quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018
domingo, 11 de fevereiro de 2018
Análise GD Chaves 0-4 FC Porto - Goleada à Porto, A Embalar a Semana
Um excelente jogo de futebol em Chaves, abriu caminho à confirmação do que tenho como verdadeiro - a jogar futebol, somos a melhor equipa em Portugal. Este resultado é enganador e esconde um Chaves muito bem organizado - o trabalho de Luís Castro é fenomenal - que nos deu uma excelente réplica e nos fez tremer variadíssimas vezes, mormente por um endiabrado Matheus Pereira, que não consigo entender como não tem lugar no Sporting. Só que, do outro lado, estava um picado Soares que deu corpo àquilo que era a atitude à Porto de início que tenho - temos, muitos! - vindo a reclamar este tempo todo. Fomos com tudo, demos tudo, marcamos dois bons golos (o segundo foi um tiraço à matador!) e defendemos o perigo real do adversário com qualidade.
No segundo tempo, entramos bem na mesma, e obrigamos o Chaves, que ainda acreditava mas já perdia discernimento, a esgotar todo o tanque. Quando Marega marcou o terceiro, num remate pleno de intenção (cof cof), acabou com o ânimo do Chaves e desligou a cabeça dos Portistas, naturalmente imediatamente a pensar nos Himalaias que vão ter de subir para ultrapassar Mané, Salah, Firmino e companhia limitada. Perdeu-se critério e capacidade de pensar em aproveitar para fechar com chave de ouro o resultado, mas ainda deu tempo para premiar a dupla de meio campo, que mais uma vez esteve bastante bem, e combinar a assistência de Herrera com o excelente remate após recepção de peito de Sérgio Oliveira para um merecidíssimo 4-0. Maior tónico para uma semana difícil, não poderia haver. Vamos a notas.
Atitude contra as dificuldades - Meia equipa entre o cansaço crónico e o estaleiro? Não há problema! Neste Futebol Clube do Porto não há quem jogue mal! Mais minutos, menos minutos, mais titularidades ou menos, cada um dá tudo de si e aproveita todos os minutos para fazer correr bom futebol pelas veias azuis e brancas! Um grupo unido, em que ninguém está de fora, uma alegria esfuziante, é o maior propulsor para um merecido primeiro lugar (e com um jogo a menos!). Poderá ser possível parar este espírito, mas é certamente dificílimo!
Soares - Nada como responder ao supra referido picanso com 4 golos, todos eles de importância fundamental. Hoje mais dois, um deles de compêndio. Para lá disso, trabalhou que se fartou e ajudou os colegas defensiva e ofensivamente. Muito bem!
Sá - Que grandes defesas, que segurança e postura vertical! Bravo, Zé! Estou convencido! É assim que se mostra o valor!
Otávio - Não percebi a sua inclusão no onze, à partida, confesso, mas ainda bem que não sou eu o treinador! Velocidade, verticalidade e garra! Muito bem! Essencial no roubo que deu origem ao primeiro golo, foi perdendo natural fulgor ao longo do jogo, mas está aí uma grande alternativa Yacínica. E Corona à esquerda também não esteve nada mal!
Soares Dias - Critério largo, à liga grande, é isto: nada de faltinhas mixurucas, nada de parar a cada toquinho, deixar o futebol respirar - esse é o segredo. Mas só com grandes equipas como o Futebol Clube do Porto e o Desportivo de Chaves é que este sai a ganhar - só quando se assume o jogo, o perigo em cada lado do campo, a fisicalidade inerente. Este foi um belíssimo jogo de futebol, graças às três equipas. Não seria bom que assim fosse sempre?
quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018
Análise FC Porto 1-0 Sporting - Finalmente, Um Pouco De Justiça!
Finalmente um pouco de justiça! Digo "um pouco" porque, mormente por 70% do jogo, merecíamos, uma vez mais, ter goleado este Sporting que só na cabeça do seu luminoso treinador é que está pronto para dar a volta. Voltamos a estar bem, voltamos a entrar bem, mal entendemos o que raio de, desculpem a expressão, conice, estaria a acontecer do outro lado - Jesus a ser Jesus - e voltamos a dar uma aulinha de bola. Depois de n elevado à potência de whatever remates e oportunidades, lá marcou Tiquinho Soares, como que a ter o retorno kármico daquilo que lhe tinha sido roubado. Do outro lado, Gelson e pouco, muito pouco, mais. Mas vamos em vantagem. Sim, Jesus, vantagem. Se tu achas que é fácil marcar-nos dois golos sem sofrer... vai pensando duas vezes. Ou então está a contar com os penaltis... Vamos às felizes notas!
Sérgio Oliveira - O melhor em campo, intenso, acutilante, com ampla visão de jogo e muita garra, com uma pressão sufocante, foi ontem um verdadeiro comandante. De sorriso nos lábios, digo: bem-vindo de volta, puto! A sorte não quis nada com o seu soberbo livre a beijar o poste da baliza de um, novamente, bom Rui Patrício, e a finalização deficiente dos colegas não permitiu que os seus passes redundassem em mais assistências do que aquela que deu a nossa vitória. Que assim continue, e eu acho que o lugar junto a Danilo deve ser seu! Bravo!
Ala Direita - Que maravilha, este corredor direito, a merecer mais do que teve em ambos os casos! Com a excepção de uma fífia que poderia ter dado um inusitado golo, mas que a sorte quis bem proteger, Ricardo Pereira fez autênticas piscinas ofensivas e defensivas e serviu muitas vezes muito bem os companheiros para a finalização que não parece ser a mesma. Já Corona está um ás defensivo e ontem, finalmente, deu um pouco do ar da sua graça ofensivamente. Acho que foi injustamente substituído por Sérgio Conceição, mas falarei sobre isso um pouco mais à frente nas Faltas.
Casillas - Iker Casillas fez ontem o seu centésimo jogo de Dragão ao peito. Isso é, por si só, um facto assinalável. Mas, para lá de algumas excelentes defesas e de duas boas saídas para ataque, Casillas fez o que SC não conseguiu: incutiu calma e ponderação aos seus colegas, mostrando que ter uma liderança em campo é fundamental. E, mister, não é mutuamente exclusiva! Enfim, agora é tarde. Daqui a pouco mais de três meses vai embora. E só tem mais dois jogos de Dragão ao peito. Infelizmente.
Decisão Final - Poderíamos ter resolvido o jogo ontem, não fosse uma muito pobre decisão final, quando fomos solidários quando deveríamos ter sido egoístas e vice-versa. Há que acabar com o tremelique - que não havia há um mês - no último terço! O futebol vive de golos e a sua ausência dá azo à gabarolice patética de alguns....
Brahimi - Deu o estouro. Pronto. Brahimi tinha de dar o estouro nalguma altura. Não há-de ser nada, afinal temos alguns bons refor... ah, espera, parece que não.
Otávio e Hernâni - Juntei os dois porque a análise é igual, Meus caros, o cérebro fez-se para pensar! No caso do primeiro, que tal saber onde se joga e como se joga? No caso do segundo, que tal fazer alguma coisa mais do que correr? Egoístas e com palas nos olhos, foram uma verdadeira nulidade. Mas parece que alguns têm créditos ilimitados...
Sérgio Conceição - Não gostei, mister. Não gostei mesmo nada. Começo pela convocatória: ai isto é assim? Tanto se clamou por reforços para depois os deixar em casa nos jogos que interessa? Então o Paulinho não é 20 vezes melhor que um Otávio regressado de lesão prolongada? E Waris não é melhor que Hernâni? Para que vieram? Para jogar com os Moreirenses? Ah, já sei, é o "grupo" e o "balneário". Certo. Será que já estão no lote dos que têm tolerância zero? E então, em vez de tirar primeiro o Brahimi, tira-se um Corona que até acabara de criar jogadas com perigo? E então tira-se um motivado e inteligente Soares em vez de sair um Marega que parece ter assinado um qualquer decreto que diz que tem de jogar sempre os 90 minutos? Grande parte da confusão final teve a sua assinatura!
sportem - Pequeno, pequenino, à imagem e semelhança do seu nojento treinador. Ter como plano principal "levar poucas" é ridículo. Queixar-se da arbitragem é surreal. Enfim. Estão a fiar-se na Virgem. Continuem....
domingo, 4 de fevereiro de 2018
Análise FC Porto 3-1 SC Braga - Liderança Com Todo o Mérito
Jogo intenso e superiormente disputado, onde ambas as equipas queriam ganhar, com emoção, nervo e muita garra. A melhor resposta ao desaire de Moreira de Cónegos veio numa exibição com muita fome de vencer onde, na minha opinião, se fez o que defendo: se partir para cima numa atitude à Porto! Ao fim do primeiro tempo já poderíamos ter conhecido uma goleada. Mas o acerto parece estar a voltar a espaços. Claro que tivemos o nosso momento soneca, com as luzinhas que embalaram a equipa, mas aí superiorizou-se um ainda mais gigante Sá que nos garantiu a liderança, que viria a ser isolada. E com inteiro mérito. Jogamos contra uma boa equipa, que desta vez resolveu jogar como sabe. E vencemos. E seguimos. Vamos a notas.
Alex Telles - Uma máquina. Incansável. Fantástico a defender e a atacar. Acutilante e com amor à camisola. Saboreemos as suas exibições. Para o ano não está cá.
Sérgio Oliveira - Para quem tinha pouco tempo, ou quase nulo, de utilização, não se poderia pedir muito mais: se aqui e ali lhe falharam as rotinas e alguma ligação com um também bom Herrera, marcou com confiança um golo de cabeça, nunca deixou de fazer bons remates e de recuperar e pressionar. Bem sei que as expectativas contam, e não seriam assim muito elevadas, mas foi uma boa surpresa.
Intensidade na entrada - Se era verdade - e era, de facto - que as nossas primeiras partes andavam a ser bastante subpar, o assunto foi endereçado neste jogo. Vontade, paixão, entrega, tanto ofensiva como defensivamente, e até quando sofremos o golo, não houve qualquer hesitação: foi tratar de reverter a situação. E assim se fez, em pouquíssimo tempo. Poucos jogos me deixaram tão feliz nesse aspecto. E deve fazer parte do manual de "Como recuperar de um lance adverso". Muito orgulho nesta equipa!
Sá - A sombra de Iker Casillas é enorme. Eu também sou culpado de achar, por vezes, que estaríamos melhor ao contrário. Mas não irei mais esquecer que, quando a equipa já tinha relaxado, Sá continuava atento. A última defesa deste foi de primeira categoria. E foi também seguro e determinado a organizar os colegas. Que continue assim!
Felipe - Quem diria que, para assumir a responsabilidade, Felipe precisava de não ter Marcano por perto? Fenomenal pelo ar, imperial nos cortes e recuperações, o melhor Felipe tem assumido a responsabilidade na defesa. Que assim continue na quarta!
Inadaptação Inicial - Não posso dizer que Paulinho jogou mal. Quer dizer, jogou. Mas não foi por desleixe ou falta de entrega. Foi por não perceber a posição. Não estar habituado. Só pode melhorar, mas não há porque ter medo: para mim, é tudo uma questão de tempo.
Desconcentração final - Depois das luzinhas, da emoção (sim, é irracional, sim, apela-nos ao coração e não tem nenhum facto que o suporte) de voltar a ver o Gonçalo com as nossas cores, houve uns 10 minutos finais onde poderia ter ocorrido algo de muito complicado. Felizmente Sá não foi na onda. Ficou o aviso.
Duas notas extra-jogo:
Absolutamente ridículas as afirmações dos meninos do Governo Sombra que, de uma hora para a outra, tem exclusivos de que mais ninguém fala! O senhor doente de seu nome Ricardo Araújo Pereira diz que Vieira tem "duas fontes independentes" que garantem que Vieira "não prometeu lugares na Universidade do benfas" e que a única coisa que pediu foi "para dar um jeitinho". Já o ainda mais doente senhor Carlos Vaz Marques diz que tem uma "fonte" que garante que João Correia, afinal, não é advogado de Vieira. Que lindo! Como é que isto não é capa de jornal ou foi aproveitado pela Bolha? Porque será?
O Karma é lixado! Depois de tanta conversa de "invasões de campo" e de "tentativas de ganhar 3 pontos na secretaria", eis que tudo "o vento" levou: a primeira derrota no campeonato vem pelas mãos... do Estoril. Ain't that a bitch! Calam-se os arautos da moral, de inversa proporção à sua altura, e tudo volta ao normal. Porque a verdade o afã de ataque àquela vergonha que se passou na Amoreira connosco, era só uma questão da vertigem da liderança. Um absurdo, que espero que tenha terminado com esta lição irónica. Porque eu estou feliz que nada tenha acontecido na bancada Norte. E isso é muito mais importante que um campeonato!
Uma coisa é certa, como bem aponta aqui o meu caríssimo Bala Dragão: se o VAR fizesse a análise de uma forma correcta como fez hoje no jogo do Estoril-Sporting (muito bem Luís Ferreira), o FC Porto estaria com uma confortável almofada na caminhada para o título. Está na hora de ter acesso à análise JUSTA e SEM BENEFÍCIOS OU PREJUÍZOS. É tudo o que precisamos!
quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018
O Poder Está A Mudar De Mãos...
Vivem-se tempos de fim de ciclo, fim de festa, fim de paródia. Mesmo a capa mais dura do proteccionismo não é infalível, mesmo quando julgamos que temos as costas quentes, elas podem esfriar, se quem as protege, de repente, se sentir ele próprio desprotegido. A classe política está a começar a ficar envergonhada com a sua ligação ao benfas, e a protecção de que ainda gozam perto das instâncias desportivas - e que é cada vez menor - só ainda se processa porque le roi n'est pás aussi mort. Está, contudo, ligado à máquina, a ver os seus principais parceiros a deixá-lo sozinho, os seus mecanismos de que dispunha de uma forma quase automática, a desaparecerem à luz de um escrutínio que não controla.
O poder está vazio, mas o problema mantém-se. É um problema de fundo, que muitos confundem com a cor da camisola, mas que não é. É um problema de cultura, um problema da pequenez com que Portugal se vê a si mesmo. Portugal é, para grande parte da classe política e cultural, a capital e o resto é "a província". Dentro desta óbvia lógica, esvaziando-se um poder que não deveria ser de ninguém senão das próprias instituições, e que garantiria um Desporto ético, uma competitividade muito superior e, consequentemente, uma projecção muito maior da Liga e dos clubes seus integrantes, estamos a começar a ver esse poder a ser ocupado pela segunda natural escolha - a dos vizinhos da segunda circular, a aristocracia de Alvalade.
Já se sente o "respeitinho" de quem manda, nas não decisões, na equidade e maiorital justiça das decisões que todos reclamamos mas não temos, e que este quadro - que retirei do Do Porto Com Amor - bem demonstra. Nele, bem se vê o perfume de onde pára o Poder do futebol: Uns têm patente aquilo que estava a ser o escândalo até aqui - e que ainda pode durar um pouco mais. Outros têm a benção maior: a justiça e equanimidade das decisões. Houve falhas favoráveis ao Sporting, e contra também. Mas os mecanismos - VAR incluído - funcionaram com um cuidado quase comovente. É o respeitinho de que sabe que o pino está para cair, mas não sabe para que lado.
Por outro lado, uma coisa é certa - onde não vai estar, de certeza. Somos gozados e manipulados, somos a piada e o sorriso, somos o falhanço que se tenta demonstrar. Mas como não temos uma estrutura motivada nem organizada, que está velha e anacrónica, desfasada do seu tempo, que navega à vista e nem se interessa de ter representação nas reuniões importantes - à sobre o VAR foi o comentador António Perdigão, que nem se tem a certeza que não se esteja a aproveitar para um golpe de retorno à arbitragem - e que não pertence à estrutura do FC Porto e, por muito que nos queixemos, são queixas vazias e inócuas, porque não tem músculo nem consequência. Creio até que são meros lip service para apaziguar adeptos e treinador.
Após parcos tweets e imagens de circunstância, volta aquilo a que a SAD Portista nos habituou - o silêncio confuso, algures entre a incompetência e a indiferença. As reacções têm dia e hora marcada, o discurso é vazio e redondo, por não ter consequência. Não há energia. Haverá vontade? Não sei. Sei que ninguém reagiu a um Fontelas Gomes que nos recusou uma reunião de urgência, onde para lados mais rubros não falta tempo, nem se aponta o facto de haver uma relação bem próxima entre este e o futuro ungido todo-poderoso.
Se este viaja na segunda circular, só o fará porque não nos pusemos na sua frente. E isso é responsabilidade de quem não decide e não age no devido tempo!
Tempus fugit, senhores! Está na hora de se mexer!
terça-feira, 30 de janeiro de 2018
Análise Moreirense 0-0 FC Porto - A Vergonha de Uma Equipa Sem Gás
Equipa presa por arames, sem jogadores nucleares como Marcano e Danilo, sem cabeça e sem organização, mas mesmo assim sem a urgência que se exigia para poder deixar um dos rivais a quatro pontos e a liderança segura. Das duas uma, ou marcamos todos os golos na primeira parte do campeonato, ou vai ser um ano complicado porque estamos a dar um abafo que se esperava e temos de contar com a força dos reforços. Muita coisa para fazer, pouco tempo para isso. Há que voltar a ter energia e querer. Assim não vamos lá.
Alex Telles - Como é possível que aquele jogador que deveria estar mais estourado, consiga ainda ser quem mais quer e tenta? Não é por ele que não levamos os três pontos.
Paulinho - Ainda está meio perdido no campo, desapareceu a partir de um determinado momento, mas deu muita qualidade no último terço e falhou o golo por milímetros. O futuro da posição mais avançada do meio campo, certamente. Muito bem para primeira vez.
Sérgio Oliveira - Com mais velocidade do que um lento Óliver, entrou muito bem a dar mais velocidade e urgência. Deveria ter entrado mais cedo.
Centrais - Irreprensíveis a defender, poderosos pelo ar, com muito boa saída por Reyes, e com cortes providenciais. Não foi por eles que falhamos. Ainda para mais o Felipe levou mais um penaltizinho. Porque murros nos centrais do FC Porto pode ser.
Qual VAR? - Mais uma corrida, mais uma viagem. Murrinho mais do que claro na cara de Felipe. Siga para bingo. Terceiro golo decisivo seguido anulado, sem certezas. Agora, quando não rebentamos as equipas, não podemos ganhar, é? Nada de VAR. Nada! Mas, meus caros, esta é uma luta que se ganhar fora do campo. Quem é que está a lutar? Não vejo ninguém!
Apatia e ineficácia - Que lentidão de processos de Óliver e de Herrera (Já agora, Óliver, está na hora de dar cordinha às sapatilhas, estás a jogar duas velocidades abaixo da malta!), que falta de noção e critério no último terço. Soares, Aboubakar e Marega estiveram pavorosos, e não podemos falhar ocasiões claras! A urgência tem de vir de início e assim não dá. Mesmo assim, teríamos ganho 2-0!
Uma vez mais, tivemos nas mãos descolar e não o fizemos. Podemos perder a liderança. Está na hora de acordar.
quinta-feira, 25 de janeiro de 2018
Análise Sporting 0-0 FC Porto (4-3 g.p.) - Venceu Quem Menos Fez Por Isso
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Retirado do Twitter de Voluptama |
Jogo intenso, aguerrido, nada bonito mas viril, onde mostramos a nossa claríssima superioridade, uma vez mais, frente à segunda equipa a jogar melhor futebol em Portugal, mesmo sem o nosso esteio do meio campo e com uma solução improvisada. Começou bem o Sporting mas, curiosamente, depois da saída de Danilo, foi-se também o ascendente, porque o FC Porto tomou conta do jogo e teve uma mão cheia de ocasiões de golo. Um entrou. Mas não contou. Outra vez. E depois fomos para os penaltis. E aí, ganhou a experiência. Claro. Uns têm penalties jogo sim, jogo não. Outros não têm experiência. Por muito que se treine. Vamos descansar uma semana e atacar o que interessa. Porque era giro ganhar a Taça da Carica. Mas não mudava as nossas vidas. Saímos com a certeza de que temos equipa e que reagimos bem à adversidade. Mas ainda não estamos matadores. Temos de ser diferentes no Campeonato e na Taça de Portugal. Aí sim, há muito a ganhar. Vamos a notas.
Reacção à adversidade - Perdemos Danilo Pereira, por quanto tempo a esta hora não sei, mas curiosamente ganhamos força no meio campo. Porque? Porque Óliver, após uns minutos de entrar a frio, se ligou bem com um heróico e abnegado Herrera, que foi puxado para a sua "zona da selecção" - onde, insisto, ele está muito bem - e permitiu a perdularidade de um desobstinado Sérgio Oliveira, que decidiu pensar que era Casemiro e com isso anular as suas duas melhores qualidades: o seu passe vertical e o seu remate exterior. Apesar disso, como esteve bem defensivamente, ficou mais tempo do que necessário em campo. Mas o meio campo improvisado secou completamente a iniciativa de jogo do Sporting, que se viu obrigado a perder o controle que tinha e a tentar um jogo directo controlado pela defesa muito bem.
A Defesa - Quero começar por destacar um enorme Alex Telles, um jogador à Porto que é um orgulho para qualquer Portista. Que jogão magistral! Cortes providenciais, piscinas inteiras pelo corredor e boas combinações com Brahimi e Óliver, nada faltou ao bom do Alex, que é um exemplo de entrega e abnegação excelente. Também Marcano e Felipe estiveram num bom plano, providenciais cada um à sua maneira - estás a ver, Felipe, como quando estás concentrado és uma máquina? - e Ricardo Pereira teve até nos pés um golo que poderia perfeitamente ter dado a justa vitória ao FC Porto! E que dizer de Iker Casillas? Basta ver este tweet para entender um pouco melhor o que ganhamos em ter um guarda-redes com a tarimba de Iker em vez de um talentoso e esforçado Sá. Pode custar pontos. Nos penaltis nada mais poderia fazer. Por mim, continuava.
Marega - Lutou bem defensivamente, foi um dinamizador do ataque, embora perdulário na decisão final - ver FALTAS - e só ia sendo parado por um Coentrão que deveria ter sido expulso aí umas cinco ou seis vezes. A disponibilidade de Maregod é comovente e inspiradora. Se ao menos acertasse com os grandes um décimo do que acerta com os pequenos....
aVARias - Se há uma coisa que demonstra claramente o estado do futebol português é o lance que ilustra o post. Aqui se mostra que Soares está em linha com Coentrão no lance do golo que nos foi anulado pelo senhor Artur Soares Dias, outra vez "exímio" contra nós e silencioso em tudo o que nos favorecesse. Sem a linha - a imagem da RTP não tinha linhas (porque será? Estamos nos anos 90?) - poderia até ser duvidoso. Agora, a regra manda que o VAR só pode anular o golo quando o fora de jogo é inequívoco. E tudo isto decidido em menos de um minuto! Fantástico! In dubio, FC Porto adversus. Foi tão mau, tão mau, que até fez da arbitragem do Ferrari Vermelho Nuno Almeida algo de decente. Além disso, os insultos racistas, filmados em grande plano, de Coentrão a Marega, noutras ligas, dariam um vermelho directo - que ele fez por merecer várias vezes por lances de bola corrida - e uma sanção exemplar. Aqui, na República das Bananas, siga.
Estaleca - É isto, meus amigos. Marega, Aboubakar, Sérgio Oliveira, Ricardo Pereira, Soares. Cada um deles lutou bravamente, e entregou-se ao jogo. Cada um deles teve bons pormenores e boas ocasiões para sentenciar um jogo que merecíamos ter vencido. Mas na hora da decisão final, veio a ansiedade, a pressa, a visão de túnel, a fraca escolha. Autoestima? Medo? Ansiedade? Não sei. Sei que isso não se passou contra o Mónaco nem o Leipzig. A melhorar, urgentemente. Neste estilo de jogos, cinco boas ocasiões têm de dar, pelo menos, dois golos. Criação de pólvora seca só leva à frustração.
Por último, o que se passa no corpo dirigente do FC Porto? Então temos um analista de arbitragem - que nos representou na reunião da Liga para o VAR - que contraria o bom e oportuno discurdo do Presidente Pinto da Costa, ainda por cima à mesma hora? Então temos um director de Comunicação que contraria totalmente o que o treinador está a dizer , à mesma hora, na conferência de imprensa?! É certo que não temos cartilhas, mas que tal, pelo menos, conhecer a posição uns dos outros, para não dar ideia de um barco à deriva? É só uma ideia!
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