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domingo, 29 de outubro de 2017

Análise Boavista 0-3 FC Porto - Feio, Porco e Muito Mau


Noite quente de Verão, em pleno Outono, em vésperas de Novembro, casa compostinha no Estádio do Bessa, onde tive a felicidade de estar, em excelente companhia. A bancada coiso (Norte, Sul? whatever!) dos Dragões completamente cheia de um imenso e assoberbador Mar Azul, a abafar por completo as gentes da casa.

Derby da Invicta, portanto, com todos os ingredientes para ser aquilo que sempre foi - aqui não há solidariedade, apenas rivalidade. À antiga. Sem amor algum. 

Entrada má - Sérgio Conceição acabaria por concordar - da equipa em campo, sem conseguir construir a partir de trás, com um jogo directo perdulário e a funcionar em reacção, em virtude do maior povoamento do meio campo boavisteiro e de uma entrada perdulária e de vistas curtas por parte de Herrera e de Danilo. Mais uma vez se sentiu o fantásma de Leipzig, mais uma vez se viu uma equipa com muita vontade e pouco tino, ainda assim comandada pela batuta de um Brahimi absolutamente endiabrado e imparável. Mas até foram mais as investidas e consequentes oportunidades do Boavista, tendo havido até uma excelente defesa de José Sá a um remate que daria golo. Terminaria, pois, a primeira parte com um ascendente da formação da casa que se entendia, dado o pouco povoamento do meio campo.


Segunda parte com a atitude corrigida, um FC Porto um pouco mais consistente e subidinho, e cinco minutos volvidos, o golo. Excelente jogada de envolvimento e de variações, com Aboubakar, qual Jackson, a descer e a fazer o tal povoamento que faltava, bola à direita para Corona, cruzamento para Brahimi, cruzamento rasteiro para a finalização de Abou. Assim explodia o Bessa, da acumulada tensão de um jogo rasgado, agressivo e nem sempre bem jogado. Aos 70 minutos, Sérgio reage aquilo que era óbvio, o despovoamento do meio campo, com a saída de um bom Corona, que antes tinha visto o filme do ano anterior repetido (ver nota abaixo) e a entrada de André André. Isso permitiu a Herrera a subida no terreno e, consequentemente, passado pouco tempo, depois de passe de André André, cruza para o golo da tranquilidade, por Marega, sempre com um óptimo sentido de oportunidade que lhe é característico. Passado cinco minutos, o mesmo AA serve Brahimi para o seu merecidíssimo golo. Assim, acabava a partida, com um resultado muito superior à qualidade do jogo demonstrada. 

Não gostei que SC não tivesse visto mais rápido o que toda a gente conseguia ver. Se conseguiu o primeiro golo, foi por um conjunto sólido e unido - que sim, é mérito dele. Mas não posso dizer que aprecie este futebol de vertigem, sem verdadeiro controle ou jogo pensado, mesmo com mais um homem a povoar o meio campo. Vejo nele um potencial para o erro que não parece despiciente. No entanto, não se pode contrariar um dos melhores arranques de sempre do Futebol Clube do Porto. Uma vez mais, adoro não ter razão.


Claro que tudo isto seria mais fácil, não fosse a ridicularia que foi a arbitragem de Hugo Miguel. A forma como foi sempre sendo "pedagógico" com os jogadores do Boavista enquanto ia varrendo de amarelos estúpidos os jogadores do FC Porto (Marcano por protestar, quando todos os jogadores do Boavista o fizeram múltiplas vezes, Corona por uma entrada absolutamente normal, Herrera por nem tocar em lado nenhum, só para dar exemplos) mostra o verdadeiro cabeça de falo curto que alí vai. Mas para os livros vai mesmo o amarelo a Aboubakar por... ousar ir festejar para dois lados do campo, como se pode ver nesta imagem em cima, ao passo que um jogador do Boavista quase arrancar, pelo segundo ano consecutivo, a perna a Corona não deu mais que um amarelito, quando deveria ter sido um claríssimo vermelho.  

O amarelo a Abou é, em si mesmo, a explicação e a demonstração do porquê do nosso campeonato ser o que é, em termos de intensidade, velocidade e apelo ao exterior. Com arbitragens destas, tendenciosas e vaidosas, não sairemos nunca da cepa torta!

Por último, adorei ouvir Simãozinho, o lambidinho, projecto falhado de Mourinho, a dizer que aquilo tinha sido tudo dele e ele é que tinha falhado nas substituição. Não, lambidelas, tinhas de arriscar porque senão perderias na certa. Nós é que fomos demasiado fortes para ti. Apesar de te permitirem tudo. Continua assim que vais bem. 

sexta-feira, 27 de outubro de 2017

O Duro Derby


Está, então, terminado o "caso Casillas". Sérgio Conceição foi, como homem de grande carácter e frontalidade, capaz de admitir uma conversa com Iker Casillas sobre aquilo que ele queria ver mudado na sua postura nos treinos "até em período de selecções". Era, então, uma questão, realmente, técnica. Deixou ainda a entender que voltou a ver empenho por parte de Iker e que este estava em condições de "lutar pela titularidade" com José Sá e os outros guarda-redes do plantel. 

Para mim, não restam dúvidas, então, que nos próximos jogos Casillas estará de volta ao seu legítimo lugar - entre os postes. 

Tem, naturalmente, razão SC de exigir o mesmo empenho de todos os atletas e deixar claro que não há filhos e enteados dentro do mesmo. Óptimo. Em rigor, não contesto a justiça ou mesmo o direito a essa decisão - é plena. Contesto, provavelmente, o timing da mesma, mas nada mais.  Qualquer posição no onze titular tem de ser fruto de mérito, empenho e esforço, nada mais do que isso. Nada de estatutos ou lugares garantidos, seja para Casillas, seja para quem for. Fica claro que assim é. E isso só pode ser uma boa notícia. Ser uma meritocracia traduz qualidade nas opções e empenho nos jogadores.


Com isto, amanhã estaremos a jogar o derby da Invicta, sempre duro e rasgadinho, com o conjunto Boavisteiro a ser, a esta altura, treinado por Jorge Simão, que tem sempre alguma coisa a provar. Como vamos ser arbitrados pelo "querido" Hugo Miguel que, entre outra coisas, foi o autor da expulsão de Brahimi em Braga... já sabemos que a inclinação costumeira continuará a acontecer. Mas o FC Porto, que desta vez jogará depois de saber o resultado dos seus concorrentes directos, tem tudo para trazer da Boavista os 3 pontos e seguir em frente na sua marcha até à avenida dos Aliados, em Maio próximo.

Esperam-se 8000 pedaços do Mar Azul nas bancadas, o que demonstra o tamanho do apoio que o FC Porto continuará a ter.

Se alguma coisa estes últimos dias, com as todas de posição de que falei no post anterior aconteceram, demonstra, é justamente o quanto é importante nunca perder os 3 pontos. É uma situação ingrata, indigna e estúpida, sem dúvida. Será, no limite, insuportável, talvez. Mas, se outros têm latitude e ajuda - ás vezes, meramente cumprindo as regras - por parte de quem gere, essa questão não cabe na vida Portista. É ganhar ou ganhar, ou então ficar irremediavelmente para trás. Porque estamos contra tudo e contra todos. Não temos latitude para rigorosamente nada.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Raiva Contra O Polvo

O que poderia ter sido um bom jogo de futebol, não o foi. Não poderia ter sido, dado o facto de se estar a jogar, como sempre no Bessa, contra o FC Porto, uma espécie de rugby misturado com MMA, com o beneplácito arbitral correspondente. A forma como Fábio Veríssimo consegue a proeza de não expulsar ninguém do Boavista e também ter a fantástica capacidade de pós-verdade de interpretar penalties como faltas ofensivas e penalties como simulações é, essa sim, bem surreal! Enfim.

Para mim, no entanto, há um lance capital que define o senhor Veríssimo e ao que vinha: o da lesão de Corona. Entrada de Talocha absolutamente assassina, que o senhor Veríssimo resolve apenas amarelar, com a absoluta cereja no topo do bolo que foi parar a jogada de contra-ataque em que André André seguia isolado e o FC Porto estava em superioridade numérica, portanto uma jogada de golo eminente! 

Depois, na fantochada que se seguiu ao apito de intervalo, conseguiu o senhor Veríssimo equiparar a atitude do senhor Alfredo do Boavista à de Nuno Espírito Santo que, ao contrário do primeiro, não empurra nenhum jogador, não insulta ninguém e não parte à procura de porrada sobre quem quer que seja! Estava pois o Polvo interessado em equiparar os treinadores e dizer que todos já tinham sido expulsos. Mas o que eu acho curioso é que estes iluminados ainda não perceberam que isto só nos une ainda mais! Hoje foram mais de dez mil nas bancadas, amanhã serão ainda mais! O Dragão é cada vez mais temível e mesmo a malapata fora parece começar a ser coisa do passado! Por isso, continuem! Nós não nos borramos! Nós não precisamos de muletas! Isso para nós é gasolina! Por isso, VENHA! Até os comemos, carago!

Para terminar, sobre o jogo: Fiquei muito feliz de ver o 4x3x3 de volta, enquanto se jogou futebol foi uma alegria de ver. Casillas fez uma defesa genial, Maxi deu tudo de si e foi expulso injustamente, Boly fez um senhor jogo, especialmente para quem tem tão pouco ritmo,  Marcano é o nosso Capitão e merece-o, Alex Telles redimiu-se muito bem. Danilo não esteve tão bem como em jogos anteriores e creio que acusou algum desgaste, para lá de estar um bocado aos papeis com a dinâmica com os médios, mas André André e Óliver estiveram fantásticos, quer no entendimento entre eles, quer nos pormenores deliciosos que, cada um à sua maneira, conseguiram imprimir. Para ser perfeito, faltou apenas, no caso de AA, o acerto no remate e mais cuidado nas entradas - André, o teu pai acertava PRIMEIRO NA BOLA... - e, no caso de Óliver, aquela mancha da perda de bola que quase dava golo do Boavista. Mas, bem-vindo de volta, Mestrinho! O teu passe para o Corona e subsequente golo é delicioso! Brahimi foi... espectacular, a entrega de Yacine é à prova de tudo o que mudou no argelino, Corona enquanto jogou foi muito bom e altruísta, quer na defesa quer no ataque e Soares... é um ponta de lança à séria! Hoje aprendeu a lição de jogar simples e ela é importante. Jota entrou mal, mas também não estava na sua posição, Layún e Otávio cumpriram o que se pedia.

Contra tudo e contra todos, seguimos na luta. Cada vez mais fortes. E mais vacinados contra esta coisinha! Vai ser difícil segurar-nos! Joguem mas é à bola!

ADENDA: Fiz um post na página do Facebook do Porto Universal acerca da avaliação do senhor Carlos Gouveia, cujo link está aqui, para quem quiser ver. Já chega de tanto preconceito!

sábado, 24 de setembro de 2016

Análise FC Porto 3-1 Boavista FC - Dores de Crescimento


Foi um FC Porto adolescente o que vimos ontem no Dragão. Entrou descuidado, levou um golo em fora de jogo e reagiu bem. Por momentos, ou seja, toda a primeira parte, vimos o FC Porto a ser Porto, a ir para cima do adversário, a finalmente começar a rematar, a procurar furar a enésima muralha-autocarro contra si e a consegui-lo fazer com toda a justiça e mérito. Depois do belo golo de André Silva aos 18', não deixou de ir para cima até à vantagem. Até aos 45 minutos, tínhamos a promessa de um FC Porto a fazer lembrar a matriz Portista clássica que nos deixava expectantes.

Só que a segunda parte começou lenta e estranha, sentiu-se uma certa incomodidade e ansiedade na gestão da vantagem por margem mínima e da procura do golo da tranquilidade, que só chegou muito mais tarde, aos 86'. Houve muito desposicionamento, muita bola pelo ar (muuuuuuuuuuuuuita boooooooooooola peeeeeeeeeelloooooooooooooooooooo aaaaaaaaaaaar)  e muita "aflição" que não se entende. Felizmente, foi nesse período que também se viu o melhor Danilo a cortar bem bastantes subidas e ataques Boavisteiros.

Há que saber ter calma, segurança e só parar - descansando com bola - aos 4 ou 5 de vantagem. 

Ainda assim, bons sinais individuais e colectivos, que só precisam de de treino, persistência e rotina. Não podemos esquecer que é uma equipa nova, em crescimento. Esperemos então essa consolidação. Vamos a notas.


Otávio - O nosso "camisola 10" - e sim, é por dentro que ele está melhor - teve garra, luta e procurou sempre, sempre o golo. Faltam-lhe pilhas para aguentar o jogo todo. Mas, juntamente com Óliver - hoje não tão bem, também porque acabou por fazer o trabalho que eu acho que deveria ser de André André - é cada vez mais o eixo que faz rodar a roda. A agressividade de Otávio é inspiradora. Talvez consiga passar um pouco dela aos colegas.

André Silva - Irrequieto, intenso, dado ao jogo, bisou e chutou para canto as críticas que já estavam a mandá-lo abaixo do precipício à sexta jornada. Ficou-me na retina a pressão sempre grande que fez ao guarda-redes e o apoio defensivo que nunca abdicou de fazer. É evidente que há coisas a melhorar - o passe de Adrián aos 60' que o põe em frente ao guarda-redes merecia ter sido uma assistência, por exemplo - mas o caminho faz-se caminhando, e com golo há mais latitude.

Alex Telles - Intensíssimo na defesa, com excelente critério no ataque, rapidez na dobra e remate potente - o golo foi merecido e aos 91' deveria ter vindo outro - Alex Telles é um titular indiscutível no lado esquerdo da defesa. Uma excelente contratação.

Pequenos grandes sinais - Apesar de menos incisivo no ataque, Óliver nunca deixou de estar um pouco por todo o lado e de atacar todas as bolas e procurar dar critério ao jogo, Felipe e Marcano foram excelentes pelo ar e fortíssimos nos cortes, sendo que o segundo foi melhor que o primeiro na saída a jogar, Adrián fez o melhor jogo que o vi fazer de azul e branco, com grandes pormenores e muita garra e intensidade, já a fazer por merecer o golo que tem procurado e que cimentará a sua importância até junto da massa adepta - para mim é só uma questão de tempo - Diogo Jota entrou muitíssimo bem, tem uma energia e velocidade que, estou certo, irão ser decisivas e Brahimi teve uma entrada absolutamente fulgurante, que vai criar dores de cabeça positivas a NES. Tudo isto demonstra que há soluções e qualidade para um futuro mais risonho.

Adeptos - Foram absolutamente essenciais para a vitória. Está cada vez mais fácil de ver que o Dragão premeia o esforço e a entrega ao jogo dos jogadores, e apenas exige de volta empenho e luta. Os meus parabéns a todos! Foram o 12º jogador!


Ó meu senhor, por quem é! - A coisa que mais me irrita, no entanto, é a maciez tão pouco característica do ADN Porto que os jogadores apresentam. Layún deixa os extremos adversários a progredir na ala sem meter o pé, esperando antecipar-se para fazer o corte, bem como, no fundo, também a grande maioria do jogador do FC Porto parece ter medo de meter o pé. Será pela lesão ou medo de amarelos? Nenhuma é justificável! Esta casa foi feita por Bichos e homens duros! Não há cá meninos e betinhos bem educados! Toca a acordar, povo!

Consistência - Não pode, no mesmo jogo, haver momentos de um futebol dinâmico e atraente, e logo a seguir estar a descer linhas como equipa pequena, com medo do golo da igualdade, sem absoluto domínio de jogo que traduza a superioridade clara da equipa Portista sobre o adversário! Evidentemente, acredito que seja apenas e só pela razão circunstancial de que se está a afinar um modelo, a criar um onze e a assimilar a forma de jogo. Mas não se pode continuar a ver no rosto dos jogadores a incapacidade da percepção de qual é o seu papel. A rever antes de terça.

Gamanço - Hoje vou dar uma de Silva e dizer que não me venham falar de erros defensivos em lances irregulares. Se o lance é irregular significa que a defesa se adiantou - e bem - à posição do ataque boavisteiro. Isso é uma boa ou má prática?? Para além disso, mais dois penalties gamadinhos pelo gatuno Nuno e um critério disciplinar absolutamente díspar, a permitir a agressividade, o queimar de tempo, e a violação da área restritiva por parte de uns, enquanto aos da casa nada era permitido - vide amarelo a Brahimi. Vir, no fim, o senhor Sanchez ainda dizer que tinha jogado contra 14 é de uma cara de pau inominável! Haja vergonha, senhores, é a quinta vez em seis jogos!

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Antevisão FC Porto - Boavista FC (6ª Jornada) - Jogar à Porto, Sem Hashtags


Não é, creio eu, necessário dizer mais nada. Se Nuno Espírito Santo anda pelas redes sociais, se lê ou se está atento às opiniões acerca de si e da equipa onde treina, já sabe o que lhe pedimos: intensidade, luta, nervo, raça.

É claro que falta muita coisa, mas se a entrega for total, se não jogarem à Porto apenas dez minutos em cada jogo, se carregarem e pressionarem como se lhes exige, todos estaremos com eles, e os onze tornar-se-ão doze

É este o segredo do FC Porto, independentemente do esquema e dos jogadores - o suar da camisola, o ir às bolas como se do último fôlego se tratasse. O resto é rotina, treino, repetição, insistência.

Ninguém tem dúvidas que, pelos menos, se espera que daqui a um mês se esteja melhor, com os processos mais consolidados mas, para já, há que partir daquilo que não é treino - a intensidade, o nervo e a raça

É possível que as primeiras vitórias sejam mais difíceis. É evidente que a máquina mais oleada trabalha melhor. Mas esse caminho tem de ser feito. E ele só vem repetindo onzes, padrões e ligações.

Por um FC Porto à Porto, independentemente de quem vier pela frente. Lá estaremos para fazer a nossa parte. Façam vocês a vossa.


NOTA: Bem sei que este não será, com certeza, o onze que NES apresentará. Mas é o que eu tornaria a base do FC Porto em 90% dos jogos do campeonato.

Danilo era o trinco carro-vassoura do duplo pivot para varrer e "botar corpo" no jogo, Rúben seria liberto para dar fluidez, critério e velocidade ao jogo com a sua superior leitura do jogo - mas sendo instruído para também usar o potente remate exterior que tem - permitindo aos nossos três geniais criativos liberdade para oscilarem nas posições e fazerem combinações, tabelas, desmarcações e passes açucarados - mas também com liberdade para rematar. Na frente André Silva estaria liberto para ser o 9 excelente que sabe ser, sem ter de andar constantemente a mexer-se de cá para lá e sem ter de ir às bolas todas.

Naturalmente, Danilo Pereira seria o meu Capitão do jogo. Este onze tem uma boa defesa, um excelente ataque, golo e capacidade criativa para levar de vencidos os jogos. Porque não somos assim tão maus. Temos é de deixar de andar em variações constantes e estabilizar.

sábado, 14 de maio de 2016

Análise FC Porto 4-0 Boavista FC - Serviços Mínimos Em Resultado Dilatado


Jogo matinal, em tom descontraído, com mais público do que eu esperava - 26 122 - mas que primou por um ritmo lento, em especial na primeira parte, e que na segunda deu goleada , mas uma goleada que não foi resultado da pressão nem da intensidade, mas antes do desnível competitivo das duas equipas e do inconformismo de Herrera, Rúben Neves e André Silva. 

O nosso menino marcou um belo golo, e fechou a contagem de golos desta época no Dragão, com a emoção que se impunha e que merece. Não sei é se este FC Porto, a jogar com esta intensidade, chega para vencer a Taça de Portugal.  Assusta-me que Peseiro ache que tenha sido "um jogo muito bom". Mas vamos a notas.


André Silva - MVP da partida, no Dragão e também para mim. Entrega total ao jogo, vontade, ímpeto, irreverência, André Silva assistiu Layún para o 2-0, marcou o último golo Portista do campeonato e foi sempre uma dor de cabeça na área. Destapada que está a rolha, num golo de belo efeito, que para a semana seja a confirmação da presença "de estaca" de André Silva no plantel do FC Porto. Parece-me mais que preparado. A sua reacção ao golo é o amor à camisola que se pede a todos os jogadores. É um exemplo a seguir.

Herrera - Poderemos estar a ver os últimos jogos do Capitão do FC Porto com as cores azuis e brancas, mas toda a entrega, empenho e dedicação a cada lance está lá. Todo o jogo passa por Herrera, que ajudava a definir, servia os seus companheiros e se entregava a cada lance como se a sua vida dependesse disso. É o eixo central da roda, e merecia muito mais carinho, respeito e admiração dos adeptos do que aquela que partirá do Dragão a ter. O tempo fará dele uma referência Portista, sem dúvida, este patinho feio mal amado.

Rúben Neves - Danilo saiu ao intervalo com queixas - nada de sério, nem impeditivo para o jogo da Taça - e a entrada de Rúben para o seu lugar deu uma dinâmica diferente, uma velocidade e um critério muito mais definido às jogadas. Evidentemente, não barra o caminho como Danilo, mas a forma como consegue (pre)ver o jogo a acontecer, é fascinante. A mudar de flanco, a abrir pelo meio, a rematar de longe (quase marcava mais um belo golo), é um propulsor de ataque poderosíssimo. Não é vendido cheio de truques e habilidades, está a crescer defensivamente para se tornar indispensável em breve. Muito bem.

Segurança defensiva - Chidozie e Marcano entendem-se bem, não houve bola de cabeça que não fosse cortada, e tirando alguns - muito poucos - erros naturais de Chidozie, o perigo boavisteiro foi afastado com muita classe. Junte-se ainda um Miguel Layún com uma grande exibição defensiva e um bom critério ofensivo e um Maxi que não desiste e nem desarma, e temos a defesa sólida que tanto procuramos todo este tempo. Marcano é, sem dúvida, a peça do puzzle que faltava.


Corona - Que jogo de porcaria que fez o Jesus. Uma nódoa total. Foi subtituído, e bem, por Brahimi, que, sem ser brilhante, foi muito melhor que o seu companheiro de ataque. Tem muito mais futebol e talento do que aquele que demonstra, é neste momento um jogador em contra-ciclo com o resto da equipa. Displicente e amorfo, ou muda ou vai ter vida difícil. E não é de ser mexicano, porque Herrena e Layún também o são.

Massa Assobiativa - Que foi aquilo no penalti, senhores?! Mas está tudo maluco?! Então era o ponta de lança ansioso por marcar golos que ia marcar o penalti, era? E se falhssse, como era? E, mesmo, marcando, era assim que que queriam que a caminhada de golo do André começasse, era? Com um golo de penalti? Ou com o golo lindo e pleno de raça, superação e emoção com que foi brindado? Deixem de ser estúpidos, que não há cá "os nossos" e "os deles". E a decisão foi de Peseiro! Porque não o assobiaram a ele? Não é estrangeiro, é? Ainda bem que o Lucho é da Ribeira e o Madjer das Caxinas! Caladinhos eram poetas! Para já não falar da pressão que colocam no miúdo! Se a raiva com que Brahimi festejou o golo era contra vós, foi justificada e é uma vergonha. A continuar assim, não vão perceber que desaires futuros serão culpa vossa!

NOTAS: Com muita Paixão, lá ficou o verifique B na segunda liga, com um #colinho autenticamente calabótico e a despromoção de quem se vergou para ser sodomizado para os ajudar. Isto numa tarde em que foram detidos quatro jogadores do Oriental, o presidente do Leixões e vários jogadores do Oliveirense, por suspeita de jogos combinados. Está lindo isto, está. Está à vista como o futebol mudou decisivamente depois dos processos contra o FC Porto. É pleno de integridade e honestidade. Mas tenho de dar um grande aplauso a Vieira. Cito, de notícia do Mundo Deportivo, aqui, as condições do tão badalado "prémio hipotético" a Renato Sanches. Deliciem-se com a grande capacidade de Vieira de fazer do nada, muito: "En el caso de Renato, los 35 millones que ingresará seguro el Benfica se podrían convertir en 80 por los 35 en ‘bonus’ que debería pagar el Bayern si se cumplen unas variables que sí han trascendido: 5 millones de euros si llega a las 25 internacionalidades con la absoluta Portugal (lleva 2); 20 millones de euros si gana el Balón de Oro; 10 millones de euros si entra en el pódium del Balón de Oro; y 10 millones de euros si es elegido en 11 ideal de la FIFA..." Palmas. Bravo. Fazer de 35 (E comissões? E prémios?), 80, é de mestre!

Para terminar com chave de ouro, porque um jogador à Porto não se vê só dentro de campo, uma palavra de agradecimento ao enorme coração de um jogador que espero que se confirme que fica por cá, Miguel Layún, e pelo sua emocionante atitude para com o menino Afonso, que sofre de paralisia cerebral, ao levá-lo ao colo para dentro de campo, cumprindo assim o sonho do menino. Fiquei de lágrimas nos olhos, Layún! És grande! Aqui fica o post do Facebook  de Bruno Sousa, o grande artista Portista, a relatar o sucedido, e de onde roubei a imagem aqui em baixo.


quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Análise Boavista FC 0-1 FC Porto (Quartos de Final Taça de Portugal)


Como definir esta partida? Acho que este jogo é um sério aviso aos senhores da SAD. Um árbitro a roubar-nos indecentemente, uma equipa a poder jogar cacetebol e outra a jogar futebol. Há que começar a jogar o mesmo jogo que os adversários, ou então continuaremos a ser vítimas deste género de coisa. 

Posto isto, mudar de treinador não muda tudo. Sem um pêndulo no meio campo, onde faltou André André, o FC Porto voltou a ter tracção atrás e a repetir os mesmos erros. Há muito trabalho pela frente para soltar as amarras mentais da excessiva lateralização. A forma como o Boavista encostou o FC Porto às cordas, mesmo antes da - injusta - expulsão de Imbula, mostra que o FC Porto não sabe reagir com qualidade à pressão.

Helton salvou-nos hoje. Tivemos a sorte do jogo. Não devemos confiar na sorte. Vai ser preciso muito mais.


Helton - Um Capitão mostra-se nestas alturas. Tivera, antes da defesa do penalti, um erro grosseiro que quase empatava a eliminatória. Mas soube dar a volta e ter a frieza para compensar o erro.

Brahimi - O rasgo individual que contrariou a maré lateralizante levou-nos às meias e, muito provavelmente, ao Jamor.


Não chega mudar o treinador - Aqueles que pensaram que o FC Porto estava já mais atacante puderam tirar o cavalinho da chuva. Há muito trabalho a fazer, ofensivamente e defensivamente. Apesar de se notar que temos uma equipa solidária e com espírito de sacrifício, nota-se que ainda não sabe como dar a volta ao modelo e ainda está insegura. Muito a rever em muito pouco tempo....

O verdadeiro artista - A arbitragem de hoje é impronunciável. Claramente encomendada para quebrar a ambição de um qualquer título Portista, teve um só fim: prejudicar-nos do primeiro ao último minuto. Jogar 10 contra 14 é hercúleo. E, repito, a política de silêncios da SAD não pode continuar.

Antevisão Boavista FC - FC Porto (Quartos de Final Taça De Portugal)


Segundo derby numa semana com os conterrâneos axadrezados, um jogo completamente diferente, como diz - e bem - Rui Barros. Espera-se um Boavista mais agressivo, a procurar a vitória desde o início, com bastante pressão ofensiva, numa táctica de quem sabe que não tem nada a perder e tudo a ganhar.

Do nosso lado, há que dar tudo por tudo para seguir em frente na competição que, realisticamente, está mais ao nosso alcance. É necessário um FC Porto que confirme a maior tendência ofensiva, mas que vá corrigindo os buracos na transição defensiva que foram verificados no jogo anterior.

Casa cheia de Dragões no Bessa, que isso signifique o continuar da tónica de apoio à Porto. Não teremos André André, com fadiga muscular, mas temos todo um leque de boas soluções para o meio campo. A fase seguinte é tudo o que importa.

Helton e Casillas (guarda-redes); Maxi Pereira, Martins Indi, Marcano, Rúben Neves, Varela, Brahimi, Aboubakar, Tello, José Ángel, Evandro, Herrera, Jesús Corona, André Silva, Miguel Layún, Danilo Pereira e Imbula.

(4x3x3): Helton; Maxi, Marcano, Indi, Layún; Danilo, Imbula, Herrera; Corona, Aboubakar, Tello;

NOTAS: Ontem, no seu tempo de antena, o senhor Rui Santos resolveu voar pelo FC Porto, não se referindo ao jogo no Bessa, só aos "casos". Referiu-se também ao sinal de fraqueza do NGP com Lopetegui. O mesmo discurso de sempre, não surpreende. Fantástica, no entanto, é a hipocrisia de falar do abandono da SAD a Lopetegui. Não sendo mentira, é, no entanto, absurdo que venha de uma pessoa que, sempre que dizia esse nome, mostrava um sorrisinho malandro e batia no treinador basco até não poder mais. Um pouco de vergonha na cara, senhor Ruizinho! A esta altura, já todos os leitores regulares deste blog devem estar alertados para esta ratazana, mas nunca é demais sublinhar o vil que é o sujeito.

Giro, também, é vê-lo falar do seu sportem. Primeiro fala da - claramente premeditada - agressão do Slimani, mas depois refere a "campanha de desvalorização" do pobre argelino. Tadinho! É um santinho! Um mártir! Envergonhe-se, homem! Depois de anos e anos a bater em tudo o que era um toque mais agressivo de qualquer jogador do FC Porto como uma "bárbara agressão", defender este bully é da mais despudorada sem-vergonhice! E vindo de alguém que passa a vida a bradar aos céus que é isento, ainda mais!

Para aqueles que acham bem uma SAD silenciosa, aqui têm um belo exemplo do que se passa na segunda circular. Sim, porque no sportem é exactamente o mesmo! Daí, esta política de "caladinhos é que estamos bem" dá campo aberto à lavagem cerebral, calculado ao píxel, como está bom de ver, dos inimigos! Acordem, gente!

Por último, não vou comentar nomes de hipotéticos treinadores. Quem for, quando for, será o treinador do FC Porto, portanto, para mim, o melhor de todos.

domingo, 10 de janeiro de 2016

Análise Boavista FC 0-5 FC Porto (17ª Jornada)


Velocidade, simplicidade e Querer. Aqui está a diferença. Um modelo ainda presente - com as suas falhas bem vincadas... - mas a deixar o espaço para a rapidez de transições, os desequilíbrios e as variações. Resultado: Cincazero! (® Silva)

Naturalmente, os defeitos não desapareceram de uma hora para a outra, mas o sinal de união, harmonia e vontade está lá. Ainda bem. Há caminho. Quarta feira há mais. Vamos a notas.


Hector Miguel - Aqui esteve o alter-ego super-herói de Herrera, desde cedo a pegar a equipa pelos colarinhos e a ir à luta. Foi o responsável por desbloquear o jogo, mas também por uma ligação boa com Danilo no meio campo, com o "puxar" da equipa ao ataque e pelo Capitanear a sério. O grande plano dele a pedir serenidade à equipa é de antologia.

Danilo - E eis que um bocado de espaço abriu alas para o melhor Danilo, um pêndulo a fazer a variação do jogo e a dar os apoios defensivos assim que necessário. Na linha Fernando, está mais que visto que o melhor, com Danilo, é dar-lhe espaço. Mais uma pedra no caixão do duplo pivot.

Aboubakar - Entrou tímido, nervoso e perdulário na finalização, mas sempre a ajudar, a criar jogadas, a servir companheiros. Assim que Layún lhe serviu, muito bem, a bola e o merecido golo entrou, soltou-se, recuperou confiança e marcou outro belo golo. Que seja a entrada nos eixos que merece e precisa, para poder ser a referência atacante da equipa novamente. Está visto que a confiança, no Rei Bakar, é decisiva.

Raça - Um jogo à Porto, com entrega, superação e vontade de todos. Menções honrosas para os, nem sempre esclarecidos, mas sempre lutadores, Brahimi, Corona - este com um golo de belo efeito - e Layún. É este Querer, esta Entrega e esta Vontade que se quer sempre no FC Porto. O resto vem com o jogo.

Rui Barros - "Os jogadores sabem que o Clube é isto." Simples e lapidar. Claro que muito há a fazer, mas a Poção Mágica esteve com eles. E quem a deu foi o Druida Barros. Pedir um FC Porto à Porto é o que se exigia. Velocidade, ataque, não se deter na margem mínima, não defender resultados curtos. Bravo, Rui! Tal como na Supertaça, conseguiste fazer aquilo que, para outros, é impossível - em apenas dois dias! A maior vitória frente aos axadrezados em 34 anos!


Critérios Veríssimos - Um artista tuga no seu melhor, os amarelos que não são - Maxi à cabeça -, os amarelos não mostrados - falta sobre Danilo à cabeça - e por aí em diante, fizeram um campo bem inclinadinho! Há um fantástico #colinhoverde, há um sempre crescente #colinho, mas um #colinhazul é que não há de certeza!

O que há a melhorar - Evidentemente, ainda se lateralizou muito (diminuiu ao longo do jogo), a transição defensiva é deficiente e a falta de apoios ainda se vê. Mas já não são paralisantes e isso dá um sinal de esperança muito bom.

Antevisão Boavista FC - FC Porto (17ª Jornada)


Rui "piccolo" Barros é um dos meus ídolos do FC Porto de sempre. É-o pela sua intensidade, pela sua garra, pela sua técnica, pela sua velocidade. Mas também o é pelo seu extraordinário carácter, dignidade e por ser uma boa pessoa.

É raro um jogador do FC Porto obter consenso e o respeito que Rui Barros granjeia dos seus adversários. Apesar disso, Rui Barros já saboreou a Poção Mágica do FC Porto muitas vezes. Por isso, não é para mim nada surpreendente que ele vá querer mais velocidade nas transições, como adiantou O Jogo.

Afinal, no meu entender, não é o modelo que está errado per si, mas antes o espartilho táctico que Lopetegui detinha sobre os jogadores, não os deixando aproveitar as suas melhores características, e a lentidão de ter de circular a bola por todos antes de fazer uma jogada que seja.

O alívio de uma nova realidade, uma renovada motivação e uma falange de apoio que promete ser gigante vão certamente ajudar a levar de vencida a contenda. Não se esperam milagres, mas estou certo que uma atitude diferente ajudará a um resultado diferente.

Helton e Casillas, Maxi Pereira, Martins Indi, Marcano e Miguel Layún, Rúben Neves, Herrera, Evandro, Danilo Pereira, André André e Imbula, Brahimi, Jesús Corona, Varela, Tello, Aboubakar e André Silva.

(4x3x3): Casillas; Maxi, Marcano, Indi, Layún; Danilo, Rúben Neves, André André; Corona, Aboubakar, Brahimi;

Nota: Comentar nomes de possíveis treinadores é um exercício de pura perda de tempo. Confiemos que a SAD saiba meditar bem em quem venha e porque venha. Atitude, Raça, Entrega e Ambição não dependem de treinadores. Podem ser ajudadas por eles, sem dúvida, mas só.