Sempre gostei do nosso FC Porto desde que me conheço. No entanto, nunca tive o mais pequenino jeitinho para jogar à bola. Mas tive, durante toda a minha adolescência, uma bola como companheira - a de basket. Joguei basket qualquer coisa como 15 anos. Para lá de Rui Barros, André ou Baía, tinha outros dois ídolos - Kareem Abdul-Jabbar e Earvin "Magic" Johnson. Os Lakers eram, para mim, uma loucura quase tão grande como o FC Porto. E como eu sempre "adorei" o vermelho, do outro lado estavam os meus inimigos, os meus rivais, Michael "Air" Jordan e Scottie Pippen. Não podia ouvir que o Jordan era o melhor, ver tanta gente a tentar fazer afundanços e lançamentos na passada com, a língua de fora, o trademark de Jordan. Magic é que era, o Magic que fazia passes sem olhar, o Magic que jogava e fazia jogar como nenhum outro. Um era egoista, o outro jogava para a equipa. E eu sempre gostei de team players. E mais ainda dos ganchos de triplo do Kareem que, com muito treino, consegui emular.
Serve esta introdução para dizer que, se me dissessem que iria haver uma altura em que nem Lakers nem os Bulls iriam ao play-offs, não acreditaria. Para tudo há um tempo, um ciclo, uma fase. No entanto, este binómio fez a hegemonia no basket.
Mesmo perdendo um ano de andebol - mas perdido e gamado, como bem o Miguel Lima lembra aqui - o facto é que são sete campeonatos seguidos. Vai ser preciso muito para que qualquer equipa possa repetir essa proeza. Como é verdade que, no reinado de Pinto da Costa, a nossa hegemonia no futebol é evidente, e não se vai apagar com curtos períodos de seca. Como o decacampeonato de hóquei.
Tudo na Natureza tende a um equilíbrio, mas o domínio de uma entidade é visível de cima e não na espuma dos dias. E as hegemonias das principais modalidades são nossas. Não há outra conversa possível.
Este ano é um resultante do adormecer à sombra da bananeira. Foi um cartão amarelo. Arrepiando caminho, do basket ao andebol, do futebol ao hóquei, retomaremos o nosso caminho hegemónico. Sim, porque hegemonias não se escolhem à lá carte, são visíveis do espaço. Está na hora de REAGIR.
Possa o próximo quadriénio tornar-nos ainda mais hegemónicos.
Quanto ao basket eu era dos Seattle Supersonics, pois idolatrava o Gary Payton e o Shawn Kemp e lembro-me de ficar muito chateado quando perdemos a final contra os Bulls, quanto a hegemonias concordo consigo não é por perdermos uns anos que deixamos de a ter, apesar da comunicação social dar a entender o contrário, abraço.
ResponderEliminarJoão Moreira
Michael Jordan no Olimpo, logo a seguir Larry Bird, Moses Malone,Magic Johnson,Isiah Thomas, Joe Dumars, Laimbeer, D. Rodman (pois claro), Drexler, Pippen, Carl Malone ( o carteiro).... ena tantos astros.
ResponderEliminarHegemonias? Como tudo na vida, nem sempre nem nunca. A vantagem disto é, se formos inteligentes, reconhecer erros, assumindo as nossas incompetência. No caso do andebol parece-me ter existido alguma deficiência no planeanento da preparação física para a época, só pode, pois o que fizemos até Novembro confirmou a capacidade da equipa. Depois vieram as paragens que foram muitas e o inimigo, além de ter competido mais, reforçou-se a tempo de poder aparecer em melhores condições técnicas, fisicas e, claro, se a isso juntarmos a vontade da arbitragem em cumprir ordens vindas do outro lado, então temos uma mistura verdadeiramente explosiva.
ResponderEliminarEste ano para nós está a ser penoso, embora ainda falte o basquetebol, espero que aprendamos alguma coisa com isto.
ResponderEliminar@ Jorge
'muito obrigado!' pela referência :)
afinal e para lá de (algumas) bandas, sobretudo em termos de bateria, eis mais uma diferença: his 'airness' forever :) e aquela Dream Team dos Bulls de Chicago, ficará para sempre na minha memória. grandes noitadas a ver o tetra :)
abr@ço forte
Miguel | Tomo III
Anos maus acontecem, agora o importante é como se consegue erguer depois da queda. E como no Porto não existe a palavra desistir, estou confiante que para o ano estaremos novamente no topo. Só temos que deixar de dar tiros nos pés e remar todos para o mesmo lado.
ResponderEliminarAbraços
Peço desculpa de ser do contra mas a única coisa vermelho que gosto é dos bulls, cresci a admirar sir airness, pippen e kukoc.
ResponderEliminarQuanto há hegemonia temos de ajudar e apoiar o clube para voltar-mos as conquistas.
Miguel S
Ao contrário do Jorge, eu agora estou apaixonado |menos, que pelo FC Porto óbvio| pelo desporto automóvel, principalmente pelo de resistência.
ResponderEliminarE sempre que vem o fim-semana das 24H Le Mans, eu fico deliciado pela luta que existe recentemente, entre duas marcas que têm a sua hegemonia bem patente.
Audi a hegemonia recente, e a Porsche hegemonia dos anos 80.
Portanto, para além da magia de Le Mans, existe esta luta agora que dá um elã ainda maior a corrida.
O carro que apoio é o Audi de Lotterer, Fassler e Tréluyer, a equipa maravilha da resistência.
Quanto a Hegemonias não faz mak fazer uma "pausa" para que se possa reconstruir outra.
Embora nesta semi-final de play-offs, fomos escandalosamente roubados.
Arbitragens já com o "papel bem encenado".
A juntar também à nossa inconsistência fica todo o caldo entornado.
Abraços.