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domingo, 29 de outubro de 2017

Análise Boavista 0-3 FC Porto - Feio, Porco e Muito Mau


Noite quente de Verão, em pleno Outono, em vésperas de Novembro, casa compostinha no Estádio do Bessa, onde tive a felicidade de estar, em excelente companhia. A bancada coiso (Norte, Sul? whatever!) dos Dragões completamente cheia de um imenso e assoberbador Mar Azul, a abafar por completo as gentes da casa.

Derby da Invicta, portanto, com todos os ingredientes para ser aquilo que sempre foi - aqui não há solidariedade, apenas rivalidade. À antiga. Sem amor algum. 

Entrada má - Sérgio Conceição acabaria por concordar - da equipa em campo, sem conseguir construir a partir de trás, com um jogo directo perdulário e a funcionar em reacção, em virtude do maior povoamento do meio campo boavisteiro e de uma entrada perdulária e de vistas curtas por parte de Herrera e de Danilo. Mais uma vez se sentiu o fantásma de Leipzig, mais uma vez se viu uma equipa com muita vontade e pouco tino, ainda assim comandada pela batuta de um Brahimi absolutamente endiabrado e imparável. Mas até foram mais as investidas e consequentes oportunidades do Boavista, tendo havido até uma excelente defesa de José Sá a um remate que daria golo. Terminaria, pois, a primeira parte com um ascendente da formação da casa que se entendia, dado o pouco povoamento do meio campo.


Segunda parte com a atitude corrigida, um FC Porto um pouco mais consistente e subidinho, e cinco minutos volvidos, o golo. Excelente jogada de envolvimento e de variações, com Aboubakar, qual Jackson, a descer e a fazer o tal povoamento que faltava, bola à direita para Corona, cruzamento para Brahimi, cruzamento rasteiro para a finalização de Abou. Assim explodia o Bessa, da acumulada tensão de um jogo rasgado, agressivo e nem sempre bem jogado. Aos 70 minutos, Sérgio reage aquilo que era óbvio, o despovoamento do meio campo, com a saída de um bom Corona, que antes tinha visto o filme do ano anterior repetido (ver nota abaixo) e a entrada de André André. Isso permitiu a Herrera a subida no terreno e, consequentemente, passado pouco tempo, depois de passe de André André, cruza para o golo da tranquilidade, por Marega, sempre com um óptimo sentido de oportunidade que lhe é característico. Passado cinco minutos, o mesmo AA serve Brahimi para o seu merecidíssimo golo. Assim, acabava a partida, com um resultado muito superior à qualidade do jogo demonstrada. 

Não gostei que SC não tivesse visto mais rápido o que toda a gente conseguia ver. Se conseguiu o primeiro golo, foi por um conjunto sólido e unido - que sim, é mérito dele. Mas não posso dizer que aprecie este futebol de vertigem, sem verdadeiro controle ou jogo pensado, mesmo com mais um homem a povoar o meio campo. Vejo nele um potencial para o erro que não parece despiciente. No entanto, não se pode contrariar um dos melhores arranques de sempre do Futebol Clube do Porto. Uma vez mais, adoro não ter razão.


Claro que tudo isto seria mais fácil, não fosse a ridicularia que foi a arbitragem de Hugo Miguel. A forma como foi sempre sendo "pedagógico" com os jogadores do Boavista enquanto ia varrendo de amarelos estúpidos os jogadores do FC Porto (Marcano por protestar, quando todos os jogadores do Boavista o fizeram múltiplas vezes, Corona por uma entrada absolutamente normal, Herrera por nem tocar em lado nenhum, só para dar exemplos) mostra o verdadeiro cabeça de falo curto que alí vai. Mas para os livros vai mesmo o amarelo a Aboubakar por... ousar ir festejar para dois lados do campo, como se pode ver nesta imagem em cima, ao passo que um jogador do Boavista quase arrancar, pelo segundo ano consecutivo, a perna a Corona não deu mais que um amarelito, quando deveria ter sido um claríssimo vermelho.  

O amarelo a Abou é, em si mesmo, a explicação e a demonstração do porquê do nosso campeonato ser o que é, em termos de intensidade, velocidade e apelo ao exterior. Com arbitragens destas, tendenciosas e vaidosas, não sairemos nunca da cepa torta!

Por último, adorei ouvir Simãozinho, o lambidinho, projecto falhado de Mourinho, a dizer que aquilo tinha sido tudo dele e ele é que tinha falhado nas substituição. Não, lambidelas, tinhas de arriscar porque senão perderias na certa. Nós é que fomos demasiado fortes para ti. Apesar de te permitirem tudo. Continua assim que vais bem. 

segunda-feira, 12 de junho de 2017

Obrigado e a E(c)lipse Da Dory

Está feito. André Silva vai para o AC Milan não por 25, nem 30, mas por 38M + 2M por objectivos. É fantástico como, até na hora das vendas, sites como o zerozero ou programas como o MaisTabaco se dedicam a, de todas as formas e feitos, menorizar tudo o que é feito pelo FC Porto. Além disso, hoje, aquando da sua conversa com a imprensa depois de assinar, a TVI fez o favor de dizer que André Silva era "atleta da selecção nacional". Mas, sobre isso, mais adiante. Não tarda nada e André Silva nunca terá sequer passado por aqui. Agora mesmo, Jorge Mendes disse que o único que segurou AS no FC Porto foi Pinto da Costa, como se ele nem sequer tivesse renovado nem nada...

André Silva vai embora ao fim de um ano e uns meses na equipa principal, com uma boa prestação e muito talento demonstrado, mas sem grande evolução. As suas pechas mantiveram-se - assim como toda a equipa - e ainda tem muito trabalho e crescimento para fazer. Ainda assim, porque para o Porto Universal não há aqueles jogadores que são "dos nossos" e "os outros", parece-me absolutamente natural que AS, pela sua prestação no FC Porto e na Selecção Nacional, como herdeiro natural da posição 9, queira evoluir noutros campeonatos e ligas bem mais competitivas e menos inclinadas que esta, à semelhança do que fez, por exemplo, Cristiano Ronaldo. 

Do ponto de vista estritamente financeiro, a verdade é que a venda de André Silva vem retirar uma parte importante da carga - e assim, do potencial número de atletas que teríamos de vender - a realizar para o cumprimento do nosso acordo com a UEFA. Se calhar, vai-se chegar ao fim do mês e o sacrifício feito não terá sido assim tão enorme... algo a confirmar a seu tempo. Não deixa de ser curioso é que, aquilo que por outras paragens teria sido uma grande venda - como foi a do Renatinho no ano passado (agora, à venda por 30M) - seja neste caso entendida como uma pecha , fruto da necessidade do fair-play financeiro, assim vendida pela comunicação social cartilhada e absorvida, infelizmente, por muitos Portistas!

Pergunto: não foi SEMPRE - à excepção do miserável ano passado - essa a política de vendas do FC Porto, a de vender 2, 3 dos seus melhores atletas por época? Em que é que André Silva é diferente? Por ser da formação? Óptimo! Menos investimento, melhor retorno! Mas junta-se ou não a Falcao e Jackson Martinez, por exemplo? Em que difere? Não nos dava jeito qualquer um deles? 

Essa é a natureza do FC Porto, vender bicampeões europeus e jogadores importantes para as equipas, pela qualidade e exigência que aprendem neste Clube! E assim continuará a ser, apesar de constantemente nos fazerem o enterro.

E por falar nisso, ontem assistimos ao drama de Pedro Guerra, na sua Quadratura do Círculo, ou melhor, Elipse, graças ao esticar que teria de fazer entre os antípodas do paradoxo que teria de resolver: como negar a existência de mails enviados por si a gabar-se - uma vez mais pondo a nu o principal problema do clube de regime, a sua soberba - de actos de corrupção e, ao mesmo tempo, falar de roubo de correspondência privada

Teve então douto Precário - e precisou de cinco dias para isso - uma falhada tentativa de resolução desse problema: a falha de memória selectiva, aplicando então a "defesa Dory", já utilizada antes por Zeinal Bava, da então PT. Só que há um problema nesse caso - ao permitir a hipótese da existência de ditos mails está a implicar que os terá escrito, e assim validando o argumento do FC Porto

Dias difíceis para Guerra que, apesar de contar com o apoio da sua amiga TVI - que lhe arranjou um especial só dele para se defender e que chamou um "adepto" do FC Porto, o actor António Pedro Cerdeira, este que, inteligentemente, foi fazer figura de corpo presente - não conseguiu negar aquilo que sabia ser verdade e que necessita como argumento para acusar o FC Porto, e assim chegando ao terrível ponto de estar entre a espada e a parede, acabando por ser grealhado por José de Pina e o árbitro Marco Ferreira, que acabou por criar uma linha clara entre o papoilas e a arbitragem, pois revelou ter ido pedir explicações ao bieirinha aquando da sua despromoção. Apesar disso, parece que nem todos os árbitros terão percebido a lição, como se ver nesta imagem.

Vai ser interessante seguir as cenas dos próximos capítulos, pois Francisco J. Marques já prometeu novas reve(o)luções  para amanhã . Paralelamente, palpita-me que Guerra não irá cair sobre a espada sem antes "cantar" um bocadinho... é que, por muito que queiram fazer parecer, Pedro Guerra não era um "simples funcionário".....

E, como nota final, está na hora do FC Porto tomar uma postura em termos com a SIC, a TVI e a Bolha, na sala de imprensa! Responder com generalidades ou ignorá-los não é menos do que eles merecem!