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quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Análise FC Porto 5-0 Leicester CFC (Champions League) - Cincazero! (® Silva)


Noite de gala no Dragão, com um FC Porto absolutamente mágico a jogar um futebol de elevadíssima qualidade e a garantir o apuramento para os Oitavos da Champions. Parece fácil, dito assim, mas não é. 

Claro que, por todo o lado, a máquina papoila veio logo desvalorizar a vitória como sendo contra as segundas linhas do Leicester. Só que tal não é exactamente verdade. Drinkwater, entre muitos outros, não são segundas linhas. E, mesmo sendo, Ranieri estava pior do que estragado no fim do jogo. E o que querem dizer "segundas linhas" no caso do campeão em título inglês? Um campeão que teve, só de receita televisiva, 106M de prémio? Quer dizer que não estávamos a jogar contra tótós, como aliás se viu à entrada da segunda parte.

O que aconteceu foi que estou a ser deliciosamente provado errado. O ketchup destapou-se, a malapata foi-se e, em rigor, veio apenas o que faltava a esta equipa: golo. Isso, mas também o facto dos jogadores todos terem feito exibições de encher o olho, bem, até Casillas que, a única vez que tocou na bola, foi para uma excelente defesa.. de um fora de jogo.


Felipe é absolutamente extraordinário! Que central este que nós compramos! Felipe é o esteio desta defesa que, pura e simplesmente, parece saltar dez metros em cada canto, faz umas recuperações com uma grande velocidade e está sempre nos sítio certo. Assim como Marcano, que também fez uma excelente exibição. Só que o primeiro mantém-se sempre calmo e sem hesitações enquanto o segundo complicou um pouco na reacção do Leicester. Mesmo assim são a melhor dupla de centrais do século XXI. É isto que temos. E se juntarmos a isso dois laterais de imensíssima qualidade como Alex Telles - que esteve absolutamente irrepreensível nos cortes e fantástico nos cruzamentos - e Maxi - fabuloso no ataque, como sempre com uma raça e uma entrega absolutamente ímpar na defesa, digníssimo ostentador do 2 nas costas - temos uma defesa de primeiríssima água, capaz de um recorde de 6 jogos sem sofrer golos e de fazer com que o FC Porto esteja sem perder há 13 jogos. Digo isto porque, se ninguém mais o diz....

No meio campo Danilão é uma imensa parede móvel capaz, cada vez mais, de umas excelentes subidas, com uma classe e um nível tal que fazem com que aposte que - infelizmente - não esteja cá para o ano. 6 como estes não há muitos, e tinha os olhos do mundo nele postos. Depois, todo o jogo passa nos pés do Maestrinho Óliver, que fez mais um jogão e variar flancos, a fazer passes, cruzamentos e ainda a fazer importantes recuperações de bola e pressão defensiva. Óliver é o eixo da roda, com ele em campo tudo corre melhor. O seu trabalho pode não ser valorizado como deve, porque há por aí uma vertigem parva qualquer de que os jogos têm de ser jogados sempre em corrida desenfreada, mas ter alguém com a visão de jogo de Óliver ( e de Rúben, que uma vez mais entrou muito bem, a preencher bem o difícil lugar do Danilão) tem muito mais. 

E que dizer da magia pura nos pés de Brahimi e de Corona? A largura ganha no ataque, assim como a imprevisibilidade e a magia com a entrada de Brahimi é fantástica. Fez um jogão, solidário e com o toque que só ele pode emprestar, mas desta vez, na maioria das vezes, a conseguir entregar a bola aos colegas no tempo certo. E isso é só o que falta. E não é preciso dizer nada sobre o golaço de calcanhar que marcou, pois não? O sorriso que todos tivemos ao sabermos que podemos registar a marca magrebina a este estilo de golo, ao lembrar-nos do grande Madjer, alguém que todos sabemos que este admira. Assim como fabuloso foi o golo de Corona, mas também a capacidade que ele teve de partir os rins à defesa dos Foxes e, principalmente, o crescente entendimento que vai tendo com Maxi e que faz com que a ala direita do nosso ataque seja demolidora. 


Na frente Diogo Jota foi uma formiga de trabalho que viu coroada com um golo aquilo que tem vindo a fazer por merecer: o destaque devido, especialmente ontem. Jota teve uma explosão de velocidade muito boa e uma disponibilidade de dar jogo a condizer. Assim, muitos mais golos se seguirao. E finalmente, André Silva. Voltou aos golos, muito bem, voltou a esvaziar o tanque , voltou a deixar tudo em campo, marcou o penalti que, tenho a certeza, precisava para exorcizar as matrafonas. Mais, e claro, com o ataque organizado, já não tem de andar como uma barata tonta e assim sem o desgaste que teve antes, o que potencia estar no lugar certo à hora certa. Assim, o seu crescimento vai ser exponencial.

Uma palavra ainda para a boa entrada de Herrera e a estreia de Rui Pedro na Champions League, com um pormenor de uma temporização para a diagonal de Maxi que mostra bem que temos ali futuro para muito e bom futebol.

E finalmente, claro, Nuno Espírito Santo. Sou homem para dar a mão à palmatória e reconhecer a minha precipitação. O trabalho - que sim, admitidamente, é visível - está a dar os seus frutos, temos um grupo muito unido e solidário e de grande qualidade e potencial. Claro, vamos ver se sábado temos mais contra o Feirense - tão, tão difícil pôr os pés na terra depois deste sonho! - para confirmar esta tendência, mas tem já o meu reconhecimento e a minha admiração. E os votos de que continue a levar a sua, indubitavelmente sua, equipa a patamares ainda mais altos.


Para terminar, claro que é sempre tão bom ver a azia da comunicação social e sentir, uma vez mais, a sua derrota e da sua estratégia! Nunca perceberam que isso só nos torna mais fortes e combativos e que a pressão só nos faz melhores! Não precisamos de colinho nem de loas a mestres da táctica. Somos trabalho, suor, esforço e dedicação. E assim ganhamos - categoricamente! - enquanto uns passam de favor e a contar com a sorte e outros ficam em terra, de peito cheio, com as suas "vitórias morais". No final de contas, o que conta é aquilo que construímos, e isso, está bom de ver, vê-se melhor a médio prazo. 

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Antevisão FC Porto - Leicester CFC (Champions League) Dar Tudo


Ultima jornada da fase de grupos da Champions, jogo decisivo no Dragão contra o campeão em título inglês. Não há que enganar, é um jogo dificílimo que exige  concentração e entrega máximas.
Sim, é verdade que Vardi, Mahrez e Cotoveladas não vão jogar. É verdade que Ranieri sabe que tem de jogar contra o Manchester City no domingo próximo e que o seu lugar nos oitavos - o primeiro - está assegurado. Mas isto não faz o jogo mais fácil! Muito pelo contrário! Os jogadores que jogarem na vez destes três vão querer mostrar serviço e impressionar o treinador, à procura de uma oportunidade. 

Teremos também que combater o inimigo interno do facilitismo. Nada é garantido - teremos de o garantir. Não há jogos fáceis, muito menos neste contexto! E ganhar significa não pensar em terceiros, até porque o Copenhaga não se vai suicidar de repente e é superior ao Brugge.

Está nas mãos dos nossos jogadores a entrega, a paixão e a força. Até porque, já sabemos, não há cá xixis de sorte como no galinheiro. Impressionante. Sem jogar nada, lá estão eles. Mas o ditado é claro: podes enganar uma pessoa todo tempo, todas as pessoas algum tempo, mas não todas todo o tempo! Um dia a sorte acaba. Nós temos o talento, o esforço, a raça e a dedicação. Com uma boa finalização, destapado que tem de estar o ketchup, vamos lá chegar, tenho a certeza.



terça-feira, 27 de setembro de 2016

Análise Leicester 1-0 FC Porto - Tarde Piaste


Foi um Futebol Clube do Porto intenso, pressionante, com várias oportunidades de golo e muito critério, uma bola à barra e um bocado de falta de sorte, este no King Power Stadium. Mas só a partir dos 70 minutos.

E porquê, só aí? Porque entrou Herrera, mais alto e possante e porque o FC Porto foi tendendo para o 4x3x3, ou o 4x2x3x1, consoante o ponto de vista.

Fica a pergunta: se eu, que não sou treinador e não passo de um adepto, sei que, contra equipas grandes e fortes o pontapé para a frente não resulta - também não resultou com o Copenhaga - como é possível que o Nuno Espírito Santo não tenha percebido isso?

O Presidente falou em "época de transição". Talvez seja isso. Mas há que ter a noção daquilo que temos pela frente. Ou então perceber qual é a táctica que melhor nos serve.

Danilo fez um jogão. Corona também. Layún também. Otávio também. Herrera mudou tudo. Dois deles entraram aos 70 minutos.

Ainda vamos a tempo. Se soubermos jogar como jogamos nos fins dos jogos todo o jogo, podemos limpar tudo. Mas é preciso deixar-se de merdas!!!!

Ah, e fica pelo menos um vermelho directo e dois penaltis por assinalar. Pequeníssimo detalhe.

(E já agora, percebam que o amarelo é o novo castanho... brrr)

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Antevisão Leicester - FC Porto (2ª Jornada Fase de Grupos Champions League) [ACTUALIZADO FAIR PLAY]


Vamos jogar contra uma equipa raçuda. Vamos jogar contra uma equipa humilde - não se acha a última coca-cola - mas consciente de que é a campeã inglesa. Vamos jogar contra uma equipa matadora no contra-ataque que conseguiu bater os tubarões ingleses no ano passado. No meio deles está um argelino que gosta de nos marcar golos. Vamos jogar contra uma equipa entrosada. Vamos jogar contra uma equipa bem organizada. Vamos jogar contra uma equipa que esvazia o tanque.

Qual é o segredo para a vencer? Fazer exactamente o mesmo. Deixar tudo em campo. Não jogamos em contra-ataque mas temos criatividade e vontade. Temos bons jogadores. Temos raça, superamos montanhas. Mas, principalmente, temos uma enorme força:

Jogamos melhor contra quem quer jogar e contra quem quer ganhar.

Por isso, para cima deles, carago! Sem medo, olhos nos olhos, para ganhar, conscientes, contudo, que empatar também não ofende. Estaremos no bom caminho para o apuramento com um bom resultado. E isso é o mais importante.


Casillas, Maxi, Boly, Marcano, Rúben Neves, Brahimi, Depoitre, André Silva, Adrian López, José Sá, Alex Telles, Herrera, Corona, Diogo Jota, André André, Layún, Danilo, Otávio, Felipe e Óliver.



ADENDA: O Chris Forryan, do blog Leicester Till I Die, gentilmente endereçou-me umas perguntas pré-match, que com muito gosto respondi aqui. Uma iniciativa de um fair play muito interessante, que saúdo vigorosamente. Thank you Chris! Best of luck to the Foxes - just not tonight! :D

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

As Selecções, O "Infiel" E Um Advice

 É um mal necessário, que também pode ser um bem com um certo travo amargo, mas a verdade é que, uma vez mais vamos parar pós ida a Alvaláxia para mais dois pavorosos jogos das selecções. E, desta vez - e acredito que a partir daqui - vão-nos levar o André Silva para além do Danilão. 

Se, por um lado, nos levam o nosso ponta de lança principal, que não é um gigante e que tem uma mobilidade maior, por outro lado também é, evidentemente, uma alegria merecida para o André e uma forma de valorizar ainda mais os nossos activos. Aceite-se, pronto, que se há-de fazer. Mas há sempre uma parte de nós que, naturalmente egoista, vai querer que faça pouco ou que esteja a aquecer o banco, especialmente no jogo particular

Por falar em selecções, Lopetegui decidiu não convocar Iker Casillas. Também aqui, se por um lado entendo, por outro lado mantenho a crítica que fiz a Del Bosque. Não custava nada deixá-lo competir uma última vez, ter uma condigna despedida e fazer o seu exit, stage left. Bem sei que almoçaram juntos no Porto e que o próprio Lopetegui admitiu que lhe quis explicar pessoalmente o porquê, mas não deixa de soar abrupto e algo insensível. É a vida e, uma vez mais, o meu lado Portista puro fica feliz que não haja viagens e desgaste.

Uma "novela" interessante é esta do suposto anti-Portismo de Diogo Jota, o novo reforço do FC Porto. Só se fala no que terá escrito no Facebook quando tinha 16 anos. Dá muito jeito aos MaisTabacos desta vida, porque, afinal, vale a pena escamotear que o FC Porto garante, pelo menos durante um ano, um extremo de elevada força física, velocidade, técnica e de potentíssimo remate exterior

Nesta parvoíce toda, o único argumento se calhar válido é o do preço da opção de compra, uma vez que passou despercebido, aparemente, a tudo o que é scouter de grandes quando estava no Paços de Ferreira. Também não vale a pena dizer que me parece algo estranho todo este frissom, uma vez que o irmão de Jota, André Silva, está nos júniores do FC Porto neste momento. 

E, se falarmos de fifiquismo, lembremos que já tivemos tantos e bons jogadores  e treinadores adeptos de outros clubes - um deles Campeão Europeu, por exemplo - que fizeram o seu trabalho exemplarmente, e isso nunca foi nenhum problema. Tivemos o "Ministro" Costinha, fervoroso adepto do sportem. Ou também, por exemplo, no alto da guerra Norte-sul, um jogador carinhosamente chamado Rui, irmão desta menina, que não podia ser tratado pelo sobrenome, por este estar carregado de rubor...

Além disso, não temos hoje a jogar com as nossas cores um homem que deve ter batido todos os recordes de insultos dados pelos adeptos Portistas, de seu nome Maxi Pereira?

Desde que haja profissionalismo, o resto é totalmente irrelevante! Suem pelo nossa camisola, não comemorem títulos de rivais nem os publicitem e pronto! Mais a mais, quantos já não passaram a ser Portistas depois de chegar ao FC Porto, como o Moutinho, por exemplo?

 Por fim, uma última palavra para dizer que é tão bom ler e ouvir os fãs do Leicester a dizer que podem ficar em primeiro lugar, que somos equipa de Liga Europa, e por aí em diante! Tudo isto é uma importante gasolina, que estou certo que Nuno Espírito Santo saberá usar para alimentar a nossa Garra e Vontade! 

And to the Foxes, a little advice: if you think it will be easy, read my lips: "Trust in the Virgin and don't run!!"