terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Disparate!

Serei breve. Este artigo de opinião de José Manuel Ribeiro n'O Jogo é das coisas mais ridículas que já li nos últimos tempos. Não só o excelso jornalista se ortoga o direito de julgar a política de contratações do Nosso Grande Clube e de fazer avaliações baseadas no preço de jogadores, como diz que seria um fracasso se não for nos moldes que ele entende como razoáveis. Comecemos pela ordem do artigo. Brahimi irá ser vendido por, pelo menos, 3 a 4 vezes o que custou. Terá direito a 75% do valor que for acordado, baseado na recompra por 8, que perfaz 10 milhões de custo por Brahimi. Se ele for vendido por 30, 35, 40M terá sido um ganho de mais de 200%. Tal como Jackson, ao ser vendido por 35M. Isso é um mau negócio? A política negociadora do Futebol Clube do Porto sempre foi fenomenal, não ia começar a ser agora que iria ser diferente.

E depois, diz o sr Ribeiro que o FC Porto perderá a espinha dorsal daquilo que fez Lopetegui pela venda de dois jogadores? Vincent Aboubakar tem marcado, em média, um golo a cada 89 minutos, temos um excelente segundo avançado/ extremo interior em Adrián López (está em franca adaptação), temos Tello, Quaresma, vamos tratar de prolongar Óliver - imperativo - temos Rúben Neves em crescimento e é nosso, José Ángel, Indi, Marcano, Maicon, Fabiano são nossos também. Isto para além de Ricardo Pereira, Otávio, Campaña, Kelvin, Ivo Rodrigues, Rafa, Gonçalo Paciência, Kayembe e outros nossos formandos que são, no fundo, o propósito da vinda de Lopetegui para o Nosso Grande Clube e do seu contrato alargado. Em que medida são só os nomes internacionais os que podem ser potenciados? Além de absurdo é ridículo. Se uma coisa Lopetegui já conseguiu, foi fazer do Futebol Clube do Porto uma equipa com uma filosofia de jogo, um sistema onde o colectivo se sobrepõe ao individual, onde todos são importantes mas nenhum é mais que o colectivo. A tão problemática rotatividade de Lopetegui não fez só os jogadores terem, na sua maioria, largos minutos nas pernas. Deu-lhes uma noção clara que todos poderão dar o seu contributo. Mas ninguém é insubstituível. Nem Brahimi, nem Jackson. E não, senhor Ribeiro, não é o fim do mundo. 

6 comentários:

  1. O que o sr. Ribeiro escreve é inevitável para quem tenha estado atento à situação financeira do clube. A inevitabilidade advém do facto dos jogadores emprestados voltarem para os seus clubes, não acredito que se compre o Tello, e de 2 ou 3 jogadores dos mais valiosos terão de ser vendidos. Se leram o orçamento deste ano que foi publicado terão percebido isso.

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    1. Não terá percebido o sentido da minha crónica. Pese embora eu acho que, realmente, também há os 8 milhões para a compra de Tello, não é, de facto adquirido. Mas mais um ano, estará certamente. Como acredito que Óliver também estará. Iremos vender os laterais, Herrera, talvez Quintero. Talvez Casemiro retorne à base. Mas a espinha dorsal é a equipa e o sistema de jogo. E, de facto, não se poderia continuar a ter tanto estrangeiro na euipa, e caro. E também não é a vontade dos adeptos. Mas não vai retirar grande competitividade, voltará uns 10 anos atrás. E não é o fim do mundo.

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    2. Jorge Vassalo, vender Alex Sandro? A quem? Por meia dúzia de berlindes? A compra da totalidade do passe de Quintero tem o seu porquê.

      Para si, venderemos laterais, Herrera, Quintero e Jackson? 5 jogadores? Não acredito.

      Danilo, Jackson e Quintero.

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    3. Caro FuJiMoRi,

      A questão do Alex Sandro foi só um rumor que ouvi, pelo tal vale o que vale, provavelmente nada.

      O Herrera tem mercado. Por tudo e por tudo. Top do the Guardian, o Mundial...enfim, pode ser que vá.

      Mas de resto concordo consigo.

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  2. Lá vamos ter o sr. Costa a apitar o próximo jogo na Luz. Só tenho uma dúvida: iremos ver um jogador do Vitória expulso, um fora-de-jogo mal assinalado ou um penalty caído do céu? aceitam-se sugestões. Claro que, se a coisa estiver tremida, até se pode dar o caso de ocorrerem as três situações. Não sei porquê, mas os benfas nunca mais falaram em trazer árbitros estrangeiros para arbitrar os jogos dos gajos. Pois, com eles não costumam ter tantas facilidades...-João.

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    1. Uma vergonha. Faremos o que podemos, mas sem uma voz forte e abrangente a denunciar e a exigir rigor.... enfim...

      Abraço

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