domingo, 12 de agosto de 2018

Análise FC Porto 5-0 GD Chaves - Ópera à lá Conceição

Dragão escancara 'portas' do Desp. Chaves no início da defesa do título

Foram cinco, poderiam ter sido, à vontade, dez. A qualidade da exibição de ontem foi tal que abafou completamente o sexta classificado da última liga NOS. Saiu tudo bem, numa espécie de dança de futebol onde a classe, a fluidez e a critividade andaram todas de mãos dadas. Foi um belíssimo cartão de visita para o que aí vem. Este é o caminho, onde o colectivo ultrapassa em larga margem o individual e onde os destaques individuais, dada a qualidade geral, são injustos. Estão todos de parabéns. Que assim continuem.


Intensidade - A garra desta equipa de Conceição é incrível. Estavam 5-0 no marcador, o relógio estava nos 92, e ainda se procurava (quase) com a mesma fome o sexto golo. Quando é assim, naturalmente se pressiona cada bola, se recupera em pouco tempo, se abafa o jogo e se domina por completo. Mesmo que a eficácia não seja total, só com muito azar o golo não surgirá. E surgiu, de múltiplas formas, de múltiplas combinações, como se a própria vida disso dependesse.

Critério e Diversidade - Pelos corredores, jogo interior, de posse, vertical, corrido, pausado, vimos um pouco de tudo neste jogo. E com sabedoria, nos momentos certos, o que não poderia fazer outra coisa senão deixar a defesa flaviense completamente à nora. Já se passou o correbol, agora é futebol criterioso, com a intensidade e a modulação al dente. Gosto.

Todos Um. - Outros podem até usá-lo como lema, escrito no seu emblema, mas o Futebol Clube do Porto de ontem demonstrou-o no seu esplendor. Sim, claro que todos ficamos maravilhados com os golos de Brahimi e Corona, mas a verdade é que a palavra "colectivo" é a única que conta. Ninguém é astro, ninguém se superioriza e não há azias e grupos. Todos ficam felizes com a sorte e os golos dos companheiros, todos celebram e se entre-ajudam, procuram assistir e encontrar o companheiro melhor colocado, sem se aborrecer com a ocasional iniciativa individual. Este é o verdadeiro significado da palavra equipa.


Um Ferrari todo rebentado - Esta imagem em baixo é bem ilustrativa da incompetência da arbitragem de ontem - desta vez não creio nas inclinações ostensivas. Mas ir rever ao VAR um óbvio vermelho e ignorar o penalti ostensivo sobre Otávio diz tudo sobre a qualidade dos padrecos Nuno Almeida e Vasco Santos. Se a inclinação não é propositada, a incompetência é gritante. É de estar atento à nota.

 
 Notas finais - Meu caro Marega, ontem tiveste uma bonita lição sobre a relatividade da importância. Queremos ver-te comprometido e de volta à equipa, mas é fundamental que saibas, de uma vez por todas, que o FC Porto é superior a qualquer nome! Agora, correr no treino de terça feira para entrares bem no Restelo. Ou no Jamor. Ou no meio do Eixo Norte-Sul. Onde quer que seja o jogo.

Creio que as palavras de Pinto da Costa foram mal interpretadas. Falta-nos um defesa esquerdo de raiz, mas ontem pudemos ver que vamos ter um belo berbicacho no meio campo. Quando voltar Danilo Pereira, quem sai? E em termos profundidade de plantel, vejamos: à parte do onze de ontem, teremos um banco com Vaná, Mbemba, Militão, Danilo, Óliver, Corona e Soares. É mau? E ainda temos João Pedro, Chidozie, Adrián, Hernâni, Bruno Costa e Marius, mais todos os B, de opções. Não chega? Dá que pensar, não dá?

segunda-feira, 6 de agosto de 2018

Análise Supertaça Cândido de Oliveira - FC Porto 3-1 CD Aves) - Vencendo o Polvo, a Supertaça é Nossa!


De volta às escritas aqui pelo blogue, saúdo os leitores do Porto Universal, esperando que tenham tido as melhores férias - ou ainda as tenham, se for caso disso. Estou de regresso, em maior ritmo sempre pelo Twitter e pelo Facebook do Porto Universal, e por aqui sempre que o tamanho e importância o justificar.

Ganhamos a Supertaça com muita justiça, abafando em crescendo um Aves rasgadinho, que se permitiu ser assim por um inacreditável árbitro que até assistiu para golo (ver notas) e também porque o modelo de Sérgio Conceição está coxo sem Marega e a sua profundidade. Ainda assim, a equipa foi-se colando à força da garra de Maxi, Felipe, Herrera e Casillas enquanto a equipa se tentava reorganizar em torno do que tinha e do que perdera com a saída prematura de Brahimi. Na segunda parte houve vontade, Maxi, raça, Maxi, e mais atitude. E Maxi. Herrera cresceu, orientou-se, subiu, levou pancada, expulsou o seu próprio treinador, parece, e Maxi, junto com um Otávio mais alegre e soltou, resolveram. Depois entrou Óliver para o lugar de um inexistente Sérgio Oliveira e reorganizou o baralho, e fez uma assistência magistral para o endiabrado Corona dar o xeque-mate. Levamos a Supertaça para o Dragão com muita justiça. E mais molusco. Ao qual não podemos estar habituados.


A Capitania a capitanear - Primeiro excelente sinal do FC Porto de 2018/19 - a Capitania leva o barco se ele se desviar da rota. Não foi muito difícil ver Herrera a colar o fio de jogo quando mais ninguém o fazia, Felipe a ser imperial na defesa e a lançar a profundidade quando ela era pedida, Brahimi, nos parcos minutos que jogou, a ir por ali fora, num dos seus habituais rasgos de génio e principalmente Maxi a superar-se a si mesmo, com os seus lindos 34, a bater aquele corredor como se não houvesse amanhã. A bela combinação com Otávio deu-lhe o golo que ele merecia e a vantagem que merecíamos. Assim devem ser os Capitães de equipa. E quanto àquele que é, indubitavelmente, o LÍDER desta equipa, Casillas, no momento em que tudo se desorganizava, chamou as tropas, deu-lhes as ordens em pleno campo, como só alguém com aquele estatuto pode fazer. Não tem, inexplicavelmente, a braçadeira - pode ser que não a queira, por não dela precisar - mas o verdadeiro patrão está ali.

Hambre, hambre, dáme-lo, dáme-lo, el queso - Jesus Corona disse mais uma vez presente e foi o génio quando o outro não pode estar. A euforia com que festejou o golo mais que merecido e que deu o golpe de misericórdia no jogo, diz tudo do seu compromisso e vontade. Que assim permaneça ao longo da época. Precisamos bem do melhor Corona. E merecemo-lo!

Óliver - Felizmente não estou sozinho ao dizer que Óliver está a merecer bem mais do que tem tido esta época. Entrou algo a medo? Pudera! Leva a equipa às costas na pré-época? Banco! Faz uma joga extraordinária contra o Newcastle? Banco! Mesmo assim, mal se acomodou, em parcos 3, 4 minutos, tomou mais uma vez conta do jogo - isto depois de estar mais de 40 minutos a aquecer! - reorganizou as peças todas, deu a liberdade a Herrera que este merece e fez aquilo que veio ao FC Porto para fazer: uma assistência de génio para o golo da vitória! Porque é que, nesta altura, é preterido por Sérgio Oliveira? Não faço ideia.


Godinho, Esteves & Associados - Que bela arbitragem molusca, sim senhor! Depois de termos visto no Mundial, ao fim de certo tempo, uma boa e criteriosa utilização do sistema VAR, eis que voltamos à terrinha para ver um claro lance para vermelho dar direito a um amarelo a... Sérgio Oliveira! Com o plus de Sérgio Conceição ter sido expulso por, mui justamente, se ter passado da marmita, quando via o seu Capitão a ser enfaixado por ter aberto a cabeça sem que nada tivesse ocorrido! Se havia dúvidas sobre o que nos espera este ano, estão desfeitas agora. Quatro pessoas não quiseram ver o óbvio. A vergonha vai continuar! E nós, que remédio, vamos continuar a protestar, mas vamos contra ele a todo o gás! Podem tentar mas não nos vão vencer!


A vergonha da desumanidade - O senhor António Lourenço e o seu belo trompete são parte da Mística deste Clube. Há 36 anos que acompanha o Clube para o todo o lado e os seus 2 a 4 compassos das nossas melodias-chave que entrecortam o ar a espaços fazem parte daquilo que é o perfume do Futebol Clube do Porto. Impedi-lo de entrar com o seu trompete - duvido que tenha sequer visto o jogo! - é das coisas mais absurdamente parvas que já vi em toda a minha vida. Agora a segurança dos estádios pensa que o senhor Lourenço vai o quê? Atirar o trompete pelo ar? Tenham juízo para pensar, senhores! Isto é revoltante! Vão ganhar o quê? A medalha do Mais Papista Que o Papismo? Tenham vergonha! É verdadeiramente assustador quando as "ordens" são justificação para as coisas mais nojentas! Já agora, como justifica a segurança então que se tenham visto tochas no relvado, ouvido petardos e, principalmente, o rufar de uma tarola e o bater de dois timbalões no lado do Aves e o habitual timbalão surdo do lado dos SuperDragões? É preconceito contra o trompete? Nojento!

Para terminar, a festa da Taça não fica completa sem antes dizer do magnífico dia que tive acompanhado dos meus irmãos em Cavani, Silva e Bertocchini, com quem tive o prazer de passar o dia e ver o jogo no Estádio, e o pós-match dos meus queridos amigos Lima, Bala Dragão e Zé Pedro. Fantástico! Portismo é isto! Muito mais que uma Taça! Obrigado!

sexta-feira, 6 de julho de 2018

De Volta... Penso Eu de Que..

É verdade, parece que o senhor Zuckerberg voltou a ser simpático aqui com o tasco. Durante estas férias, não há porque fazer posts grandes - a não ser que algo o justifique - por isso, volto a convidar os leitores para fazerem o seu GOSTO na nova Página - penso que final -  de Facebook do Porto Universal, aqui, onde vou estar a fazer os meus micro/mini posts de Verão. Também podem acompanhar o nosso Twitter aqui, conforme a vossa preferência. 

De qualquer forma, todas as redes sociais, com o seu link actualizado, estão no canto superior direito desta página.

Uma vez mais, repito: esta página de Facebook teve de ser criada de raiz, por isso repitam o vosso GOSTO na dita. 

Obrigado!

sexta-feira, 8 de junho de 2018

O Secretário do Kumbaya


Ontem, o Secretário de Estado do Desporto, JP Mirtilo Rebelo,  prestou estas ridículas declarações onde, ao contrário do caso do Sporting, insistiu em ser vago no melhor sofisma político, falando em intenções de Paz, Amor e Harmonia, a cantar e dar aos mãos à volta da fogueira, como o Kumbaya. 

Relembremos, pois, que JP deu os parabéns a tudo o que era emblema pelas suas conquistas, tudo o que era jogador(a) nas suas modalidades menos ao FC Porto, campeão nacional da modalidade mais importante da nação portuguesa.

Que venha agora pôr o corpo fora, alegando que está a ser criado mais um conjunto de leis para resolver este problema, como se de uma varinha mágica se tratasse, é como acreditar nas criaturas mitológicas da imagem em cima. Ou então, é de uma sem-vergonhice sem nome, um asco absurdo. Ainda não consegui decidir qual é o caso. Mas será sempre a Hipocrisia no seu melhor.

Outro JP, desta vez, João Pedro, assinou por 5 épocas, tendo custado modestos 4M. A seu tempo se verá se é uma boa compra, mas tenho a certeza que estará de acordo com a vontade de Sérgio Conceição, que garantiu estar incluído neste processo de decisão.

Já agora, não quero deixar de dizer, para aqueles que agora passam a vida a queixar-se das vendas de Ricardo e de Dalot, que Danilo Luiz desejou a João Pedro  "Boa sorte no Mágico". É verdade, Danilo Luiz, titular do Escrete, jogador do Manchester City de Guardiola, continua a pensar e a Sentir Porto. Esse mesmo Danilo que se despediu, em lágrimas, de camisola despida mas com a braçadeira de Capitão sempre no braço, debaixo de um vil e indigno coro de assobios e com um boicote de público e claque, que fez o favor de ignorar. 

O Porto Universal, porque é Universal e não só "dos nossos", dos "nossos meninos" com honras de autocarro mas que, em dois dias, já professa amor e alegria por estar no "maior clube do mundo" e se desdobra em posts, directos, entrevistas e tudo a um cento - e está no seu pleno direito, NADA de errado nisso!

Cumpre, de uma vez por todas, entender que ser Portista de Coração muito pouco tem a ver com berço, e que qualquer pessoa no mundo pode Amar o Azul e Branco, com paixão e dedicação. Para mim, não há diferenças.
Ah, e foram boas vendas de jogadores que, goste-se ou não, não queriam cá estar. É importante deixar-se de castas e saber que Portistas somos todos aqueles que Amamos o FC Porto, indepentemente da idade e geografia onde começamos a fazê-lo.