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domingo, 5 de novembro de 2017

Análise FC Porto 2-0 Belenenses - Vertigem de Querer Vence o Cansaço


Depois de uma fantástica vitória frente ao Leipzig, da lesão de Marega e da fadiga de Corona, estava no horizonte o encontro com o muito bom Belenenses do nosso - meu, pelo menos - querido Domingos Paciência, que, é bom que se diga, vinha numa forma melhor do que a do fifica e do sportem, e está agora num mui honroso sétimo lugar, mesmo após ter perdido. 

Assim sendo, Domingos foi inteligente, soube aproveitar as fragilidades do modelo do FC Porto, jogou na expectativa tentando aproveitar o natural adiantamento, a falta do pêndulo Danilo  e jogando em contra ataque rápido. Sim, ele tem razão, pode queixar-se de falta de eficácia.

Mas do outro lado teve o FC Porto 2017/2018: rápido, intenso, pressionante e mandão. E assim, não é surpresa que, no primeiro terço do encontro, só tivesse dado FC Porto. Não houve critério na decisão final, faltou sabedoria na criação da jogada, enfim, maior clarividência na área e perto dela.

Mas o golo de Herrera é justo, não só pelo domínio, como pelo jogador, quie continuou a encher o campo com bons pormenores, intensidade e transporte de bola

Sim, a vertigem continua lá, a velocidade quase frenética e o querer estão lá também.

Na segunda parte o Belenenses cresceu, em virtude do nosso cansaço, naturalíssimo em virtude de tal intensidade mais que frenética que causa a sua mossa, e houve, aqui e ali, sustos bem derimidos por um apoio defensivo forte e por um cada vez mais seguro José Sá. Aquando da entrada de Corona e depois de Sérgio Oliveira e Galeno, regressou muita da frescura e o 2-0 natural (que jogada de Herrera, que bem feito por Galeno e que finalização de Aboubakar!) selaram um encontro, onde a justa vitória nos deixou muito líderes - mas justamente também.

Não posso deixar de destacar Diego Reyes, muito bem na sua função de trinco (não tão bem como Danilo, mas até com melhor saída de bola e bom posicionamento) e infelizmente, porque sou justo, Felipe tem mesmo de descansar: há motivos para penalti e a falha de posicionamento em vários lances deixou-me preocupado.

Felipe, ixnay on the Beckenbaueriae! 

Uma última nota: melhor FC Porto goleador dos últimos 50 anos. Mas também com muita, muita sorte. Sem critério e definição no meio campo, sem pausas e momentos, vai-se o equilíbrio. Mas este é o futebol de vertigem que todos parecem amar, verdade? 

Dizem que a sorte protege os audazes. Pois que assim continue. Quod me nutrit me destruit. Ou então não. Ou então a raça e o querer vencerão. Apostemos na segunda.

domingo, 29 de outubro de 2017

Análise Boavista 0-3 FC Porto - Feio, Porco e Muito Mau


Noite quente de Verão, em pleno Outono, em vésperas de Novembro, casa compostinha no Estádio do Bessa, onde tive a felicidade de estar, em excelente companhia. A bancada coiso (Norte, Sul? whatever!) dos Dragões completamente cheia de um imenso e assoberbador Mar Azul, a abafar por completo as gentes da casa.

Derby da Invicta, portanto, com todos os ingredientes para ser aquilo que sempre foi - aqui não há solidariedade, apenas rivalidade. À antiga. Sem amor algum. 

Entrada má - Sérgio Conceição acabaria por concordar - da equipa em campo, sem conseguir construir a partir de trás, com um jogo directo perdulário e a funcionar em reacção, em virtude do maior povoamento do meio campo boavisteiro e de uma entrada perdulária e de vistas curtas por parte de Herrera e de Danilo. Mais uma vez se sentiu o fantásma de Leipzig, mais uma vez se viu uma equipa com muita vontade e pouco tino, ainda assim comandada pela batuta de um Brahimi absolutamente endiabrado e imparável. Mas até foram mais as investidas e consequentes oportunidades do Boavista, tendo havido até uma excelente defesa de José Sá a um remate que daria golo. Terminaria, pois, a primeira parte com um ascendente da formação da casa que se entendia, dado o pouco povoamento do meio campo.


Segunda parte com a atitude corrigida, um FC Porto um pouco mais consistente e subidinho, e cinco minutos volvidos, o golo. Excelente jogada de envolvimento e de variações, com Aboubakar, qual Jackson, a descer e a fazer o tal povoamento que faltava, bola à direita para Corona, cruzamento para Brahimi, cruzamento rasteiro para a finalização de Abou. Assim explodia o Bessa, da acumulada tensão de um jogo rasgado, agressivo e nem sempre bem jogado. Aos 70 minutos, Sérgio reage aquilo que era óbvio, o despovoamento do meio campo, com a saída de um bom Corona, que antes tinha visto o filme do ano anterior repetido (ver nota abaixo) e a entrada de André André. Isso permitiu a Herrera a subida no terreno e, consequentemente, passado pouco tempo, depois de passe de André André, cruza para o golo da tranquilidade, por Marega, sempre com um óptimo sentido de oportunidade que lhe é característico. Passado cinco minutos, o mesmo AA serve Brahimi para o seu merecidíssimo golo. Assim, acabava a partida, com um resultado muito superior à qualidade do jogo demonstrada. 

Não gostei que SC não tivesse visto mais rápido o que toda a gente conseguia ver. Se conseguiu o primeiro golo, foi por um conjunto sólido e unido - que sim, é mérito dele. Mas não posso dizer que aprecie este futebol de vertigem, sem verdadeiro controle ou jogo pensado, mesmo com mais um homem a povoar o meio campo. Vejo nele um potencial para o erro que não parece despiciente. No entanto, não se pode contrariar um dos melhores arranques de sempre do Futebol Clube do Porto. Uma vez mais, adoro não ter razão.


Claro que tudo isto seria mais fácil, não fosse a ridicularia que foi a arbitragem de Hugo Miguel. A forma como foi sempre sendo "pedagógico" com os jogadores do Boavista enquanto ia varrendo de amarelos estúpidos os jogadores do FC Porto (Marcano por protestar, quando todos os jogadores do Boavista o fizeram múltiplas vezes, Corona por uma entrada absolutamente normal, Herrera por nem tocar em lado nenhum, só para dar exemplos) mostra o verdadeiro cabeça de falo curto que alí vai. Mas para os livros vai mesmo o amarelo a Aboubakar por... ousar ir festejar para dois lados do campo, como se pode ver nesta imagem em cima, ao passo que um jogador do Boavista quase arrancar, pelo segundo ano consecutivo, a perna a Corona não deu mais que um amarelito, quando deveria ter sido um claríssimo vermelho.  

O amarelo a Abou é, em si mesmo, a explicação e a demonstração do porquê do nosso campeonato ser o que é, em termos de intensidade, velocidade e apelo ao exterior. Com arbitragens destas, tendenciosas e vaidosas, não sairemos nunca da cepa torta!

Por último, adorei ouvir Simãozinho, o lambidinho, projecto falhado de Mourinho, a dizer que aquilo tinha sido tudo dele e ele é que tinha falhado nas substituição. Não, lambidelas, tinhas de arriscar porque senão perderias na certa. Nós é que fomos demasiado fortes para ti. Apesar de te permitirem tudo. Continua assim que vais bem. 

domingo, 22 de outubro de 2017

Análise FC Porto 6-1 Paços de Ferreira - Ópera à Moda do FC Porto


Noite fresca no Dragão, 40 mil nas bancadas, expectativa após o desaire em Leipzig, saber se tinha ou não um FC Porto à moda antiga. Obviamente, sorri largamente quando me pareceu ver o fantasma de Bobby Robson, de polegar levantado, atrás da baliza, logo a seguir ao golo de Ricardo Pereira, felizmente regressado, com uma exibição soberba. Adivinhava-se, tão cedo era marcado o golo, que o FC Porto estava ali para demonstrar algo.

É certo que uma nuvem negra chegou a assombrar - Herrera fez um passe à queima e Whelton aproveita para marcar um golaço à Hulk, no meu entender, absolutamente indefensável para José Sá.
Notou-se, infelizmente, algum nervosismo nos minutos seguintes, só que o seu colega de sector Felipe resolveu dar-lhe um bom bálsamo, na forma de um excelente golo, e dar descanso ao seu guardião. Também é curioso que após essa altura, exorcisou-se o Herrera do corpo de Hector Miguel, que arrancou para uma boa exibição, estando em todo o lado do campo e imprimindo a velocidade demolidora para que os seus colegas da frente se exibissem em todo o seu fulgor.

Assim foi. Brahimi e Marega pegaram no testemunho e partiram a loiça toda com golos e oportunidades, jogadas e combinações de encher o olho. 4-1 no fim da primeira parte, goleada das antigas, um jogo brilhante e muito bem conseguido de toda a equipa, a lavar-se do desnorte alemão com classe e imposição, à qual um Paços que até tentou, nada conseguiu fazer para contrariar. Pelo meio, ainda houve alguma esperança pacence, mas fez uma excelente defesa em voo e desviou para canto, socando o dito para lá de Bagdade. 

A segunda parte trouxe, ao contrário do que se faria supor, mais da mesma toada agressiva e dominadora que se tinha visto na primeira parte, desta vez com Jesus Corona a fazer as delícias e as honras da casa. Felipe ainda viu um golo (bem) anulado, mas nada iria estragar a festa de golos do Dragão. Estava restabelecida a ordem natural das coisas e a distância devida para os nossos adversários. Em estilo, com classe. E também um recorde. 5 goleadas em 5 jornadas no Dragão. Que mais se pode querer?


Não deixa nunca de ser normal nunca é o daltonismo inverso que sofrem os árbitros em relação ao FC Porto. Fábio VARíssimo não viu esta mão ostensiva - um enésimo penalti - que retirou o merecido golo a Yacine Brahimi. Normal, diriam uns. Anormal, digo eu. Até quando? Sim, é certo, cumprimos a máxima de que fomos muito melhores e assim ultrapassamos os "erros" da arbitragem, mas é por estas e por outras que o nosso campeonato é uma anedota, e há quem muito se esforce para manter o status quo. Escavando e escavando até que a nossa liga chegue às últimas da Europa. Desde que se salve o regime...

Por mim, porque os elefantes matam e eu não quero morrer hoje, achei a exibição de Sá normal para as circunstâncias. É o guarda-redes do meu Clube. É quem o treinador escolheu, é quem eu defendo. Acho que Casillas é muito melhor e experiente. Sim. Critico a decisão do treinador, que considero errada? Sim. Deixo de apoiar a equipa, jogadores e treinador? Nem pensar. O treinador faz as suas escolhas, é responsável por elas. Reconheço em Sá talento. Não tem experiência? Não. Poderíamos jogar com essa enquanto por cá a temos? Claro. Está na hora de mudar de Clube? Nem pensar! Quem decidiu, está decidido. A partir daí é com o treinador e equipa. Eu só vim aqui ver a bola! E que feliz que eu estou com isso!


quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Análise RB Leipzig 3-2 FC Porto - Das Opções Técnicas


Tenho lido as análises daqueles que se antecipam sempre a mim nas suas crónicas ao jogo, e muito me espanta que não comecem pelo principal. A análise à substituição de Casillas não se pode cingir à capacidade técnica, embora também possa. Deve ser vista de uma forma profunda, porque pode - embora não deva! - ser um triste ponto de inflexão nesta equipa.

Ponto primeiro. José Sá é o menos culpado de tudo isto. Nem sequer vou analisar o seu jogo. Era, lamentavelmente, o esperado. Sá não tinha feito qualquer jogo na primeira liga e foi lançado contra a mais mortal equipa do nosso grupo. José Sá cometeu um erro?  Estava nervoso, estava sem ritmo. Era o mais provável.  Sérgio arriscou com Sérgio Oliveira e venceu. Contra as probabilidades. Desta vez perdeu.

Não vou destacar as qualidades técnicas de Casillas - é um dos melhores guarda-redes entre os postes DA HISTÓRIA DO FUTEBOL. E isso tem de bastar.  Falo do principal, daquilo que é o mais complicado. Iker Casillas é o de facto líder deste grupo. Já aqui falei várias vezes da braçadeira. Mas uma coisa é certa, com e sem ela, é evidente que se nota e muito as suas orientações, a sua voz de comando, o seu gravitas que dá confiança e rumo à equipa.

Sérgio Conceição resolveu retirar isso à equipa por opção técnica! Os jogadores pareciam umas baratas tontas, sem saber o que fazer? Pois, naturalmente! Sem liderato, qualquer equipa se torna banal! A única coisa que justificaria a saída de Casillas seria uma lesão! E digo já, não acredito que Casillas tenha desrespeitado SC, uma vez que a experiência assim o dita. Se não é lesão, é uma jogada tosca de poder que saiu completamente furada.

Vai Sérgio a tempo de a rectificar? Sem sombra de dúvida! Sábado, Casillas na baliza. E pronto, siga. Qualquer outra coisa, é teimosia. 

Mas nem só dessa opção surge a perplexidade. A substituição de Ricardo Pereira por Layún foi outra furada. Layún fez um jogo pavoroso e nervoso. Continuo sem perceber a opção.

Naturalmente, não basta estes erros para justificar a derrota. O Leipzig é uma equipa forte, rápida e bem trabalhada que engoliu literalmente o nosso meio campo - e não, não é no meio de um jogo frenético que Óliver iria fazer grande coisa, embora se tenha notado naturalmente uma melhoria, ainda que ligeira - e fez do ataque aquilo que quis.  E depois, porquê tirar um Brahimi que estava a lutar bravamente com tudo o que tinha,  por Corona,  e deixar em campo Marega que, claramente, não estava fresco? Estas opções técnicas! Difícil de entender!

Se o nosso plantel não é vasto, chega de golpes de asa! Os melhores têm de jogar, e cada coisa a seu tempo. Esta saiu mal, Sérgio. Vais a tempo de a rectificar. Nada está perdido neste grupo de doidos, onde um Besiktas poderoso - quem diria! - foi o único a ganhar sempre. Ganhar grupo? Sem dúvida. Powerplays? Esquece!

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Sporting 0-0 FC Porto - Um Travo Agridoce Num Excelente Jogo

Há muito tempo que não sentia o meu coração bater com esta ansiedade positiva antes de um Clássico. Afinal, o Estádio de Alvalade (ou Alvalade XXI ou Alvaláxia ou whatever) é sempre uma espécie de um triângulo das bermudas Portista, onde quase tudo acontecia. Roubos de igreja, banhos de bola, banhos de táctica, tudo a um cento.

Foi, portanto, com muita alegria que vi a primeira parte Portista naquele estádio, dominadora, mandona, sufocante e açambarcadora. O jogo era nosso e as oportunidades também. Brahimi estava um ás, Aboubakar arranjava espaço onde não havia, Marega, como sempre, levava tudo na frente. Mas, ainda mais do que isso, Herrera estava muito, muito bem, na luta, na pressão, na intensidade, na verticalidade, a criar e a fazer crescer a equipa.

Lá atrás, Alex, Marcano e Felipe faziam aquilo que é costume, ou seja, travar tudo que viesse por água, terra e mar, com a ajuda de um surpreendentemente entregue Miguel Layún. Casillas era, a esta altura, um mero espectador, tendo apenas que repor bolas em jogo e fazer defesas simples e gritar "fuera!" em tudo o que era cantos.

Do outro lado, o Sporting fazia aquilo que podia com o - muito! - que tinha. Só que esteve completamente manietado, castrado, fechado. Sérgio fazia uma chave de braços a Jorge Jesus. Apenas e só a sorte nos impedia de dar uma goleada aos verdes.

A sorte e São Patrício, qual Iker no galinheiro. Impressionante, deveriam impedir imanes nas luvas, carago! Não me parece justo! 


Chegava a segunda parte e a energia e a intensidade monegasca batiam à porta. Aqui Jesus esteve melhor do que Sérgio. Falharam as pernas a Herrera, a Brahimi, a Aboubakar e a Marega. Sérgio tardou a substituir os três primeiros. Jesus tirou um incipiente Bruno Fernandes e pôs um aguerrido Bruno César, trocou as voltas às extremidades e foi rodando a posição de um William - que deveria ter visto um vermelho que abriria espaço para a justiça no marcador. Sérgio pôs Otávio - que acabo, hoje, por perceber, mas que uma vez mais não aproveitou a oportunidade para adequar o seu imenso talento à equipa, perdendo-se em iniciativas individuais que não ajudaram nada. Mas o maior erro foi deixar Abou tempo demais e ter o Tiquinho pouco tempo em campo. 

No entanto, quero deixar bem claro no ar uma pergunta para os meus leitores: qual de nós, em bom rigor, diria há três meses que isto seria possível? Sair de Alvalade com aquele amargo de "ah, se aquela bola entrasse..." em vez de "uau, saímos vivos"? Sobretudo contra uma equipa que investiu da forma que eles investiram, que ataca o campeonato da forma que se conhece?

Saímos da jornada à distância que entramos - obrigado papoilas! -  mas com a convicção cada vez maior de que somos melhores e de que podemos ser campeões. Estamos no bom caminho. E tudo graças a Sérgio Conceição.Ainda há muita estrada para andar, mas a atitude já é outra. O Dragão está de volta!

quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Análise Mónaco 0-3 FC Porto - Chapeau Num Traje de Gala

Absolutamente fenomenal. Ninguém - ou quase, vá, vi pessoas no Twitter a prever isto - esperava este onze. Ninguém esperava esta solidez. Sérgio Conceição arriscou - e ganhou o Jackpot.

Povoar o meio campo, modificar o esquema táctico, era previsível. Agora, Sérgio Oliveira? Depois de zero minutos de competição?! Nem nos meus maiores sonhos! Mas, meus caros, eu não percebo nada disto! E que feliz que estou com isso!

Sérgio soube conhecer-se e à sua equipa - sabe quais são as suas forças e as suas debilidades - e não se pôs a inventar. Obviamente, deu a iniciativa de jogo ao Mónaco, mas fechou-lhe a porta, de tal forma que, depois de alguma ansiedade inicial, não foi possível ver o Mónaco a atacar de forma alguma. Noutro sentido, cada vez que o FC Porto pegava na bola, quer por um fantástico Brahimi, quer pela dupla de carros de assalto Aboubakar e Marega, sendo que este último, para lá de atacar e bem - duas assistências e algumas boas oportunidades -  foi enorme num excelente apoio defensivo.

Assim sendo, e apoiados numa boa eficácia, marcaram-se os golos da maior surpresa desta noite de Champions League. Mas não só aí, nos golos, se fez a surpresa. Foi também no aproveito humano do plantel, da solidez defensiva ( gigantes centrais e Ricardo Pereira ) e da surpresa da nosso conforto. Houve uma altura em que chegamos a controlar o ritmo do jogo, a cadência, de uma forma absolutamente magistral. Caíram-me as lágrimas de felicidade no fim, por ver que está a ressurgir um FC Porto à Porto e por relembrar as saudades que eu tinha dele.


Estou esperançado. Não ganhamos nada, é verdade. Mas estamos a formar um FC Porto à Porto. E o Caminho faz-se caminhando. Próxima paragem - Sporting. E desculpem-me, perdoem-me, mas depois do que vi, acredito mais. Pode ser?

NOTA: Então, Ratazana, "O Mónaco parecia o Rio Ave"? Claro, claro, nunca sequer permitir pensar que o FC Porto ganha ao Mónaco com absoluto mérito! Se o ridículo matasse...

sábado, 23 de setembro de 2017

Análise FC Porto 5-2 Portimonense - Noite de Gala no Dragão


E ao sétimo dia, Ópera.(Eu sei, eu sei, escusadita a piada mas hey, também posso...) Assim se pode designar uma das melhores exibições do FC Porto nos últimos anos, apenas entrecortadas pelo sono que teima em entrar de vez em quando e que deu um travo amargo a Iker Casillas, sem qualquer culpa nos golos e que ainda fez duas defesas ao seu nível.

O FC Porto não deu hipóteses, entrou forte e dominador, intenso e agressivo, à procura do golo com uma paixão que já não lhe vira há muito tempo. Sim, é verdade que o FC Porto vem num crescendo exibicional, mas o golo de Marega  e de Brahimi ( o quinto ) são qualquer coisa digna de memória.

E bem justificados, diga-se. Brahimi foi absolutamente magistral, esteve sempre aguerrido, ofensiva e defensivamente entregue à equipa e solto. Para mim, é um absoluto génio. E quanto a Marega, o golo que marcou foi um golo de classe, a sua disponibilidade para o jogo, a sua velocidade e o seu poderio físico são sempre impressionantes, e nota-se que a confiança e a adoração dos adeptos - tem já música e nota-se a alegria - estão, aos poucos e poucos, a transformar a pedra da sua técnica num diamante que parece começar a formar-se.

Assim sendo, depois de três golos em seis minutos e ainda antes da meia hora de jogo, foi natural um certo deslumbramento que conduziu a um jogo lento mas não controlado. Aí, é natural que o Portimonense - uma equipa muito melhor do que o resultado faz supor - tivesse aproveitado e um letal Nakajima fizesse um golo de trivela de belo efeito, que poria o FC Porto num sentido que o Pirtimonense merecia que se tivesse.

Foi bom ver que a segunda parte trouxe o melhor FC Porto de volta, pelo menos até ao quinto golo. Esta foi a parte final onde Brahimi teve o retorno merecido - bisar e colocar-se outra vez na lista de melhores marcadores da equipa. O quinto golo, é digno dos livros, com o calcanhar de Aboubakar, o túnel de Herrera - ontem, felizmente, na sua versão Hector Miguel  - e a finalização de classe de Brahimi vão figurar, certamente, nos melhores momentos do Dragão durante muito tempo. 


Depois, a soneira voltou a instalar-se num Dragão que, compreensivamente, estava já com a cabeça no principado e em terça feira. O golo do Portimonense era escusado e foi uma falha defensiva de quem não costuma falhar. Mas não se pode querer tudo. A exibição só pode ter uma nota: Excelente!

Resta-me apenas acrescentar que gostei de ver o 4x3x3, com Óliver a partilhar o meio campo com Herrera e o bom entendimento destes,  Marega encostado à direita no lugar de um inconstante e incipiente Corona, que teima em não apanhar o autocarro da equipa, e da segurança e estabilidade que esta táctica trazem. Com certeza, uma antecâmara para os jogos com o Mónaco e o Sporting, onde o 4x4x2 me parece instável e inseguro. Também gostei de ver confirmada a minha teoria de que Diego Reyes é uma boa alternativa a Danilo. 

Acabamos em festa, isolados no primeiro lugar e num pleno de vitórias. Os sinais que vemos são prematuros mas positivos. E isso tem um "culpado" - Sérgio Conceição. É certo que talvez tenha vindo num certo despropósito a sua atitude, ou um certo exagero nesta casuística, mas a verdade é que o acumulado tem a sua preponderância e o seu peso. Assim sendo, adorei. Foi um ponto de ordem que se impunha. Que sirva de exemplo.

E quanto a um Basta, falemos então de Fernando "Facadinhas" Gomes. Creio que o Drax disse tudo, mas quero só acrescentar o seguinte - não me surpreende nada a atitude subalterna e subserviente. As ambições deste são o topo do futebol europeu e isso é o que lhe interessa. Assim sendo dava jeito que nos calássemos. Só que não vai ser assim! E mais, senhor Facadinhas: nós não falamos por causa de "insucessos". Estamos em primeiro lugar. Falamos por factos. E não nos vamos calar!!! 

segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Rio Ave 1-2 FC Porto - Ála-Arriba Para a Liderança


Tarde bem passada, na companhia de dois amigos no Estádio dos Arcos, com muita ansiedade e nervo, provocada pelo sobressalto do onze. Sérgio Conceição trocara Óliver por Herrera e Corona por Otávio. 

Antes de mais, quero dizer que respeito as decisões do treinador, à partida. Ele é que sabe os momentos de forma do seu grupo, ele é que conhece a forma como treinam. Posto isto, no caso de Herrera, ganhou-se em músculo e, talvez, capacidade de choque. Não estou assim lá muito vendido nessa última. Mas eu não sou da trupe anti-Herrera. Acho que faz muitas coisas bastante úteis ao jogo. Evidentemente, qualidade de passe e visão de jogo não são duas delas.

Herrera tem uma espécie de Dr Jeckyll e Mr. Hyde com ele, uma espécie de Dr. Hectyll e Mr. Herryde. Se por um lado recupera muitas bolas e tem grande capacidade no 1x1, por outro lado é impressionante o talento que tem para perder a bola logo de imediato. Mesmo assim, não falta empenho e entrega a Herrera. E assim sendo, nada há a criticar. Herrera, no meu entender, pode fazer parte das soluções e não dos problemas. Já Otávio irrita-me pela sua displicência e pela falta de concentração ofensiva e defensiva. Se um dá, claramente, o que pode, outro vê-se que não dá tudo o que tem.

Mas, voltando ao jogo, não tivemos propriamente ao nível de ópera. Foi um jogo intenso e disputado, muito atabalhoado e com pouco acerto onde, para mim, sobressaiu um bom Brahimi e um excelente... Marega. É verdade, MareGod voltou a fazer das suas, e muito bem. É evidente, não está ali um Neymar ou um Hulk, mas está ali força, velocidade... e entrega.

Marega tem dado o corpo que o FC Porto precisa e continua de pé quente. Enquanto Aboubakar pareceu regressado à sua nuvem de ego ferido - é sair daí, ó faixabore - e Soares não está ainda bem, Marega vai fazendo as vezes dos jogos. Menção honrosa também a Danilo e a Alex Telles. Danilo andou perdido na primeira parte, junto com a equipa, mas na segunda, mormente pós-golo, encontrou-se e voltou a ser o carro-vassoura que se lhe conhece. Melhor fazer o que se sabe fazer bem, do que inventar. E Alex Telles esteve bem defensivamente e procurou bem furar o corredor. Para se ver a sua influência no jogo, basta ver que o golo do Rio Ave chega após a sua lesão.

Resumindo, onde não houve acerto e maturidade, houve espírito. O que é uma saudável diferença em relação a anos anteriores. Assim se repita muito mais vezes. Porque o que importa, nestes jogos, é vencer.

NOTA: Parece que prós lados do galinheiro vai um rebuliço que é só visto! Prova provada de que a grande onda ficabem é pura treta. Enquanto ganham, tudo vai bem. Mal perdem poder e influência e o campo inclina um pouco menos, é o que se vê. É não é? Jogar sem saber que se ganha é lixado! Habituem-se!

quinta-feira, 14 de setembro de 2017

Análise FC Porto 1-3 Besiktas - Ferida Exposta


Ainda bem que esperei umas horas até escrever estas linhas. 

Para já, quero começar por aplaudir de pé a frontalidade deste homem. Sim, a verdade é que a responsabilidade começa mesmo nele. Principalmente, na sua inexperiência. Sérgio nunca tinha estado nesta posição. Ponto. Mas é verdade que é lugar comum dizer-se que o FC Porto, nas competições europeias, deve povoar mais o meio campo, tendendo para 4x3x3 ou um 4x2x3x1, ao invés do 4x2x4 efectivo que se viu,  apesar de, na maioria das vezes, Brahimi - aquele que, juntamente com Marega, foi quem foi capaz de escapar à exibição paupérrima dos seus companheiros - ter dado algum apoio defensivo.

Essa assimetria do meio campo, e uma desinspirada noite de Óliver  - a quem, no estádio, me apeteceu rebentar - e mais ainda de Danilo, que está absolutamente irreconhecível, deram azo a que o Besiktas - que tal como previra, tinha a tarimba e a maturidade como armas contra a meninice dos nossos - pudesse fazer o jogo que queria, com particular destaque para o nosso corredor direito, em que Corona e Ricardo não se entenderam ou apoiaram minimamente.

Só que do nosso lado também houve oportunidades. A bola ao poste de Óliver, a corrida do mesmo, que Soares fez o favor de cortar, o remate com uma excelente defesa de Corona. Três golos claros. Porque, sim, é urgente mais golo a esta equipa. É urgente que, de uma vez por todas, as oportunidades claras sejam golos e não mais um passe, mais uma finta, mais um nervo. Futebol vive de golos. E lá porque Óliver foi quem mais bolas recuperou - 8, no total - isso não faz com que baste. Não basta.

Só que o pior estava para vir. Deu-se a ilusão que, no início, a troca de Óliver por André André tinha surtido efeito. Mentira. Ao trocar Corona por Ótávio, preencheu-se mais o meio campo. Só que lá se foi a pouca definição que havia. Há quem goste das corridas tolas que vimos na segunda parte? Whoopty-Doo. A verdade é que, chegados à áres, os remates eram à figura ou fora de postes. Tínhamos, efectivamente, piorado.

Não causou surpresa que o Besiktas tivesse ainda ampliado mais a vantagem. Porque ficou a nú a nossa ferida exposta. A falta de qualidade do nosso banco não é culpa do treinador. Urge ir buscar um Lucho. Se queremos jogar em 4x2x4, temos de ter um médio que tenha golo. Senão temos de mudar a táctica. Não se pode jogar contra equipas maduras e entrosadas da mesma forma que se joga contra um Moreirense desta vida.

Mas urge, mais do que tudo entender que é o que temos e que sem ovos não se fazem omeletes. Ponto. Para consumo interno talvez dê. Na Champions... sem alternativas credíveis ... é muito complicado. Quem de direito resolva. Ou aceite-se.


NOTA: Éa a quinta vez que uma equipa despede umn treinador nas vésperas de jogar contra o benfas. Coincidências, certamente...

Estou-me a borrifar se Aboubakar, esse Portista da Ribeira, com o sange azul e branco a correr-lhe nas veias, vai ou não para o balneário rir-se com os ex-colegas. É bonito? Não. É o futebol moderno? Com certeza.

domingo, 10 de setembro de 2017

FC Porto 3-0 GD Chaves - Mete o Marega!


Num jogo pobre devido a muitas circunstâncias especiais - vinda de jogadores das respectivas selecções e sim, já sabem, sou sempre sincero, um subconsciente mais a pensar turco do que outra coisa - o FC Porto entrou lento e paupérrimo, sem ideias senão as que Óliver e Brahimi iam tentando cozinhar, mas sem a ajuda e o habitual apoio dos colegas.

Jogamos contra uma equipa forte, personalizada e agressiva que, a jogar assim, vai somar muitos mais pontos, mas também tivemos um inimigo interno imperdoável na primeira parte - a displicência e a desconcentração, tão atípicas neste FC Porto de Sérgio Conceição. A reacção a este estado de coisas vinha apenas e só de um nome - Moussa Marega.

Sim, é verdade que não é nenhum prodígio de técnica. Mas era-o no Marítimo, onde o fomos buscar? Não, não era. Era sim exactamente o que é agora, um puro sangue que vai por ali fora e alia velocidade a portento físico. Em tudo o que faz mal, tem também tudo o que faz bem. E o que fez, fez bem. Insistiu, puxou uma cambada amorfa uma parte inteira. E foi fazer o que lhe pediram na segunda.

Sim, MVP por esforço. Acho muito bem. Porque assim tem de ser. Foi coroado por um golo a terminar, superiormente enviado pelo mesmo de sempre - 4 assistências, mais do que todo o ano passado - e executado à matador.

Pelo meio, a entrada da segunda parte foi a bom nível, depois do apertanso de escroto que o nosso Mister lhe deu no intervalo. Melhor entrada com um Soares fresquinho, mais velocidade e insistência e a reposição da ordem das coisas. De seguida um milagre, um penalti marcado a nosso favor a coisa resolveu-se. Tardiamente, mas bem.

Meus caros, nem Mourinho, nem Villas Boas, nem Pedroto - cujo registo SC igualou - davam sempre ópera.

Ópera foi aquela conferência de imprensa pós jogo, e que bom é ter um treinador que diz quando o jogo é uma bosta, que ataca quando é preciso, e que bom é ter aquele sorriso malicioso de "Ó não, tu não disseste isso!" quando SC está prestes a cilindrar um jornalista quando este faz uma pergunta parva, e insiste nela. Isso sim, é ópera.

O resto é uma maratona. Com selecções e turcos pelo meio. 

Que giro foi ver o ajudante do bieirinha todo orgásmico a anular mal o golo do Portimonense! "Pode ser que talvez coiso". "Aguenta, aguenta!" Fazia lembrar outro vídeo que vi há uns anos, quando certo arquitecto fazia a meninas e menos meninas o que o Fabinho fez ao Portimonense. Uma vergonha, sempre.

E que dizer das capas da bolha e do rascord? Ah, já sei - rir-me.Excelente sinal. Continuem assim. O resultado está à vista.

segunda-feira, 28 de agosto de 2017

SC Braga 0-1 FC Porto - Vencendo o Xistrema e o seu Half-Rugby


Noite sempre difícil, a do jogo de Braga. Que o diga Iker Casillas, que à chegada ao Porto ainda teve de passar no MCDonalds da Alameda! :)

Curiosamente, não terá sido complicado em termos de futebol jogado. A equipa Portista mostrou ao que vinha, com uma entrada Robsoniana, e com o golo da vitória despachado antes do minuto 7. Corona, com uma primeira parte excelente, quer a atacar quer a defender, marcou o golaço à Corona - irritante pela sua inconstância, genial na sua execução. Mas a verdade é que Corona vai limando a sua consistência, e só mesmo a entrada violenta do senhor Fábio Martins sobre este o erodiram.

E aqui está o problema do jogo. O senhor Carlos Xistrema vinha com ela filada, como todos os que respiram o ar da pedreira. Do video-árbitro, nem vê-lo (também, segundo O Tribunal d'O Jogo, tudo certo, apesar do evidente penalti sobre Aboubakar, ontem numa noite muito apagadinha). Mas permitiu a Fábio Martins e a Sequeira um festival de golpes, sarrefada, carrinhos, pontapés e caneladas absolutamente incríveis.

Não admira que os melhores jogadores do jogo tenham sido Danilo - especialmente na segunda parte, num 4x3x3 que o ajuda a respirar e lhe dá liberdade para fazer o que melhor sabe, o corpulento Marega, a quem miminhos como este nem lhe causam mo(u)ssa, Brahimi porque finta os problemas e põe a bola onde quer, isto para lá dos nossos super laterais Ricardo Pereira e Alex Telles.

De resto, foi o que foi possível, no meio de tanto badanal. Óliver desapareceu no meio das duas Torres Fransérgio e Vuksevic, Aboubakar esteve híper perdulário mas Matheus também cresceu na baliza como sempre fez connosco. Além disso, Felipe esteve completamente tolo - está a precisar de uma calibragem - mas Marcano esteve seguro a compensar. Ainda bem, senão poderia ter sido bem pior.

A partir do meio da segunda parte, Sérgio Conceição congelou o jogo, não houve um só remate de perigo do Braga, e a justíssima vitória caiu do nosso lado, numa noite de recordes. É o melhor arranque desde Pedroto. Para além disso, é também o melhor arranque da carreira de Iker Casillas. Estamos bem na onda, envoltos num lindo Mar Azul. Agora segue-se a pausa para o Danilo continuar a jogar, já que Coentrão é melhor do que Ricardo Pereira...


NOTA: 


Isto é a sério? Depois disto, disto e disto? Estão a gozar? Depois de terem saído das Caxinas a bater indiscriminadamente em pessoas, depois de terem jogadores a agredir adeptos, penaltis inventados e o senhor Hugo Miguel a ignorar esta acção do Pizzi que o deveria ver irradiado durante MESES?? A impunidade leva às mais extraordinárias coisas! Envergonhem-se, mas é! Ganhem mas é juízo! Jogam mal, conseguem pontuar com penaltis de brincadeira e ainda se saem com isto?


O pior de tudo é que o senhor "ex-doente" Meirim é bem capaz de ver o que mais ninguém viu. Já Fransérgio ter acabado o jogo é algo que me deixa estupefacto!

Vamos continuar a ver esta palhaçada até quando? Se o Conselho de Disciplina der razão ao benfas, o FC Porto tem de agir de imediato! O que é demais é moléstia!

segunda-feira, 21 de agosto de 2017

FC Porto 3-0 Moreirense - Vitória Àbomba Numa Tarde De Verão


Eita, oxénti, vixmaínha, Jesuís. Não, num é esse. Não, também não é o outro. É um terceiro, o figurado. Numa tarde de destilaria de 46 mil almas, em que todos suamos mais que uma sauna de gajos de Wall Street, fartei-me de lembrar do Asa Branca. Ou deste, que também é fixe, e tem uma cabeça falante. Quí brazêro, Qui fórnálha! Perguntei-me como raio se ia jogar nesta tosta. Sim, como a do Dave, o Bárbaro. E sim, o resultado não foi espectacular. Nem poderia.

Uma entrada confusa, especialmente para Marcano, Óliver, Brahimi e Corona, deu numa toada crescente a partir dos dez minutos, que durou até aos 2-0 de rajada. A partir daí, o subconsciente disse "eh, pá, ooou, já chega qu'sto já está"! Não estava, nem pouco mais ou menos, e o Moreirense tentou fazer o que lhe competia - aproveitar o espaço e o desacerto.

O segundo tempo, já sem um Brahimi condicionado (Sérgio, se eles não estão a 100% vamos não arriscar, ok? É que profundidade é coisa que não temos!) e com um Otávio no modo "próndéquieuvou meismo?" a coisa agudizou-se, aqui e ali com bons momentos - num dos quais o golo de Aboubakar que sentenciou o jogo e lhe deu o primeiro hat-trick - a verdade é que a segunda parte foi um reflexo do clima: lenta, pastosa e desligada.

Valeu neste jogo, isso sim, um Abou na sua versão Rei Bakar: a temporizar, a criar linhas de passe, a  procurar jogo, a marcar. E um Marega muito melhor do que lhe pintam, a centímetros de marcar. E um Alex Telles a varrer o corredor que era uma maravilha. Todos os outros, já vi fazer mais e melhor. Aqui e alí com bons momentos não chega.

Esperam-se melhores dias. Para a semana vem aí um adversário mais forte. E com um orçamento mais em conta. Há que ser o melhor FC Porto - aquele que já vimos este ano. Há que ter a certeza que vai ser muito complicado... e inclinado. No entanto, sem 40º à sombra.

domingo, 13 de agosto de 2017

Vitória Suada Num Jogo Nervoso, com mais VAR(iáveis)


Sim, é verdade, nem sempre vamos jogar bem. E vamos ter muuitas vezes, do outro lado, equipas que vão fazer os jogos da vida delas contra nós enquanto que, contra outros, vão tirar o pezinho e descer a velocidade.

Mas honra seja feita ao Tondela, fez bem o seu jogo. Acabamos com o credo na boca - é um facto. Acabamos a contar com a sabedoria e a experiência de Iker Casillas para nos segurar. Teve um erro que poderia ter dado golo mas depois compensou com uma monumental defesa e a calma que só a tarimba pode dar.

Estou com Sérgio Conceição, estou curioso para ver até onde vai o Tondela. É que este Tondela pode acabar nos dez primeiros! Agora, não será sempre este, verdade?

Apesar disso, um bom jogo de Corona  - sempre entregue e lutador - e de Alex Telles. Há muito trabalho a fazer a lutar contra a ansiedade. E a ansiedade provocada por quem? Pelo vídeo-padre.

Pois é, meus amigos. Fábio Veríssimo veio vestido a rigor e trouxe a cartilha no bolso. Nem penaltis nem faltas perto da área. Do outro lado, é uma alegria.

Tivemos 2 livres contra 7. Está explicado? Pois! É que um árbitro a proteger adversários dá-lhes sempre um extra de moral! 

Contra tudo e contra todos. Para a história contam-se três pontos ganhos na marra. Mourinho e Villas-Boas tiveram jogos assim. Em frente que atrás vem gente. 

quinta-feira, 10 de agosto de 2017

FC Porto 4-0 Estoril - Maregol Ao Compasso do Maestro, Apesar Do Ladrão Miguel


Ambiente excelente no meu reencontro com amigos - na verdade, nem por isso! Como é, minha gente? Talvez por ser quarta-feira.. - e com a emoção de voltar a fazer aquela curva ventosa antes da minha porta de entrada. No meio de um mar de gente claramente não a habitué, lá me sentei, entusiasmado para ver o jogo, com alguns nervos.

Nervos, esses, que também tinham eco na equipa. O FC Porto entrou algo perdido em campo, visivelmente ansioso, a tentar fazer o seu jogo, mas a falhar na "hora da verdade". Quer dizer, a falhar, ou talvez não! Do outro lado estava uma equipa que, aposto, será uma das cinco primeiras desta época. 

O Estoril é uma equipa invejavelmente organizada, com uma subida e descida em bloco impressionantes e com uma velocidade de trocas de bola em zona de finalização e basculização de jogo impressionantes. Não fosse termos na baliza um monstro chamado Iker Casillas e, pelo menos duas, tinham morado lá dentro. Pedro Emanuel fez o jogo que lhe foi possível. Mas isso não lhe retira mérito algum! Bem pelo contrário!

Havia também outro porquê. Aboubakar falhava todas as oportunidades que lhe eram apresentadas, com Alex Telles- - mais um bom jogo, seguro - à cabeça, e as que metia, eram anuladas. Notava-se a frustração e ansiedade na cara do Vincent. Abou é assim, sinusoidal. Habituemos-nos. No entanto, nem só de golos vive um ponta de lança e em tudo o resto Abou esteve espectacular - nas tabelas, na criação de linhas de passe, no apoio defensivo e  na recepção - excepto na área. 


Quem tenha estranhado a falta da pressão sufocante na primeira meia hora, encontra rapidamente a resposta. Estávamos a jogar, a essa altura, com dez. Soares entrou lesionado, saiu pior. Nada da explosão nem das corridas. Nunca deveria ter entrado. Mas antes de culparmos Sérgio Conceição ou o Dr. Pulga, convém lembrar que Soares é, com certeza,  daqueles perigosos que diz sempre que está porreiro, mesmo quando está todo rebentado. Fica de aviso. Que seja pouco tempo, que precisamos dele. Sim, porque Rui Pedro tem de estar é a jogar na B e nem sempre Marega será Maregol

Só que ontem foi. É injusto dizer que Marega teve sorte. Marega acreditou e foi buscar e aproveitar o erro adversário com eficácia, isso sim. E depois, não valeu só por isso! Marcou outra vez mas, principalmente, foi capaz de segurar a bola, de roubar bola, de defender, de subir, de procurar a linha e de fazer bons cruzamentos! É muito bom ver que os jogadores valem bem mais do que achamos. Como os meus colegas e amigos do A Culpa é do Cavani. É verdade, saiu um episódio novo, um bónus. A ouvir aqui.

Juntamente com isso, ontem foi uma noite de Yacine Brahimi brilhar. Não esteve tão bem defensivamente como Corona, mas vai ser uma dor de cabeça para os adversários. Principalmente, quando virem que as faltas sobre ele são mesmo faltas! Brahimi com liberdade é um perigo à solta. E não só para si, como a criar espaços para colegas e a fazer passes para ocasião!


Mas a noite foi do grande mestre disto tudo, o Maestrinho Óliver. Para termos ideia do crime que foi cometido sobre Óliver no ano passado, este acabou o ano com três golos - um de ressalto - e três assistências. Três! Ontem, Óliver fez duas. Num só jogo. A diferença não está em Óliver nem no que ele é capaz de fazer, mas sim em como é utilizado. Ao contrário do outro coisinho, Sérgio Conceição sabe da importância absolutamente basilar de Óliver. De tal maneira que é indiscutível para SC, marcando inclusivamente cantos e livres. O resto é o Óli que (quase) todos apreciamos: intenso, com uma leitura prodigiosa do jogo, e neste momento, também agressivo na recuperação de bola e rápido no apoio defensivo. A Óli só falta golo. Esperemos que venha depressa. Entretanto, deleitemos-nos com o seu futebol. Óliver Torres será, com certeza, um cometa de lastro brilhante que passará por cá pouco tempo. E será um orgulho ter vestido o Manto Sagrado.

Finalmente, outro que merece todas as loas é o nosso Capitão. Marcano esteve soberbo. Soberbo! Na defesa, impecável, nos tempos de jogo, excelente. Já teve toda a praxe de capitães - já levou um soco na cara e já jogou lixado, marcou um golo que o imbecil de quem falarei a seguir não queria validar e soube pôr o gelo no jogo quando isso o exigiu. Ivan Marcano. O Capitão do FC Porto. Um verdadeiro Smooth Operator. E mai nada!


Este idiota deste grandessíssimo filho de trinta putas - como diz um amigo meu - é o paradigma do verdadeiro inimigo que teremos de enfrentar. Mais do que Paixão, Capela e Mota, este asno é tudo o que está errado na arbitragem. Tendencioso, maldoso, propositado e provocador, Hugo Miguel só conseguia ver faltas a favor do FC Porto se não fossem perigosas para o Estoril, ficou claramente com Brahimi atravessado e foi absolutamente nojento na sua dualidade de critérios, sendo o ex-líbris o amarelo patético a Danilo, o ignorar um violento pontapé nas "jóias de família" de Hernâni e este vómito que vemos em cima. Sim, é verdade. Soares estava de lágrimas e este grandessíssimo cabrão de merda estava a mandá-lo levantar-se! Não esquecemos o "veneno" e o que andas a semear vai ser a colheita da tua desgraça! Não é falta de qualidade - é absoluto ataque. Não é possível permitir isto!

Por último, uma palavra a Sérgio Conceição: obrigado! Obrigado por nos devolveres a alegria em ver o FC Porto, a esperança e os golos. Bem sei que havia muita gente a rezar que fosse a erecção mictória mas não é! Com a tua direcção, o FC Porto está sempre mais perto da vitória! E o milagre que fazes neste plantel não pode ser ignorada! Força, estamos contigo! 

Venha o Tondela. Temos umas continhas para ajustar com o senhor Surreal.

domingo, 30 de abril de 2017

Análise GD Chaves 0-2 FC Porto - Na Luta

Boa vitória, ontem em Chaves. Jogamos contra uma equipa que é, inegavelmente, muito boa. Já nos tinham feito o funeral neste jogo. Já tínhamos perdido pontos e já houve quem festejasse às 20h (outra vez). Tivemos (outra vez) uma primeira parte mázinha e uma segunda parte onde se melhorou muito. E de resto, tudo igual, ainda que com outros intervenientes. A mesma falta de ligação entre defesa e ataque. A mesma falta de ligação e jogo excessivamente pelos corredores. Só que a bola entrou. Vamos a notas.


Meio-campo - Começando por ordem ascendente de números, Rúben Neves esteve absolutamente excelente. Evidentemente, não tem o físico de Danilo nem a sua capacidade de choque, mas tem um elevadíssimo sentido posicional, uma leitura de jogo muito boa, uma capacidade de passe fora de série, ao que agora se acrescentou uma capacidade de pressão, de corte e de segurar a bola muito boa. Além de tudo, tem um belo remate exterior. Joga muito poucas vezes porque a concorrência é o que é, mas merece muito mais. De equacionar um duplo-pivot defensivo em alguns jogos de maior intensidade. André André esteve soberbo. Foi às bolas todas, pressionou, procurou sempre a baliza e tentar assistir para golo. Não tem a capacidade de leitura rápida de jogo que resolva o problema da transição defesa-ataque mas... sobre isso tenho uma opinião que, oportunamente, darei. Otávio emprestou criatividade e raça à parte final do ataque, com mais um jogo muito bem conseguido.

Reacção à perda - Não houve Chaves porque o FC Porto foi sempre intenso e pressionante na reacção à perda de bola. Não o foi sempre no ataque, mas o facto do Chaves não ter tido uma ocasião de golo diz bem da forma como o FC Porto trabalhou bem - e na maioria das vezes no sítio devido, que é fora da área. Nas poucas situações em que o Chaves conseguiu penetrar a primeira linha defensiva, os centrais e os laterais, com o apoio defensivo dos colegas, salvaram muito bem, de tal forma que Casillas só fez duas (simples) defesas. Que pena o trabalho ofensivo não ter sido como o defensivo. Menção para a entrada de Óliver nesse capítulo - embora me irrite que ele seja reduzido a isso - fez dezenas de recuperações e equilibrou a posse como nenhum outro.


Mais do mesmo - Comecemos pelo futebol. Não gosto da falta de ligação entre defesa e ataque. Não gosto do futebol em profundidade mas, para este estilo de... jogo... acho que os intervenientes estão correctos. Não gosto das entradas em jogo do FC Porto e acho que o ataque tem de ser melhorado já! Posto isto, subscrevo inteiramente as visões de Cândido Costa e José Fernando Rio que podem ser vistas aqui e também à posição de Francisco J. Marques na Dragões Diário. Mais uma corrida, mais uma viagem. Maxi é (bem) expulso, mas Luisão não foi contra o Moreirense. E assinala-se um penalti favorável ao benfas que depois ao contrário, para o senhor Fejsa, já não existe. Esta inimputabilidade tem tudo para acabar muito, muito mal.

Em jeito de conclusão, deixem-me rir acerca do Mr Hyde do jornal O Jogo de hoje. Além das avaliações estapafúrdias dos jogadores e do Tribunal d'O Jogo lhe ter dado os cinco minutos - então o penalti sobre o Otávio a semana passada era e esta já não é? - ainda faz juízos de valor absolutamente surreais! Meus caros, o Marcano não fez nenhum "passe" para o Perdigão! Este é que entrou de fora do campo de uma forma porca e fez um corte veementemente protestado por Casillas! Não é a mesma coisa! Querem quê, agradar aos vermelhos? Dr Jeckyll, por favor! 

segunda-feira, 24 de abril de 2017

Um Filme Já Visto Demasiadas Vezes

Ficaram dois penaltis por marcar do tamanho da Torre dos Clérigos. Ridículos de tão absurdos. Um sobre Otávio e outro sobre Marcano. Qual deles o mais ostensivo. Rui Costa estava ali. Viu. Não fez rigorosa e absolutamente nada! Teve uma dualidade de critérios aberrante. E tudo isto se repete.

Está contado, então, o jogo? Nem pensar! Não jogamos NADA! Mas esta frase não se reduz ao jogo de ontem! É uma simples e clara constatação transversal! Fico atónito, do meu lugar que tanto amo, ao ver todas as equipas chegarem ao Dragão com ideias concretas, ligações a meio campo e simplicidade de processos nos contra-ataques.

Que vejo eu do FC Porto? Uma ideia defensiva - do Danilo para trás! - forte. Ponto final, parágrafo. Mas suspeito - e vamos ver agora a seguir, em Chaves - que é assente em dois bravos homens que não estarão, seguramente, cá para o ano, Danilo e Felipe, e num terceiro que vai ser, aposto, um daqueles nomes que estará ligado à História do FC Porto - Ivan Marcano. 

Dali para a frente - zero! Não há ligação do meio campo, é absolutamente aterrador como, ora se atropelam Óliver e André, ora parecem duas luas de um qualquer planeta em órbitas difusas! É espantoso como Soares e André Silva vão às mesmas bolas nos mesmos sítios e conseguem atropelar-se e tirar o golo um ao outro! E Jota está tão confuso quanto eu sobre o que fazer!

O que sobra? As laterais e os cruzamentos. Sempre da mesma forma. Sempre, de tal maneira que já todos, de olhos fechados, sabemos o que vai acontecer. É difícil parar isso? Nem pensar!

E os 150 327 cantos? Sempre marcados do género "bola lá pro meio e aqui vai alho"? Onde Marcano choca com Filipe, e Danilo está lá a estorvar muito mais do que acertar?

Tudo isto tem um nome: Nuno Espírito Santo. Durante um tempo iludiu-me. Não ilude mais. Após a chegada de Soares, marcou-se e jogou-se porque temos bons jogadores que já todos, sem excepção, fizeram jogos extraordinários de Brasão Abençoado ao peito! Já todos os que ontem jogaram, marcaram belos golos, já a grande maioria foi o melhor em campo,

O que é constante? A cara de pânico e o vazio de ideias de um one trick pony chamado NES. O senhor #somosporto. Que se contentou com a "fortaleza" e a "ideia defensiva". Só que agora, na hora da verdade, quando os jogadores estão cansados e perdidos, era preciso uma voz forte! E essa não existe. Nem nunca existiu!

NES não se pode queixar de nada: teve um apoio do Dragão como eu nunca vi - nem Mourinho ou Villas-Boas o tiveram assim! - teve o respaldo de um ataque aos nossos adversários de fora de campo ímpar nos últimos anos - e que espero que continue! - teve uma onda azul e levá-lo em ombros e a dar-lhe a tolerância e paciência que não tiveram com mais ninguém!

Que fez ele com isto tudo? Deitou fora! Durante meses Francisco Marques, Bernardino Barros, José Cruz, Cândido Costa, Paulo Miguel Castro, José Fernando Rio e Rui Cerqueira foram falando de casos absurdos que mereceram zero de defesa por parte do nosso treinador! Vir agora falar de arbitragens, quando já é seguro, quando já não aleija e já não é senão patético? Uma vergonha! Então e pós Chaves, na Taça? E pós Alvalade? E nas outras 29 jornadas!? Agora é tarde! E eu sei que não é sincero! 

A responsabilidade da escolha do treinador é de uma só pessoa - o Presidente Jorge Nuno de Lima Pinto da Costa. Por muito Polvo que haja, não há, pelo menos, desde 2010? E não ganhamos por causa do Polvo? Acho muito bem que se combata o Polvo, mas é preciso também que se perceba uma verdade de La Palice: não é qualquer "macaco" que treina o Futebol Clube do Porto! Há que saber, ter provas dadas, perfil RAÇUDO!  Além disso, é bom que os corpos directivos entendam também, de uma vez por todas: aos adeptos, não interessa nada pela mão de quem venha um treinador de qualidade, essa deverá ser a PRINCIPAL condição para treinar o FC Porto! E, desde já assumo: a mim não me interessa nada se os outros são tetra ou penta ou hexa ou hepta. Interessa-me ter uma equipa competitiva, que ganhe e que nunca vire a cara à luta. Se for preciso tempo, que se assuma! Se for preciso perder para depois ganhar, que se assuma! Há quem tenha estado 19 anos sem ganhar nada! E não deixaram de ser Portistas!

Se estamos contra tudo e contra todos, temos de ir de faca de mato nos dentes, temos de ter um treinador que incuta esse espírito nos jogadores, e temos deixar de querer ser agradáveis! Essa é uma realidade que nunca existirá! E, já agora, Presidente: o Norte está-se a cagar para nós! Há muito que se vendeu à capital! Concentremos-nos em nós, que já não é pouco! Tem a palavra o senhor Presidente!

sábado, 15 de abril de 2017

Análise SC Braga 1-1 FC Porto - Tarde Piaste

E é isto que dá oferecer 45 minutos de avanço. O FC Porto não pode começar a carburar tarde e mal, não pode entrar a carvão e lento. Não é este o FC Porto com que cresci, o FC Porto de Robson ou de Villas Boas entrava como este acabou. Uma vez mais, Óliver péssimo e uma táctica perdida, algures entre o híbrido que não se permite a quem quer ser campeão.

Não acabou, longe disso, mas a verdade é que já nunca seremos líderes isolados para a semana. E assim vamos escorregando, lentos, permissivos e muito titubeantes. Ou crescemos ou não chegamos lá. Dependíamos de nós, deixamos de depender. Dependemos da derrota dos adversários para sermos campeões... e pode não chegar.

No entanto, parabéns à APAF. Felipe leva um amarelo com um minuto de jogo, enquanto o Braga pôde fazer o que lhes deu na gana, inclusive penaltis e vermelhos directos.  Enfim, campos inclinados. Só que, meus amigos, o meu FC Porto não dependia disto. Se é contra tudo e contra todos, é preciso MAIS!

domingo, 9 de abril de 2017

Análise FC Porto 3-0 Belenenses - A Vitória Paradoxal [ACTUALIZADO]

Como pode um jogo em que se tem um punhado grande de boas ocasiões, algumas delas cantadas, onde ficam dois penaltis por marcar e se marcam três golos, deixar um amargo de mal jogado na boca? É assim a exigência de um Portista que, quando não levada ao extremo, é positiva por ser de um realismo muito grande. Embora num campeonato vão certamente haver vitórias mais conseguidas e outras menos, há que se ter sempre presente que há que melhorar. Tenho a certeza que, contra o Braga, onde a própria natureza do jogo é diferente, estaremos melhor. Vamos a notas.


Brahimi - Foi assim com Jardel, foi assim com Hulk, é assim com Yacine Brahimi. Infelizmente, quando algum jogador com este talento e vontade está em campo, acaba por levar os colegas a dependerem de si - ou a contar consigo - para a resolução dos problemas. O único que, durante a péssima primeira parte, levou a equipa para a frente, foi quem criou e baralhou os jogadores do Belenenses. Foi muito bom sentir o medo e ansiedade dos jogadores adversários na sua área. Se tivesse sido mais ajudado por alguém algém de si mesmo, tenho a certeza que este teria sido um jogo para os livros. Vai deixar saudades.

Corona - Há um jogo a.C e outro d.C, sem sombra de dúvida. A magia e a técnica de Corona vieram agitar o marasmo irritante que estava a ser o jogo até então. Magia e imprevisibilidade, é o que Jesus Corona traz ao jogo em dia sim. Cria uma verdadeira quadratura do círculo a NES. No meu entender está bem assim, entrando quando os adversários estão desgastados com toda a sua explosão, técnica e magia. Mas merece ser titular. Enfim, paradoxos.


Sonecas - Que foi aquilo, senhores? Numa altura em que se exige vitórias para sermos campeões, só uma entrada forte pode assegurar o objectivo de uma forma calma. Mais a mais, a nítida ansiedade que se foi sentido com o decorrer da partida, não tem lugar quando se assegura golos logo nos primeiros minutos. Foi visível para toda a excelente moldura do Dragão - mais de 40 mil - que após o segundo golo a equipa se soltou e foi o FC Porto que todos merecemos. Sem medos, por favor! Somos o FC Porto! E a expressão "pra cima deles, carailhe!" tem de estar tatuada no vosso cérebro!

Meio-campo - O desgaste é visível, a hiper-defensividade do Belenenses também não ajudou - claramente à procura do pontinho - uma vez que, cada vez que ÓIiver tocava na bola, lá tinha uma muralha defensiva à volta, mas a verdade é que este fez uma das piores primeiras partes que já lhe vi fazer, Danilo esteve muito confuso durante a primeira parte - apesar do belo golo e da felicidade de ver a braçadeira no seu braço - e mesmo André André, o melhor dos três, só se encontrou quando os parceiros se encontraram também. Cada um dos 8 falhou um golo cantado - mas quero ver Óliver a fazer mais disto, por favor! - e as ligações entre os dois, a dinâmica, parecia falhar.  A rever, com urgência. Contra o Braga, serão os três essenciais!

Finalização - Pelamordasanta, os nossos rivais precisam de meia oportunidade para marcar golos, connosco é um fartote! Não se admite! Treino, treino, treino, por favor!

Seguimos na luta, embora espere rigorosamente zero do jogo em Moreira de Cónegos, porque o pitbull é fiel aos donos, e já se sabe o que a casa gasta. Tenho a certeza que vai haver muito "futebol positivo" e muitos golos na baliza do Moreirense....

Excelente vitória do Andebol do FC Porto, por 30-28, com mais uma recuperação histórica. Estou em negociações para fazer regressar o meu colega do Andebol que, por motivos alheios à sua vontade, se encontra em sabática forçada, mas pelo que vi, apesar de uma primeira parte desastrosa (que se passa com as primeiras partes, povo?), encarreirou para uma vitória à Porto contra o Sportov. Raça de campeão é isto! À atenção da equipa de futebol!

ADENDA: Uma vez mais, os senhores do Governo Sombra estão cheios de piadas imuito giras sobre o FC Porto, um tema, aliás, recorrente em dito programa. Em particular o senhor João Miguel Tavares diz, alegremente, que Fernando Madureira se farta de bater em jogadores e em tudo o que mexe. Ai sim, senhor Tavares? Onde é que você viu isso? Onde está a prova? Fazer alegações públicas desta natureza é difamação, como certamente saberá!

Depois dele, os outros convivas, todos papoilas - o moderador é doente - ainda se entreteram em piadinhas sobre o Canelas, invocando Tarantino e outras lindezas que tais. Curiosamente, aquando do saque e destruição de parte do estádio Afonso Henriques, em Guimarães, não foram eles tão incisivos. Falaram do polícia e nada mais! Continua a campanha de associação do Canelas ao FC Porto, quando nada tem a ver uma coisa com outra.

Contudo, não me surpreende. Citando o senhor Tavares, quando questionado se o jogo do Canelas-Rio Tinto seria um derby, a resposta foi "aquilo lá em cima é tudo perto umas coisas das outras". Claro, claro. Somos uma aldeia, não é? Viva a soberba da capital! Fica claro que isso do centralismo é um mito! Exacto!