segunda-feira, 11 de maio de 2015

Picar O Ponto


O jogo de ontem não foi diferente do que esperava, sinceramente. Entramos com a vontade de resolver, e aos 15 minutos já tínhamos mudado o sentido do jogo. E depois, abate-se sobre os jogadores aquilo que é a parte subconsciente que, no FC Porto, precede em muito Lopetegui e o sucederá. Transversalmente, desde Robson até hoje, o FC Porto, apanhando-se a vencer, relaxa sempre um pouco. Muito ou pouco, depende do rival.

Em boa verdade, um bom Quaresma, um excelente Danilo e uns esforçados Óliver e mais tarde Evandro, nunca deixaram de procurar o golo. Mas há o único ponto de interesse do subconsciente daqueles que, no fundo, já sabem que este campeonato está selado desde o início - o de fazer de Jackson o pichichi. Nesse sentido, não posso deixar de louvar a solidariedade entre colegas - ficou-lhes bem, especialmente a Quaresma, que chegou a perder o golo na cara do guarda redes para passar ao colega.

A história do jogo fica marcada pela intermitência entre bom e escorreito futebol e períodos em que se jogou literalmente a passo, algumas falhas de quem já não está cá e dois grandes golos. E assim se conseguiu a qualificação para a Champions League e o segundo lugar matemático, o que o zbordem também fez o favor de ajudar, com uma ridícula gestão de esforço para a Taça de Portugal. Se acontecesse isso no FC Porto, o abdicar da luta pelo segundo lugar para "poupar jogadores", caia o Carmo e a Trindade. Como não foi...

GOLOS

Quaresma - Para Quaresma a época não está terminada, nada está perdido. Uma atitude combativa, forte, determinada, sempre à procura de cruzar e altruisticamente ajudar o seu ponta de lança a chegar ao golo seguinte. Jogou todo o jogo com uma velocidade e querer impressionantes. Foi sem dúvida o MVP, no meu entender.

Jackson - Jackson é um caso de estudo. É capaz de, no mesmo jogo, falhar golos cantados e de marcar os golos mais bonitos. Mas a sua entrega ao jogo, a sua solidariedade e a sua ética em relação à equipa são uma coisa fantástica. Vai deixar saudades.

Óliver - Oliver tem uma coisa que faz muito: quando cai, roda sobre si mesmo com a bola e sai com ela dominada para o passe e/ou corrida seguinte. Fantástica entrega ao jogo, raça e atitude. Muito bem. Sei que dificilmente será nosso para o ano. Eu gostava que fosse.

FALTAS

Alex Sandro - Errático no ultimo passe em ataque, um desastre nos cruzamentos, com falhas defensivas graves e o passe errado da praxe. Quando não está, não está.

Brahimi -  Embora tenha lutado e tentado zonas mais interiores, a verdade é que o gás está a acabar-se-lhe aos 30, 35 minutos, e isso não pode ser. Até ser substituído, um poço de incertezas em forma de finta.

Herrera - Literalmente acabou-se-lhe a pilha. Está de rastos. Ainda tenta, mas tudo o que faz sai profundamente mal.

NOTA: Escreverei sobre a conferência de imprensa de Lopetegui e a faixa dos Super Dragões no próximo post.

3 comentários:

  1. Boa tarde Jorge. O seu post retrata perfeitamente o que foi o jogo, sem tirar nem por. Enquanto matematicamente for possível, sonhemos!!

    Tivesse a nossa estrutura diretiva a mesma gana e clarividência do nosso mister perante as afrontas que surgem de todo o lado, e estaríamos se calhar numa outra posição, condizente com a nossa época. Fiquei deliciado a ouvir o mister falar, se dúvidas ainda houvesse, este é claramente dos "nossos"!!

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  2. Caro Jorge,
    Não foi um jogo brilhante, não sendo mau, mas foi um jogo em que o FC Porto dominou, controlou, venceu, e podia ter marcado mais.

    Cumprimentos

    Ana Andrade

    www.portistaacemporcento.blogspot.com

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  3. Mais uma vez Quaresma e mais nada. Não jogamos a ponta dum .... mas que interessa isso. O importante é ouBir falar o tolinho do treinador.
    Zé D'amura

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