quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Um Excelente 2016!

Heptacampeões de Andebol
Nunca fui alguém muito dado a balanços. Não os faço porque acho que o Futuro e o Presente são sempre melhores do que o Passado. As imagens que acompanham o post são a ilustração daquilo que melhor se viu no FC Porto deste ano. No fundo, deveriam servir de inspiração para todas as outras áreas do FC Porto!

Assim sendo, em vez de fazer o balanço de 2015, vou deixar os meus desejos para 2016.

Consistência - Mais do que o treinador A ou B para substituir Lopetegui, importa ver o que falta para conseguirmos o que queremos com o que temos. A palavra "consistência" parece-me consensual. Consistência de exibições, de intervenientes, para formar ligações, entendimentos e afinações que têm de ser repetidas, experimentadas, trabalhadas. Temos qualidade e mérito, só nos falta não andar numa constante montanha russa.

Intervenção - Ver a figura que sempre corporizou o FC Porto em toda a sua essência - pelo menos, para mim - calada e resignada, consensual e reflexiva, causa comichão. Não sou só eu que me sinto confuso com os silêncios de quem dirige o FC Porto. Este anacronismo démodé de quem, claramente, subestima a influência dos media e das plataformas sociais, tem de terminar. Pinto da Costa não pode falar só quando está por cima, não pode continuar a chamar a si as vitórias e a escudar-se, na sombra, nas derrotas. Tem que saber proteger os seus, desde treinador a adeptos, tem de saber passar uma mensagem de confiança aos adeptos e a perspectiva do Clube aos seus associados. Tem à disposição canais para isso!  Mais importante do que tudo, tem de saber entender que, por muito que lhe devamos - e devemos - a recepção no Coração do Dragão de figuras abjectas que tudo fizeram (alguns ainda fazem) para denegrir A Nossa Casa, soa a traição, e não há nada pior do que isso. Ter uma Presidência em que se despediria do Clube negando tudo o que ele próprio fez representar durante mais de três décadas, seria catastrófico! A rever, já!

Campeões de Sub-19
Raça e Entrega - O FC Porto sempre foi assente em jogadores que suavam a sua camisola e deixavam tudo no campo. Tivemos Madjer, Deco, Lucho, Jardel, Hulk, Falcao, James, Domingos, Gomes, Baía, craques que são inspirações eternas, mas também tivemos (e temos!) André, Fernando Couto, Pedro Emanuel, Aloísio, Frasco e, por exemplo, os eternos Capitães Jorge "Bicho" Costa e João Pinto, que sempre significaram entrega até ao último suspiro e um cerrar de dentes que via no oponente o inimigo a abater! Não pode haver este rame-rame, esta falta de paixão, este "deixa andar" que se vê muitas vezes, em muitos jogos! Honrar o Brasão Abençoado é entregar-se de corpo e Alma ao jogo. E sim, os adeptos têm toda a razão de o exigir, a todas as horas! Chega de displicência e erros de desatenção! Quem não se entregar em sangue, suor e lágrimas, não merece a camisola que veste!

Temos dois objectivos claros e necessários, a Taça de Portugal e o Campeonato Nacional. E conseguir a primeira não salva não conseguir o segundo! Sempre foram e serão os objectivos principais de cada adepto, e não tenham dúvidas, senhores dirigentes, os mesmos adeptos não querem no seu plantel quem não ponha estes objectivos à frente de todos os outros, nem que se chamem Ronaldo, Neymar ou Messi! Tudo o resto é acessório! Chega de vender a Champions como prioridade! Não é! Prioridade é ser o melhor e mais titulado Clube de Portugal! Deixar de dirigir o Clube como uma empresa é imperativo. Ninguém quer ser sócio de uma firma de Import/Export!

Unamo-nos todos na obtenção destes objectivos e na exigência destas características. Não sou contra assobios. Sou-o, durante o jogo. Mas está na hora de chamar à responsabilidade quem tem o poder de fazer alterações e de trazer de novo o Jogo à Porto ao FC Porto!

Um excelente 2016 para todos os leitores do Porto Universal!

Octacampeãs de Natação

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Mas Afinal O Que Querem Os Adeptos? [ACTUALIZADO]


Juro que não sou capaz de entender. Não deve haver caso no mundo inteiro de um Clube onde se agite lenços brancos a uma equipa que vai... em primeiro

Ontem, pasmado da minha vida, vi "adeptos" a festejar os golos do Marítimo! Chega a um ponto - este - em que não vale a pena estar a contra-argumentar. Está na hora de perguntar, e perguntar claramente:

Vai-se embora Lopetegui, e depois? 

Vai a equipa jogar magicamente bem com novo treinador? Se o fizesse, seria claro indicador de sabotagem. E, mesmo assim, entenda-se, esta seria a melhor das hipóteses. Viria novo treinador, teria de conhecer os jogadores, dar novos métodos de treino, nova filosofia, nova motivação... estando à frente do campeonato?  Querem-me mesmo fazer crer que um novo treinador vai magicamente mudar tudo no primeiro jogo? É que o tempo de adaptação existe e pode não ser imediato! Ciclos de jogos de três em três dias não se compaginam com mudanças técnicas!

Qual é a tolerância a novo treinador (interino ou não)? Quanto tempo tem ele para expor o seu modelo de jogo e treinar as ligações e pormenores de jogo que quer implementar? Qual o perfil do treinador que agrada aos "adeptos"? Que resultados lhe serão exigidos em seis meses? Que poder de decisão sobre a equipa?

No fundo, insisto, o problema está em que apontar defeitos é simples, esticar o dedo acusatório também, mas arranjar soluções... E o que eu acho extraordinário é que ditos "adeptos" arranjam epítetos rapidamente para quem pensa nestas variáveis e decide permanecer em apoio do que está, mas falha-lhes um pouco a alternativa!


Pensarão estes "adeptos" que nós não reconhecemos a lentidão dos processos, o jogo excessivamente lateralizado, a falta de adequação do tipo de jogador ao modelo - desde 2ºs avançados a fazer de extremos, médios interiores a fazer de extremos, extremos de raiz a ter de cobrir zonas interiores, laterais que são centrais, 6s que são 8s e etc - a falta de presença na área, os passes a rasgar para trás, a falta de confiança e por aí em diante? Claro que reconhecemos! Está, aliás, nos nossos posts de análise aos jogos!

Agora, se o que está, está longe de ser bom - mas está em primeiro! - o que o viria substituir, como seria? Assim sendo, declaro que inverto a minha posição: querem pôr Lopetegui na rua? Força! Eu não sou adepto de títulos, nem condiciono o meu amor ao FC Porto pelo binómio "vence/não vence". Se não ganharmos, ninguém morre. Mas, já se sabe, eu sou "seguidista". Mas eu pergunto, claramente:

Quantos treinadores teremos de despedir até que se perceba que o problema principal NÃO É o treinador?

Qual a motivação assobiativa? Há aí algum prazer sádico no derreter das ambições do Clube que se diz apoiar? É inveja do ordenado dos atletas? É alguma noção retorcida de "reforço negativo"? É prazer de ser piada? De ser arma de treinadores adversários? É um exercício de ego, de se dizer que se percebe mais de bola do que um multi-campeão de selecção? A realidade é esta, meus amigos: os treinadores adversários já contam convosco, os paineleiros e jornalistas vendidos já contam convosco e, posso garantir, duvido que algum título daí advenha! 


Se o Dragão passou a ser um sítio de expiação de azedume, inveja, ódio e despeito, avisem-me! Não ponho mais lá os pés!

 Nota: Ia falar das declarações muito inteligentes de Manuel Machado, mas a C. adiantou-se. E se outros dizem melhor do que eu...

ADENDA: Partilho o comentário no Facebook de Jorge Ricardo Pinto, que subscrevo 100%. A formatação é minha.

"Não vou colocar "gosto" porque quero acreditar que os meus colegas de bancada não são os piores adeptos do país. 

Eu sou portista por causa dos meus pais e da minha madrinha, essa é a minha génese de ligação ao Porto. Mas só me tornei insanamente portista porque me sentia em comunhão com os meus colegas de clube. E essa comunhão não é a de partilhar as mesmas opiniões. 

É a de termos o mesmo respeito pela instituição e por quem nela trabalha, concordando ou não com o rumo que o clube toma, com o jogador que é contratado, com o treinador que comanda a equipa. Essa comunhão existia por considerarmos o clube como alguém da família, como um filho ou um irmão. E eu revia isso nos meus colegas de bancada. 

Recordo-me de, há uns anos, o Paulinho Santos "acertar frequentemente o passo" ao infiel "João Pinto". O Paulinho passava dos limites, bem o sabemos, mas a bancada defendia-o até ao fim. Um dia, o palerma do António Oliveira, que era então o treinador, teve umas declarações bacocas censurando uma acção do Paulinho em vez de relativizar ou fazer de conta que não percebeu o que se passou. Foi o princípio do fim do Oliveira no Porto. 

Eu não quero que o Lopetegui seja aplaudido sem nexo, nem tampouco que o idolatrem. Mas ele, e sobretudo o clube, merecem respeito. Se um filho ou irmão meu falhar, eu não o vou insultar ou apupar. Se o meu pai errar, eu não o vou ameaçar de morte ou vexá-lo em público. Dentro de casa eu provavelmente terei uma conversa com eles, mas para o exterior eu lá estarei ao lado de cada um, apoiando e puxando-o para cima contra os adversários em qualquer circunstância. 

Quando vejo os actuais adeptos do Porto a sacarem do lenço branco quando a equipa está em 1.º no campeonato, quando vejo esperas no aeroporto com insultos indignos porque a equipa perdeu onde nunca ganhou, mas sobretudo quando vejo os adeptos do meu clube a gozarem o treinador da sua equipa por essas redes sociais fora, aproveitando uma piadola cretina com o seu nome feita pelo antigo treinador dos mouros, actual treinador do clube com quem disputamos o primeiro lugar, percebo que muito mudou no meu clube. E, se calhar, este já não é o meu clube porque eu já não me identifico com os meus colegas de bancada.  

40 anos depois do meu nascimento, mais de 30 de portismo consciente e mais de 25 anos de associado depois, sinto pela primeira vez este desnorte de não me reconhecer no clube que sempre vi como membro da minha família. Não quero acreditar que esta é a realidade. Para bater nos nossos, existem os (muitos) outros. Para defender os nossos, sobretudo nos momentos difíceis que é a altura certa para mostrar coragem e determinação, parecem existir cada vez menos. 

Assim não."

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Análise FC Porto 1-3 Marítimo (Taça da Liga)


O FC Porto vive dias tão oscilantes, de tal carrossel, que admite duas leituras distintas. A saber:

Leitura Positiva 

A Taça da Liga não interessa nada. Não se poderia arriscar as melhores soluções para jogar outra vez contra o Sporting. O André André tinha de sair ao intervalo porque veio de lesão. Uma equipa estava a jogar com o seu melhor onze, a outra estava a jogar sem dez titulares. O André Silva começou agora, estava nervoso. Sérgio Oliveira nunca jogou a 6 no FC Porto. Aboubakar marcou um golo de raiva e pode ter acabado com a maldição. O Angel jogou bem. Por morrer uma andorinha, não acaba a Primavera. 

Leitura Negativa

Não há fio de jogo. Joga-se demasiado para o lado. Remata-se pouco. Não há espontaneidade. Os jogadores estão inseguros. Nenhum dá o seu potencial. Lopetegui tirou a cola ao intervalo. Lopetegui suga a confiança aos jogadores. Falta raça e nervo a este FC Porto. Falta deixar de ser bonzinhos. O Maicon esteve uma nódoa. O Marcano também. Falhou-se golos que é um disparate.

O paradoxo é que ambas as leituras são verdade. E o mesmo se pode dizer sobre a massa assobiativa. Pode-se dizer que estar a assobiar uma equipa que nunca jogou junta nestes moldes desde os 20 minutos, é estúpido. Mas também se pode dizer são justificados, porque este estio de jogo pastoso e mastigado não merece os pergaminhos do FC Porto. Ficou, para mim, evidente, que Imbula e Tello são jogadores castrados por um modelo sufocante, que os faz ter medo de ser livres e de esplanar o futebol que têm nas pernas. Idem ibidem para Aboubakar.


Julen Lopetegui tem de perceber que acabaram as experiências, que o adepto Portista não admite oscilações do género "bom jogo/péssimo jogo" e que um Futebol Clube do Porto digno desse nome tem que deixar tudo em campo, nem que seja a jogar à carica! Se quer ganhar a falange adepta, que, claramente, não está com ele, tem de apresentar uma consistência, acutilância e coerências muito superiores às que vimos hoje. Se o caminho continuar a ser este, a derrocada pode ser grande e violenta e a cadeira de sonho ficar vaga.

Por último, duas breves notas: Aqueles que gritaram "André Silva, Allez" naquele espectáculo degradante contra a Académica, talvez tenham percebido que não se pode pedir a um miúdo que seja o esteio ofensivo do FC Porto! O seu, a seu tempo! E, senhor Presidente, talvez o senhor precisasse perceber que falar em tempo de alegria é fácil....

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Antevisão FC Porto - Marítimo (Taça da Liga) e Se O NGP O Diz... [ACTUALIZADO]


Antes de mais, porque o mais importante vem sempre primeiro, parabéns ao Nosso Grande Presidente, Jorge Nuno de Lima Pinto da Costa. Fico feliz de o ver interventivo e contundente, espero este ano encontrá-lo no seu melhor. Nunca houve alguém igual. As suas vitórias serão também as nossas!

Fiquei satisfeito de saber que o NGP não cede a pressões de assobio e incentiva os seus técnicos a fazer o mesmo. Ser campeão não é vencer um concurso de popularidade, mas sim ultrapassar uma maratona com obstáculos difíceis. O seu humor não deixa de conter a Sabedoria própria de quem já faz isto há muito tempo. "Se isso deu sorte para ele ficar em primeiro lugar, espero que assobiem muito, mesmo desde o princípio, porque foi o jogo em que a equipa atingiu o primeiro lugar. Ele não se preocupa com os assobios. Nem eu. Estou habituado a ter treinadores que seguem as suas convicções, que seguem os seus princípios e que não são influenciados pelos jornais, pelos comentadores e pelos assobios. Fazem aquilo que pensam. No dia em que tiver um treinador que não faz aquilo que pensa para o melhor da equipa e que cede a pressões, esse treinador não serve" Se o NGP o diz....!


Bem sei que mudou o nome, talvez um pouco do "espírito da coisa" , mas não deixa de ser um palco privilegiado para fazer uma rodagem de jogadores menos utilizados, dar andamento ao nosso regressado dínamo, e dar oportunidade ao seus fãs tão... intensos... na sua opinião, para poder encher o Dragão em apoio a André Silva. Casa cheia a apoiar o jovem ponta de lança é o que se espera! Uma entrada para o clássico de domingo que, segundo o NGP, é para levar a sério. Uma vez mais, se o NGP o diz...!

Helton e Casillas; Maicon, Marcano, Rúben Neves, Varela, Aboubakar, Tello, Sérgio Oliveira, José Ángel, Evandro, Jesús Corona, André Silva, André André, Miguel Layún, Lichnovsky, Imbula e Víctor García.

(4x3x3): Hélton; Victor Garcia, Maicon, Marcano, Ángel; Imbula, Sérgio Oliveira, André André;  Varela, André Silva, Tello;

NOTAS: Não é que surpreenda, mas depressa se tratou de desvalorizar o negócio do FC Porto por todos os media em geral. Desde equiparar ao contrato do ficaben, a fazer incluir coisas não incluidas como o naming, a dizer que beneficia o ficaben... tudo vale a pena quando a Alma não é pequena! Uma maravilha! O NGP diz, no entanto, que os contratos que fazemos não são em comparação com os dos outros. Se o NGP o diz...!

Acho que, a esta altura, ninguém quer o Osvaldo por cá - nem o próprio. Sobretudo porque agora viria contrariado e, dado o histórico... O NGP disse que ele foi autorizado a ficar mais tempo fora. Que pode estar de saída do FC Porto. Se o NGP o diz.... ADENDA: O próprio Osvaldo esclarece. É tudo uma questão de detalhes. Mais espaço fica para quem quer mesmo cá ficar.

Já agora, isto é tão ridículo que não merece comentário.

domingo, 27 de dezembro de 2015

É Naltal, É Natal, Prendas No Sapatinho


É o maior acordo da história do futebol. É um acordo global, inclui o patrocínio das camisolas, o Porto Canal (pessoal, não mudem já das operadores, esperem as vantagens que deverão advir daí para os sócios do FC Porto) e os direitos de transmissão dos jogos.

Vamos ver certos pontos que importa ter presentes:
  • O valor é estanque. É integral. Não é "até 457,5M". É 457,5M. Não há, como no caso do ficaben, lugar a renegociações nem coisas do género.
  • O custo do Porto Canal é mínimo. Não havia transmissões de outras ligas, custos de câmaras (nem sequer a alta definição!) com linhas de fora de jogo, nem nada que se pareça. Não é sequer comparável, por isso, o custo operacional do Porto Canal ao da BTV. E não esquecer que a avaliação dos direitos da mesma BTV é feita com a UFC, a Liga Inglesa e demais agregados, que o ficaben andou a suportar.
  • Como tudo na vida do ficaben, há sempre nuances. A verdade das verdades é que o resultado deste ano, que está no R&C do ficaben, do patrocínio das camisolas é... 3,26M. Não 8 a 10, não 4 - 3,26. É menos do que recebiam antes. Como sempre, os negócios do ficaben não são comunicados, ou estes não são tornados públicos. Temos um patrocínio negociados a 7 anos e eles a 3? Sim. Ganhamos mais. Mais um "negócio fantástico" que fica demonstrado ser poeira para os olhos.
  • Mais importante do que tudo o resto: o nosso passivo é muito inferior aos 400 ou mais como o do ficaben. Isto é um superavit muito grande, seja de que forma for visto. Não está discriminado como é feito o pagamento, mas assegura um futuro solúvel ao FC Porto. E não há aqui naming nenhum. Esse, a acontecer, pode ser de outrém. 
Casa arrumada, contas em ordem, bons ventos a caminho. A próxima vez que formos ao Dragão, certamente teremos umas placas que já não dizem "Sem Igual". Embora o continuemos de facto a ser: Sem Igual. 

Os jornais desportivos continuam com a sua diferenciação linda, como se vê. Não importa. A verdade pode não vir nas capas dos jornais, com grandes destaques e honras de especiais informativos. Não deixa de ser verdade na mesma.

Ainda bem que se verifica que a SAD não está a dormir. Neste particular, sempre pensei que não seriamos comidos. A ver se deixamos de o ser no resto. Já fico mais esperançado que sim. O ano acabou bem para o FC Porto. O futuro já parece melhor.

sábado, 26 de dezembro de 2015

As Verdades Dos Outros


Decerto partilho com muitos de vós o facto de ter na minha família adeptos dos nossos rivais. O que, se calhar, é mais rara, é a circunstância  de ser o único Portista na minha família inteira, não contando os meus rebentos. Assim sendo, apresento, em bulletpoints, as peregrinas conclusões dos "segundos circulares".
  •  O facto do FC Porto estar à frente do campeonato é pura e simplesmente um acidente de percurso, que o Jasus irá corrigir já para a semana, e por puro demérito das suas equipas, nunca por mérito do FC Porto. Nisto os ficabens (fb) e os not sportem lisbons (nsl) estão de acordo.
  • Lopetegui - sim, evidentemente, nunca ouvi este nome durante toda a quadra natalícia dito da forma correcta - não consegue aproveitar o seu super-plantel, o Ferrari, que dá dois dos rivais, mesmo demonstrando a fbs que ele só perderam dois jogadores e que se reforçaram muito no ataque e que o nsl então, nem se fala, visto só terem vendido o Cedric. O facto de Lopetegui ter tido de reconstruir a equipa toda não conta, uma vez que o Jasus também o conseguiu fazer, embora todos rejeitem a ideia de que o meio campo é o mesmo, o ataque tem o mesmo goleador e que a defesa é pavorosa.
  • O campeão natural em Maio será o ficaben, uma vez que vamos perder no sábado, os nsl da minha família já estão cépticos com a durabilidade do jogo do not sportem lisbon e o FC Porto nem conta neste rosário: perderá - e muito - até ao final, mesmo não tendo qualquer derrota. Agora que o Rui Vitória já está a afinar (sic) vai levar tudo raso.
  • Ainda assim, o nsl será segundo, porque o futebol de Lopetegui é um horror e a capacidade do nsl ficou verificada no Braga-nsl. Pouco importa se o nsl até perdeu esse jogo e se consentiu quatro golos, coisa que o FC Porto ainda não fez uma vez sequer.
  • O ficaben fez o melhor contrato de sempre com a NOS. Pouco importa que tenha de ser revalidado daqui a 3 anos e que a desvalorização possa ser brutalíssima. Essa nunca acontecerá, e o dinheiro anulará o passivo em 10 anos. Não irá para mais nada nem para os bolsos de ninguém.
  • O episódio da Doyen não vai abalar o nsl. O Jorge Mendes empresta o dinheiro pela bondade do seu coração, sem qualquer contrapartida de espécie alguma. O pavilhão já está pago. 
  • Toda a gente me relembrou do episódio Bueno para demonstrar que o FC Porto é um saco de gatos e que Lopetegui tem guia de marcha, e só não teria ido embora por uma história de lascívia entre Lopetegui e a sra Pinto da Costa (!!!...!!!!!)
  • Nunca existiu nenhum penalty antes daqueles (sim, não um mas os dois) que foram perdoados ao Marcano, tornando evidente que a fruta ainda é uma constante (nada de vouchers nem de pressões de "eu-sei-muita-coisa-do-ano-passado", isso é tudo delírio). Cada um se chorou à sua maneira e negou que alguma vez tivesse havido benefício das suas equipas, em especial os ficabens.
  • É consensual que o Jasus, à frente do FC Porto, já teria mais 15 pontos, mesmo apesar do FC Porto só ter perdido 6. 
  • Toda a gente acha que o FC Porto pagou 20M por Imbula. Toda a gente acha que o ficaben pagou 9 por Jiménez e não 18. O facto da FIFA ter proibido a partilha de passes é acessória.  
  • O Jasus tem uma super-estrutura montada no nsl para dominar o futebol português, em Octávio, Inácio e no Presidente da Assembleia Geral.
  • O ficaben foi o que mais perdeu, pois perdeu a espinha dorsal, isto é, o treinador.
Estes exemplos - por favor partilhem os vossos - curiosamente tocam, muitas vezes, com a argumentação de muito Portista "exigente". Isso é conhecido por ficabens e not sportem lisbons, que me dizem que "até os vossos sabem disto". Por não lhes passar pela cabeça que isso seja sequer possível, dar-me-á uma felicidade muito especial festejar o título em Maio.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Feliz Natal!


 O Porto Universal quer desejar a todas e todos os seus leitores o mais espectacular Natal do mundo!

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Espaço Z: F.C. Porto vs Sporting C.P. (35-30)

Vou começar este post pela parte menos boa do jogo do passado Domingo: o Sporting protestou-o e, a meu ver, com toda a razão - pelo menos segundo os regulamentos. Durante a primeira parte, houve uma sanção disciplinar a um jogador dos leões - João Antunes - por um suposto erro na substituição ataque-defesa. No andebol, se o jogo estiver parado, as trocas entre jogadores podem fazer-se como no futebol. Se o jogo decorre normalmente, ao contrário do futebol, também se podem fazer, mas o timing tem de ser perfeito, e a zona para que tal ocorra está delimitada pelas linhas de meio-campo, e outro traço junto do banco da respectiva equipa. Se um jogador entra fora do local, ou se entra quando o seu colega ainda não saiu totalmente, será sancionado com uma exclusão de 2 minutos. Ora, quem tem de sancionar estas situações são os árbitros de mesa, que o fizeram, mas erradamente. Houve ali uma hesitação entre jogadores, mas em nenhuma altura os sportinguistas tiveram um jogador a mais dentro do terreno de jogo. Este erro técnica pode dar origem ao protesto do jogo, e há imagens que o comprovam, não só na transmissão televisiva, como provavelmente no vídeo recolhido pelos leões durante a partida. São situações difíceis de analisar em lance corrido, porque os jogadores correm todos como o raio que os parta, mas acontece com alguma frequência. 

Gustavo Rodrigues esteve em destaque, com 9 golos
O jogo foi um brinde para todos os que gostam do FC Porto, e para todos os que gostam de andebol, porque fomos presenteados com uma exibição de nível de Champions, sobretudo na 1ª parte. Aconteceu o oposto do que havia acontecido no jogo da 1ª volta, em que entrámos "a dormir", mas tivemos força física e anímica para corrigir o resultado (chegou a ser de 8 golos a vantagem dos leões). Desta feita, a nossa entrada fortíssima deixou o jogo praticamente resolvido logo na 1ª parte. Penso que até os jogadores adversários sentiram isso, tamanha a superioridade demonstrada pelos nossos rapazes. 

Em termos tácticos, não há muito para analisar. O Sporting demorou muito tempo a conseguir ultrapassar o nosso fortísssimo 6x0, e abusou (erradamente) de explorar a nossa zona central, que esteve em bom plano. Inúmeros blocos, roubos de bola e, quando esta passava, um monstro cubano atrás, a parar quase tudo. Mas foram principalmente as perdas de bola que ajudaram a cavar a diferença, porque conseguimos matar o jogo em contra-ataque. Foi, aliás, uma das primeiras vezes em que vi um treinador duma equipa grande, num jogo destes, a utilizar os dois "time-outs" ainda durante o 1º tempo. 

Com diferenças a variar entre 6 e 8 golos à maior, um dragão a asfixiar o leão, e um Dragão Caixa a explodir, penso que ao intervalo já ninguém acreditava que fosse possível haver um "milagre" que nos afastasse da vitória. Na 2ª parte, foi possível gerir o resultado, gerir os ritmos de jogo, e houve tempo para os golos espectaculares, como os de Gustavo Rodrigues, em remates em rosca, ou a jogada aérea que resultou num golo de Gilberto. Na 1ª parte, já António Areia tinha presentado o público com jogadas fantásticas, como podem ver no vídeo, no site do F.C.Porto

Tenho de destacar o enorme jogo do jovem Gustavo Rodrigues, que se tem revelado como um dos melhores laterais direitos do campeonato, e que parece festejar cada golo como se já cá estivesse há largos anos. Já António Areia parece talhado para ganhar o prémio de MVP da época, porque se trata dum jogador soberbo, que os deuses do andebol têm de nos agradecer por o termos resgatado das confusões que há mais lá para Sul. Gilberto continua a ser o grande desequilibrador que sempre foi, mas agora consegue desgastar-se menos, porque também há dois fantásticos centrais, e outros explosivos laterais direitos a conseguir criar jogo ofensivo. E é aqui, ofensivamente, que esta equipa consegue ser avassaladora.

Dou os sinceros parabéns a todos, mas especialmente à excelente moldura humana que preencheu as bancadas do Dragãozinho, levando esta equipa ao colo do início ao fim, como ela bem merece. É comovente perceber o elo que se foi criando entre a equipa de andebol e os adeptos, ao longo destes anos, ligação essa reforçada pelas vitórias, mas também pela atitude que cada jogador leva para dentro de campo. Endereço igualmente os parabéns a Ricardo Costa, pelo trabalho que tem feito (e confesso que nem sempre fui fã da opção por Ricardo Costa). Nota-se evolução na equipa, sente-se que está ali montada uma armada para limpar tudo internamente, e para aniquilar todos os adversários com um jogo ofensivo bonito e espectacular. É certo que temos jogadores incríveis, mas isso nem sempre chega. E é aí que entra a competência dum treinador.

Sendo que neste espaço falo duma modalidade, não quero terminar sem dar os parabéns às nossos meninas da Natação pelo octo-campeonato, em especial à minha queridíssima Paula Oliveira.

Despeço-me, desejando a todos os leitores do Porto Universal um Feliz Natal, bem regado, bem recheado e bem rodeado. Se me permitem, envio um abraço natalício muito especial ao Jorge Vassalo, ao Miguel Lima e ao v.a.s.c.o. , amigos desde o primeiro minuto nesta bluegosfera.

Um abraço,

Z

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Crise à Moda Do Porto


Às vezes, ser adepto do FC Porto, em especial quando se tem um blog de apoio, é um bocado como viver numa trip de ácido. Temos vivido uma crise muito séria no FC Porto, com os adeptos a pedirem a cabeça do treinador, eles próprios a trocarem-lhe o nome, a dizerem que "assim não vamos lá" e por aí em diante.

À saída do jogo com o Nacional da Madeira, era vaticinado que o campeonato estava condenado, que a distância era irreversível, que a equipa era uma porcaria, que os jogadores não estavam com o treinador, que o descalabro era eminente.

Na jornada seguinte, o líder perde, o FC Porto vence torna-se líder isolado. Estas são as contestações e as crises à moda do Porto: uma esquizofrenia colectiva, assente numa imprensa prostituída que capitaliza qualquer fissura, por mais mínima que seja, e a torna artificialmente catastrófica.

Rui Vitória tem já 3 derrotas e um empate. No campeonato português. No entanto, não há assobios às entradas de jogadores no relvado, ficabens a trocar-lhe o nome e insultos vários. Aliás, a natureza dual de um ficaben é interessante: perdem, é tudo mau, ganham, já são os maiores, os rolos compressores, os ataques avassaladores, o título ao virar da esquina. Mesmo estando a 5 pontos de nós. Mesmo tendo ainda um calendário, no mínimo, competitivo até ao fim da primeira volta.

Já no caso do not sportem lisbon, o grande mestre da táctica foi passando entre os pingos da chuva até que esbarrou com uma equipa que não lhe permitiu o hail Mary que passava a vida a fazer. Os seus jogadores, como é apanágio das equipas jesuítas, estão estourados fisicamente e, embora tendo rotinas - são sempre os mesmos - sentem as quebras abruptamente cada vez que entra alguém menos rotinado. A gestão kamikaze de Bruno de Carvalho começa a ruir com a (previsivel) decisão do caso Doyen - 15M é muita pasta - e vai começar a perceber-se que a fanfarronice superiora de empurrar com a barriga irá ter consequências debilitantes. 


Num mês, o FC Porto teve 9 jogos, com o saldo de 7-0-2, sendo que as derrotas foram as da Champions. Foi um mês intensíssimo, em que Lopetegui teve de fazer uma gestão de esforços grande e perdeu o seu dínamo para o departamento médico. A derrota com o Dynamo foi embaraçosa, a do Chelsea não deveria ter sido. Mesmo assim, as competições nacionais tiveram apenas vitórias. As exibições não foram entusiasmantes, mas bastou um simples descanso de uma semana (encaro o Feirense como descanso com bola) para a equipa regressar a um nível exibicional bom. Temos um grupo de jogadores unido e coeso, amigo e solidário, temos um treinador que beija o seu jogador à entrada, enquanto uma parte do estádio o assobia porque sim, temos esse mesmo treinador a aplaudir e a gritar "Bravo!" quando o jogo termina.

Está tudo bem? Não, não está. Mas estamos em primeiro. Uma coisa é necessária meditar. Se a nossa crise é estarmos a dois pontos e a dependermos de nós para ser campeões, é sinal que a nossa estratosférica exigência já ultrapassou o nível do absurdo. 
 
Somos agora líderes. Temos agora a pressão positiva de manter a liderança, o que não será certamente fácil, mas que não depende de um jogo. Depende de mais de meio campeonato que ainda não ocorreu. Ainda bem que temos um Presidente que não vai atrás da paixão adepta. Poderíamos ter morto o bébé à nascença. 

Quero deixar um aviso: ontem ouvi Telmo Correia dizer na Antena 1 que o ficaben tinha feito uma "profunda reestruturação de plantel e que estava em contenção", enquanto o FC Porto tinha "o melhor plantel de Portugal". Este é um exemplo da propaganda de lavagem cerebral que ocorre diariamente nos diferentes media. O ficaben perdeu dois jogadores, nós perdemos oito. O FC Porto vai perder 3 jogadores - ou quatro - no mercado de inverno, o ficaben vai contratar três


É, por isso, necessário que o adepto Portista compreenda uma verdade: Não há informação isenta fora dos organismos do Clube, é toda tendenciosa, falsa, manipuladora e com o fito de nos destruir. Porque nós não somos do grupo dos escolhidos. Ouvir o que dizem é um disparate que faz mal à saúde! Apoiar o Clube é o caminho para a vitória do Campeonato. A verdade é como o azeite, acaba por surgir. Olhem, como por exemplo o facto de que fizemos já mais 5 pontos do que em igual período do ano passado.  

"A noticia da minha morte foi largamente exagerada" - Mark Twain

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Análise FC Porto 3-1 Académica de Coimbra (14ª Jornada)


Ontem foi uma noite mágica, que começou bem e acabou ainda melhor. Uma daquelas noites simpáticas, a prenda de Natal que jogadores, treinador e a maioria dos adeptos merece - já lá vou - a de acabar líder do campeonato à pausa Natalícia. Para aqueles que dizem que não interessa nada, interessa pois, não só é um boost de confiança para a equipa como vai significar um jogo totalmente diferente em Alvalade. O Jasus já vai ter de inverter o plano e jogar para ganhar. E isso significa que não vai poder fazer o jogo que gosta, de se encostar em 30 metros e jogar em contra ataque rápido. Mas sobre isso temos tempo de falar.

Meus amigos, gosto de endereçar o elefante no meio da sala sempre, por isso comecemos pelo fim: a reacção dos adeptos à entrada de Alberto Bueno é, simplesmente, inqualificável. Alberto Bueno tem feito muito no FC Porto, deu a vitória no Angrense, desmarcou Tello no golo do Varzim e contra o Braga fez 16 remates. Merece Alberto Bueno ser preterido por um miúdo, mais uma vez? É que Bueno já aqueceu várias vezes sem entrar. Mas parece que no FC Porto há filhos e enteados! Se no lugar de André Silva - que vai jogar, se calhar é titular na próxima semana - estivesse Osvaldo (já foi embora, senhores, e o Presidente já disse que não vai buscar ninguém para o seu lugar) não haveria nada desta estupidez. Continua a ser ridícula a forma como a nacionalidade é vista neste Clube. Caríssimos, vocês trocam os Vs pelos Bs, por causa da influência Celta da Galiza. Temos palavras e expressões comuns. Temos a mesma atitude e cultura, a mesma forma de tratar a vida, a mesma cultura filosófica. Este trauma de Tordesilhas tem de acabar. 

É de sublinhar que Filipe Gouveia pôs o dedo na ferida ao dizer isto: "A nossa estratégia passava por enervar o Porto, por pôr os sócios do Porto contra a equipa, não conseguimos." Se gostam do Futebol Clube do Porto e o querem ver campeão nacional meditem bem nesta palhaçada que andam a fazer. Chega de serem vistos como mais-valia para o adversário, ok? Obrigado!


Em relação ao jogo, resume-se em poucas linhas. Um jogo à Porto, com intensidade, alegria, não se satisfizeram com o 1-0, foram sempre à procura do golo seguinte (acabaram o jogo à procura do quarto). À excepção do final da primeira parte e da altura desta vergonha descrita acima - rendeu um golo em fora de jogo à Académica, parabéns! - a Académica, pura e simplesmente, não existiu. Fez lembrar o melhor tempo de Vítor Pereira, um FC Porto compacto, assente no meio campo atacante, com trocas rápidas de bola e sempre à procura dos espaços para o golo. Muito bem e completamente justo. Vamos a notas.

Classe - Pura classe, a dos jogadores do FC Porto. Não consigo dar destaques porque nenhum colega merece mais do que o outro. Casillas ainda fez uma ou outra defesa nos raros momentos de perda de bola - golo indefensável - Maxi recuperou a forma e a chegada à área, Maicon e Indi foram de excelência, Layún... bem... sem palavras (falo mais à frente mais dele), Danilo foi uma autêntica máquina, uma mistura de Fernando e Mangala e é já uma pedra basilar no meio campo, Rúben rápido, intenso, como os seus ídolos Lucho e Pilro com um excelente sentido e leitura de jogo, Aboubakar voltou aos golos e aos festejos com o coração, Brahimi "comeu os cereais" e agora vai às bolas todas com uma entrega e paixão soberbas e Corona é um génio das desmarcações e da criação de jogo. Um verdadeiro playmaker  imparável. Evandro deu tudo, Tello ainda ameaçou e Bueno é de um sentido posicional e de um faro de golo inacreditável. Na sua cabeça só há baliza. E Herrera? Absolutamente demolidor. A entrega como se a vida dependesse disso, a chegada à área... e aquele golo de calcanhar, aqui em cima? De antologia! É assim mesmo, queremos este Hector Miguel no dia 2!

Bolas paradas - Quem diria que, no ano passado, estávamos todos a queixar-nos de que as bolas paradas eram uma táctica do adversário para nos parar, porque nunca davam em nada? Layún mudou tudo. A forma como ele coloca as bolas, com açúcar, na cabeça dos nossos jogadores matadores (Maicon, Danilo, Aboubakar) é deliciosa. Já marcamos muitas vezes de bola parada esta época, tantas e tão certeiras que estou certo que os nossos adversários já pensarão duas vezes antes de ceder canto.

Há sempre mais um - Procurar o golo sempre, mesmo com o jogo "ganho", é sempre uma atitude a aplaudir. Bravo rapazes, é assim mesmo!

Pinto da Costa - O NGP falou e bem, e disse e bem: sossegou rumores de mercado, mandou a bicada merecida aos adeptos "exigentes", clarificou as saídas e o papel de André Silva. E deu um voto de confiança a Lopetegui, que este merece. Tudo com o seu caustico humor que tanto aprecio. Gostava era de o ver também quando a equipa não vence. Sim, porque somos a única equipa que ainda não perdeu

Adeptos - Já disse quase tudo em cima, com apenas mais uma achega: Se alguém manchou a noite, foram vocês, com a vossa "exigência". Querem discos pedidos, é? E o Tozé, no tempo de VP, a ser enxovalhado no Dragão contra o Olhanense? Querem queimar miúdos? Porquê? Tenham juízo. André Silva é o futuro, o Presidente o confirmou, tem muito tempo. Deixem de ser um problema e passem a ser uma solução!


Notas finais: Não posso nunca deixar de referir o prazer incontido que é estar pessoalmente antes - e após - o jogo com os meus queridos colegas bloggers e leitores que o queiram fazer. Por isso, o meu obrigado por uma emocionante - sim, estávamos a acompanhar o jogo do not sportem lisbon pelas apps - conversa com o sempre presente Vila Pouca, os habituées Dragões de Ouro Ana Neves e João Santos, o amável Xebeu que tive o prazer de conhecer, o intenso e bem disposto metal head Felisberto e o meu querido colega, com quem tenho o prazer de partilhar este blog, o Z. Além disso, o meu caríssimo Silva ainda me deu o prazer de jantar com ele, para fazer, além de um pré-match intenso, um pós-match delicioso, como sempre. Um abraço a todos. É o icing on the cake de ter um blog, e a força que me faz continuar a escrever sempre!

A azia de hoje, embora não inesperada, é sempre deliciosa! Obrigado pessoal, nós já sabíamos como iam ser as capas de hoje, ontem!

domingo, 20 de dezembro de 2015

Antevisão FC Porto - Académica de Coimbra (14ª Jornada)


Importantíssimo jogo, o de hoje. A dificuldade do jogo está toda connosco, será apenas a aferição de quanto podemos jogar à Porto. 

Com todas as limitações que temos, visíveis na convocatória, entre aqueles que já foram e os que estão a ir, e ainda os lesionados, temos, no entanto, mais que qualidade para levar de vencida a Académica, desde que concentrados, disponíveis e positivos. Um bom jogo dará um suplemento de confiança moral à massa adepta e um ascendente que pode ser determinante no clássico de dia 2.

Raça e entrega. Tudo o que se pede. Um jogo à Porto!

Helton e Casillas, Martins Indi, Maxi, Marcano, Maicon, Layún e José Ángel,Danilo, Rúben Neves, Sérgio Oliveira, Herrera, Evandro, Brahimi, Tello e Corona, Aboubakar, André Silva e Bueno.

(4x2x3x1): Casillas; Maxi, Maicon, Marcano, Layún; Danilo, Herrera; Brahimi, Bueno, Corona; Aboubakar;

sábado, 19 de dezembro de 2015

Mitos Desfeitos

Desde o início do campeonato que se fala de um "super plantel" de Lopetegui, do "maior investimento" de Portugal e outras tantas mentiras. Ao contrário dos seus rivais directos, Lopetegui perdeu jogadores importantes - e mesmo em profundidade de plantel - de um ano para o outro.

Recorde-se que Lopetegui ficou sem, ao mesmo tempo, Danilo, Alex Sandro, Casemiro, Óliver, Jackson, Quaresma, Quintero, Ricardo Pereira e Diego Reyes. Desses, cinco são habituais titulares. Ficamos sem toda a lateral direita, sem meio campo (Herrera regressou de uma forma lastimosa) e sem dois terços do ataque habitual. 

Tello esteve longo tempo a recuperar da lesão do ano anterior, Herrera não fazia férias há 2 anos, o que significa que, na práctica, a equipa manteve, de habituais titulares, apenas três jogadores: a dupla de centrais e Brahimi. É surpresa para alguém que sejam, por isso, estes jogadores que maior consistência têm?

Mais a mais, não esquecer que Layún veio para ser suplente e pegou de estaca, Maxi começou bem mas desde as selecções, tal como André André, (touché Luís Miguel) ficou seriamente diminuído, o meio campo nunca tinha jogado junto, o ponta de lança tinha feito meia dúzia de jogos e Corona, agora habitual titular, não conhecia o campeonato.

Contra a teoria da conspiração de que o plantel não está com Lopetegui, ao belo estilo Chelsea, o jornal "O Jogo" veio hoje dar a machada final. O que está bom de ver, é que há uma série de contratações falhadas e que nunca ligaram verdadeiramente com a equipa. Cissokho jogou apenas dois jogos no campeonato, com uma falha defensiva que nos rendeu o infeliz empate que, ainda hoje, nos afasta da liderança, Osvaldo marcou um mísero golo e, apesar de trabalho para a equipa e entrega, nunca teve a cabeça cá mas sim no "seu" Boca Júniors e Varela - que pediu para sair - é um absoluto desastre, com a mesma inconsistência de sempre, mas em pior.


Como cereja no topo do bolo, o Zero Zero noticia hoje que, surprise, surprise, Imbula pode estar de saída já em Janeiro. Portanto, o "senhor 20M" não vai custar um cêntimo ao FC Porto e pode dar inclusivamente lucro, ainda que marginal.

É por estas e por outras que, com todos os seus erros, acho que Lopetegui faz verdadeiros milagres com a verdadeira falta de rumo e de esteio que o circunda. Se calhar, mas só se calhar, a culpa não é só do treinador...

Como ficam, então, as contas do grande plantel? Jesus Corona (10M)+ Danilo Pereira (2.8)+ Maxi (2M prémio de assinatura)+ André André (1.5) =26,3 M. Nada do outro mundo, mesmo juntando o valor que Layún - justificadíssimo - possa custar, na casa dos 8, o que prefaz 34,3M por 4 jogadores.

Fora custos, como ficamos então? Na baliza, estamos bem servidos, na defesa, com a perspectivada saída também de José Ángel, estamos descalços de laterais suplentes nas duas alas, só temos um central de "reserva" em Indi, no meio campo, temos boa gente, falta ligar um sector onde não há dinâmicas nem consistência, e no ataque, Brahimi, Bueno e Corona não são extremos de raiz, sendo que o único que o é, Tello, está numa forma deplorável. A juntar a isso, temos um ponta de lança muito bom em crise de confiança e nenhum substituto.

Temos, claro, alternativas de qualidade na equipa B em todos os sectores, desde André Silva até Victor Garcia. Mas estes erros de casting não poderão ser imputados a Lopetegui - talvez a teimosia de não jogar com extremos de raiz num 4x3x3 - e a renovação constante de um plantel não ajuda nada à consistência, num modelo em que tal palavra é fundamental, juntamente com o entrosamento. Muito difícil fazer um jogo à Barça quando, em ano e meio, se vai operar a terceira mudança de equipa, ao contrário dos rivais da segunda circular, que mantêm a sua estrutura base. O ficaben manteve tudo menos Maxi e Lima e o not sportem lisbon só perdeu o Cédric. Mesmo com treinadores novos, as dinâmicas estão lá e o conhecimento vem de anos. Lopetegui nunca teve esse luxo

Ferrari? Pois! Deixar de comer palha é fundamental! Esta lavagem cerebral, não contrariada pela nossa SAD, faz da mentira verdade e prejudica a confiança dos adeptos e o necessário reconhecimento do esforço do treinador! E que tal ajudar um pouco, meus senhores da SAD?

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

O Desapontamento E A Montra


Não é nenhum segredo que as exibições pós Dynamo foram as piores possíveis. E isso só demonstra que a maioria do plantel apenas procura projecção europeia. E isso tem de nos fazer meditar.

Alturas houve, bastantes até, na última década, em que o ficaben tinha um plantel mais caro, mais extenso e, porque não dizê-lo, no cômputo geral, com mais qualidade.

A essas faltas a resposta era dada em raça, em entrega, em querer e na vontade de ser campeão nacional. Mas o Clube deixou de o ser. É agora uma firma de transacções comerciais. A parte do jogo é a menos relevante, ou só o é na medida de garantir as posições no campeonato que dão acesso à manutenção do status quo.

Se um jogador, seja ele Imbula, Brahimi, Corona, Tello, Aboubakar ou qualquer outro, não se identifica e não absorve o sentimento de pertença ao Clube, de que adianta a sua qualidade técnica? Não haverá mesmo ninguém que compreenda - ou queira compreender - o que é Ser Porto (nacional ou estrangeiro) que queira mesmo jogar aqui?

A resposta é simples: claro que há. Danilo e André André não custaram fortunas. Como também não custou Alberto Bueno. Ou Evandro. Ou Sérgio Oliveira. A equipa B tem extremos de talento, como Gleison, que já falou da honra que é jogar no FC Porto. Quando ganhamos a Champions com o Mourinho, ganhamo-la com homens da casa. E com o patrocinio da Revigrés. Mesmo Costinha, assumidamente spordenguista, não faz outra coisa senão defender o FC Porto.


E é por isso que, repito, o treinador é apenas parte do problema. E, para mim, a mais simples de resolver. O problema passa muito mais por todo um esquema de ganhos, relação de compra e venda para lucro, e tudo aquilo que foi apanágio da Segunda Circular e que os conduziu ao desnorte.

Ou voltamos a ser um Clube de futebol, cujo prioridade são os títulos e não o acesso à liga milionária e contratamos jogadores que deixam tudo por esta camisola ou mais vale terminar já. 

Temos André Silva , 20 anos, fortemente motivado. Temos Francisco Ramos, Graça, Ismael Diaz, Gleison, Rúben Macedo, Tomás Podstawsky, e tantos outros na B, que defendem e honram as nossas cores. E digo mais, sem medo de ser linchado: temos Hector Herrera, que com todos os seus defeitos - que os tem muitos - não inclui neles a falta de entrega, de paixão, de vontade ou até da chegada à área. Franca coincidência que os últimos golos no campeonato tiveram a sua intervenção directa ou indirecta. E temos Rúben Neves, alguém cujo sonho é ser Rodolfo Reis, começar e acabar a carreira no FC Porto. Para Rúben Neves não há melhor clube no mundo. E é isso que temos de ver multiplicado. E isso já existe na nossa formação, e mesmo fora!

Mas, para terminar, um problema de resolução difícil: Se um talento que quer viver toda a vida no Clube e que ajuda decisivamente o mesmo vale mais de 40M e esses 40M são lucro puro, impera a liquidez ou o amor à camisola?

Apesar da renovação de Victor Garcia - que já reclama mais tempo na A, Layún não rende tanto à direita como na esquerda - ser um excelente sinal, a resposta a esta pergunta, no final da época, ditará muito do rumo que seguirá o Futebol Clube do Porto. O abismo ou a glória. A prata da casa ou este ritmo suicida.

Já agora, subscrevo mais uma vez as palavras do Norte por inteiro.

Espaço Z - ABC vs FC Porto (27-30)



Recorde batido: 16 em 16; 16 vitórias em 16 jogos, com 10 jogos de Champions pelo meio; batemos o nosso próprio recorde, de 15 vitórias em 15 jogos, relativo à época anterior. E neste momento, são muitas as diferenças em relação a anos anteriores. Temos, sem dúvida, o melhor plantel em Portugal. Os melhores guarda-redes (Quintana e Laurentino), moram no Dragão; os melhores centrais (Rui Silva e Miguel Martins), também cá moram; Areia está a provar ser uma das melhores contratações de sempre; Gustavo Rodrigues tem-me surpreendido a cada jogo; Cuni Morales está finalmente a crescer como jogador; Alexis está a conseguir fazer "esquecer" o extraordinário Tiago Rocha. A equipa tem estado fenomenal, mesmo que a nivel defensivo ainda precise de melhorar. Ricardo Costa tem feito um trabalho positivo, sobretudo em termos de organização ofensiva - estamos muito mais fortes, muito mais completos, e parece que está a ser retirado o máximo rendimento de cada jogador. E embora haja uma grande sobrecarga de jogos, e isso decerto contribuiu para uma ou outra exibição mais apagada, nota-se que a equipa está bem fisicamente. Há muitas opções de qualidade, e parece haver uma gestão física muito superior à que era feita em anos anteriores. 

Para concluir esta longa introdução, digo-vos que tenho uma enorme confiança nestes rapazes. Para além de todo o talento á disposição, a vontade de ganhar, a atitude gurreira, a intensidade colocada em cada jogo, levam-me a crer que será um ano de conquistas para as nossas cores. Se neste momento pudesse definir o que é ser Porto, era o exemplo da equipa de andebol que dava. E a simbiose entre esta e os adeptos é a prova cabal do que digo.

Quanto ao jogo, que não consegui acompanhar ao pormenor (como gosto de fazer), foi mais complicado do que o evoluir do marcador pode fazer pensar. Muito disso resulta do facto de termos tido uma equipa muito bem trabalhada do outro lado, sem as mesmas armas mas com muito trabalho táctico, à imagem do excelente treinador do ABC, Carlos Resende. Não podemos também esquecer que tem sido uma época atípica para os minhotos, que durante largos períodos não puderam contar com duas peças fulcrais - o pivot, Ricardo Pesqueira, e o central, Pedro Seabra. Aliás, Pedro Seabra ainda não está a jogar. Isso retira alguma profundidade ao ataque minhoto, que vive mais do jogo exterior, ao contrário do que é habitual. Por outro lado, trata-se duma equipa competente a nível defensivo, mas neste jogo estiveram a anos-luz do que podem e sabem fazer. 

A 1ª parte definiu muito do que foi o jogo até final, porque foi quando conseguimos afastar-nos o suficiente para ganhar alguma tranquilidade. Vantagens de 3, 4, ou 5 golos, a este nível, valem ouro. Este foi um jogo ganho essencialmente pelas capacidades individuais. E com isto não quero dizer que ganhámos porque a malta queria resolver tudo sozinha. Criámos sim situações óptimas de 2x2, que potenciam as grandes qualidades técnicas dos nossos jogadores. Para não maçar muito, dou um exemplo: quando Gilberto e Gustavo fizeram 4 golos consecutivos em remates de longe, a defesa do ABC fez subir os defensores directos dos laterais, deixando os defensores centrais sozinhos contra Miguel Martins e Alexis. Ora, percebendo isso, Ricardo Costa pediu aos laterais para se afastarem o máximo possível da zona central, arrastando os defensores directos com eles, e deixando Miguel Martins com imenso espaço para aplicar o seu temível 1x1, com Alexis a tentar quebrar a defesa nessa zona, e criar dúvida. Resultado? Miguel Martins fez 10 minutos demolidores, contando 3 golos, mais 4 assistências que resultaram em golo. São 7 golos em 10 minutos. 7 golos num total de 30. É muito golo!

Destaque para um jogo menos bom dos nossos guarda-redes, hoje com mais responsabilidades do que em jogos anteriores porque sofreram muitos golos em remates de longe (à partida, terão mais probabilidade de os defender). De qualquer forma, em alturas fundamentais, lá apareceram defesas decisivas, como por exemplo a defesa de Quintana ao 7 metros de Tomás Albuquerque, a 5 minutos do fim, ia o resultado em 28-25 para nós. 

Próximo jogo, Domingo no Dragãozinho, contra o Sporting. Frente a frente as equipas mais fortes do campeonato. Uma vitória, praticamente garante o 1º lugar na fase regular, com todas as vantagens que daí advêm. Espero que a malta, que tanto se queixa da falta de mística do clube, se aperceba duma vez por todas que o FC Porto não se limita ao futebol, e que se calhar a verdadeira mística se joga - neste momento, atenção - num campo mais pequeno, e com as mãos.

Um abraço,

Z

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

O Pior De Tudo...

Foto por © José Lacerda
... é que parece que Lopetegui ficou contentinho com a "gestão de esforço" de ontem. Não importa se os adeptos se deslocam de propósito para apoiar a equipa. Não importa se, da equipa escalonada, cinco deles não fazem parte das escolhas normais, assim sendo nem tendo tido qualquer desgaste.

... que não seja embaraçoso para Lopetegui que um jogador do Feirense diga - e fale verdade - que o FC Porto acabou o jogo a queimar tempo... contra uma equipa da II liga.

... que Lopetegui não esteja minimamente preocupado em fazer uma demonstração de força e qualidade para sossegar os adeptos. Passar entre os pingos da chuva e fingir de morto, aí está o plano do treinador do FC Porto.

--- que qualquer equipa que pressione alto o FC Porto o faça tremer. Que não haja o mínimo de ligação entre sectores. Que se faça passes displicentes e a rasgar... para trás.

... que, ao ver o Braga vencer o not sportem lisbon, se fique com a ideia de que o FC Porto está a anos-luz de garantir qualidade para poder defrontar esta equipa, mesmo que seja verdade que isso demonstra buracos defensivos do tamanho de crateras.

Por tudo isso, espero um FC Porto muito forte e dominador no domingo. Se se continuar a empurrar com a barriga, temo que a queda seja com um enorme estrondo. E depois, dificilmente se levante em condições de lutar.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Análise CF Feirense 0-1 FC Porto (Oitavos Final Taça de Portugal))


Obrigação cumprida. Cumprida? Nem pensar. Passamos a eliminatória, é o que interessa. Será? Não creio. Jogamos pessimamente. Não fizemos jogadas construídas. Não tivemos meio campo. O golo que fizemos foi de bola parada. Há uma descoordenação e uma desorganização de bradar aos céus.

Até à segunda parte, foi o Feirense que dominou o jogo. Foi o Feirense que fez as transições. Foi o Feirense que criou as ocasiões. 

Não se admite. É assim que o FC Porto quer ser campeão? Jogo pastoso, descoordenado, lento, com trocas de bola na zona defensiva, sem jogo interior, um absurdo. Se qualquer equipa pensa que pode pressionar alto o FC Porto e este fica nervoso.... é um mau prenúncio.

Lopetegui neste momento fala daquilo que eu... espero... que explique isto: 3 jogos em 4 dias. Mas a velocidade tem de ser outra. O entrosamento também. Isto é muito curto.


Bueno - Aquele que lutou sempre, foi sempre à procura da bola, sempre à procura de golo. Entrega total. Merece mais oportunidades. E ser servido, em vez de servir.

Aboubakar - Espero que o golo lhe traga confiança, porque a sua entrega continua a mesma. Sempre a servir e sempre a tentar. No entanto, convém tirar o íman dos pés, porque parece que atrai guarda-redes. Porrraaaaa!

Feirense - Partir para cima do adversário desta maneira requer coragem, fazer as transições e a velocidade que fez 80% do jogo requer estratégia. Parabéns. Gostava de ter visto o mesmo do outro lado.


Tello - Um zero absoluto. Jogamos com 10, 60 minutos.

Evandro - Errático, perdido, desnorteado. Parece ser este o registo de Evandro nos últimos tempos.

Lento, parado - Gerir o 1-0 com o Feirense demonstra o nível anímico desta equipa. Vergonhoso. Jogar jogos com vontade de ir para casa é uma ofensa a todos aqueles que se deslocaram a Santa Maria da Feira.

Rezar o Credo - Mas agora acabamos os jogos sempre com o Credo na boca? É este o novo FC Porto? A fazer substituições para queimar tempo? Epá, contra o Feirense?! Não pode ser! Murro na mesa preventivo impõe-se!


Antevisão CD Feirense - FC Porto (Oitavos De Final)


Mais um jogo de Taça, os Oitavos no caminho do troféu. São, desta vez, contra o Feirense, uma boa equipa à qual somos claramente superiores, mas cuja entrega e superação se deve muito respeitar. Lopetegui tem razão ao dizer que têm uma qualidade muito superior a algumas equipas de primeira liga. A sua classificação, atrás do FC Porto B - que derrotou por 1-0 - assim o demonstra. Espera-se, por isso, um onze equilibrado para que, havendo Taça.... não haja Taça. Um saúdo especial para o regresso à convocatória de André Silva e de Sérgio Oliveira.

Helton e Casillas, Martins Indi, Lichnovsky, Maicon, Layún e José Ángel,Danilo, Rúben Neves, Sérgio Oliveira, Herrera, Evandro, Brahimi, Tello e Corona, Aboubakar, André Silva e Bueno

(4x2x3x1) Helton; Layún, Lichnovsky, Indi, Ángel; Danilo, Sérgio Oliveira; Tello, Bueno, Corona; André Silva;

NOTA: Ontem o ficaben voltou a perder pontos (11 em 13 jornadas!), teve uns incríveis seis minutos de descontos para tentar fazer os "15 minutos à Vitória", teve a expulsão do "menino d'oiro" perdoada duas vezes e não construiu jogo nenhum. O que faltou ali? O Niquinho.

Hoje a imprensa diz "sem desculpas" e outras frases levemente acusatórias. Diferenças? "Adeptos insultam Rui Vitória e Rui Costa enfrenta-os em defesa do treinador".

Ao contrário de Lopetegui, Rui Vitória não perdeu sete jogadores titulares. Ao contrário de Lopetegui, Rui Vitória tem jogadores no plantel há anos, perfeitamente identificados uns com os outros e que se conhecem de olhos fechados. Ao contrário de Lopetegui, Rui Vitória é permanentemente escudado das críticas. Ao contrário de Lopetegui, o adeptos do ficaben não o atacam só a ele, não lhe vão fazer esperas no aeroporto.

Não estou a inocentar Lopetegui. Fosse qualquer outro a treinar o FC Porto, o nome que eu teria repetido seria esse, a história não é diferente. Nós fizemos um bom jogo na Madeira, contra o União. Nós jogamos pressionantes, entramos fortes, quisemos vencer. E foi assim que o fizemos. E não me venham falar na sorte! O golo do Brahimi não foi sorte, e quanto aos outros... o golo do Raúl Jiménez do empate - que lhes garantiu o apuramento - contra o Astana foi pura sorte, o primeiro contra o Braga... e assim por diante, que eu não vejo os jogos do ficaben.

Está na hora de compreender que Julen Lopetegui não pode ser o único responsável por tudo isto. Está na hora de compreender que uma equipa nervosa e pressionada pelos próprios adeptos não chega a bom porto. Está na hora de entender que a SAD deve ser pressionada para sair em defesa dos seus. Tivesse Pinto da Costa a atitude que teve com Rui Rio - que toda a gente aplaude e que provocou a fúria de Balsemão, que lhe deu tempo de antena para se vitimizar - com todos os assuntos da sua equipa principal, desde arbitragens à imprensa, e estaríamos todos com a noção clara de quem é o inimigo.

O execrável Jesus disse ontem que continua tudo na mesma na arbitragem. Disse-o com a mesma falta de vergonha na cara de sempre. Insisto, é muito importante compreender que, a esta hora, Lopetegui já teria sido campeão uma vez. Nem tudo é culpa do mesmo. Há que parar para pensar e apoiar uma equipa que claramente precisa de ânimo e moral para atingir o seu potencial. Mesmo estando longe de ser perfeita.