Ambiente excelente no meu reencontro com amigos - na verdade, nem por isso! Como é, minha gente? Talvez por ser quarta-feira.. - e com a emoção de voltar a fazer aquela curva ventosa antes da minha porta de entrada. No meio de um mar de gente claramente não a habitué, lá me sentei, entusiasmado para ver o jogo, com alguns nervos.
Nervos, esses, que também tinham eco na equipa. O FC Porto entrou algo perdido em campo, visivelmente ansioso, a tentar fazer o seu jogo, mas a falhar na "hora da verdade". Quer dizer, a falhar, ou talvez não! Do outro lado estava uma equipa que, aposto, será uma das cinco primeiras desta época.
O Estoril é uma equipa invejavelmente organizada, com uma subida e descida em bloco impressionantes e com uma velocidade de trocas de bola em zona de finalização e basculização de jogo impressionantes. Não fosse termos na baliza um monstro chamado Iker Casillas e, pelo menos duas, tinham morado lá dentro. Pedro Emanuel fez o jogo que lhe foi possível. Mas isso não lhe retira mérito algum! Bem pelo contrário!
Havia também outro porquê. Aboubakar falhava todas as oportunidades que lhe eram apresentadas, com Alex Telles- - mais um bom jogo, seguro - à cabeça, e as que metia, eram anuladas. Notava-se a frustração e ansiedade na cara do Vincent. Abou é assim, sinusoidal. Habituemos-nos. No entanto, nem só de golos vive um ponta de lança e em tudo o resto Abou esteve espectacular - nas tabelas, na criação de linhas de passe, no apoio defensivo e na recepção - excepto na área.

Quem tenha estranhado a falta da pressão sufocante na primeira meia hora, encontra rapidamente a resposta. Estávamos a jogar, a essa altura, com dez. Soares entrou lesionado, saiu pior. Nada da explosão nem das corridas. Nunca deveria ter entrado. Mas antes de culparmos Sérgio Conceição ou o Dr. Pulga, convém lembrar que Soares é, com certeza, daqueles perigosos que diz sempre que está porreiro, mesmo quando está todo rebentado. Fica de aviso. Que seja pouco tempo, que precisamos dele. Sim, porque Rui Pedro tem de estar é a jogar na B e nem sempre Marega será Maregol.
Só que ontem
foi. É injusto dizer que Marega teve sorte. Marega acreditou e foi buscar e aproveitar o erro adversário com eficácia, isso sim. E depois, não valeu só por isso! Marcou outra vez mas, principalmente, foi capaz de segurar a bola, de roubar bola, de defender, de subir, de procurar a linha e de fazer bons cruzamentos! É muito bom ver que os jogadores valem bem mais do que achamos. Como os meus colegas e amigos do
A Culpa é do Cavani. É verdade,
saiu um episódio novo, um bónus. A ouvir
aqui.
Juntamente com isso, ontem foi uma noite de Yacine Brahimi brilhar. Não esteve tão bem defensivamente como Corona, mas vai ser uma dor de cabeça para os adversários. Principalmente, quando virem que as faltas sobre ele são mesmo faltas! Brahimi com liberdade é um perigo à solta. E não só para si, como a criar espaços para colegas e a fazer passes para ocasião!

Mas a noite foi do grande mestre disto tudo, o Maestrinho Óliver. Para termos ideia do crime que foi cometido sobre Óliver no ano passado, este acabou o ano com três golos - um de ressalto - e três assistências. Três! Ontem, Óliver fez duas. Num só jogo. A diferença não está em Óliver nem no que ele é capaz de fazer, mas sim em como é utilizado. Ao contrário do outro coisinho, Sérgio Conceição sabe da importância absolutamente basilar de Óliver. De tal maneira que é indiscutível para SC, marcando inclusivamente cantos e livres. O resto é o Óli que (quase) todos apreciamos: intenso, com uma leitura prodigiosa do jogo, e neste momento, também agressivo na recuperação de bola e rápido no apoio defensivo. A Óli só falta golo. Esperemos que venha depressa. Entretanto, deleitemos-nos com o seu futebol. Óliver Torres será, com certeza, um cometa de lastro brilhante que passará por cá pouco tempo. E será um orgulho ter vestido o Manto Sagrado.
Finalmente, outro que merece todas as loas é o nosso
Capitão. Marcano esteve soberbo. Soberbo! Na defesa, impecável, nos tempos de jogo, excelente. Já teve toda a
praxe de capitães - já levou um soco na cara e já jogou lixado, marcou um golo que o imbecil de quem falarei a seguir não queria validar e soube pôr o
gelo no jogo quando isso o exigiu. Ivan Marcano. O Capitão do FC Porto. Um verdadeiro
Smooth Operator. E mai nada!

Este idiota deste grandessíssimo filho de trinta putas - como diz um amigo meu - é o paradigma do verdadeiro inimigo que teremos de enfrentar. Mais do que Paixão, Capela e Mota, este asno é tudo o que está errado na arbitragem. Tendencioso, maldoso, propositado e provocador, Hugo Miguel só conseguia ver faltas a favor do FC Porto se não fossem perigosas para o Estoril, ficou claramente com Brahimi atravessado e foi absolutamente nojento na sua dualidade de critérios, sendo o ex-líbris o amarelo patético a Danilo, o ignorar um violento pontapé nas "jóias de família" de Hernâni e este vómito que vemos em cima. Sim, é verdade. Soares estava de lágrimas e este grandessíssimo cabrão de merda estava a mandá-lo levantar-se! Não esquecemos o "veneno" e o que andas a semear vai ser a colheita da tua desgraça! Não é falta de qualidade - é absoluto ataque. Não é possível permitir isto!
Por último, uma palavra a Sérgio Conceição: obrigado! Obrigado por nos devolveres a alegria em ver o FC Porto, a esperança e os golos. Bem sei que havia muita gente a rezar que fosse a erecção mictória mas não é! Com a tua direcção, o FC Porto está sempre mais perto da vitória! E o milagre que fazes neste plantel não pode ser ignorada! Força, estamos contigo!
Venha o Tondela. Temos umas continhas para ajustar com o senhor
Surreal.