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segunda-feira, 20 de junho de 2016

Para Tudo Há Um Tempo

Helton Arruda é um dos símbolos do FC Porto, uma pessoa apreciada por todos, afável, amigo e acessível. Não acredito que haja alguém tão consensual e respeitado no FC Porto com Helton. Creio que todos os Portistas, sem excepção, ficaram radiantes e esperançosos ao ver o Helton em grande forma, há dois anos, naquele infame jogo da Taça da Liga com o Sporting de Braga em que ele foi absolutamente gigante. 

No entanto, há coisas que são, para mim, absurdas. Depois de um "Eternamente grato 1993-2014" que nunca chegou a explicar e uma críptica entrevista no início da época passada, vai-se repetindo este ano um folhetim, hoje transcrito n'O Jogo, que começa a cansar. Aos 38 anos e 12 de casa e como indiscutível Capitão, não tenho a mais pequena dúvida que Helton tem um ímpar acesso à SAD e ao seu corpo dirigente, inclusive ao Presidente, e não vejo estas declarações senão como uma inaceitável forma de pressão pública que, em qualquer outro atleta, seriam repudiadas vivamente por todos os adeptos Portistas! E o facto de se estar a tornar recorrente ainda torna tudo pior!

Quererá Helton voltar a ser suplente de Iker Casillas? Para quê? Para voltar a jogar novamente nas Taças? O resultado está à vista, e não acredito que fosse por falta de qualidade, mas sim de regularidade. Não duvido minimamente que Helton tenha o lugar que me merece na Estrutura do FC Porto, mas a sua continuidade só fará sentido se for para ser, de facto, opção. Se for para continuar no banco, não estará a fazer mais do que tapar a evolução natural das coisas, com José Sá (um excelente guarda-redes!), Raul Gudiño e João "Andorinha" Costa na calha para a sucessão. 

Seja como for, este estilo de pressão pública não é uma forma digna de um Capitão proceder, ainda mais no FC Porto! As questões contratuais resolvem-se intraportas e não em praça pública! E, se uma vez é muito, duas é demais, três é moléstia! 

Evidentemente, Helton será, certamente, muito útil ao FC Porto de variadíssimas formas. A sua simpatia, acessibilidade e bom trato, para lá de inequívoco Portismo, poderão e deverão ser aproveitadas pelo FC Porto. E sê-lo-ão certamente. Mas chega de novela e folhetim. Espero que os próximos dias sejam esclarecedores e que se acabe de vez toda a especulação. Mas espero, sinceramente, que esta não se torne uma prática corrente no FC Porto. O que é interno, interno deve ser!

Começo, também, a ficar farto dos Guardiões da Mística e das suas tretas. Agora foi a vez de Carlos Secretário vir dizer "é impossível o FC Porto voltar a ter a mística que tinha". Pois, Secretário, não voltará a ter a mística que tinha! Terá uma nova!  Confesso-me cansado deste discurso da treta. Mas foram sempre grandes jogos e goleadas pelo caminho?  Quem dá o direito a estes ex-jogadores de falar assim de uma equipa que ainda nem começou a treinar? E se estes limparem tudo? E se estes forem hexacampeões? Fará algum sentido esse discurso? E em que é que ajuda o FC Porto a voltar ao seu lugar natural? "Desistam, nunca mais vão chegar lá" é conversa de egocêntrico, não de Portista...

Como diria Pete Seeger, quando nos anos 60 compôs o mítico "Turn, Turn, Turn" - aqui na fantástica versão dos The Byrds - baseado no Livro de Eclesiastes:

"To everything
 There is a season,
 And a Time to every purpose,
 Under Heaven"

Ou, na sua conhecida tradução:

"Para tudo há um tempo, para cada coisa há um momento debaixo dos céus"

É tempo de dar tempo a um novo tempo.

Nesse sentido, é com incontida felicidade que vimos ontem o FC Porto ganhar a sua 15ª Taça de Portugal, vencendo os coisinhos por 4-2. Edo Bosh,  também ele uma referência, chega ao fim do seu ciclo no FC Porto de uma forma espetacular, com um enorme jogo e uma atitude extremamente digna.Mas assim se vê que, depois de um período de readaptação mais do que natura, temos um FC Porto de novo preparado para grandes feitos. 

Assim, sempre, a renascer de Azul e Branco!  Assim, eternamente, sempre diferente e, esperemos, sempre melhor!

Obrigado Edo, serás sempre e para sempre um dos nossos!

domingo, 7 de fevereiro de 2016

Antevisão FC Porto - Arouca (21ª Jornada)


Aproveitando a boa onda de confiança e elevada moral da equipa, vimos um Peseiro tranquilo e peremptório na conferência de antevisão da partida. Diz ele que só vai pensar no jogo de amanhã. Concordo. Com tudo o que se vai passando na liga, como a vergonha de sexta-feira, é cada vez mais importante considerar estes jogos como de entrega absoluta, mas a valerem cada um por sí próprio, como uma "pré-época", com a esperança de se conseguir fazer algo mais.

Desculpem-me os leitores, mas a vergonha que se passa este ano, num #colinho 2.0 tremendo, deixa-me céptico sobre as reais possibilidades de conseguirmos o campeonato. Não se trata do valor individual ou colectivo do FC Porto, mas sim de jogar com ângulos de inclinação muito elevados.

Se a entrega dos jogadores for a mesma, com a natural vitória, serei um Portista satisfeito. Consigamos ou não o título, ter um FC Porto à Porto já me deixa feliz. O resto, não depende deles.

Helton e Casillas (guarda-redes); Martins Indi, Maicon, Rúben Neves, Varela, Brahimi, Aboubakar, Marega, Sérgio Oliveira, José Ángel, Herrera, Corona, André André, Miguel Layún, Danilo, Suk e Chidozie.

(4x2x3x1): Casillas; Layún, Maicon, Indi, Ángel; Danilo, Herrera; Corona, André André, Brahimi; Aboubakar;


Esta é a imagem  do "acidente" que provocou a lesão de Suk. Felizmente, o coreano está recuperado, mas vamos continuando, dia após dia, a ser atropelados por quem já não nos respeita e faz questão de nos humilhar. Esta é a razão pela qual estou céptico na nossa conquista do campeonato. Jogamos sempre contra 14. E não deveríamos jogar.

O FC Porto continua a orgulhar-nos nas modalidades. O Andebol deu 35-25 ao Passos Manuel, e ficaram invictos em toda a fase regular. Este facto mostra bem o desespero que têm os responsável do andebol nacional, para terem de inventar um play-off injustíssimo. Mas o domínio é supremo, mesmo em jogos a feijões. Mas sobre isso, escreverá o Z, mais à frente.

O Basket (Basket, sim, cesto, Basquete não existe) venceu muito bem por 69-65, num quarto período ao sprint muito bem jogado pelos nossos jogadores.

E o Hóquei foi uma abada esperada, por 13-4, ao Berganze, embora o nosso Cabestany não tenha ficado feliz com os erros defensivos.

Bravo, rapazes!

 

domingo, 17 de maio de 2015

Agridoces Sentimentos e Contrariar o Desígnio Nacional


Os nossos Sub-19 são Campeões! Parabéns rapazes, vocês merecem! Ontem, num jogo impróprio para cardíacos, como já tinha acontecido no anterior, alternou-se entre sabedoria, raça e querer, com erros próprios do escalão. Mas emocionante e bem merecido. E o mais importante está lá, e bem patente: temos boa gente e profundamente Portista em crescimento, independentemente da nacionalidade. Valores como Ruiz, Moreira, Cassamá, Sérgio Ribeiro ou Chidozie são uns que serão o FC Porto à Porto. E para mim é a maior das vitórias.

À noite, o andebol mostrou o seu lado lunar, que aconteceu algumas vezes ao longo da época - uma primeira parte terrível, com uma defesa de papel e um ataque pavoroso. Alguma desconcentração ou aquela típica sensação de "está feito" que não chegou a tempo de ser compensada por uns 15 minutos finais a bom nível. Se jogarmos na quarta como jogamos os últimos 15 minutos, terminaremos a contenda em Odivelas. Já agora, dizer que petardos em pavilhões são selváticos e inadmissíveis, seja qual for a razão que os "justifique". Muito mal uma e outra claque, a interromper o ritmo de jogo e, principalmente, a pôr em risco a integridade física dos jogadores.

Não sou o maior admirador de hóquei do mundo, confesso, por isso não vi a despedida de Reinaldo Ventura. Fazendo fé nos comentários que li, terá sido uma despedida como a sua saída - curta e incompreensível. Pessoas com 20 anos de casa, com golo garantido e capitania assegurada, não deviam terminar a carreira noutro clube. Não é inédito, mas é indigno e demonstra o quanto se valoriza o atleta verdadeiramente Portista. Lamentável.


Ontem lá veio Marco Silva desmentir um absurdo. Curiosamente, fê-lo num tom indignado e agressivo para com os jornalistas. Mas este, sempre bem educado e polido, um "exemplo de comportamento", não ofende Portugal e os portugueses. Pois não. Não é do FC Porto. E depois lá vimos o seu presidente a querer o foco para dizer.... exactamente o mesmo. Sem tirar nem pôr. Enfim.

Paulo Miguel Castro disse-o no "90 minutos à Porto" e eu não o diria melhor: a taxa de juro vai descer, o crédito vai aumentar, as rendas vão baixar e o desemprego também. Tudo correrá bem e tudo será felicidade no próximo ano. Já se fala em "jogadores tetra" e por aí em diante e o orgasmo colectivo aí virá. Ou não. Não interessa. Pouco resta ao FC Porto agora, senão manter o seu orgulho intacto e ficar ao mínimo número de pontos de distância possível, assim demonstrando que não ganhamos por circunstâncias externas.

Peço desculpa pela minha falta de fé, mas embora acredite ser possível que o Guimarães adie as contas, acho tão provável que o Guardanapo ganhe ao benfas como a Paz Mundial. Este campeonato foi entregue na quarta jornada. Saúdo, pois, e sei que serei o único, a convocatória de Adrián e uma última oportunidade que este mostre se vale a pena ficar com ele. Eu ainda acredito que sim. E é como especial satisfação que vejo aquele que, para mim, será o futuro Capitão Portista, no 11 inicial. Contigo até ao fim, tu és o nosso Amor.

Convocados:  Helton e Andrés Fernández (guarda-redes); Danilo, Martins Indi, Maicon, Quaresma, Brahimi, Jackson Martínez, Quintero, Reyes, Evandro, Herrera, Hernâni, Adrián López, Alex Sandro, Óliver Torres, Rúben Neves e Aboubakar.

O meu onze provável (4x3x3): Helton; Danilo, Maicon, Indi, Alex Sandro; Rúben Neves, Herrera, Óliver; Quaresma, Jackson, Brahimi;

Já agora, depois digam que nós é que somos os arruaceiros, os violentos, os insurrectos. Digam que nós é que somos baixos, que os Super e o Colectivo é que são "gangues". Digam tudo isso, mas lembrem-se bem desta imagem e da sua provocação, para memória futura. E depois digam que não avisamos.