De volta às escritas aqui pelo blogue, saúdo os leitores do Porto Universal, esperando que tenham tido as melhores férias - ou ainda as tenham, se for caso disso. Estou de regresso, em maior ritmo sempre pelo Twitter e pelo Facebook do Porto Universal, e por aqui sempre que o tamanho e importância o justificar.
Ganhamos a Supertaça com muita justiça, abafando em crescendo um Aves rasgadinho, que se permitiu ser assim por um inacreditável árbitro que até assistiu para golo (ver notas) e também porque o modelo de Sérgio Conceição está coxo sem Marega e a sua profundidade. Ainda assim, a equipa foi-se colando à força da garra de Maxi, Felipe, Herrera e Casillas enquanto a equipa se tentava reorganizar em torno do que tinha e do que perdera com a saída prematura de Brahimi. Na segunda parte houve vontade, Maxi, raça, Maxi, e mais atitude. E Maxi. Herrera cresceu, orientou-se, subiu, levou pancada, expulsou o seu próprio treinador, parece, e Maxi, junto com um Otávio mais alegre e soltou, resolveram. Depois entrou Óliver para o lugar de um inexistente Sérgio Oliveira e reorganizou o baralho, e fez uma assistência magistral para o endiabrado Corona dar o xeque-mate. Levamos a Supertaça para o Dragão com muita justiça. E mais molusco. Ao qual não podemos estar habituados.
A Capitania a capitanear - Primeiro excelente sinal do FC Porto de 2018/19 - a Capitania leva o barco se ele se desviar da rota. Não foi muito difícil ver Herrera a colar o fio de jogo quando mais ninguém o fazia, Felipe a ser imperial na defesa e a lançar a profundidade quando ela era pedida, Brahimi, nos parcos minutos que jogou, a ir por ali fora, num dos seus habituais rasgos de génio e principalmente Maxi a superar-se a si mesmo, com os seus lindos 34, a bater aquele corredor como se não houvesse amanhã. A bela combinação com Otávio deu-lhe o golo que ele merecia e a vantagem que merecíamos. Assim devem ser os Capitães de equipa. E quanto àquele que é, indubitavelmente, o LÍDER desta equipa, Casillas, no momento em que tudo se desorganizava, chamou as tropas, deu-lhes as ordens em pleno campo, como só alguém com aquele estatuto pode fazer. Não tem, inexplicavelmente, a braçadeira - pode ser que não a queira, por não dela precisar - mas o verdadeiro patrão está ali.
Hambre, hambre, dáme-lo, dáme-lo, el queso - Jesus Corona disse mais uma vez presente e foi o génio quando o outro não pode estar. A euforia com que festejou o golo mais que merecido e que deu o golpe de misericórdia no jogo, diz tudo do seu compromisso e vontade. Que assim permaneça ao longo da época. Precisamos bem do melhor Corona. E merecemo-lo!
Óliver - Felizmente não estou sozinho ao dizer que Óliver está a merecer bem mais do que tem tido esta época. Entrou algo a medo? Pudera! Leva a equipa às costas na pré-época? Banco! Faz uma joga extraordinária contra o Newcastle? Banco! Mesmo assim, mal se acomodou, em parcos 3, 4 minutos, tomou mais uma vez conta do jogo - isto depois de estar mais de 40 minutos a aquecer! - reorganizou as peças todas, deu a liberdade a Herrera que este merece e fez aquilo que veio ao FC Porto para fazer: uma assistência de génio para o golo da vitória! Porque é que, nesta altura, é preterido por Sérgio Oliveira? Não faço ideia.
Godinho, Esteves & Associados - Que bela arbitragem molusca, sim senhor! Depois de termos visto no Mundial, ao fim de certo tempo, uma boa e criteriosa utilização do sistema VAR, eis que voltamos à terrinha para ver um claro lance para vermelho dar direito a um amarelo a... Sérgio Oliveira! Com o plus de Sérgio Conceição ter sido expulso por, mui justamente, se ter passado da marmita, quando via o seu Capitão a ser enfaixado por ter aberto a cabeça sem que nada tivesse ocorrido! Se havia dúvidas sobre o que nos espera este ano, estão desfeitas agora. Quatro pessoas não quiseram ver o óbvio. A vergonha vai continuar! E nós, que remédio, vamos continuar a protestar, mas vamos contra ele a todo o gás! Podem tentar mas não nos vão vencer!
A vergonha da desumanidade - O senhor António Lourenço e o seu belo trompete são parte da Mística deste Clube. Há 36 anos que acompanha o Clube para o todo o lado e os seus 2 a 4 compassos das nossas melodias-chave que entrecortam o ar a espaços fazem parte daquilo que é o perfume do Futebol Clube do Porto. Impedi-lo de entrar com o seu trompete - duvido que tenha sequer visto o jogo! - é das coisas mais absurdamente parvas que já vi em toda a minha vida. Agora a segurança dos estádios pensa que o senhor Lourenço vai o quê? Atirar o trompete pelo ar? Tenham juízo para pensar, senhores! Isto é revoltante! Vão ganhar o quê? A medalha do Mais Papista Que o Papismo? Tenham vergonha! É verdadeiramente assustador quando as "ordens" são justificação para as coisas mais nojentas! Já agora, como justifica a segurança então que se tenham visto tochas no relvado, ouvido petardos e, principalmente, o rufar de uma tarola e o bater de dois timbalões no lado do Aves e o habitual timbalão surdo do lado dos SuperDragões? É preconceito contra o trompete? Nojento!
Para terminar, a festa da Taça não fica completa sem antes dizer do magnífico dia que tive acompanhado dos meus irmãos em Cavani, Silva e Bertocchini, com quem tive o prazer de passar o dia e ver o jogo no Estádio, e o pós-match dos meus queridos amigos Lima, Bala Dragão e Zé Pedro. Fantástico! Portismo é isto! Muito mais que uma Taça! Obrigado!