Eita, oxénti, vixmaínha, Jesuís. Não, num é esse. Não, também não é o outro. É um terceiro, o figurado. Numa tarde de destilaria de 46 mil almas, em que todos suamos mais que uma sauna de gajos de Wall Street, fartei-me de lembrar do Asa Branca. Ou deste, que também é fixe, e tem uma cabeça falante. Quí brazêro, Qui fórnálha! Perguntei-me como raio se ia jogar nesta tosta. Sim, como a do Dave, o Bárbaro. E sim, o resultado não foi espectacular. Nem poderia.
Uma entrada confusa, especialmente para Marcano, Óliver, Brahimi e Corona, deu numa toada crescente a partir dos dez minutos, que durou até aos 2-0 de rajada. A partir daí, o subconsciente disse "eh, pá, ooou, já chega qu'sto já está"! Não estava, nem pouco mais ou menos, e o Moreirense tentou fazer o que lhe competia - aproveitar o espaço e o desacerto.
O segundo tempo, já sem um Brahimi condicionado (Sérgio, se eles não estão a 100% vamos não arriscar, ok? É que profundidade é coisa que não temos!) e com um Otávio no modo "próndéquieuvou meismo?" a coisa agudizou-se, aqui e ali com bons momentos - num dos quais o golo de Aboubakar que sentenciou o jogo e lhe deu o primeiro hat-trick - a verdade é que a segunda parte foi um reflexo do clima: lenta, pastosa e desligada.
Valeu neste jogo, isso sim, um Abou na sua versão Rei Bakar: a temporizar, a criar linhas de passe, a procurar jogo, a marcar. E um Marega muito melhor do que lhe pintam, a centímetros de marcar. E um Alex Telles a varrer o corredor que era uma maravilha. Todos os outros, já vi fazer mais e melhor. Aqui e alí com bons momentos não chega.
Esperam-se melhores dias. Para a semana vem aí um adversário mais forte. E com um orçamento mais em conta. Há que ser o melhor FC Porto - aquele que já vimos este ano. Há que ter a certeza que vai ser muito complicado... e inclinado. No entanto, sem 40º à sombra.