mas só com grandes equipas como o Futebol Clube do Porto e o Desportivo de Chaves é que este sai a ganhar - só quando se assume o jogo, o perigo em cada lado do campo, a fisicalidade inerente. Este foi um belíssimo jogo de futebol, graças às três equipas. Não seria bom que assim fosse sempre? 

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

Análise FC Porto 1-0 Sporting - Finalmente, Um Pouco De Justiça!


Finalmente um pouco de justiça! Digo "um pouco" porque, mormente por 70% do jogo, merecíamos, uma vez mais, ter goleado este Sporting que só na cabeça do seu luminoso treinador é que está pronto para dar a volta. Voltamos a estar bem, voltamos a entrar bem, mal entendemos o que raio de, desculpem a expressão, conice, estaria a acontecer do outro lado - Jesus a ser Jesus - e voltamos a dar uma aulinha de bola. Depois de n elevado à potência de whatever remates e oportunidades, lá marcou Tiquinho Soares, como que a ter o retorno kármico daquilo que lhe tinha sido roubado. Do outro lado, Gelson e pouco, muito pouco, mais. Mas vamos em vantagem. Sim, Jesus, vantagem. Se tu achas que é fácil marcar-nos dois golos sem sofrer... vai pensando duas vezes. Ou então está a contar com os penaltis... Vamos às felizes notas!


Sérgio Oliveira - O melhor em campo, intenso, acutilante, com ampla visão de jogo e muita garra, com uma pressão sufocante, foi ontem um verdadeiro comandante. De sorriso nos lábios, digo: bem-vindo de volta, puto! A sorte não quis nada com o seu soberbo livre a beijar o poste da baliza de um, novamente, bom Rui Patrício, e a finalização deficiente dos colegas não permitiu que os seus passes redundassem em mais assistências do que aquela que deu a nossa vitória. Que assim continue, e eu acho que o lugar junto a Danilo deve ser seu! Bravo!

Ala Direita - Que maravilha, este corredor direito, a merecer mais do que teve em ambos os casos! Com a excepção de uma fífia que poderia ter dado um inusitado golo, mas que a sorte quis bem proteger, Ricardo Pereira fez autênticas piscinas ofensivas e defensivas e serviu muitas vezes muito bem os companheiros para a finalização que não parece ser a mesma. Já Corona está um ás defensivo e ontem, finalmente, deu um pouco do ar da sua graça ofensivamente. Acho que foi injustamente substituído por Sérgio Conceição, mas falarei sobre isso um pouco mais à frente nas Faltas.

Casillas - Iker Casillas fez ontem o seu centésimo jogo de Dragão ao peito. Isso é, por si só, um facto assinalável. Mas, para lá de algumas excelentes defesas e de duas boas saídas para ataque, Casillas fez o que SC não conseguiu: incutiu calma e ponderação aos seus colegas, mostrando que ter uma liderança em campo é fundamental. E, mister, não é mutuamente exclusiva! Enfim, agora é tarde. Daqui a pouco mais de três meses vai embora. E só tem mais dois jogos de Dragão ao peito. Infelizmente.


Decisão Final - Poderíamos ter resolvido o jogo ontem, não fosse uma muito pobre decisão final, quando fomos solidários quando deveríamos ter sido egoístas e vice-versa. Há que acabar com o tremelique - que não havia há um mês - no último terço! O futebol vive de golos e a sua ausência dá azo à gabarolice patética de alguns....

Brahimi - Deu o estouro. Pronto. Brahimi tinha de dar o estouro nalguma altura. Não há-de ser nada, afinal temos alguns bons refor... ah, espera, parece que não.

Otávio e Hernâni - Juntei os dois porque a análise é igual, Meus caros, o cérebro fez-se para pensar! No caso do primeiro, que tal saber onde se joga e como se joga? No caso do segundo, que tal fazer alguma coisa mais do que correr? Egoístas e com palas nos olhos, foram uma verdadeira nulidade. Mas parece que alguns têm créditos ilimitados...

Sérgio Conceição - Não gostei, mister. Não gostei mesmo nada. Começo pela convocatória: ai isto é assim? Tanto se clamou por reforços para depois os deixar em casa nos jogos que interessa? Então o Paulinho não é 20 vezes melhor que um Otávio regressado de lesão prolongada? E Waris não é melhor que Hernâni? Para que vieram? Para jogar com os Moreirenses? Ah, já sei, é o "grupo" e o "balneário". Certo. Será que já estão no lote dos que têm tolerância zero? E então, em vez de tirar primeiro o Brahimi, tira-se um Corona que até acabara de criar jogadas com perigo? E então tira-se um motivado e inteligente Soares em vez de sair um Marega que parece ter assinado um qualquer decreto que diz que tem de jogar sempre os 90 minutos? Grande parte da confusão final teve a sua assinatura!

sportem - Pequeno, pequenino, à imagem e semelhança do seu nojento treinador. Ter como plano principal "levar poucas" é ridículo. Queixar-se da arbitragem é surreal. Enfim. Estão a fiar-se na Virgem. Continuem....

domingo, 4 de fevereiro de 2018

Análise FC Porto 3-1 SC Braga - Liderança Com Todo o Mérito


Jogo intenso e superiormente disputado, onde ambas as equipas queriam ganhar, com emoção, nervo e muita garra. A melhor resposta ao desaire de Moreira de Cónegos veio numa exibição com muita fome de vencer onde, na minha opinião, se fez o que defendo: se partir para cima numa atitude à Porto! Ao fim do primeiro tempo já poderíamos ter conhecido uma goleada. Mas o acerto parece estar a voltar a espaços. Claro que tivemos o nosso momento soneca, com as luzinhas que embalaram a equipa, mas aí superiorizou-se um ainda mais gigante  que nos garantiu a liderança, que viria a ser isolada. E com inteiro mérito. Jogamos contra uma boa equipa, que desta vez resolveu jogar como sabe. E vencemos. E seguimos. Vamos a notas.


Alex Telles - Uma máquina. Incansável. Fantástico a defender e a atacar. Acutilante e com amor à camisola. Saboreemos as suas exibições. Para o ano não está cá.

Sérgio Oliveira - Para quem tinha pouco tempo, ou quase nulo, de utilização, não se poderia pedir muito mais: se aqui e ali lhe falharam as rotinas e alguma ligação com um também bom Herrera, marcou com confiança um golo de cabeça, nunca deixou de fazer bons remates e de recuperar e pressionar. Bem sei que as expectativas contam, e não seriam assim muito elevadas, mas foi uma boa surpresa. 

Intensidade na entrada - Se era verdade - e era, de facto - que as nossas primeiras partes andavam a ser bastante subpar, o assunto foi endereçado neste jogo. Vontade, paixão, entrega, tanto ofensiva como defensivamente, e até quando sofremos o golo, não houve qualquer hesitação: foi tratar de reverter a situação. E assim se fez, em pouquíssimo tempo. Poucos jogos me deixaram tão feliz nesse aspecto. E deve fazer parte do manual de "Como recuperar de um lance adverso". Muito orgulho nesta equipa!

Sá - A sombra de Iker Casillas é enorme. Eu também sou culpado de achar, por vezes, que estaríamos melhor ao contrário. Mas não irei mais esquecer que, quando a equipa já tinha relaxado, Sá continuava atento. A última defesa deste foi de primeira categoria. E foi também seguro e determinado a organizar os colegas. Que continue assim!

Felipe - Quem diria que, para assumir a responsabilidade, Felipe precisava de não ter Marcano por perto? Fenomenal pelo ar, imperial nos cortes e recuperações, o melhor Felipe tem assumido a responsabilidade na defesa. Que assim continue na quarta!


Inadaptação Inicial - Não posso dizer que Paulinho jogou mal. Quer dizer, jogou. Mas não foi por desleixe ou falta de entrega. Foi por não perceber a posição. Não estar habituado. Só pode melhorar, mas não há porque ter medo: para mim, é tudo uma questão de tempo.

Desconcentração final - Depois das luzinhas, da emoção (sim, é irracional, sim, apela-nos ao coração e não tem nenhum facto que o suporte) de voltar a ver o Gonçalo com as nossas cores, houve uns 10 minutos finais onde poderia ter ocorrido algo de muito complicado. Felizmente Sá não foi na onda. Ficou o aviso.

Duas notas extra-jogo:

Absolutamente ridículas as afirmações dos meninos do Governo Sombra que, de uma hora para a outra, tem exclusivos de que mais ninguém fala! O senhor doente de seu nome Ricardo Araújo Pereira diz que Vieira tem "duas fontes independentes" que garantem que Vieira "não prometeu lugares na Universidade do benfas" e que a única coisa que pediu foi "para dar um jeitinho". Já o ainda mais doente senhor Carlos Vaz Marques diz que tem uma "fonte" que garante que João Correia, afinal, não é advogado de Vieira. Que lindo! Como é que isto não é capa de jornal ou foi aproveitado pela Bolha? Porque será?

O Karma é lixado! Depois de tanta conversa de "invasões de campo" e de "tentativas de ganhar 3 pontos na secretaria", eis que tudo "o vento" levou: a primeira derrota no campeonato vem pelas mãos... do Estoril. Ain't that a bitch! Calam-se os arautos da moral, de inversa proporção à sua altura, e tudo volta ao normal. Porque a verdade o afã de ataque àquela vergonha que se passou na Amoreira connosco, era só uma questão da vertigem da liderança. Um absurdo, que espero que tenha terminado com esta lição irónica. Porque eu estou feliz que nada tenha acontecido na bancada Norte. E isso é muito mais importante que um campeonato!

Uma coisa é certa, como bem aponta aqui o meu caríssimo Bala Dragão: se o VAR fizesse a análise de uma forma correcta como fez hoje no jogo do Estoril-Sporting (muito bem Luís Ferreira), o FC Porto estaria com uma confortável almofada na caminhada para o título. Está na hora de ter acesso à análise JUSTA e SEM BENEFÍCIOS OU PREJUÍZOS. É tudo o que precisamos!

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

O Poder Está A Mudar De Mãos...


Vivem-se tempos de fim de ciclo, fim de festa, fim de paródia. Mesmo a capa mais dura do proteccionismo não é infalível, mesmo quando julgamos que temos as costas quentes, elas podem esfriar, se quem as protege, de repente, se sentir ele próprio desprotegido. A classe política está a começar a ficar envergonhada com a sua ligação ao benfas, e a protecção de que ainda gozam perto das instâncias desportivas - e que é cada vez menor - só ainda se processa porque le roi n'est pás aussi mort. Está, contudo, ligado à máquina, a ver os seus principais parceiros a deixá-lo sozinho, os seus mecanismos de que dispunha de uma forma quase automática, a desaparecerem à luz de um escrutínio que não controla.

O poder está vazio, mas o problema mantém-se. É um problema de fundo, que muitos confundem com a cor da camisola, mas que não é. É um problema de cultura, um problema da pequenez com que Portugal se vê a si mesmo. Portugal é, para grande parte da classe política e cultural, a capital e o resto é "a província". Dentro desta óbvia lógica, esvaziando-se um poder que não deveria ser de ninguém senão das próprias instituições, e que garantiria um Desporto ético, uma competitividade muito superior e, consequentemente, uma projecção muito maior da Liga e dos clubes seus integrantes, estamos a começar a ver esse poder a ser ocupado pela segunda natural escolha - a dos vizinhos da segunda circular, a aristocracia de Alvalade.

Já se sente o "respeitinho" de quem manda, nas não decisões, na equidade e maiorital justiça das decisões que todos reclamamos mas não temos, e que este quadro  - que retirei do Do Porto Com Amor - bem demonstra. Nele, bem se vê o perfume de onde pára o Poder do futebol: Uns têm patente aquilo que estava a ser o escândalo até aqui - e que ainda pode durar um pouco mais. Outros têm a benção maior: a justiça e equanimidade das decisões. Houve falhas favoráveis ao Sporting, e contra também. Mas os mecanismos - VAR incluído - funcionaram com um cuidado quase comovente. É o respeitinho de que sabe que o pino está para cair, mas não sabe para que lado.

Por outro lado, uma coisa é certa - onde não vai estar, de certeza. Somos gozados e manipulados, somos a piada e o sorriso, somos o falhanço que se tenta demonstrar. Mas como não temos uma estrutura motivada nem organizada, que está velha e anacrónica, desfasada do seu tempo, que navega à vista e nem se interessa de ter representação nas reuniões importantes - à sobre o VAR foi o comentador António Perdigão, que nem se tem a certeza que não se esteja a aproveitar para um golpe de retorno à arbitragem - e que não pertence à estrutura do FC Porto e, por muito que nos queixemos, são queixas vazias e inócuas, porque não tem músculo nem consequência. Creio até que são meros lip service para apaziguar adeptos e treinador.

Após parcos tweets e imagens de circunstância, volta aquilo a que a SAD Portista nos habituou - o silêncio confuso, algures entre a incompetência e a indiferença. As reacções têm dia e hora marcada, o discurso é vazio e redondo, por não ter consequência. Não há energia. Haverá vontade? Não sei. Sei que ninguém reagiu a um Fontelas Gomes que nos recusou uma reunião de urgência, onde para lados mais rubros não falta tempo, nem se aponta o facto de haver uma relação bem próxima entre este e o futuro ungido todo-poderoso.

Se isto permanece, será novamente pelo amorfismo que não existe justiça para todos. Afinal, se o lema é Contra Tudo e Contra Todos, nada melhor do que aproveitar esse guarda-chuva imenso para nos abrigar da chuva da autocrítica, verdade? Antes o problema era o treinador. Agora será pelo Poder.

Se este viaja na segunda circular, só o fará porque não nos pusemos na sua frente. E isso é responsabilidade de quem não decide e não age no devido tempo! 

Tempus fugit, senhores! Está na hora de se mexer!