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quinta-feira, 20 de julho de 2017

O (Bom) Trabalho Em Curso - A Defesa e o Treinador

Findada que está a viagem da nossa equipa ao México, é hora de tirar as devidas conclusões e a fazer a sua avaliação. Já todos sabemos: vale o que vale, é pŕe-época, o resultado não importa para nada e, pelo menos nesta fase, as equipas, os onzes e as substituições não reflectem necessariamente as preferências de Sérgio Conceição para a época - é uma altura de testes, de tentativas, de desenhos de sistemas e dinâmicas. Bem aproveitadas, serão talvez - talvez!  - a base do que vem, mas não é forçosamente necessário que assim seja.

Ainda assim, destaco desde já o excelente trabalho de Sérgio Conceição nesta fase. O FC Porto jogou ontem numa intensidade - contra o Cruz Azul também, mas menos - e um sentido de baliza e objectividade que já não via há muito tempo. Os jogadores, na sua maioria, estão entregues e com uma vontade e uma garra muito grande. É notória a pressão altíssima e a reacção agressiva à perda de bola. É notório o trabalho de criação de dinâmicas ofensivas e combinações atacantes. É fácil de ver que, apesar da carga, há um avanço imenso em relação ao FC Porto de memória recente. Ainda não está tudo resolvido, nem lá perto, mas uma coisa é certa: já se nota dedo do treinador na equipa.

Vamos então ver, por sectores, como acho que estão as coisas. Hoje falarei da defesa, amanhã do meio campo e sector atacante.


Na baliza, Casillas continua igual a si mesmo - a classe em pessoa. Um par de excelentes defesas, a liderança e o pôr em sentido que lhe reconhecemos. Sérgio retirou-o cedo do jogo com o Chivas - não há nada a ver em relação a Casillas. É o que é, e há muitos anos. Já Sá, achei-o nervoso e instável. Não esteve seguro fora de postes, como ainda ano passado o vimos e, evidentemente, não tem oi sentido posicional de Casillas. Um ano mais a aprender com o Mestre ou ser emprestado a uma equipa competitiva e exigente far-lhe-ia muito bem. Quanto a Vaná, jogou ainda muito pouco tempo, teve zero de culpas no golo e nada que se destaque, por um lado ou outro.


Na defesa, a lateral direita tem uma qualidade estúpida, com Ricardo Pereira e Maxi em bom plano. Obviamente, o primeiro de uma forma mais ofensiva e projectada do que o segundo, mas com Ricardo Pereira e Maxi poderemos ter, sem problemas, um extremo e um lateral que resolvem completamente o corredor direito. Já na lateral esquerda, Rafa Soares está, quer-me parecer, a sofrer do mesmo mal de todos os que subiram de escalão: talvez o querer mostrar serviço não lhe esteja a deixar ser ele mesmo. Nada de cruzamentos milimétricos, nada da sua agressividade defensiva e até um estranho posicionamento comprometedor. A desmentir em Portugal, espero. Alex Telles foi um dos melhores do FC Porto nesta fase - intenso, aguerrido, veloz, presente. É o que foi grande parte do ano passado - um excelente lateral. Já Layún continua o mesmo defensivamente, mas acredito que, a ficar, possa ser bem aproveitado a extremo. Layún tem demasiada qualidade pela esquerda para ser desaproveitado.


No capítulo dos centrais, Felipe e Marcano continuam no mesmo patamar que estiveram no ano passado, com o segundo a melhorar contra o Chivas, uma vez que, contra o Cruz Azul, talvez devido à altitude, não esteve na sua normal eferverscência.  Mas neste último foi o Capitão que já nos habitou a ser: sério, sereno, mas presente e excelente no posicionamento e dobras. Indi esteve também oscilante, melhor no primeiro jogo e cumpridor neste segundo, mas ainda assim de nota positiva. Jorge Fernandes não jogou tempo suficiente para que lhe possa fazer alguma avaliação. 

A defesa, no seu todo,  pareceu-me comprometer no segundo golo do Chivas. O golo do Cruz Azul... enfim... é resultado de uma falta de entrosamento defensivo. O primeiro golo do Chivas é de anedota.

Acho engraçada a forma como os vendilhões da capital trataram os jogos do FC Porto. Continuem a tapar o Sol com a peneira! 

Não entendo como este importante assunto, também tratado pela Sporting TV, que conta com o importante trabalho de investigação de Bernardino Barros para além do supra-linkado Mister do Café, não esteja a ter a devida relevância por parte do Porto Canal e dos responsáveis de Comunicação do FC Porto. À excepção dos emails, às vezes perde-se demasiado tempo com fait divers marinheiros e que não querem dizer absolutamente nada, em vez de dar destaque a uma manobra de bastidores que será, com certeza, bastante prejudicial. Chorar sobre leite derramado não adianta nada!

Ao Capitão Ricardo Moreira, o meu mais sentido Obrigado! Capitães como este não há muitos! Muita sorte nestas novas funções no Nosso Grande Clube!