sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Antevisão CD Nacional - FC Porto (7ª Jornada) - Vencer As Brumas E Os Bombos


Ah, a Choupana, a Choupana! Aquela terra de estranhos Portais transcendentes, impregnada da satânica mística (no duplo sentido do vortex pontual e nevoeiro que esconde tropelias) e o binário compasso voodoo que embala no sono e na languidez os jogadores adversários! Terra de filmes de horrores e perdas de campeonatos!

Todos os cuidados são poucos para enfrentar a turba de Manuel Machado! São o nosso buraco negro, a nossa anti-matéria! Por isso, e como dizia sabiamente Cândido Costa ontem no Universo Porto, os jogadores do FC Porto têm de se mexer, pois cada onze é uma oportunidade de ouro para se mostrar e ao seu valor, e aquilo que hoje é garantido, amanhã poderá passar a ser... uma miragem no nevoeiro.

Há que ter consistência e entrega totais, lutar por cada bola como se fosse o ultimo suspiro, como se disso dependesse a Vida, fazer pressão efectiva e constante e entrar no jogo para o resolver cedo! Isso é que é um FC Porto à Porto! E não interessa de que forma se dispõe!

Ainda assim, espero que Nuno Espírito Santo tenha tirado ilações do jogo com o Leicester, e tenha percebido que também o Nacional vai ter luta física no meio campo, por isso aposto no onze provável em baixo, com os nossos criativos disponíveis ( Corona está lesionado ) a servir o avançado, com Herrera a fazer o seu box-to-box e Danilo a secar o contra-ataque.


Casillas e José Sá; Maxi, Layún, Felipe, Marcano, Boly e Alex Telles; Danilo, Rúben Neves, Herrera, Óliver e André André; Diogo Jota, Otávio, Brahimi, André Silva e Depoitre.


NOTAS: 

- Dá para entender o discurso redondo e cheio de lugares comuns de NES? "Temos uma ideia"? A sério? Qual? "Jogamos com grande presença na área e critério"? Onde? E "o nosso foco é o campeonato"? Ah é? Agora, depois do jogo da Champions, espero! Espero que um treinador do FC Porto não se atreva a desvalorizar a Champions! Que é isto? O Jasus? Meu caro NES, o último a dizer "I have a dream" acabou morto... Há que voltar à natureza prática, se faz favor! Neste Grande Clube não se desvaloriza nenhuma competição em prol de outra, a não ser a Taça da Carica, ou da Carta, ou do Postal, ou lá o que carago é aquilo!

- Por falar em discursos redondos, que dizer da conversa de Júlio Magalhães ao JN? Dá para fazer o obséquio, se faz favor, de deixar de pensar nessa fábula que é a "marca FC Porto" e, por extensão, a "marca Porto Canal"? Ai o Juca quer deixar essa coisa pequena que é ser um "canal regionalista" para ser um "canal de conteúdo de abrangência nacional"? Ah vai passar a dar novelas galegas? Meu caro, acorde! Para lá das transmissões Portistas, as únicas coisas de interesse geral são os programas de Joel Cleto - sempre fabulosos - e os conteúdos de temática regional porque não existem em mais nenhum lado! Convença-se, o resto, dos concursos, aos programas de manhã e tarde, são só versões baratas e rasca da programação concorrente - com a qual o Porto Canal nem sequer se deveria medir! E sabe quem foi o último grande regionalista? Jorge Nuno Pinto da Costa! Não sei se está a ver quem é! Deixe de ter vergonha da identidade regionalista do seu Clube e, por natural inferência, do seu Canal e faça o favor de se orgulhar disso em vez de, pateticamente, a tentar renegar! Deseja voltar a ser consensual? Então a TVI é o seu lugar natural! E, por último, acho importante que leia o pensamento de Rui Valente, no fenomenal Renovar o Porto. Deixe de tentar ser o que não é!

- E por fim, ao departamento de comunicação, em vez de perderem tempo com ataques a Chouriços, sigam as pisadas do trabalho do grande José Lima, aqui, que vos pode ensinar uma ou duas coisas sobre como rebater o pensamento dominante! Bem haja, querido amigo, muita saúde para que continue a brindar-nos com as suas sábias análises! E, já agora, no sentido da análise de José Lima, fica bem visto que se pode enganar toda a gente por pouco tempo, alguns por todo o tempo mas não toda a gente por todo o tempo.... Ícaro está a voar demasiado perto do Sol...

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Por Um FC Porto à Porto!


O FC Porto faz hoje 123 anos. Sou Portista desde pequeno, desde os 6, 7 anos. Não tive a sorte de ter família Portista, para lá do meu primo Miguel e do meu primo Zito. Este último, fanático da bola, foi quem me acordou para as cores azuis e brancas.

Era uma paixão tão profunda que me entusiasmava. Evidentemente, na sua adolescência, Pinto da Costa era Deus. Já aqui o disse, o Pinto da Costa dos anos 80 era um dínamo impossível de travar, de uma bravura e raça fora do comum e, a todos os níveis, inspiradora.

Foram muitas admiráveis figuras as que jogaram e treinaram o FC Porto que estão perto do meu coração, entre as quais se destacaram António André, João Pinto, Jorge Costa, Fernando Couto, Madjer, Lima Pereira, Baía, Rui Barros, Pedro Emanuel, Deco, Capucho - que o meu tio Mário um dia me apresentou à porta da casa da minha avó -  e o grande Comandante Lucho González. Mas junto com eles estava a presença forte de um Artur Jorge, de um Sir Bobby Robson e de um José Mourinho, por quem, admito, ainda hoje torço. Bem sei que não é Portista, bem sei que me deixou estupefacto pela não-reacção à nossa grande vitória na Champions, mas que fazer, o coração é o coração.

Para lá disso, há André Villas-Boas, o treinador que me deixava entusiasmado por ser da minha idade e treinar o meu Grande Clube. Que fervor Portista, que gáudio que era ouvir o seu discurso e a forma arrasadora a que deixou o fifica a 21 pontos e o sportem a 36! Cada frase era um punhal, cada discurso uma ode, a paixão Azul e Branca era da ponta dos seus pés ao fio do cabelo ruivo. As alegrias que me deu, a motivação arrasadora que dava aos seus guerreiros, tudo me entusiasmava. Lembro-me de ter a certeza que iria rebentar com o adversário e que qualquer ponto perdido tinha de ser ganho suadamente pelos inimigos! Ok, saiu depois da "cadeira de sonho". Aos 33 anos, dizemos muita parvoíce e fazemos muitas asneiras. 

Já aí, contudo, não fosse a raça e a frontalidade de Villas-Boas e tudo poderia ter sido complicado. Pinto da Costa deixou de estar na primeira linha da defesa e o que aconteceu ao sucessor Vítor Pereira começara a deixar-me desgostoso. A soberba substituíra a defesa dos seus, e frases como " qualquer um pode treinar o FC Porto ", começaram a soar-me a ingratidão por um treinador que apenas perdera uma vez e por causa de um gamanço sem nome. VP já estava atirado às feras, já aparecia sozinho - bem como o seu antecessor - para enfrentar a maldosa comunicação social que queria acabar com a hegemonia de um FC Porto que era como uma barata que não conseguiam matar. Mas a lavagem cerebral conseguiu atirar Vitor Pereira para a porta da saída, zangado com os adeptos do seu Clube do coração, a quem ganhar não bastava

Seguindo a máxima da soberba, Pinto da Costa foi buscar a coqueluche desse ano a Paços de Ferreira, o mouro Palminhas, mas este já não tinha fibra. Lá veio o treinador da B, Luís Castro, tapar o fogo. A história deu o resultado que se conhece.

Com Lopetegui, Pinto da Costa fez o impensável: deu uma managerial power ao treinador, controle sobre o plantel e contratações, mas deixou-o a arder em lume brando desde a primeira hora, sobre o fogo do ardente gás da "hispanofobia", do preconceito e de uma oleosa e rancorosa máquina de imprensa que começou a delapidar a sua imagem desde a hora zero. O seu fim foi conhecido. As consequências de ter despedido um treinador que, com todos os seus defeitos, foi o treinador mais roubado da história recente do futebol português - isto apesar de quebrar recordes de invencibilidade no Dragão, de ter a baliza a zeros 20 jogos e ter estado nos quartos de final da Champions e ter feito umas vendas de 116M - estão à vista e deram no que deram.


Este ano, e estamos em Setembro, vimos uma gestão de plantel pavorosa e o FC Porto a tornar-se, cada vez mais, a sombra pálida do que foi. Pinto da Costa escolheu, aparentemente sozinho, Nuno Espírito Santo e os resultados estão à vista. O FC Porto vai-se descaracterizando e perdendo fôlego, e está a anos-luz do que já foi. 

Continuo com o friozinho na barriga de cada vez que faço a curva do Dragão a caminho da minha cadeira de sonho. Mas a certeza deu lugar à ansiedade. Em nome da História do Nosso Grande Clube, está na hora de deixar de realpolitiks de compras e vendas, chega de estar de tal maneira em Saturno que se desconheça em absoluto a realidade de todas as cadeiras abaixo dos camarotes e da Tribuna Presidencial, há que ter um regresso à realidade urgente.

O Nosso Grande Clube está doente. Está na hora de tomar medidas. E se não for o nosso Timoneiro, se este estiver cansado - 78 anos não são 78 dias! - pois erga-se a estátua que merece, dê-se o seu nome ao Estádio, mas passe-se o leme a quem o faça por demonstrar merecer. Ninguém o censurará. O lugar de Jorge Nuno de Lima Pinto da Costa na História do futebol mundial e do do Nosso Grande Clube está garantido. O seu nome gravado nos nossos Corações Azuis e Brancos também.

Mas está mais do que na hora de restituir o Porto à Porto ao Futebol Clube do Porto! Por todos nós, pela glória do que ainda somos, pelo Futuro que merecemos ter! Exigimos de novo um FC Porto à Porto! Exigimos a retoma da Honra ao Brasão Abençoado! Exigimos Honra à Cor Azul e Branca!

Viva o Futebol Clube do Porto!

terça-feira, 27 de setembro de 2016

Análise Leicester 1-0 FC Porto - Tarde Piaste


Foi um Futebol Clube do Porto intenso, pressionante, com várias oportunidades de golo e muito critério, uma bola à barra e um bocado de falta de sorte, este no King Power Stadium. Mas só a partir dos 70 minutos.

E porquê, só aí? Porque entrou Herrera, mais alto e possante e porque o FC Porto foi tendendo para o 4x3x3, ou o 4x2x3x1, consoante o ponto de vista.

Fica a pergunta: se eu, que não sou treinador e não passo de um adepto, sei que, contra equipas grandes e fortes o pontapé para a frente não resulta - também não resultou com o Copenhaga - como é possível que o Nuno Espírito Santo não tenha percebido isso?

O Presidente falou em "época de transição". Talvez seja isso. Mas há que ter a noção daquilo que temos pela frente. Ou então perceber qual é a táctica que melhor nos serve.

Danilo fez um jogão. Corona também. Layún também. Otávio também. Herrera mudou tudo. Dois deles entraram aos 70 minutos.

Ainda vamos a tempo. Se soubermos jogar como jogamos nos fins dos jogos todo o jogo, podemos limpar tudo. Mas é preciso deixar-se de merdas!!!!

Ah, e fica pelo menos um vermelho directo e dois penaltis por assinalar. Pequeníssimo detalhe.

(E já agora, percebam que o amarelo é o novo castanho... brrr)

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Antevisão Leicester - FC Porto (2ª Jornada Fase de Grupos Champions League) [ACTUALIZADO FAIR PLAY]


Vamos jogar contra uma equipa raçuda. Vamos jogar contra uma equipa humilde - não se acha a última coca-cola - mas consciente de que é a campeã inglesa. Vamos jogar contra uma equipa matadora no contra-ataque que conseguiu bater os tubarões ingleses no ano passado. No meio deles está um argelino que gosta de nos marcar golos. Vamos jogar contra uma equipa entrosada. Vamos jogar contra uma equipa bem organizada. Vamos jogar contra uma equipa que esvazia o tanque.

Qual é o segredo para a vencer? Fazer exactamente o mesmo. Deixar tudo em campo. Não jogamos em contra-ataque mas temos criatividade e vontade. Temos bons jogadores. Temos raça, superamos montanhas. Mas, principalmente, temos uma enorme força:

Jogamos melhor contra quem quer jogar e contra quem quer ganhar.

Por isso, para cima deles, carago! Sem medo, olhos nos olhos, para ganhar, conscientes, contudo, que empatar também não ofende. Estaremos no bom caminho para o apuramento com um bom resultado. E isso é o mais importante.


Casillas, Maxi, Boly, Marcano, Rúben Neves, Brahimi, Depoitre, André Silva, Adrian López, José Sá, Alex Telles, Herrera, Corona, Diogo Jota, André André, Layún, Danilo, Otávio, Felipe e Óliver.



ADENDA: O Chris Forryan, do blog Leicester Till I Die, gentilmente endereçou-me umas perguntas pré-match, que com muito gosto respondi aqui. Uma iniciativa de um fair play muito interessante, que saúdo vigorosamente. Thank you Chris! Best of luck to the Foxes - just not tonight! :D

domingo, 25 de setembro de 2016

Discurso à Porto


"Só jogámos 45 minutos. Espero que para os meus jogadores seja uma lição e que não volte a acontecer: não quisemos jogar os primeiros 45 minutos, não estávamos disponíveis para o jogo, perdíamos a primeira e a segunda bola. Sofremos um golo de bola parada e outro na sequência de um lançamento de linha lateral. Ando no futebol há muitos anos, mas isto, para mim, é inadmissível. Não consigo admitir as pessoas, os profissionais, não quererem jogar futebol. Se o Paços de Ferreira estivesse a ganhar 4-0 ao intervalo mas a merecer e a jogar bem, com mérito, aceitava naturalmente. Assim, não!"

"O futebol tem de ser levado com seriedade, mas as pessoas têm que se divertir. As pessoas divertem-se a discutir e falar de futebol no país, e ainda bem. O que tento sempre alertar aos meus jogadores é para serem leais e sérios desde o primeiro ao último minuto, respeitando o futebol"

Estas declarações foram proferidas por Nuno Capucho, treinador do Rio Ave, há pouco, após a derrota com o Paços de Ferreira, fora. Na semana passada, o Rio Ave havia ganho ao todo-poderoso Jesus e o seu sportem por 3-1. Nem por isso Nuno Capucho se deixou deslumbrar e embandeirar em arco.

Outra coisa que Nuno Capucho não fez foi escudar-se em lugares comuns e discursos vazios nem fugir às suas responsabilidades. Já no ano passado, treinando o Varzim SC, foi lapidar e cortou como um punhal o laxismo dos seus jogadores!

Este é o verdadeiro discurso à Porto. Esta é a verdadeira personalidade de um treinador exigente, ambicioso e rigoroso. Espero um dia que possa ser treinador do Futebol Clube do Porto. Mística, claramente, não lhe falta. É assim que um treinador impõe a sua lei no balneário! Não duvido que os "meus caxineirinhos" vão fazer um grande campeonato!

Não tenho dúvidas que todos os jogadores crescerão e evoluirão com esta bitola. Espero que NES esteja atento ao seu ex-colega....

sábado, 24 de setembro de 2016

Análise FC Porto 3-1 Boavista FC - Dores de Crescimento


Foi um FC Porto adolescente o que vimos ontem no Dragão. Entrou descuidado, levou um golo em fora de jogo e reagiu bem. Por momentos, ou seja, toda a primeira parte, vimos o FC Porto a ser Porto, a ir para cima do adversário, a finalmente começar a rematar, a procurar furar a enésima muralha-autocarro contra si e a consegui-lo fazer com toda a justiça e mérito. Depois do belo golo de André Silva aos 18', não deixou de ir para cima até à vantagem. Até aos 45 minutos, tínhamos a promessa de um FC Porto a fazer lembrar a matriz Portista clássica que nos deixava expectantes.

Só que a segunda parte começou lenta e estranha, sentiu-se uma certa incomodidade e ansiedade na gestão da vantagem por margem mínima e da procura do golo da tranquilidade, que só chegou muito mais tarde, aos 86'. Houve muito desposicionamento, muita bola pelo ar (muuuuuuuuuuuuuita boooooooooooola peeeeeeeeeelloooooooooooooooooooo aaaaaaaaaaaar)  e muita "aflição" que não se entende. Felizmente, foi nesse período que também se viu o melhor Danilo a cortar bem bastantes subidas e ataques Boavisteiros.

Há que saber ter calma, segurança e só parar - descansando com bola - aos 4 ou 5 de vantagem. 

Ainda assim, bons sinais individuais e colectivos, que só precisam de de treino, persistência e rotina. Não podemos esquecer que é uma equipa nova, em crescimento. Esperemos então essa consolidação. Vamos a notas.


Otávio - O nosso "camisola 10" - e sim, é por dentro que ele está melhor - teve garra, luta e procurou sempre, sempre o golo. Faltam-lhe pilhas para aguentar o jogo todo. Mas, juntamente com Óliver - hoje não tão bem, também porque acabou por fazer o trabalho que eu acho que deveria ser de André André - é cada vez mais o eixo que faz rodar a roda. A agressividade de Otávio é inspiradora. Talvez consiga passar um pouco dela aos colegas.

André Silva - Irrequieto, intenso, dado ao jogo, bisou e chutou para canto as críticas que já estavam a mandá-lo abaixo do precipício à sexta jornada. Ficou-me na retina a pressão sempre grande que fez ao guarda-redes e o apoio defensivo que nunca abdicou de fazer. É evidente que há coisas a melhorar - o passe de Adrián aos 60' que o põe em frente ao guarda-redes merecia ter sido uma assistência, por exemplo - mas o caminho faz-se caminhando, e com golo há mais latitude.

Alex Telles - Intensíssimo na defesa, com excelente critério no ataque, rapidez na dobra e remate potente - o golo foi merecido e aos 91' deveria ter vindo outro - Alex Telles é um titular indiscutível no lado esquerdo da defesa. Uma excelente contratação.

Pequenos grandes sinais - Apesar de menos incisivo no ataque, Óliver nunca deixou de estar um pouco por todo o lado e de atacar todas as bolas e procurar dar critério ao jogo, Felipe e Marcano foram excelentes pelo ar e fortíssimos nos cortes, sendo que o segundo foi melhor que o primeiro na saída a jogar, Adrián fez o melhor jogo que o vi fazer de azul e branco, com grandes pormenores e muita garra e intensidade, já a fazer por merecer o golo que tem procurado e que cimentará a sua importância até junto da massa adepta - para mim é só uma questão de tempo - Diogo Jota entrou muitíssimo bem, tem uma energia e velocidade que, estou certo, irão ser decisivas e Brahimi teve uma entrada absolutamente fulgurante, que vai criar dores de cabeça positivas a NES. Tudo isto demonstra que há soluções e qualidade para um futuro mais risonho.

Adeptos - Foram absolutamente essenciais para a vitória. Está cada vez mais fácil de ver que o Dragão premeia o esforço e a entrega ao jogo dos jogadores, e apenas exige de volta empenho e luta. Os meus parabéns a todos! Foram o 12º jogador!


Ó meu senhor, por quem é! - A coisa que mais me irrita, no entanto, é a maciez tão pouco característica do ADN Porto que os jogadores apresentam. Layún deixa os extremos adversários a progredir na ala sem meter o pé, esperando antecipar-se para fazer o corte, bem como, no fundo, também a grande maioria do jogador do FC Porto parece ter medo de meter o pé. Será pela lesão ou medo de amarelos? Nenhuma é justificável! Esta casa foi feita por Bichos e homens duros! Não há cá meninos e betinhos bem educados! Toca a acordar, povo!

Consistência - Não pode, no mesmo jogo, haver momentos de um futebol dinâmico e atraente, e logo a seguir estar a descer linhas como equipa pequena, com medo do golo da igualdade, sem absoluto domínio de jogo que traduza a superioridade clara da equipa Portista sobre o adversário! Evidentemente, acredito que seja apenas e só pela razão circunstancial de que se está a afinar um modelo, a criar um onze e a assimilar a forma de jogo. Mas não se pode continuar a ver no rosto dos jogadores a incapacidade da percepção de qual é o seu papel. A rever antes de terça.

Gamanço - Hoje vou dar uma de Silva e dizer que não me venham falar de erros defensivos em lances irregulares. Se o lance é irregular significa que a defesa se adiantou - e bem - à posição do ataque boavisteiro. Isso é uma boa ou má prática?? Para além disso, mais dois penalties gamadinhos pelo gatuno Nuno e um critério disciplinar absolutamente díspar, a permitir a agressividade, o queimar de tempo, e a violação da área restritiva por parte de uns, enquanto aos da casa nada era permitido - vide amarelo a Brahimi. Vir, no fim, o senhor Sanchez ainda dizer que tinha jogado contra 14 é de uma cara de pau inominável! Haja vergonha, senhores, é a quinta vez em seis jogos!

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Antevisão FC Porto - Boavista FC (6ª Jornada) - Jogar à Porto, Sem Hashtags


Não é, creio eu, necessário dizer mais nada. Se Nuno Espírito Santo anda pelas redes sociais, se lê ou se está atento às opiniões acerca de si e da equipa onde treina, já sabe o que lhe pedimos: intensidade, luta, nervo, raça.

É claro que falta muita coisa, mas se a entrega for total, se não jogarem à Porto apenas dez minutos em cada jogo, se carregarem e pressionarem como se lhes exige, todos estaremos com eles, e os onze tornar-se-ão doze

É este o segredo do FC Porto, independentemente do esquema e dos jogadores - o suar da camisola, o ir às bolas como se do último fôlego se tratasse. O resto é rotina, treino, repetição, insistência.

Ninguém tem dúvidas que, pelos menos, se espera que daqui a um mês se esteja melhor, com os processos mais consolidados mas, para já, há que partir daquilo que não é treino - a intensidade, o nervo e a raça

É possível que as primeiras vitórias sejam mais difíceis. É evidente que a máquina mais oleada trabalha melhor. Mas esse caminho tem de ser feito. E ele só vem repetindo onzes, padrões e ligações.

Por um FC Porto à Porto, independentemente de quem vier pela frente. Lá estaremos para fazer a nossa parte. Façam vocês a vossa.


NOTA: Bem sei que este não será, com certeza, o onze que NES apresentará. Mas é o que eu tornaria a base do FC Porto em 90% dos jogos do campeonato.

Danilo era o trinco carro-vassoura do duplo pivot para varrer e "botar corpo" no jogo, Rúben seria liberto para dar fluidez, critério e velocidade ao jogo com a sua superior leitura do jogo - mas sendo instruído para também usar o potente remate exterior que tem - permitindo aos nossos três geniais criativos liberdade para oscilarem nas posições e fazerem combinações, tabelas, desmarcações e passes açucarados - mas também com liberdade para rematar. Na frente André Silva estaria liberto para ser o 9 excelente que sabe ser, sem ter de andar constantemente a mexer-se de cá para lá e sem ter de ir às bolas todas.

Naturalmente, Danilo Pereira seria o meu Capitão do jogo. Este onze tem uma boa defesa, um excelente ataque, golo e capacidade criativa para levar de vencidos os jogos. Porque não somos assim tão maus. Temos é de deixar de andar em variações constantes e estabilizar.

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Nervo


Tem sido amplamente partilhado o vídeo da "coça" que Bernardino Barros deu no Porto Canal à falta de nervo que os nossos meninos tiveram nos últimos dois jogos, frente ao Copenhaga e ao Tondela. Estou, naturalmente, de acordo com BB. Acho é que há uma razão para que isso não aconteça: faltam exemplos.

Uma estrutura silenciosa não tem nervo. Uma estrutura que quer imitar uma realidade que não é a portuguesa de 2016 (esperemos que seja em 2046...) mas sim a britânica, onde os organismos funcionam bem - já perceberam que uma liga forte assenta no equilíbrio das equipas da mesma e também que uma arbitragem que não seja directamente tendenciosa beneficia o interesse no próprio jogo - indiferente à corrupção que grassa os jogos, seus e dos seus rivais, não é um exemplo de coragem e de atitude para os jogadores.

Não há exemplo hermético de um treinador, quando NES partilha frases inócuas no Facebook ou diz um chavão gasto e sensaborão nas conferências de antevisão dos jogos, e daí não há espírito nem motivação de liderato.

Não há Capitães à Porto no campo porque, vá-se lá saber porquê, o único critério de Capitania assenta no tempo de equipa A, que põe Herrera, Rúben, André André e Marcano na sucessão de Capitania do FC Porto. O primeiro tem na sua boa índole a sua principal característica de personalidade. É, segundo me consta, uma excelente pessoa. Tem zero de nervo. Rúben é demasiado novo. "Azul e branco é o coração" está no seu braço tatuado, mas ainda não impõe respeito a quem quer que seja - natural, pela sua idade. Não duvido que tenha rasgo mas ainda não tem gravitas. André André, lamentavelmente, não herdou o mau feitio do seu pai, é demasiado sorridente e sossegadinho para "crescer" sobre um árbitro. Houve, aliás, uma imagem de André André a rir-se com o árbitro que me assustou. E Marcano é certinho, competente e, no meu entender, bom central, mas a sua timidez vê-se de Plutão.  

O critério da Capitania deveria ser o nervo. Nenhum Capitão pode ser mole, falar sem intensidade e sem impor respeito. Nenhum Capitão deve ser suave ou sorridente ou sequer "pedir por favor". Nesse sentido a minha hierarquia de Capitães seria Casillas, Danilo e Layún. 

Para mim não faz, nem nunca fez, nenhum sentido que o Capitão de uma das maiores equipas do mundo, durante anos, e Capitão de uma selecção campeã do mundo, pudesse ser um simples jogador nesta equipa. Ele é admirado transversalmente pelos colegas, respeitado pela maioria dos intervenientes no jogo e sabe perfeitamente o que é ter a atitude certa para falar olhos nos olhos com árbitros e qualquer agente desportivo. A forma como ele reagiu, durante e  depois do jogo com o sportem, na flash interview - e que ninguém se atreveu a contestar! - foi incisiva, directa e lapidarmente admirável. Por mim, a partir daquele momento, não mais largaria a braçadeira do FC Porto.

À parte dele, Danilo é um jogador de campo constantemente a corrigir os colegas, a dar reprimendas e a responder com coragem às decisões. Não estaria, nunca, longe das reclamações enquanto Capitão. O discurso é forte e a agressividade em campo absolutamente insuperável.

Miguel Layún é um exemplo para os colegas e adeptos. A entrega ao jogo é inexcedível, é raçudo e intenso, vai às bolas e não deixa de lutar até final. Tem, também, o discurso bem correcto e equilibrado e fora do campo é absolutamente excepcional.

Estes são apenas exemplos de coisas simples que, não resolvendo tudo - longe disso - poderiam dar o click fundamental para a recuperação do nervo que se exige a um jogador à Porto e que se tornasse galvanizador para as vitórias que dariam campeonatos.

Ás vezes as grandes mudanças começam em pequenos passos.

domingo, 18 de setembro de 2016

Análise Tondela 0-0 FC Porto - Perder Pontos Por Falta De Comparência


Perguntas: Como  se pode explicar que o treinador de uma equipa faça uma análise correcta sobre o que se fez mal no jogo só depois de ele acabar? Se é percetível - vê-se da Lua! - que o FC Porto não consegue concretizar, chegar à área com acervo e critério, quem melhor do que esse mesmo treinador para fazer essas alterações, ele que trabalhou durante a semana a equipa, ele que (supostamente) sabe os seus pontos fortes e fracos de trás para a frente?

Não tenho respostas, honestamente. Mas sei que dar uma parte de oferta - z e r o remates - não é prática, que só acordar para a vida aos 70 minutos, já na fase do "ó-tio-ó-tio" ainda pior é e só começar a criar oportunidades a dez minutos do fim é inadmissível.

O FC Porto não é equipa pequena, não lhe basta ter o controle do jogo, nem joga para empates. Estamos todos, colectivamente, enquanto inexcedíveis adeptos e sócios, cansadíssimos de ver um FC Porto mole e amorfo, preocupado em controlar e rodar, e passar e passar e passar. Queremos e exigimos um FC Porto incisivo, atacante, pressionante e dominador mas, principalmente, com sentido de baliza e de golo.

Não temos nada disso. Temos, sim, um conjunto de boas e bem falantes intenções e quases

Não vale a pena falar de nada mais. NES tem 5 dias para pôr o FC Porto a jogar futebol. E o resto é conversa!

PS - Não me falem de arbitragem. Para reivindicar é preciso fazer os serviços mínimos. E aqui, neste blog, muito se disse que não se pode pôr a responsabilidade da vitória num miúdo. Não comecem a bater assim.
 
E muito importante. Os meus caxineirinhos do Capucho espetaram 3 batatas ao sportem. Seríamos líderes. E agora eu pergunto: quantas mais oportunidades teremos de recuperar pontos assim? É assim que se perdem campeonatos!

sábado, 17 de setembro de 2016

Antevisão Tondela - FC Porto (5ª Jornada) - Nivelar Por Cima


Após o desaire europeu - foi um empate, não uma derrota, como vi por aí escrito - é tempo de fazer aquilo que foi sempre apanágio do FC Porto: fazer o próximo adversário pagar a factura.

O Tondela não é uma brincadeira. É uma equipa intensa e pressionante, que defende bem e e tende a ser bem complicada para com os grandes. Há que haver humildade e compromisso para aquilo que é veradeiramente importa - o campeonato. 

Só uma equipa sufocante e com elevado sentido de baliza, sempre à procura de mais e mais golos, poderá levar de vencida o Tondela da forma categórica necessária para que o adepto Portista possa, finalmente, sentir que há um rumo e uma vontade à Porto no FC Porto.

Chega de brincadeiras e oscilações! Chega de "relaxamentos"! Não há nada para "relaxar"! Estamos atrás, partimos de trás e temos muito a provar!

Não importa contra quem joguem os nossos adversários ou o seu desempenho, se fizermos o nosso trabalho sempre, seremos campeões! Compromisso, união, garra, luta e intensidade são as ferramentas para conseguir esse objectivo!

Até à vitória, por um FC Porto à Porto!


sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Do 80 ao 8 Em 2 Segundos


Não me cessa nunca de espantar a absoluta bipolaridade dos adeptos de futebol, no seu geral. Não só nos adeptos Portistas como de todos os outros clubes, se o clube ganha está tudo bem, se o clube perde está tudo mal.

Ora, se ontem não éramos Deuses, agora não somos párias. Não estava tudo bem, temos um plantel que é o que é, bastante jovem e com algumas áreas sensíveis e um treinador que, pese embora o discurso, é, também ele, inexperiente, com tudo o que isso tem de bom e de mau.

Esta foi a equipa que ganhou à Roma no seu Olímpico, esta foi também a equipa que empatou com o Copenhaga. Mudou uma coisa: a forma como o jogo foi encarado. Danilo falou de um "relaxamento" na segunda parte. Essa palavra traduz toda a psicologia por detrás da questão. O jogo foi encarado de uma forma leve, à semelhança do Dínamo em casa no ano passado. As contas de cabeça foram feitas com vitórias garantidas e pontos "fáceis". Não existem.

O FC Porto tem de voltar a ter compromisso. O FC Porto tem de voltar a ser matador e intenso. O FC Porto tinha de voltar a pôr os pés no chão. E tal tem de começar imediatamente. E nada como uma lostra na cara para acordar da miragem.

Nuno Espírito Santo foi uma aposta pessoal de Pinto da Costa. O seu estilo de jogo é conhecido: menos posse, linhas mais baixas, futebol de transições rápidas. É com este modelo de jogo e todas as suas vicissitudes por ele apresentadas que vivemos. Mas há mais a ter em conta.

A juventude de André Silva, por exemplo, terá de fazer com que se tenha de ter tolerância para tudo o que não está limado, para as suas oscilações de forma. É tudo natural e não é culpa do miúdo. Foi insistentemente pedido pelos adeptos ("André Silva, allez!") mas não pode ser responsabilizado por ser a melhor solução atacante do plantel. 

De resto, toda a disposição dos jogadores, todas as opções de pôr a jogar um em detrimento de outro em jogo, são do treinador. Mas este também não pode ser bode expiatório do vulcão instável que é a relação Clube-adeptos no FC Porto. As vitórias vêm de cima, as derrotas também. 

Não há margem de tempo, não há espaço pontual e não há desnível de qualidade para com os nossos rivais que nos permita ter tempo para ter tempo. Se NES não sabe isso, deveria saber. Corremos de trás, corremos por fora. Está na hora de nos capacitarmos disso.

Se começam os assobios por dá-cá-aquela-palhinha vamos estar constantemente a começar do zero. 

Há que dar uma certa margem. Mas também há que relembrar que não podemos estar "relaxados". O resto são opções. E quem é responsável por elas terá de o assumir. Não resta mais do que encarar o Tondela como a final da Champions. Quem não o fizer estará certamente tolo. E no Clube errado.

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Análise FC Porto 1-1 FC Copenhaga - Inócuo (1ª Jornada Champio


"Não fomos a equipa que queremos ser e não fomos durante todo o jogo. Não primeira parte não fomos eficazes, demos demasiados momentos ao Copenhaga. A equipa tinha um plano de jogo e esse plano deveria ser cumprido com rigor perante os problemas. Esse rigor seria a forma de resolver os problemas.

Marcámos primeiro, tivemos mais oportunidades, mas não deveríamos ter permitido o golo do Copenhaga. Após o golo do Copenhaga quisemos reagir, quando antes deveríamos ter continuado à procura do segundo, do terceiro golo. Essa é a equipa que queremos ser, uma equipa eficaz.

Chegámos cedo ao golo, tivemos mais oportunidades e tivemos muita posse de bola. Mas queremos ter posse de bola com golos."

Se Nuno Espírito Santo diz isto, pouco mais há a dizer, a não ser alguns complementos. Contra pinheiros altos, bolas pelo ar e passes em profundidade são facilmente anuláveis. Temos qualidade nos jogadores e criatividade para poder fazer trocas rápidas e abrir espaços.

Jogamos lentos, parados e amorfos. Tal como esperava, no subconsciente dos jogadores estava a "superioridade" Portista. Nada mais errado. Os resultados são feitos no jogo. E não há vencedores antecipados.

Herrera e Casillas fizeram duas exibições pavorosas. O primeiro não deve ter percebido a velocidade a que tem de jogar neste lado do Atlântico. Também, a opção de pôr Herrera mais à frente do que Óliver... mas, mesmo assim, de frente para a baliza não remata, chega atrasado a passes e a tabelas... acho que está na hora de "descansar" um pouco no banco. Casillas, por seu lado, não pode tremer como varas verdes cada vez que lhe chegam à beira pelo ar. Afinal, não é ele o experiente multicampeão? Treinar segurar a bola e sair aos cruzamentos, se faz favor!

Para terminar, fica então a lição de humildade deste jogo, onde só Danilo esteve bem na sua função. E uma noção fundamental: golos não surgem de geração espontânea. Sem remates não se marcam golos. Sem jogadas não se fazem remates. 

Para a frente é que é caminho. Mas há muito trabalho pela frente, sem duvida. E com os pezinhos no chão, se faz favor! 

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Antevisão FC Porto - FC Copenhaga (1ª Jornada Fase de Grupos Champions)


Não gosto nada - mesmo nada - deste estilo de jogos. Não gosto de jogos onde somos "favoritos". São os jogos que têm tudo para correr mal e muito pouco para correr bem. Se ganhamos, é natural, se perdemos pontos é uma desgraça.

Não gosto do sub-consciente nestas partidas, não gosto da humildade falsa do treinador do Copenhaga - coitadinhos de nós, vamos jogar à defesa e no contra-ataque - não gosto dos músculos relaxados e do olhar menos focado.

No entanto, este ano tenho mais fé do que no ano do Maccabi de Telaviv. Nuno Espírito Santo foi peremptório - são os campeões dos países. Nós, não.

É, por isso, fundamental fazer um jogo sério, competente e eficaz. É o que se espera. É o que se deseja. É preciso tentar encarar o Copenhaga como um Chelsea ou um Barcelona. 

Sei que tal não é possível, mas acredito num FC Porto focado e organizado, não displicente e com vontade de procurar a vitória com toda a força, sabendo que esta não está garantida, de forma alguma!

O bom de ter de suar sempre pelas coisas - até as mais simples - é que nunca se conta como garantidas as coisas que têm de ser ganhas primeiro! Lá estaremos, todos juntos, a ser o 12º jogador, no nosso palco habitual - a Champions League.


NOTA: Para abafar as declarações de Talisca, criou-se por aí um falso "caso" com as declarações de Aboubakar sobre o FC Porto. A única coisa que ele disse é que NES não contava com ele. E isso é rigorosamente verdade. Tudo o resto é misdirection

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

A Indignação E A Revolta Perante Um Silêncio Evidente E Incómodo


Ontem aconteceu algo que é extraordinário. Todos os comentadores - Rodolfo incluído - foram curtos e grossos na defesa da realidade do roubo que acontecera no sábado.

Se vim feliz do Dragão pela união que vi entre adeptos e equipa, não escondo que mais fiquei quando vi Miguel Guedes a ser tão directo e frontal na denúncia desta escandaleira, em plena ira, dizendo que não nos vamos calar neste absurdo.

A voz de Miguel Guedes fez cair a máscara de Oliveira e Costa, quando este diz que poderíamos gritar, de nada nos servirá, gritaremos ainda alguns anos, o poder não nos pertence. Para bom entendedor, meia palavra basta. Nojento.

Surpreendentemente, também Rodolfo faz um paralelo indesmentível entre os lances Portistas e os que aconteceram em Alvaláxia, que fez cair, ainda mais, a máscara à ratazana. Ficou bem claro a cor verdinha dos olhos do rato.

João Alves do fifica aproveitou para perguntar a Inácio sobre a utilização do filho do presidente do Conselho de Arbitragem, uma vez que se demonstra que não haveria nenhuma razão para a sua inclusão na academia do sportem.

No entanto, se ficamos felizes com esta união até de paineleiros na resposta a  esta ladroagem que grassa neste campeonato, vai-se tornando cada vez mais evidente a pergunta que é o elefante no meio da sala:

Se todos veem a evidente roubalheira que está a ser este campeonato, PORQUE NÃO FALA A SAD PORTISTA?


Só se vislumbram três motivos. Ou alguém detém alguma informação comprometedora sobre o Presidente e/ou membros da Direcção, que exige o silêncio dos mesmos, estando estes agrilhoados em chantagem, ou é uma questão estratégica para não prejudicar a nossa suposta "imagem exterior" e a "marca", ou bem que é puro desinteresse e alheamento da realidade.

A primeira exigiria que o Presidente mudasse a sua função. Não teria que sair do FC Porto, longe disso, poderia ser ainda Chairman, Presidente Emérito ou outro cargo honorífico semelhante, mas é certo que o FC Porto não pode sofrer ou prejudicar-se por causa de problemas pessoais. Esta hipótese não parece plausível, porque não duvido do Amor ao Clube por parte do maior Presidente da História, e não tenho a menor dúvida que já teria caído sobre a sua espada se tal se exigisse.

O segundo e terceiro casos necessitam de uma mudança de política urgente e uma atitude condizente com os tempos. Negar-se a compreender esta realidade significaria que, muito cedo, os adeptos deixariam de estar com a Direcção e tal não seria positivo para ninguém.

Temos uma equipa forte, com jogadores aguerridos e um treinador que está a devolver o ADN Porto à equipa. Para lá disso, temos um forte apoio dos adeptos e uma defesa inequívoca por parte dos comentadores nos programas televisivos.

SÓ FALTA QUE A SAD OS DEFENDA EM TERMOS. É AGORA O TEMPO DE TAL. DEPOIS SERÁ TARDE!

Espaço Z - "Apanhado"

1. Analisando a fundo todas as opções, questões de estabilidade na equipa técnica e do próprio plantel, organização interna, penso que partimos para esta temporada um pouco atrás dos nossos rivais na luta pelo título. Quer isto dizer que não podemos sonhar/acreditar no trabalho dos nossos rapazes? De todo. Significa apenas que teremos uma muito menor margem de erro; não podemos almejar a conquistar uma prova de regularidade e perder com Aroucas e Tondelas em casa, ou continuar a não conseguir ganhar um jogo ao medíocre Marítimo nos Barreiros. Temos de ser mais, correr mais, jogar mais, lutar mais. E isto tudo, sabendo que temos menos opções de qualidade do que Sporting e Benfica. E não há problema nenhum em reconhecê-lo: o primeiro passo para a glória costuma estar em conhecermos a fundo as nossas debilidades e defendermo-nos delas. Penso que haverá mais alguma qualidade em termos globais face à época passada (e o facto de não haver Suks ou Maregas a agredir a bola ajuda nesse aspecto), mas há algumas debilidades em posições fulcrais que deixam algumas preocupações - especialmente no sector mais recuado. Uma lesão ou um castigo podem trazer-nos alguns amargos de boca. Mas bom, só tivemos 5 meses para preparar esta nova época, e quem consegue fazer um bom trabalho num período tão curto de tempo, hein? Quem consegue? 

2. Muito se falou na altura sobre a escolha do novo treinador do FC Porto. Teria de ser assim e assado, com uma personalidade cozida e assada, a jogar na táctica 2-5-3 ou 7-2-1, e que falasse 3 línguas diferentes. Falou-se muito, analisou-se muito, e talvez se tivesse exagerado um pouco nas expectativas criadas. NES dificilmente seria a escolha de muitos de nós, mas talvez acabe por fazer sentido se olharmos para a nossa capacidade negocial actual (muito próximo do ridículo), para o "cemitério" em que nos tornámos nestas últimas épocas, na ausência dum plano desportivo a médio/longo prazo, talvez seja uma das opções que fazem sentido. Confesso não ser um admirador do estilo de jogo que NES promove - especialmente não sou nada admirador da sua actividade de redes sociais, regada de frases clichê, de alguém que tem de se capacitar da dimensão e responsabilidade de treinar um clube como o FC Porto - mas confio muito na seriedade do seu trabalho (e de toda a sua equipa técnica) e na capacidade de conseguir, mesmo que não deslumbrando, fazer do FC Porto uma equipa competente, personalizada, que mande na sua própria casa e que, acima de tudo, não encare nenhum adversário com receio nos olhos e nas pernas. Como sempre acontece, NES terá a minha total confiança para a época em curso, e espero que a massa associativa lhe consiga dar a tranquilidade necessária para que desenvolva o seu trabalho em paz. Talvez seja altura de pararmos de dar contribuições tão generosas para continuar a "enterrar" treinadores dentro das nossas portas.


3. Otávio, André Silva, João Teixeira, Óliver, Corona, Ruben Neves... Nestes nomes (quiçá noutros que não referi) reside o futuro a curto/médio prazo da nossa equipa de futebol. Sem estatísticas nas quais me possa basear, não tenho dúvidas de que a bola rola de outra forma quando temos estes jogadores em campo. E se a bola rola doutra forma, as probabilidades de ganhar jogos serão maiores. Nem só de correr muito, morder a língua e bater muito no peito se faz um jogador "à Porto"; nem só de talento se faz um jogador "à Porto"; terá de haver uma equipa equilibrada, de jogadores comprometidos com a vitória, e que tenham inteligência em campo. Um meio-campo com Danilo, Herrera e André André deixa-nos dependentes de fogachos individuais de algum dos 3 da frente. Espero que NES tenha conseguido perceber isso. Os melhores jogadores têm de jogar. Independentemente de apelido, nacionalidade ou idade. 

4. Por vários motivos, sinto-me mergulhado no final da década de 90, ou no final da primeira década deste milénio. E denoto laivos de Benfica e Sporting dentro do meu clube. Má gestão, negócios ruinosos, guerrilha interna. Discursos vazios, dirigentes escondidos, caos organizativo. Dá a sensação de que tudo é planeado em cima do joelho, quase nunca com os nossos melhores interesses no horizonte. Lembro-me dum tempo em que, com quase toda a estrutura directiva que hoje nos lidera, seguíamos com um avanço de 3 temporadas jogadores com potencial. Que os jogadores se "matavam" para vir cá parar (mesmo que não oferecêssemos ordenados superiores aos dos rivais). Neste momento temos o líder máximo do clube a aparecer a terreiro apenas depois de vitórias, com um discurso oco, com promessas que não se cumprem, cada vez mais afastado dos sócios e adeptos, esquecendo decerto que somos nós o combustível desta grandiosa instituição. E que se não temos memória curta, e nunca esqueceremos quem nos deu tudo o que podíamos querer, faremos cair com igual estrondo quem nos tratar como mentecaptos, meros clientes duma empresa privada. E convém que não haja medo de dizer e pensar tudo isto, mesmo sabendo do alcance das garras da Guarda Pretoriana que protege a cúpula do clube e da SAD. Passo bem sem a minha roseta de 25 anos de associado (que já cá devia cantar há cerca de 4 anos), mas que ninguém pense sequer em tentar fazer sombra ao meu clube. Ninguém! Estou convicto de que, de agora em diante, será no sentido da tribuna e não no sentido do relvado que seguirá a contestação se (Deus nos livre!) algo correr mal.

5. Não tenham dúvidas: a nomeação do árbitro e a respectiva actuação no jogo em Alvalade foram a prova mais do que óbvia de onde se situa o "centro de decisão" neste momento. Retirando o jogo de Campo Maior, um outro em Alvalade em 02/03 e o de Barcelos na primeira época de VP, não me consigo recordar dum escândalo tão claro e nojento como o do jogo de Alvalade. Um resultado de 0-1, em que o FC Porto tem o controlo dos acontecimentos, praticamente sem ser incomodado, é transformado num 2-1, com dois golos feridos de ilegalidade (nem sei escolher qual deles o pior). Obviamente que uma equipa ainda em fase de crescimento, com tudo o que penou na época passada, a jogar fora de casa, ainda por cima contra um rival forte como o Sporting, teria uma tarefa muito complicada para tentar inverter o rumo dos acontecimentos. Expulsões perdoadas, mãos na bola, foras de jogo mal assinalados... E ainda há por aí quem consiga criticar a equipa? Quem critique a cor da camisola nesse jogo? Tenham juízo! Há jogos com erros arbitrais, e há jogos como o de Alvalade: "Calabotadas" do séc. XXI. E neste ponto, não hesito em afirmar: quem tenha visto um Porto amorfo e incapaz, depois das incidências vergonhosas do jogo de Alvalade (especialmente na 1ª parte), pode arrumar o cartão de sócio e ir apoiar o FC "Caralho Que o Foda". Foi assim, irritado, que me deixou o jogo de Alvalade. Deal with it!


6. Falhei em larga escala na fase final da época passada, no que diz respeito ao Andebol. Por falta de tempo, demorei bastante a conseguir ver os jogos todos das meias-finais contra o Benfica, e acabei por deixar arrastar o assunto, assim como a nossa equipa de andebol terminou a época: a arrastar-se. Li em diversos locais da bluegosfera que perdemos devido às arbitragens; eu estou em completo desacordo. Ricardo Costa não teve unhas para o potencial que tinha em mãos na época passada (estaremos cá para ver se as unhas entretanto cresceram), e brincou um bocado com a sorte depois da paragem de Janeiro. Uma equipa que despontou em anos anteriores pela agressividade na defesa, velocidade na transição, e condição física global, acabou a temporada de rastos, numa fase em que teve muito menos jogos do que o rival das meias finais. Mas para além da questão física, foi confrangedor ver o banho táctico que Mariano Ortega deu a Costa nas meias finais. Conseguiu colocar o jogo do Porto onde sempre quis (nos nossos piores jogadores em termos de tomada de decisão), em Gustavo e Cuni, forçando-os a cometer inúmeros erros; e foi aproveitando as ofertas, mais a supremacia física e anímica. Uma equipa limitadíssima conseguiu dar um festival táctico ao plantel mais forte da época transacta, e possivelmente o mais forte dos últimos 8/9 anos. Vou mais longe: até o jogo que o Benfica perdeu no Dragão Caixa, foi por clara decisão de Ortega, que decidiu rodar a equipa já a pensar na meia-final da Taça Challenge na Rússia, e com a possibilidade de resolver o playoff com o FC Porto já na Luz. Assim aconteceu. Ricardo Costa mostrou que não só não teve unhas para o Ferrari que lhe caiu no colo (literalmente no colo dum treinador com 1 ano de experiência na 1ª divisão), como é um treinador pouco inteligente. Querer uma ruptura total com os princípios de jogo que nos deram, pelo menos, 6 títulos, principalmente depois de um upgrade como a que a nossa equipa teve (com as entradas de Areia e de Rui Silva, principalmente) revela teimosia, falta de qualidade como treinador ou, mais assustador ainda, ambas. 

7. Para esta temporada, o FC Porto parte no grupo da frente, como sempre acontece, mas com uma baixa importantíssima: Gilberto Duarte. E sem Gilberto, qualquer equipa fica mais fraca. Convençamo-nos duma coisa: ver um talento como Gilberto a jogar com as nossas cores foi algo que poderá não se repetir tão cedo (só porque acho difícil que Miguel Martins se segure por cá muito mais tempo). Este tipo de jogador é insubstituível, e vai levar algum tempo a que a equipa se readapte a jogar sem Gilberto. Dos reforços, tirando Carrillo, tudo me parece muito medíocre para ser verdade. Contudo, hey, alguém tem de continuar a pagar as comissões ao Prof. Magalhães! E o que está a dar é ir buscar jogadores com ombros destruídos à Croácia, brasileiros de qualidade muito duvidosa, ou fazer acordos com a Federação de Cabo Verde (a nova Cuba do FC Porto), trazer para cá um saco de jogadores a troco de uns cobres, e enviá-los para a 2ª divisão para ganhar rodagem. É, eu sei muitas coisas. E hoje apeteceu-me debitar isto tudo. No andebol as coisas funcionam assim, por cunhas e jogos de bastidores. Se alguém tiver interesse em saber o rumo dos treinadores que "gravitam" em torno do FC Porto, FC Porto B e clubes "irmãos" (ISMAI, Colégio dos Carvalhos, FC Gaia... por aí fora), decerto terá surpresas desagradáveis. 

8. Tenho estado afastado desta (um bocadinho minha) "casa", mas sempre em cima do acontecimento. Continuo a não perder uma crónica do Jorge, do Miguel, do Silva, do Vila Pouca, do Bertochini, e do TdD. Continuo a gostar de ler opiniões diferentes, mas que transbordam portismo por todos os poros. Precisamos todos desse sentimento: é disso que é feito o clube. Dos associados. Dos adeptos. De quem respira FC Porto. Daqui a umas horas o Mundo terá um novo Portista. Meu filho, mas filho do Porto. Do FC Porto. Conto convosco, bloggers e leitores, para me ajudarem a trazê-lo para a família portista e fazê-lo perceber que também ele é "o" FC Porto. 


Um abraço,

Z.

domingo, 11 de setembro de 2016

Análise FC Porto 3-0 Vitória SC - Contra Tudo E Contra Todos, Encontrando O Caminho


Com um sistema de jogo novo - o 4x4x2 é tão melhor para baralhar marcações e criar soluções - foi natural que, no início, nos primeiros 20 minutos, o FC Porto ainda se estivesse a acomodar a orientar as peças. Mas a verdade é que, após o click das peças no seu lugar, criou-se um verdadeiro juggernault imparável com um resultado que só peca por escasso - e roubado. Do outro lado tivemos também uma equipa que, a contra-exemplo dos nossos rivais, se bateu pelo jogo e não nos fez a vida fácil, muito pelo contrário.

Jogar assim, sim. Este FC Porto não está nada fora da corrida, como nos querem fazer parecer. Aliás, é comovente ver as capas dos jornais de hoje. Quadradinhos muito pequeninos. Bom sinal. É sinal que estamos bem. Vamos a notas.


Óliver - Não escondo, toda a gente sabe, foi para mim um dia triste quando vimos partir o nosso Maestrinho sem saber se algum dia o voltaríamos a ver. Mas foi com uma alegria incontida e um sorriso aberto que soube do seu iminente regresso. E, se é verdade que em Alvaláxia parecia um bocadinho deslocado, ontem esteve soberbo - e ainda não está em forma! Óliver trata a bola com carinho, procura sempre encontrar linhas de passe, não tem nenhum pejo em partir para o remate e dá uma dinâmica e uma segurança extraordinárias ao jogo Portista. Se é verdade que é o eixo que faz rodar a roda, o Óliver faz rodar o FC Porto. Titular indiscutível. E a alegria dele a falar do FC Porto e do Dragão é absolutamente fantástica. Se este blog é o Porto Universal, a mim não me importa onde nasceu o Óli - é Dragão desde pequenino.

Raça contra la maquina - Não importa quanto gamanço aconteça, quanto pau levem - vermelhos em lances isolados? Tá queto! - nada pára os jogadores do FC Porto. Ficou-me na memória uma entrada assassina sobre Depoitre em que este, naturalmente, cambaleia, mas nunca perde a bola e vai direito à baliza em corrida. E André Silva a ser carregado, puxado, empurrado e a continuar como se lhe estivessem a fazer festinhas. Isto só para dar uns exemplos. O FC Porto já vai, (in)felizmente, estando habituado a este estilo de coisas - o que só ajuda. Procurar sempre o passe, a desmarcação, a recuperação da bola, o golo. O resto, se marcam as faltas, os penaltis ou os cartões, logo se vê. Lamentavelmente, vê-se muito pouco. Mas isso é batalha de outrem.

Layún - Miguel Layún está em todas. Bom a defender, melhor a atacar, Layún é absolutamente indispensável no jogo Portista. Tem uma entrega e uma alegria em jogo absolutamente irrepreensíveis. Com ele em campo o acréscimo de qualidade é indesmentível. Uma boa dor de cabeça para Nuno Espírito Santo. Para variar.

Pequenas Grandes Notas - Para lá disto tudo, há, evidentemente, muitas outras coisas a destacar: Danilo está a começar a ficar perto da sua forma, a fazer cortes providenciais e a ser um ponto de equilíbrio muito importante. Depoitre mostrou que é muito mais do que um simples "pinheiro", segura e dá muito bem a bola, ficou a centímetros do golo mas nunca deixou de o procurar - mas também sempre a pensar nos companheiros - e tem uma velocidade e segurança muito superior àquela que se esperaria. Casillas fez algumas defesas que só Casillas sabe fazer, perdeu-se com as saídas à bola - a rever, urgentemente - mas é o patrão defensivo. André Silva vai crescer, indubitavelmente, ao lado de Depoitre. Lutou e trabalhou muito mais. O exemplo do colega também ajudou a aguentar ainda mais a carga de lenha que leva. Em pouco tempo, será um ponta de lança de classe mundial. Marcano, Felipe e Alex Telles estão a dar uma resposta muito positiva a quem dizia que a defesa era o nosso pior sector - segurança à prova de bala, cortes providenciais, pressão e intensidade. Não se pode pedir mais. André André só precisa de ser mais Capitão. Se os jogadores do Guimarães rodeiam o árbitro ele tem de estar lá. Mas a formiga trabalhadora está sempre lá.

Adeptos - Já não me lembrava de uma casa tão composta num jogo destes e tão unida com a equipa como a que pude presenciar ontem. Isto é exactamente o que tenho vindo a pedir desde o início do blog e foi obra e graça do Espírito Santo, mas o Nuno, que consegue passar a mensagem de Raça e luta à equipa e, que, justiça seja feita, demonstra que, quando a equipa assim o faz, deixando tudo em campo, o Dragão  corresponde! Que esta seja a primeira de muitas vezes em que, apesar de jogarmos contra 14, joguemos sempre com 12 em campo. Obrigado!


Gamanço sem vergonha - Jorge Sousa fez uma arbitragem pavorosa, horrível e ridícula. Para lá de invalidar um golo perfeitamente legal mas que, pelos vistos, só pode ser validado na segunda circular - ainda ontem houve outro assim - e que é tão claro que está à vista de todos os que não são tendenciosos corporativistas, como se pode ver aqui em baixo, houve ainda critérios hiper diferenciados em relação à marcação de faltas, mostragem de cartões e até à gestão dos tempos, permitindo que uns se arrastem em reposições e cantos que demoram anos a ser marcados e outros, como Layún, a serem mandados "andar mais depressa". Felizmente, houve uma demonstração de força e veemente repúdio por parte do FC Porto! Espera aí! Não não houve! Como querem que algo mude se tudo fica na mesma? Depois será tarde!


sábado, 10 de setembro de 2016

Antevisão FC Porto - Vitória SC (4ª Jornada) - Vencer Para Retornar Ao Caminho


Cá estamos nós de novo àquilo que nos faz feliz, por entre fait divers : a bola a rolar. Essa é a parte importante. Essa é aquela que nos faz vibrar, que faz sonhar o nosso Coração Azul e Branco.

Após o roubo no wc, há que pegar na dor e sentimento de injustiça que o nosso treinador falou para mostrar ao mundo quem é o FC Porto! 

Assim sempre foi - e assim sempre seja! - que o FC Porto se "vinga" no jogo seguinte quando é roubado e injustiçado.

O FC Porto tem, naturalmente, um jogo muitíssimo difícil pela frente. A equipa do Guimarães está motivada por duas boas vitórias, uma delas de goleada. É um adversário que exige o mais profundo respeito, muito bem treinado por Pedro Martins e que tudo fará para mostrar a sua valia frente aos Dragões. Isto apesar de desfalcada do seu maior goleador, o melhor marcador do campeonato... Moussa Marega. Quem diria. Ou então, só não diriam aqueles que são muito rápidos a disparar contra os seus e apelidar de flops jogadores acabadinhos de chegar.

Ainda assim, e porque penso que o nosso plantel está, a esta altura, tem qualidade e profundidade mais que suficientes para atacar o Campeonato para o vencer, não espero nada mais do que uma exibição personalizada e convincente.

Para cima deles, carago!


NOTA: Layún disse numa entrevista esta semana que acredita "que a impaciência que existe pela ausência de títulos tem tido consequências. Por isso, considero importante que treinadores e jogadores estejam o mais tranquilos possível em cada partida para conseguirmos vitórias. Mas há mais. É importante que, quando jogas em casa, os adeptos se metam com a equipa adversária, pois isso dá-nos uma energia extra, um tanque de gasolina que, se estiver 0-0, aos 92 minutos, nos permita fazer um sprint de 90 metros para atacar o rival"

Talvez dita na primeira pessoa se perceba melhor a importância que detem assobiar a equipa certa. E essa não é a nossa. Sejamos o 12º jogador. Mas da nossa equipa!

Obrigado.

Já agora, a verdade é como o azeite.... mas não foi nenhum mau negócio. Não valia mais de 23M.

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

O Discurso Forte Exige Acção Correspondente


Já aqui o disse, quando me pedem para dar a minha maior referência do FC Porto, respondo sempre: Jorge Nuno de Lima Pinto da Costa. Mais que qualquer jogador ou treinador, é por causa de Pinto da Costa que tenho o meu coração tatuado a Azul e Branco.

Não conheci outro Presidente do Nosso Grande Clube. Sempre adorei o seu humor mordaz, a forma desinibida e directa como atacava - mesmo que as suas palavras fossem indirectas. Cada frase que dizia abanava por completo os noticiários e as análises desportivas, e muitas vezes mudava o status quo. Era emocionante saber que iria dar uma entrevista ou fazer uma declaração - haveria de vir aí uma bomba de fragmentação, com toda a certeza.

Assim, é provável que seja por causa de uma certa nostalgia que ainda me empolgo ao saber que o Presidente vai falar. Aguardo sempre por uma crítica mordaz, um antes e um depois dessa declaração. Mas a verdade é que tal se esvaziou. E fica um certo amargo de boca após as declarações ou discursos.

Não, não é pela idade, nem pela falta de clareza de discurso - essa mantém-se intacta, mesmo com a areia da ampulheta a descer. É porque ao discurso deve seguir-se a acção correspondente.

Já nem falo da enésima referência ao chouriço - Presidente ele gosta é da sua atenção - mas sim das críticas, mais do que justificadas, à lixeira da manhã e à bolha. 

É certo que os editoriais são pavorosos e os artigos difamatórios e tendenciosos. Mas sou capaz de apostar que, na próxima antevisão ao jogo, lá estarão, hipocritamente sorridentes, os microfones da lixeira e bolha tv. E aí reside o problema. Um discurso forte com uma acção fraca não significa coisa alguma.

Se Rui Cerqueira se negar a dar a palavra à lixeira e à bolha, saberei que algo terá mudado - para muito melhor. Se tal não se verificar, cada vez será maior a nostalgia e menos o interesse no discurso do Presidente. E esse será um dia triste.

Esperemos que o inverso se passe. Ainda tenho esperança que sim.