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quinta-feira, 12 de outubro de 2017

O Meu Coração Volta a Bater


Estamos de volta à bola rolando sobre a relva, e volta a minha vontade de fazer posts. Desde já, começo por agradecer a quem visita este espaço, mas estou cada vez com mais vontade de falar dos meus e menos vontade de fazer dos outros. Certamente que os assuntos são graves, mas há muitas frentes de batalha - como o excelente Batalha 1893, no qual me revejo completamente - e blogs de indefectíveis amigos, como o caso do Vila Pouca, que nunca deixam de, fervorosamente, comentar todos os assuntos extra FC Porto com a mesma cadência e discurso que eu teria, por isso, ao lê-los, subscrevendo-os, sobra pouco espaço - e relevância - para fazer o mesmo de maneira aproximada.

Estou, sim, cheio de vontade de ver os meus miúdos de volta com o Lusitano de Évora. Em mais uma excelente conferência de imprensa, bem ao seu estilo, Sérgio Conceição também já disse tudo, mas aqui não me importo de repetir: a única forma de respeitar um adversário é tratá-lo como qualquer outro. Para os eborenses será, sem dúvida, o jogo da sua vida, e vão dar tudo o que têm para seguir em frente, e qualquer atitude que não seja a de encarar o jogo de igual competente forma poderá ser um desastre. A Taça de Portugal tem um contexto histórico importante, seria um título muito relevante no nosso palmarés, e deve ser encarada da forma séria com que todos os Portistas a vêem. Não duvido que assim seja.

Dadas as circunstâncias da chegada tardia das selecções por parte dos mexicanos - ver a conferência de imprensa - e de Maxi só ter chegado de tarde, avistam-se muitas alterações, mas acredito que jogarão aqueles que, fazendo parte das opções regulares, estão parados há quinze dias e precisam de rodagem. Uma péssima notícia é a de nova lesão de Soares, que nos retira novamente opções cruciais numa posição onde já não abundavam. No entanto, a renovação de Aboubakar, ainda para mais nos moldes em que ocorre, só pode encher um coração Portista de esperança e felicidade. Abou comprometido e motivado é uma máquina goleadora. 


Fernando Gomes confirmou-o hoje - cumprimos o fair play financeiro. Fizemo-lo, naturalmente, aproveitando toda a latitude dada pela UEFA. Soubemos preservar o grupo de trabalho e vender mais ou menos cirurgicamente - a venda de Rúben, ainda mais neste contexto agora vigente, seria cada vez mais discutível, mas no entanto é Totoloto à segunda feira - soubemos ainda mostrar que conseguimos ficar abaixo da linha. Não resolveu os problemas, longe disso, mas ajuda a melhorar a questão.

Onde eu não gostei do discurso, foi na parte em que Fernando Gomes parecia estar a apontar uma qualquer responsabilidade exógena inexistente para o estado a que as contas do FC Porto chegaram. Se Fernando Gomes foi o último a chegar, o Presidente do FC Porto está lá há tempo que chegue e sobre para que este discurso não faça sentido. Estar aqui no passa a culpa não ajuda nada, mas um pouco de assunção da responsabilidade própria não ficava mal. Fica a nota. Sigamos no bom caminho! 

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Antevisão CD Chaves - FC Porto ( Taça De Portugal) - Combater Uma Tempestade À Porto

Cá estamos de volta ao nosso Azul e Branco, numa eliminatória da Taça de Portugal que tem tudo para correr mal: uma equipa forte e bem orientada por alguém que no ano passado foi repugnante no Dragão, com uma defesa sólida e um contra-ataque agressivo, que nos porá, indubitavelmente, grandes dificuldades. 

Se juntarmos a isso o facto de termos algumas dúvidas no plantel por causa das selecções e da falta de treino, e juntarmos o icing on the cake do jogo ser arbitrado pelo nosso amiguinho Capela.... Temos aqui um belo caldinho.

Mas atenção: a equipa que enfrentou as papoilas, com aquela raça e aquela garra, pode ultrapassar qualquer serra: o Marão, a Estrela, o Pico ou os Himalaias. É com um FC Porto à Porto que conto. É nos grandes desafios que se fazem os grandes Homens. E isso é o que temos. Porque o nosso Capitão Bicho disse ontem aquilo que eu defendo há anos: estes são os nossos heróis, aqui e agora, e são estes que devemos apoiar!.

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Antevisão FC Porto - FC Arouca (8ª Jornada) E Umas Notas


Estamos então chegados à altura de defrontar o Arouca em casa. A esta altura somos superiores, uma vez que o Arouca está a milhas daquilo que foi o ano passado, mas não nos esqueçamos que nos fez passar uma vergonha tremenda.

Nuno Espírito Santo falou de manter o Dragão invencível. É isso que se espera.


Penso que é uma boa altura para continuar a apostar no onze que jogou contra o Nacional. Só com repetição e insistência se consegue cimentar processos e triangulações. Espera-se, de uma vez por todas, um sentido prático de baliza, uma entrada forte e com a pressão sobre o adversário própria de um candidato ao título.

NOTAS:

Vamos jogar contra o Chaves na Taça de Portugal. É um jogo complicado? Com certeza. Difícil? Sem dúvida. Mas queremos títulos, não é verdade? Então temos de saber quem somos e que encontrar adversários fortes e bem trabalhados, como está a ser o Chaves,  é melhor porque nos prepara para a exigência que cada uma das próximas fases, necessariamente, terá de ter.

Rui Cerqueira falou, e bem, de uma série de jogos difíceis, uma vez que o jogo se joga a 18 de Novembro, apenas dois dias depois da selecção mexicana fazer um jogo, e antes do jogo decisivo contra o Copenhaga. Quero aqui dizer que já fizemos outros cíclos assim, nomeadamente o de Março/Abril de 2015 onde levamos só com vitórias todos os jogos de 3 em 3 dias. O FC Porto tem de ser capaz de enfrentar esses desafios.

Outros terão a sorte de ter "amigos" a jogar com eles, portanto já se sabe o resultado dessa eliminatória. Nada a ver connosco, verdade? Pois. Então, siga para bingo, nada a ver aqui.

Miguel Layún está no onze ideal da UEFA desta jornada de Champions. Se Layún fosse de um clube da segunda circular, seria todo um acontecimento. Assim, é mera nota de rodapé. Ainda assim, parabéns Layún! Estamos todos orgulhosos de ti!

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Antevisão CD Gafanha da Nazaré - FC Porto (3ª Eliminatória) E As Verdades De La Palice [ACTUALIZADO]

Sejamos francos. O mais difícil nestes jogos de equipas desproporcionadas - com todo o respeito que o Gafanha me merece - é o inimigo interno, a célula do adormecimento, da vitória "antecipada" porque absolutamente natural, mas também da descoordenação de uma equipa que será, previsivelmente, desrotinada. Será, no entanto, uma oportunidade para que aqueles que são considerados "segundas linhas" possam demonstrar inequivocamente que têm um lugar no plantel e conquistem o direito a tornar as opções de Nuno Espírito Santo o mais difíceis possível. Não é preciso dizer que a conquista da Taça de Portugal é vital. Por isso, a primeira verdade de La Palice é a de que não há jogos fáceis.


Helton disse que não sabia do seu fim de contrato senão pelos jornais. Depois, já disse que os valores não seriam os acordados. Uma questão de dinheiro, então? Que trapalhada! Afinal em que ficamos? É surpreendente para Helton que o FC Porto tenha rescindido o contrato com um jogador que não treina? A segunda verdade de La Palice é a de que mais vale cair em graça do que ser engraçado. Helton andou a fazer muitas gracinhas nos últimos anos, desde estar "eternamente grato" até a dar entrevistas confusas.. enfim, muitos tiros no pé. Apesar de tudo, será sempre um dos nossos, desejo-lhe todas as felicidades, pessoais e profissionais. Mas também que tenha a noção de que a mais curta distância entre dois pontos A e B é sempre uma linha recta. Ou seja, acredito que tenha o número do Presidente. Se o tem, para quê todo este alarido?

ADENDA: Se alguma coisa demostra este vídeo, é o principal problema de Helton no FC Porto - o problema político. Helton Arruda sempre procurou uma imagem de simpatia e de abrangência que não é lá muito compatível com a ideia de um lider que está na frente da batalha contra tudo e todos. Ora, ao agradecer aos adeptos todos do futebol - sim, lampiões e lagartos incluídos - Helton mostrou que sempre quis ser consensual. Essa consensualidade, querido amigo, não pode ser conseguida a capitanear um Clube odiado pela maioria sem que se sacrifique a raça e a garra que o caracterizam. Uma vez mais, Helton mostrou ser um homem que procurou ser consensual, acima de tomar um lado e uma posição que o comprometesse. Nada contra. Desejo muitas felicidades ao Helton. Mas desejo, acima de tudo, um Capitão que não tenha medo de escolher um lado. No FC Porto, ser bom rapaz é ser sempre comido. No FC Porto, o Capitão tem de morder a língua, ser agressivo, duro e impositivo. No FC Porto, o Capitão tem de impor respeito. Mesmo que seja odiado por todos os outros "adeptos do futebol". Capitães históricos como João Pinto, Jorge Costa ou Fernando "Bibota" Gomes não tinham nada de consensual! E isso faz parte daquilo que nos faz orgulhar neles!

Finalmente, last but not least, ao ver o Juca Magalhães a entrevistar o grande Herman José ontem - com uma classe extraordinária a fazer umas gentis piscadelas de olho à maravilha do Porto e umas alusões tangenciais ao nosso futebol - tive uma epifania: de repente, percebi que a ridícula publicidade feita ao filme de João Botelho (sim, esse mesmo!!!) sobre a vida e obra do, esse sim dos nossos, Mestre Manoel de Oliveira, não é senão um reflexo condicionado de um subconsciente que procura estar "acima" destas "mundanidades" do FC Porto, como se tentasse um exercício de automutilação da parte do seu canal que "conspurca" a megalómana ideia da "supra-regionalidade". Pena é que nada tenha percebido da fantástica conversa do seu interlocutor sobre as imitações baratas... A terceira verdade de La Palice, que Juquinha deveria conhecer, é a de que para se saber para onde se vai deve-se ter bem presente DE ONDE SE VEM.

segunda-feira, 20 de junho de 2016

Para Tudo Há Um Tempo

Helton Arruda é um dos símbolos do FC Porto, uma pessoa apreciada por todos, afável, amigo e acessível. Não acredito que haja alguém tão consensual e respeitado no FC Porto com Helton. Creio que todos os Portistas, sem excepção, ficaram radiantes e esperançosos ao ver o Helton em grande forma, há dois anos, naquele infame jogo da Taça da Liga com o Sporting de Braga em que ele foi absolutamente gigante. 

No entanto, há coisas que são, para mim, absurdas. Depois de um "Eternamente grato 1993-2014" que nunca chegou a explicar e uma críptica entrevista no início da época passada, vai-se repetindo este ano um folhetim, hoje transcrito n'O Jogo, que começa a cansar. Aos 38 anos e 12 de casa e como indiscutível Capitão, não tenho a mais pequena dúvida que Helton tem um ímpar acesso à SAD e ao seu corpo dirigente, inclusive ao Presidente, e não vejo estas declarações senão como uma inaceitável forma de pressão pública que, em qualquer outro atleta, seriam repudiadas vivamente por todos os adeptos Portistas! E o facto de se estar a tornar recorrente ainda torna tudo pior!

Quererá Helton voltar a ser suplente de Iker Casillas? Para quê? Para voltar a jogar novamente nas Taças? O resultado está à vista, e não acredito que fosse por falta de qualidade, mas sim de regularidade. Não duvido minimamente que Helton tenha o lugar que me merece na Estrutura do FC Porto, mas a sua continuidade só fará sentido se for para ser, de facto, opção. Se for para continuar no banco, não estará a fazer mais do que tapar a evolução natural das coisas, com José Sá (um excelente guarda-redes!), Raul Gudiño e João "Andorinha" Costa na calha para a sucessão. 

Seja como for, este estilo de pressão pública não é uma forma digna de um Capitão proceder, ainda mais no FC Porto! As questões contratuais resolvem-se intraportas e não em praça pública! E, se uma vez é muito, duas é demais, três é moléstia! 

Evidentemente, Helton será, certamente, muito útil ao FC Porto de variadíssimas formas. A sua simpatia, acessibilidade e bom trato, para lá de inequívoco Portismo, poderão e deverão ser aproveitadas pelo FC Porto. E sê-lo-ão certamente. Mas chega de novela e folhetim. Espero que os próximos dias sejam esclarecedores e que se acabe de vez toda a especulação. Mas espero, sinceramente, que esta não se torne uma prática corrente no FC Porto. O que é interno, interno deve ser!

Começo, também, a ficar farto dos Guardiões da Mística e das suas tretas. Agora foi a vez de Carlos Secretário vir dizer "é impossível o FC Porto voltar a ter a mística que tinha". Pois, Secretário, não voltará a ter a mística que tinha! Terá uma nova!  Confesso-me cansado deste discurso da treta. Mas foram sempre grandes jogos e goleadas pelo caminho?  Quem dá o direito a estes ex-jogadores de falar assim de uma equipa que ainda nem começou a treinar? E se estes limparem tudo? E se estes forem hexacampeões? Fará algum sentido esse discurso? E em que é que ajuda o FC Porto a voltar ao seu lugar natural? "Desistam, nunca mais vão chegar lá" é conversa de egocêntrico, não de Portista...

Como diria Pete Seeger, quando nos anos 60 compôs o mítico "Turn, Turn, Turn" - aqui na fantástica versão dos The Byrds - baseado no Livro de Eclesiastes:

"To everything
 There is a season,
 And a Time to every purpose,
 Under Heaven"

Ou, na sua conhecida tradução:

"Para tudo há um tempo, para cada coisa há um momento debaixo dos céus"

É tempo de dar tempo a um novo tempo.

Nesse sentido, é com incontida felicidade que vimos ontem o FC Porto ganhar a sua 15ª Taça de Portugal, vencendo os coisinhos por 4-2. Edo Bosh,  também ele uma referência, chega ao fim do seu ciclo no FC Porto de uma forma espetacular, com um enorme jogo e uma atitude extremamente digna.Mas assim se vê que, depois de um período de readaptação mais do que natura, temos um FC Porto de novo preparado para grandes feitos. 

Assim, sempre, a renascer de Azul e Branco!  Assim, eternamente, sempre diferente e, esperemos, sempre melhor!

Obrigado Edo, serás sempre e para sempre um dos nossos!

domingo, 22 de maio de 2016

Epílogo e Enterro De Uma Época Desastrosa


Este jogo da Taça de Portugal foi o espelho daquilo que representou a época. Foi, aliás, toda uma metáfora para a época: erros defensivos da pré-primária, uma cadência sonolenta que só acorda quando tem medo de perder e uma táctica rotativa de bradar aos céus.

Não se pode começar um jogo que se disse que se queria vencer com aquela cadência. Não se pode fazer isso. Não pode. Não se pode não reagir a um golo estúpido pensando que se pode sempre recuperar. Não pode. E não pode, de uma vez por todas, haver espaço para "ah, deixa estar, vou fazer um atraso ou esperar que o guarda-redes apanhe a bola".

A defesa foi um disparate, e só equilibrou minimamente quando o trinco foi para central. Por sua vez, só quando entrou Rúben e André André a cadência ficou mais acelerada. Foi tarde. O herói da tarde, este menino que está de caras no plantel da próxima época este quase para fazer o impossível: recuperar praticamente sozinho e fazer-nos vencer a Taça.

Assim não foi, e é justo que não seja: esta época merece ser o vértice de um inflexão que se quer para sempre, o corolário de uma ridícula passividade e amorfismo que vai desde a SAD até aos jogadores, passando pelos técnicos, e que nunca mais pode ser repetida. 

André Silva, André André, Rúben Neves, Maxi e, talvez, Danilo e Layún, mereciam esse título. Mesmo assim, foram muito poucos para o conseguir levar para casa. Como diz o ditado: "Tarde piaste".

sexta-feira, 20 de maio de 2016

Ganhar A Taça Que Parece Não Interessar A Ninguém


Pois é, neste domingo joga-se o único título possível esta época. Temos o plantel na máxima força (excepto Alberto Bueno, que já não jogaria mais esta época) e, pelo que leio e vejo, todos os jogadores com a consciência da importância vital deste título que pode dar acesso a dois (o vencedor disputará a próxima Supertaça Cândido de Oliveira com o ficaben). Concentração, foco e empenho total é o que se espera para vencer um Sporting de Braga que fará contra nós o que não fez contra mais nenhum dos nossos rivais, ou seja, dar o tudo por tudo.

O NGP já tinha avisado que, este ano, a Taça de Portugal não iria interessar nada a ninguém, mas confesso que não esperava isto. É como se, de repente, nem houvesse jogo no domingo. A cobertura é inexistente, o interesse redunda a irrelevância e a nossa equipa parece invisível. Não faz mal. Os nossos títulos não são aumentados em virtude de "matemáticas criativas" mas são, isso sim, ganhas em sangue, suor e lágrimas.

Também ao contrário dos desejos do NGP, Artur Soares Dias será o árbitro do encontro. Pois que seja. Mas que faça uma arbitragem idónea e isenta e que saiba marcar as faltas quando as vê e os penalties quando eles existam.

Os convocados estão na imagem que se segue, disponibilizada pelo twitter oficial do FC Porto.



(4x2x3x1): Helton; Maxi, Chidozie, Marcano, Layún; Danilo, André André; Varela, Herrera, Brahimi; Aboubakar;

NOTA: Mesmo depois de se constatar o óbvio, ou seja, que a táctica "o FC Porto está interessado em mim" foi, mais uma vez, utilizada por Jorge Jesus para ver o seu contrato renovado e salário incrementado em supostos 20%, continuam a sair "notícias" estapafúrdias, como por exemplo que, se Jesus viesse treinar o FC Porto, a Doyen perdoaria a dívida do sportem, Imbula regressaria e por aí em diante. Sim, sim. O Céu abrir-se-ia e, por entre a Luz Divina, baixariam os Anjos cantando a chegada do Messias! Por favor! Não me lixem! Mais tabaco nessa cena, por favor!


quinta-feira, 3 de março de 2016

Análise FC Porto 2-0 Gil Vicente (Meia Final Taça de Portugal)


Confesso, não estava com grande vontade de escrever esta análise. O jogo não foi bom. O jogo nem sequer foi jogo. A pior assistência de sempre do Dragão, abaixo das 5 mil pessoas (nem 10% da capacidade!), foram já um preâmbulo, uma antecâmara daquilo que acabaria por ser o tonus do encontro. Displicência, desnorte, aqui e alí notando-se até o enfado de jogar.

Compreendo que estamos nas vésperas de um grande jogo, que definirá muito da época, certamente, que até o próprio Gil Vicente veio jogar com segundas linhas, mas os oito euros cobrados a todo o tipo de sócios, que fizeram o especial favor de estar presentes numa fria noite a meio de uma semana de trabalho, exigiam muito mais. 

Aboubakar é solícito, mas um ponta de lança tem de marcar golos. Evandro viu-se cansado, Rúben tem de se reencontrar consigo mesmo, André André parecia sem saber para onde ir, Helton ia metendo a pata outra vez e Varela... bom... eu não quero dizer que Miguel Sousa Tavares tem razão.

No outro espectro, Victor Garcia esteve bem acima dos colegas, Chodozie é cada vez mais uma certeza, Layún é o meu herói, incrível a abnegação e a entrega, e Ángel fez um jogo muito melhor do que costuma fazer. Sérgio Oliveira teve uma primeira parte de qualidade, plena de critério e profundidade e Bueno, apesar de não ter marcado, deixou já o perfume do enorme futebol que tem naqueles pés. O segundo golo veio de um passe seu a rasgar, como na Póvoa. Gosto muito de Alberto Bueno.


O melhor de tudo foi a companhia. Lá estive muito bem acompanhado, como de costume, pelos meus queridos Golden Dragons, João Santos e Ana Neves - o casal mais Portista que conheço - e pelo sempre acutilante Vila Pouca. E por mais 4800 e tal pessoas. Uma coisa ridícula.

Por falar em ridículo, sabemos que caímos no ridículo quando nenhum outro grande joga a horas absurdas como estas, muito menos na subserviência de uma estação de televisão que, a esta altura, faz publicidade ridícula dos nossos jogos e tem relatadores que fazem esse dito relato sempre a torcer pelos nossos adversários.

Sabemos que caímos no ridículo quando já somos conhecidos por maltratar os nossos e individualizá-los, sejam eles Adrián López, Mariano González, Hector Herrera ou... Moussa Marega! Se Suk já se adaptou (ainda não há nenhuma jogada estudada clara) não significa que os outros não precisem de pouco mais de um mês para o fazer! Ser um treinador a pedir calma aos ridículos assobiadores que já são a chacota nacional e conhecidos por minar a equipa - PARABÉNS!!! - é algo que deve escurecer o coração de qualquer verdadeiro Portista!

E, por fim, sabemos que caímos no ridículo quando cada jornalista se sente no direito de fazer perguntas sem nenhum tipo de nexo, do género "não acha que o FC Porto falha muito", sem que ninguém os interrompa e ponha em sentido. Rui Cerqueira está lá para ser sinal de trânsito?

Gostava que isso mudasse um dia. Talvez daqui a mil anos....



terça-feira, 1 de março de 2016

Antevisão FC Porto - Gil Vicente (Meia Final Taça de Portugal, 2ª Mão) E Algumas Notas


Com a eliminatória praticamente resolvida - O Gil Vicente teria de marcar 4 golos sem resposta, o que seria escandaloso - Peseiro demonstra, ainda assim, que não subestima a competição e fez uma convocatória que dá a garantia de algum entrosamento entre jogadores.

Será, contudo, no meu entender, uma boa oportunidade para Peseiro testar o sistema alternativo 4x4x2 losango, e o ganhar de ritmo de Bueno e Indi, que poderão ser pedras importantes para domingo. De lamentar que os preços escandalosos dos não sócios e os horários proibitivos irão, certamente, deixar um Dragão muito vazio, coisa que a beleza competitiva da Taça de Portugal não pediria, de todo.

Helton , José Sá, Martins Indi, Rúben Neves, Varela, Aboubakar, Marega, Sérgio Oliveira, José Ángel, Evandro, Herrera, André Silva, André André, Layún, Bueno, Suk, Víctor García e Chidozie.

(4x4x2): Helton; Victor Garcia, Chidozie, Indi, Ángel; Rúben, Marega, Sérgio Oliveira, Bueno; André Silva, Aboubakar;

Os prejuízos apresentados hoje pela SAD não servem de outra coisa senão de justificativo - se quisermos, de sublinhado - para a deserção de pessoal no mercado de inverno. Foram embora três jogadores pagos principescamente - Imbula, Osvaldo e Tello (este último, o segundo mais alto ordenado, atrás de Casillas). Também creio que constitui um sério aviso, demonstrando que esta política de entreposto de jogadores esgotou-se e não serve de nada mais do que contribuir para dar menos FC Porto à Porto. Nunca precisamos de estrelas, e há muita qualidade por aí em jogadores que queiram mesmo jogar no FC Porto - inclusive intra portas.

Depois das vergonhas arbitrais de ontem nos nossos rivais - a entrada assassina de William Carvalho a Bouba Saré está a anos-luz da de Maicon no ano passado contra o Boavista, e nem amarelo levou -  eis que sabemos hoje que teremos Xistrema em Braga. Nada que nos aflija. Capela nada pôde fazer, Xistra também não poderá. Venha quem vier, já lutamos contra a inclinação há tempo suficiente para sabermos que temos de contar com ela...

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Análise Gil Vicente 0-3 FC Porto (1ª Mão Meias-Finais Taça de Portugal) [ACTUALIZADO COMUNICADO]


Poder-se-ia dizer que foi um jogo de contrastes. Foi um jogo onde se viu de tudo. Onde o bom suplantou o menos bom. Onde o menos bom até é positivo. Passo a explicar.

Acho que o início foi - mais uma vez - confuso e ansioso. Mas foi, a meu ver, uma ansiedade positiva. Foi-o porque, neste momento, todos querem mostrar serviço. Peseiro arriscou, fez mudanças, mas com isso ganhou mais uns jogadores. Marega foi uma agradável surpresa e Rúben Neves voltou a ser feliz.

O jogo começou com um FC Porto em graves descompensações defensivas, fruto, a meu ver, de um meio campo que não sabia jogar em conjunto (Danilo e Rúben estavam muito em cima um do outro, Brahimi muito lá para a frente) e, à semelhança do jogo em casa com o Estoril, a última vez que Brahimi jogou a 10, houve uma cratera no meio campo, justamente pelo mesmo motivo - Brahimi não defendeu, e os pivots ficaram muito juntos.

Rúben Neves emancipou-se neste jogo, passou de larva a borboleta, e foi um regalo vê-lo, a partir do meio da segunda parte, ser o híbrido Pirlo/Lucho que ele sabe ser, com os seus passes caramelizados e a sua condução fantástica do jogo. Aliás, desde o belo golo de Suk, o FC Porto encaixou-se e floresceu. Como botões com uma casa mais fechada do que devia, só quando Danilo e Rúben finalmente encaixaram foi o FC Porto capaz de fazer o jogo em todo o seu esplendor atacante e feliz. Sim, porque alegria não falta a este FC Porto. E vontade de fazer sempre mais.

3-0 põe-nos com pé e meio no Jamor. Ao alcance de um título que merecemos. Vamos a notas:


Danilo - Para mim, o MVP do jogo. A forma como foi capaz de fazer sprints malucos a correr o campo para roubar uma bola, como fez os cortes cirúrgicos e, enquanto Rúben descongelava, foi capaz de comandar o jogo, fazem dele um verdadeiro herói! Uma contratação muito feliz de alguém que tudo deu.

Rúben - Estava traumatizado, o nosso menino. Estava perdido num nevoeiro mental do jogo lateralizado de Lopetegui, quando ele deixou de fazer sentido. Mas o excelente golo - que ele procurava como emancipação - deu-lhe o foco necessário para voltar a ser o talento extraordinário que é. Muito bem, ganhamos um jogador.

Laterais de ouro - Nunca me canso de espantar com a forma como Maxi não deixa um pingo de suor por verter. Está em todas, ajudou a compensar um Maicon inexistente e ainda ajudou no ataque. Quanto a Miguel Layún, cada vez melhor a defender, exímio no ataque, fantástico nas assistências. Está comprado, não está? Não deixar fugir a pérola, ó faixabore!

Marega e Suk - Ainda a encontrar o seu espaço e a adaptar-se ao jogo, Marega e Suk já provaram que valeu a sua contratação. Embora só o coreano tivesse marcado , as suas desmarcações, a sua força e o seu apoio defensivo provaram que temos neles um extremo de grande qualidade e um ponta de lança muito solícito.

Sérgio Oliveira - Finalmente veio com tudo! Não só o golo fabuloso de livre que é o seu trademark, mas a forma como nunca deixou de apoiar ofensiva e defensivamente, demonstram a gratidão que tem a Peseiro por ter feito o forcing para ele ficar no FC Porto. Muito bem Sérgio, este é o caminho!

Marcano - Está a voltar, aos poucos, a ser o muro defensivo que já foi e que precisávamos. Sempre lá para o providencial corte, vai começando, graças a Peseiro, a dar uma ajuda, aqui e ali, no ataque. Muito bom ver-te de volta, Ivan!

Peseiro - Para lá da injecção de moral que já deu, obviamente, no FC Porto e da transfiguração táctica que está a saber fazer tão bem, algo Peseiro está a saber fazer maravilhosamente ao intervalo, porque o FC Porto entrou cheio de vontade de resolver! Sei que ainda estamos no início, e que temos um handicap  de preparação em relação aos nossos rivais. Mas só por nos fazer acreditar, já lhe estarei eternamente grato.


Maicon - Completamente a leste, não sei o que se passa com Maicon, parece que desistiu. Muitas vezes a ser comido na defesa, a precisar de ajuda de uma dobra de um companheiro, lento e aluado, Maicon Roque já fez o checkout. Tenho pena, precisamos do melhor Maicon, que eu sei que existe, e já o vi. Talvez Peseiro o saiba resgatar.

Brahimi - Complicativo e lento a passar a bola e a ver o jogo, sem ajudar na defesa, ontem foi um dia não de Brahimi. Acontece. Espero que no domingo já esteja feliz.

O que é preciso para nos darem um penalti?! - Suk cai. Nada. Brahimi cai. Nada. Sérgio cai. Nada. Confusão na área, pedem-se dois penalties. Nada. O qual é que a qualidade do nosso jogo ultrapassa esta aversão a marcar penalties em nosso favor! Enfim, artistas! E o icing on the cake foi um jornalista perguntar ao treinador do Gil Vicente se se sentia prejudicado pela arbitragem! Fabuloso! Que lata!

O post já vai longo, mas quero sublinhar o que ontem já falei na página do Facebook do Porto Universal. É preciso uma espécie muito especial de besta filho da puta para roubar a camisola e o cachecol a um menino paraplégico. Fosse de que clube fosse, seria sempre uma besta. Vindo de um clube que passa a vida a arvorar-se em superior - e não estou a confundir a árvore com a floresta, sei que, felizmente 99% dos ficabens não fazem estas merdas, e se fossem do meu Clube condenaria na mesma! - ainda pior é. Mas ainda mais grave do que isso é a completa protecção por parte da imprensa e o abafar do caso. Naturalmente, o FC Porto B (que venceu o ficaben muito bem por 1-0 e lhes deu a azia), através do FC Porto, como confirmado pelo autor do golo, o fantástica Gleison, vai compensar o menino Leo(nardo). Mas não apaga o susto de um menino impotente para mudar a situação. Sabem porque temos os cânticos que temos? Por causa de merdas como estas! Envergonhem-se e retratem-se publicamente destas parvoíces!

NOTA: O ficaben já pediu desculpas por este facto. Acho muito bem. E estou aqui para o fazer notar. Agora importa tomar medidas para acabar com esta selvageria. E o nosso Cândido Costa já fez aquilo que só um grande Dragão sabe fazer.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Análise Boavista FC 0-1 FC Porto (Quartos de Final Taça de Portugal)


Como definir esta partida? Acho que este jogo é um sério aviso aos senhores da SAD. Um árbitro a roubar-nos indecentemente, uma equipa a poder jogar cacetebol e outra a jogar futebol. Há que começar a jogar o mesmo jogo que os adversários, ou então continuaremos a ser vítimas deste género de coisa. 

Posto isto, mudar de treinador não muda tudo. Sem um pêndulo no meio campo, onde faltou André André, o FC Porto voltou a ter tracção atrás e a repetir os mesmos erros. Há muito trabalho pela frente para soltar as amarras mentais da excessiva lateralização. A forma como o Boavista encostou o FC Porto às cordas, mesmo antes da - injusta - expulsão de Imbula, mostra que o FC Porto não sabe reagir com qualidade à pressão.

Helton salvou-nos hoje. Tivemos a sorte do jogo. Não devemos confiar na sorte. Vai ser preciso muito mais.


Helton - Um Capitão mostra-se nestas alturas. Tivera, antes da defesa do penalti, um erro grosseiro que quase empatava a eliminatória. Mas soube dar a volta e ter a frieza para compensar o erro.

Brahimi - O rasgo individual que contrariou a maré lateralizante levou-nos às meias e, muito provavelmente, ao Jamor.


Não chega mudar o treinador - Aqueles que pensaram que o FC Porto estava já mais atacante puderam tirar o cavalinho da chuva. Há muito trabalho a fazer, ofensivamente e defensivamente. Apesar de se notar que temos uma equipa solidária e com espírito de sacrifício, nota-se que ainda não sabe como dar a volta ao modelo e ainda está insegura. Muito a rever em muito pouco tempo....

O verdadeiro artista - A arbitragem de hoje é impronunciável. Claramente encomendada para quebrar a ambição de um qualquer título Portista, teve um só fim: prejudicar-nos do primeiro ao último minuto. Jogar 10 contra 14 é hercúleo. E, repito, a política de silêncios da SAD não pode continuar.

Antevisão Boavista FC - FC Porto (Quartos de Final Taça De Portugal)


Segundo derby numa semana com os conterrâneos axadrezados, um jogo completamente diferente, como diz - e bem - Rui Barros. Espera-se um Boavista mais agressivo, a procurar a vitória desde o início, com bastante pressão ofensiva, numa táctica de quem sabe que não tem nada a perder e tudo a ganhar.

Do nosso lado, há que dar tudo por tudo para seguir em frente na competição que, realisticamente, está mais ao nosso alcance. É necessário um FC Porto que confirme a maior tendência ofensiva, mas que vá corrigindo os buracos na transição defensiva que foram verificados no jogo anterior.

Casa cheia de Dragões no Bessa, que isso signifique o continuar da tónica de apoio à Porto. Não teremos André André, com fadiga muscular, mas temos todo um leque de boas soluções para o meio campo. A fase seguinte é tudo o que importa.

Helton e Casillas (guarda-redes); Maxi Pereira, Martins Indi, Marcano, Rúben Neves, Varela, Brahimi, Aboubakar, Tello, José Ángel, Evandro, Herrera, Jesús Corona, André Silva, Miguel Layún, Danilo Pereira e Imbula.

(4x3x3): Helton; Maxi, Marcano, Indi, Layún; Danilo, Imbula, Herrera; Corona, Aboubakar, Tello;

NOTAS: Ontem, no seu tempo de antena, o senhor Rui Santos resolveu voar pelo FC Porto, não se referindo ao jogo no Bessa, só aos "casos". Referiu-se também ao sinal de fraqueza do NGP com Lopetegui. O mesmo discurso de sempre, não surpreende. Fantástica, no entanto, é a hipocrisia de falar do abandono da SAD a Lopetegui. Não sendo mentira, é, no entanto, absurdo que venha de uma pessoa que, sempre que dizia esse nome, mostrava um sorrisinho malandro e batia no treinador basco até não poder mais. Um pouco de vergonha na cara, senhor Ruizinho! A esta altura, já todos os leitores regulares deste blog devem estar alertados para esta ratazana, mas nunca é demais sublinhar o vil que é o sujeito.

Giro, também, é vê-lo falar do seu sportem. Primeiro fala da - claramente premeditada - agressão do Slimani, mas depois refere a "campanha de desvalorização" do pobre argelino. Tadinho! É um santinho! Um mártir! Envergonhe-se, homem! Depois de anos e anos a bater em tudo o que era um toque mais agressivo de qualquer jogador do FC Porto como uma "bárbara agressão", defender este bully é da mais despudorada sem-vergonhice! E vindo de alguém que passa a vida a bradar aos céus que é isento, ainda mais!

Para aqueles que acham bem uma SAD silenciosa, aqui têm um belo exemplo do que se passa na segunda circular. Sim, porque no sportem é exactamente o mesmo! Daí, esta política de "caladinhos é que estamos bem" dá campo aberto à lavagem cerebral, calculado ao píxel, como está bom de ver, dos inimigos! Acordem, gente!

Por último, não vou comentar nomes de hipotéticos treinadores. Quem for, quando for, será o treinador do FC Porto, portanto, para mim, o melhor de todos.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Análise CF Feirense 0-1 FC Porto (Oitavos Final Taça de Portugal))


Obrigação cumprida. Cumprida? Nem pensar. Passamos a eliminatória, é o que interessa. Será? Não creio. Jogamos pessimamente. Não fizemos jogadas construídas. Não tivemos meio campo. O golo que fizemos foi de bola parada. Há uma descoordenação e uma desorganização de bradar aos céus.

Até à segunda parte, foi o Feirense que dominou o jogo. Foi o Feirense que fez as transições. Foi o Feirense que criou as ocasiões. 

Não se admite. É assim que o FC Porto quer ser campeão? Jogo pastoso, descoordenado, lento, com trocas de bola na zona defensiva, sem jogo interior, um absurdo. Se qualquer equipa pensa que pode pressionar alto o FC Porto e este fica nervoso.... é um mau prenúncio.

Lopetegui neste momento fala daquilo que eu... espero... que explique isto: 3 jogos em 4 dias. Mas a velocidade tem de ser outra. O entrosamento também. Isto é muito curto.


Bueno - Aquele que lutou sempre, foi sempre à procura da bola, sempre à procura de golo. Entrega total. Merece mais oportunidades. E ser servido, em vez de servir.

Aboubakar - Espero que o golo lhe traga confiança, porque a sua entrega continua a mesma. Sempre a servir e sempre a tentar. No entanto, convém tirar o íman dos pés, porque parece que atrai guarda-redes. Porrraaaaa!

Feirense - Partir para cima do adversário desta maneira requer coragem, fazer as transições e a velocidade que fez 80% do jogo requer estratégia. Parabéns. Gostava de ter visto o mesmo do outro lado.


Tello - Um zero absoluto. Jogamos com 10, 60 minutos.

Evandro - Errático, perdido, desnorteado. Parece ser este o registo de Evandro nos últimos tempos.

Lento, parado - Gerir o 1-0 com o Feirense demonstra o nível anímico desta equipa. Vergonhoso. Jogar jogos com vontade de ir para casa é uma ofensa a todos aqueles que se deslocaram a Santa Maria da Feira.

Rezar o Credo - Mas agora acabamos os jogos sempre com o Credo na boca? É este o novo FC Porto? A fazer substituições para queimar tempo? Epá, contra o Feirense?! Não pode ser! Murro na mesa preventivo impõe-se!


Antevisão CD Feirense - FC Porto (Oitavos De Final)


Mais um jogo de Taça, os Oitavos no caminho do troféu. São, desta vez, contra o Feirense, uma boa equipa à qual somos claramente superiores, mas cuja entrega e superação se deve muito respeitar. Lopetegui tem razão ao dizer que têm uma qualidade muito superior a algumas equipas de primeira liga. A sua classificação, atrás do FC Porto B - que derrotou por 1-0 - assim o demonstra. Espera-se, por isso, um onze equilibrado para que, havendo Taça.... não haja Taça. Um saúdo especial para o regresso à convocatória de André Silva e de Sérgio Oliveira.

Helton e Casillas, Martins Indi, Lichnovsky, Maicon, Layún e José Ángel,Danilo, Rúben Neves, Sérgio Oliveira, Herrera, Evandro, Brahimi, Tello e Corona, Aboubakar, André Silva e Bueno

(4x2x3x1) Helton; Layún, Lichnovsky, Indi, Ángel; Danilo, Sérgio Oliveira; Tello, Bueno, Corona; André Silva;

NOTA: Ontem o ficaben voltou a perder pontos (11 em 13 jornadas!), teve uns incríveis seis minutos de descontos para tentar fazer os "15 minutos à Vitória", teve a expulsão do "menino d'oiro" perdoada duas vezes e não construiu jogo nenhum. O que faltou ali? O Niquinho.

Hoje a imprensa diz "sem desculpas" e outras frases levemente acusatórias. Diferenças? "Adeptos insultam Rui Vitória e Rui Costa enfrenta-os em defesa do treinador".

Ao contrário de Lopetegui, Rui Vitória não perdeu sete jogadores titulares. Ao contrário de Lopetegui, Rui Vitória tem jogadores no plantel há anos, perfeitamente identificados uns com os outros e que se conhecem de olhos fechados. Ao contrário de Lopetegui, Rui Vitória é permanentemente escudado das críticas. Ao contrário de Lopetegui, o adeptos do ficaben não o atacam só a ele, não lhe vão fazer esperas no aeroporto.

Não estou a inocentar Lopetegui. Fosse qualquer outro a treinar o FC Porto, o nome que eu teria repetido seria esse, a história não é diferente. Nós fizemos um bom jogo na Madeira, contra o União. Nós jogamos pressionantes, entramos fortes, quisemos vencer. E foi assim que o fizemos. E não me venham falar na sorte! O golo do Brahimi não foi sorte, e quanto aos outros... o golo do Raúl Jiménez do empate - que lhes garantiu o apuramento - contra o Astana foi pura sorte, o primeiro contra o Braga... e assim por diante, que eu não vejo os jogos do ficaben.

Está na hora de compreender que Julen Lopetegui não pode ser o único responsável por tudo isto. Está na hora de compreender que uma equipa nervosa e pressionada pelos próprios adeptos não chega a bom porto. Está na hora de entender que a SAD deve ser pressionada para sair em defesa dos seus. Tivesse Pinto da Costa a atitude que teve com Rui Rio - que toda a gente aplaude e que provocou a fúria de Balsemão, que lhe deu tempo de antena para se vitimizar - com todos os assuntos da sua equipa principal, desde arbitragens à imprensa, e estaríamos todos com a noção clara de quem é o inimigo.

O execrável Jesus disse ontem que continua tudo na mesma na arbitragem. Disse-o com a mesma falta de vergonha na cara de sempre. Insisto, é muito importante compreender que, a esta hora, Lopetegui já teria sido campeão uma vez. Nem tudo é culpa do mesmo. Há que parar para pensar e apoiar uma equipa que claramente precisa de ânimo e moral para atingir o seu potencial. Mesmo estando longe de ser perfeita.

sábado, 21 de novembro de 2015

Análise S.C Angrense 0-2 FC Porto (4ª Eliminatória Taça de Portugal)


Uma vitória natural num jogo tranquilo, feito de uma forma positiva num jogo em que ambas as equipas tentaram jogar o seu futebol. Com muitas caras pouco habituais no onze, e uma entrada muito positiva nas estreias de Sérgio Oliveira, José Ángel e de Vítor Garcia, mostramos que temos plantel para formar vários onzes competentes, mas também que temos um estilo de jogo que adapta facilmente diferentes jogadores às posições. Se todos os jogos tivessem esta tranquilidade, seriamos Portistas felizes. Vamos a notas:


Bueno - Não só porque marcou os golos, o segundo então, de excelente execução, mas Alberto Bueno mostrou que é um jogador mesmo... bueno. Presente em todos os momentos, excelente a atacar, a rasgar e a criar espaços e muito competente a compensar na defesa, Bueno merece, de longe, o MVP da noite.

Osvaldo - Não tem, lamentavelmente, golo no pé, mas o apoio e a solidariedade que deu no ataque e na defesa fizeram-no merecer o meu destaque. A assistência para o golo de Bueno é soberba - fizeram muitas tabelas muito boas ao longo do jogo, os dois - e houve pormenores de pura magia nos seus pés. Vale bem mais do que a sua contagem de golos.

Sérgio Oliveira - Presente, interventivo, entregue, com passes de rotura e muita raça, merece muitas mais oportunidades do que as que tem tido. Muito bem.

Dupla de Laterais - Bem sei que o jogo era mais ofensivo que defensivo, mas tanto Ángel como Garcia estiveram bastante bem, com especial incidência no primeiro. Ángel fez excelentes cruzamentos, foi determinante no ataque e também fez por dar sinal de que a lateral esquerda não está desamparada.

Imbula - O verdadeiro pêndulo do FC Porto, foi ele quem determinou o tempo e o compasso a que todos se mexiam. Óptimo no apoio defensivo, fez ainda duas arrancadas que são a sua assinatura. Já se vai vendo um Imbula a adaptar-se bem ao seu papel  no jogo.

Angrense - A atitude e a entrega que deram ao jogo, querendo jogar futebol, faz corar muita equipa de primeira liga adepta da Matemática do Pontinho. Deixaram, literalmente, tudo no campo fazendo deste um belo jogo de parte e banda. Futebol positivo favorece ambos. Menção especial para David Dinis que fez algumas defesas de guarda-redes de topo. Bravo!


Varela - Perdido, complicativo, perdulário e distante. Varela está a deixar fugir toda a justificação para o seu regresso. E é uma pena. O talento está lá.

Herrera - Esta dupla parece querer validar o argumento de Miguel Sousa Tavares. Voltou a não acrescentar nada ao jogo, a perder passes e a ligar o complicómetro desnecessariamente. Quem o vê na selecção mexicana não diria que é a mesma pessoa.

Evandro - Tentou bastante, mas emperrou muito. Não foi ausente como os colegas destacados em cima, mas também não foi esclarecido. Saiu consciente de que não foi o seu dia.

Menção especial à nossa equipa de Andebol, que fez um jogaço contra o La Rioja, vencendo por 35-31. É um orgulho! Parabéns! A análise virá, naturalmente, mais tarde, pelo Z, que hoje - só hoje! - é pequenino. Parabéns meu caro colega! Abração!

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Antevisão S.C. Angrense - FC Porto (4ª Eliminatória Taça de Portugal)


Antes de mais, uma emenda ao meu post anterior. Vou corrigir a minha posição. Não conhecia as declarações de Fernando Santos, citado por Pedro Marques Lopes, que se podem ler através do Tomo III, aqui. São graves. Declarou ostensivamente que poupou jogadores, que há filhos e enteados. E eu, pela minha desatenção em torno de tudo o que é selecção - nem o jogo todo vi - pensei que ele estava genuinamente a querer aproveitar o bom, a pensar nele para o futuro. Afinal não, é só porque tinha poupar "os meninos".

Acho, assim, que o FC Porto deveria recusar entregar jogadores nas próximas eliminatórias. E estou, claro, totalmente de acordo com a alfinetada da SAD.

As minhas desculpas aos leitores. Fica aqui prometido que não me manifestarei mais sobre a selecção, sem antes me inteirar das motivações.

Adiante. Temos FC Porto, finalmente! O futebol está de volta, na importantíssima Taça de Portugal, contra uma equipa que não vai dar facilidades, a começar pelo sinal que o seu símbolo ostenta. Por isso, é essencial que Lopetegui aproveite o trabalho que tem estado a fazer com os jogadores que tem tido. O meu onze provável reflecte essa realidade.

Saúdo a convocatória de Vitor Garcia e de Sérgio Oliveira. E espero que Ángel aproveite a oportunidade. Eu acho que ele tem qualidade. Tem é de demonstra-la e não amuar.

Na entrevista à EFE, que o Vila Pouca bem dissecou aqui, Lopetegui demonstrou a sua exigência em relação ao jogadores e ao rigor do sistema que eu aprecio. O facto dele ter a consciência que tem de aproveitar espaços abre caminho a um FC Porto mais directo. Acho evidente. E bem. Seguir em frente e aproveitar a queda de um adversário directo, é o que se pede. Com um FC Porto sério e competente. Que não adormece em razão do oponente. Só assim se tem a vitória.

Helton, Casillas e João Costa (g.r.); Martins Indi, Marcano, Rúben Neves, Varela, Brahimi, Aboubakar, Dani Osvaldo, Tello, Sérgio Oliveira, José Ángel, Evandro, Herrera, Bueno, Lichnovsky, Imbula e Víctor García.

(4x2x3x1): Helton; Victor Garcia, Indi, Marcano, Ángel; Imbula, Herrera; Varela, Bueno, Tello; Osvaldo.

domingo, 18 de outubro de 2015

Análise Varzim 0-2 FC Porto (Taça de Portugal)


Como orgulhoso poveiro de adopção, devo dizer sem contemplações que nunca esperei que os Varzinistas fossem vender barata a vitória. Entraram bem, como eu esperava, na expectativa de apanhar um FC Porto como apanharam - no início, completamente às aranhas com o seu posicionamento. 

Um Imbula quase a fazer de central,  a jogar muito para trás e uma troca de bola muito na zona defensiva,  iam permitindo ao Varzim subir no terreno e fazer o seu jogo, chegando a ameaçar um pouco Helton,  uma ou outra vez.


E assim seguiu a toada do jogo, muito à procura das explosões, até que Bueno lança um Tello que pareceu hoje jogar logo a seguir ao sporting. Tão bom ver Tello de novo de volta a si mesmo. O nosso extremo puro, pleno de velocidade e criatividade, que tão bem jogou.

Só que, à parte disso, foi-se sentido a disconexão entre ataque e defesa, e as pobres transições. E isso só viria a ser rectificado pela saída de um insipiente Varela - tu queres ver que vou ter de dar razão a Miguel Sousa Tavares... - e a entrada do muro Danilo Pereira, que permitiu Imbula reencontrar-se com o jogo e puxar a equipa lá para a frente.

Daí até ao fim, só deu FC Porto. Foi um festival de remates desperdiçados por Osvaldo e boas ocasiões que, com um pouco mais de entrosamento, teriam dado uma goleada que o "meu" Varzim não merecia.

O golpe de misericórdia foi dado pelo menino da Póvoa, André André - da Póvoa, quer dizer, daquela aldeia gaulesa entre a Póvoa e a Vila, as Caxinas - a terminar o encontro.


Não foi um massacre, acho que houve respeito, mas poderemos dizer que foi bonita a festa, pá!


Tello - Que bom poder voltar à coluna onde merece estar! Tello foi tudo aquilo que melhor sabe ser: acutilante, rápido, intenso, atento, bom a marcar, excelente a servir, será o regresso do Tello a carburar em pleno? Espero que sim!

Bueno - Pau para toda a obra, Alberto Bueno tentou sempre dar verticalidade e profundidade ao jogo, mesmo quando este parecia não ter. Muito promissor, quer pelo centro quer pela ala.

A entrega de Osvaldo -  Bom a receber, ainda a ter de melhorar muito a entrega do último passe, não foi por falta de entrega ao jogo que Osvaldo não trouxe a sua contagem pessoal dilatada. Valeu pelo esforço.

Varzim - Entrou com tudo, deixou tudo em campo, no início chegaram a ter ascendente sobre o jogo e a criar problemas na transição do FC Porto. Deixaram tudo em campo, foram verdadeiros Lobos do Mar e mereciam ter chegado mais longe na prova. Bravo.


Varela - Passou completamente ao lado do jogo. Em tudo. Não fez uma coisa que se lhe visse. Está claramente a mais.

A eficácia de Osvaldo - Por Keith Richards, meu caro Depp! Se fosse Lopetegui punha-te a treinar a finalização e o último passe até sexta feira! Não é assim que vais conseguir destronar o Rei Bakar....

Em considerações finais, dizer que nós não jogamos em campo neutro, nós jogamos com uma equipa de muito melhor valor dos que as adversárias dos outros e... vale a pena falar do árbitro? Foras de jogo mal tirados a Osvaldo, critério diferenciado... depois digam que sou eu que invento... artistas portugueses!

E parabéns ao Andebol do FC Porto, por uma merecidíssima vitória na Champions do Andebol! Bravo! Superação é o mote!

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Antevisão Varzim - FC Porto (Taça de Portugal)


Jogo na minha terra adoptiva - não sou poveiro mas estou aqui há 28 anos - com um esforçado Varzim que subiu para a II Liga, orgulho de raça e superação da terra no final do ano passado. Estou certo que os Varzinistas vão deixar tudo o que têm em campo, e tentar aproveitar as nossas fragilidades defensivas, virtude de termos os nossos M&Ms no estaleiro.

Ao contrário do que tem sido por aí veiculado, acredito que Danilo jogará, claro, mas no seu 6 habitual e não a central, onde creio que Lichnovsky fará por ser um digno substituto de Maicon.

Já sei que muitos vão ficar desgostosos por Sérgio Oliveira não estar convocado, mas o facto é que estou convencido que jogaremos em tracção à frente, num 4x2x3x1 e que acho que Lopetegui faz bem em não revolucionar completamente a convocatória. A Taça de Portugal não é a Taça da Liga (ou CTT, ou o que for) e é um claro objectivo, e acho que as mexidas no plantel vão aproveitar as características próprias daqueles que têm sido opção.

É obrigatório ganhar e essa obrigação é para levar a sério. E assim sendo, acho também importante que Layún jogue, para cimentar a posição que terá de fazer contra o SC Braga.


Helton e Casillas (guarda-redes); Martins Indi, Varela, Brahimi, Aboubakar, Dani Osvaldo, Tello, Evandro, Herrera, Jesús Corona, André André, Miguel Layún, Danilo, Alberto Bueno, Lichnovsky, Imbula e Cissokho.


Helton; Layún, Lichnovsky, Indi, Cissokho; Danilo, Herrera; Varela, Bueno, Tello; Osvaldo.