Mostrar mensagens com a etiqueta Besiktas. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Besiktas. Mostrar todas as mensagens

quinta-feira, 14 de setembro de 2017

Análise FC Porto 1-3 Besiktas - Ferida Exposta


Ainda bem que esperei umas horas até escrever estas linhas. 

Para já, quero começar por aplaudir de pé a frontalidade deste homem. Sim, a verdade é que a responsabilidade começa mesmo nele. Principalmente, na sua inexperiência. Sérgio nunca tinha estado nesta posição. Ponto. Mas é verdade que é lugar comum dizer-se que o FC Porto, nas competições europeias, deve povoar mais o meio campo, tendendo para 4x3x3 ou um 4x2x3x1, ao invés do 4x2x4 efectivo que se viu,  apesar de, na maioria das vezes, Brahimi - aquele que, juntamente com Marega, foi quem foi capaz de escapar à exibição paupérrima dos seus companheiros - ter dado algum apoio defensivo.

Essa assimetria do meio campo, e uma desinspirada noite de Óliver  - a quem, no estádio, me apeteceu rebentar - e mais ainda de Danilo, que está absolutamente irreconhecível, deram azo a que o Besiktas - que tal como previra, tinha a tarimba e a maturidade como armas contra a meninice dos nossos - pudesse fazer o jogo que queria, com particular destaque para o nosso corredor direito, em que Corona e Ricardo não se entenderam ou apoiaram minimamente.

Só que do nosso lado também houve oportunidades. A bola ao poste de Óliver, a corrida do mesmo, que Soares fez o favor de cortar, o remate com uma excelente defesa de Corona. Três golos claros. Porque, sim, é urgente mais golo a esta equipa. É urgente que, de uma vez por todas, as oportunidades claras sejam golos e não mais um passe, mais uma finta, mais um nervo. Futebol vive de golos. E lá porque Óliver foi quem mais bolas recuperou - 8, no total - isso não faz com que baste. Não basta.

Só que o pior estava para vir. Deu-se a ilusão que, no início, a troca de Óliver por André André tinha surtido efeito. Mentira. Ao trocar Corona por Ótávio, preencheu-se mais o meio campo. Só que lá se foi a pouca definição que havia. Há quem goste das corridas tolas que vimos na segunda parte? Whoopty-Doo. A verdade é que, chegados à áres, os remates eram à figura ou fora de postes. Tínhamos, efectivamente, piorado.

Não causou surpresa que o Besiktas tivesse ainda ampliado mais a vantagem. Porque ficou a nú a nossa ferida exposta. A falta de qualidade do nosso banco não é culpa do treinador. Urge ir buscar um Lucho. Se queremos jogar em 4x2x4, temos de ter um médio que tenha golo. Senão temos de mudar a táctica. Não se pode jogar contra equipas maduras e entrosadas da mesma forma que se joga contra um Moreirense desta vida.

Mas urge, mais do que tudo entender que é o que temos e que sem ovos não se fazem omeletes. Ponto. Para consumo interno talvez dê. Na Champions... sem alternativas credíveis ... é muito complicado. Quem de direito resolva. Ou aceite-se.


NOTA: Éa a quinta vez que uma equipa despede umn treinador nas vésperas de jogar contra o benfas. Coincidências, certamente...

Estou-me a borrifar se Aboubakar, esse Portista da Ribeira, com o sange azul e branco a correr-lhe nas veias, vai ou não para o balneário rir-se com os ex-colegas. É bonito? Não. É o futebol moderno? Com certeza.

quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Voltar a Ouvir o Terceiro Melhor Hino


Antes de mais, queria agradecer aos meus habituais leitores a paciência que têm tido comigo. Circunstâncias felizes mas consumidoras de tempo têm-me impedido de actualizar este blog como gostaria. No entanto, no início da próxima semana voltará tudo ao normal.

Hoje é dia de Champions. A nossa vigésima segunda. Ombreamos com poucos, muito poucos, na exosfera das presenças europeias, tendo já conquistado também o caneco, o que diz muito de nós como equipa. O Futebol Clube do Porto nasceu para este palco, é lá que habitualmente respira, longe da Matemática do Pontinho e perto do futebol prazenteiro, jogado contra adversários idempotentes ou superiores em orçamento e, não raras vezes, tarimba.

No entanto, é rara a circunstância como a deste grupo, que para mim é um Grupo da Morte. Como se viu no fim de semana, tudo é possível, uma vez que o Mónaco foi goleado por 4-0 (e não 5, como erradamente disse no A Culpa é do Cavani). Somos, então, basicamente da mesma igualha, e tanto poderemos acabar em primeiro como em último do grupo. Não ter uma superpotência nem um adversário frágil dá nisto.

Mas dependemos de nós mesmos, assim sendo. Por isso, honestamente, não sou capaz de saber como estaremos logo. Sei que do outro lado estão figuras que gostamos e que de nós gostam: Quaresma e Pepe. Sei que o Besiktas tem uma propensão ofensiva forte e é melhor a atacar do que a defender. Sei que não é instransponível.

A maior incógnita reside no FC Porto de Champions de Sérgio Conceição. Desconheço em absoluto quais as ideias de Sérgio em jogos de campo aberto e jogo corrido. Não sei se o sistema se mantém, se a filosofia é a mesma, creio que, no fundo, nem ele tem a certeza. É a sua estreia nos grandes palcos. Lá estarei, junto com milhares de Portistas, para os apoiar. Que honrem o Brasão Abençoado, é tudo o que lhes peço. A fase final é sempre o nosso objectivo nesta competição.

Por fim, costuma-se dizer que não te rias do mal do teu vizinho, que o teu vem a caminho. No entanto, impõe-se deixar bem claro um quod est demonstratum. Longe de toda a protecção, com as mesmas regras do que os outros, os incensados da nação, os predestinados, os fantabulásticos, mostram bem onde têm as suas fraquezas e as suas forças. E isso só é mau para todos nós. É por isso que se impõe o fim desta palhaçada proteccionista, não para que outro possa ser o protegido, mas para que a nossa Liga passe a ser competitiva, atraente e justa.

E, por falar em Justiça, a lixeira da Cofina achou muito grave e ofensivo que o juíz que vai julgar a patética providência cautelar seja adepto do FC Porto. Porque se fosse do benfas, tudo normal. Já não se indignaram tanto, aquando do Apito Dourado, que Saldanha Sanches, o malogrado marido de Maria José Morgado, à data desta patética "investigação" que esta chefiou, fosse membro do Conselho Fiscal das papoilas!


Enfim, aqui, como em campo, critérios VARiáveis. Todos os dias, a cada minuto, a cavar ainda mais o fosso que nos afasta do primeiro e nos aproxima do terceiro mundo. Espero que se sintam orgulhosos.