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quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Antevisão FC Porto - Leicester CFC (Champions League) Dar Tudo


Ultima jornada da fase de grupos da Champions, jogo decisivo no Dragão contra o campeão em título inglês. Não há que enganar, é um jogo dificílimo que exige  concentração e entrega máximas.
Sim, é verdade que Vardi, Mahrez e Cotoveladas não vão jogar. É verdade que Ranieri sabe que tem de jogar contra o Manchester City no domingo próximo e que o seu lugar nos oitavos - o primeiro - está assegurado. Mas isto não faz o jogo mais fácil! Muito pelo contrário! Os jogadores que jogarem na vez destes três vão querer mostrar serviço e impressionar o treinador, à procura de uma oportunidade. 

Teremos também que combater o inimigo interno do facilitismo. Nada é garantido - teremos de o garantir. Não há jogos fáceis, muito menos neste contexto! E ganhar significa não pensar em terceiros, até porque o Copenhaga não se vai suicidar de repente e é superior ao Brugge.

Está nas mãos dos nossos jogadores a entrega, a paixão e a força. Até porque, já sabemos, não há cá xixis de sorte como no galinheiro. Impressionante. Sem jogar nada, lá estão eles. Mas o ditado é claro: podes enganar uma pessoa todo tempo, todas as pessoas algum tempo, mas não todas todo o tempo! Um dia a sorte acaba. Nós temos o talento, o esforço, a raça e a dedicação. Com uma boa finalização, destapado que tem de estar o ketchup, vamos lá chegar, tenho a certeza.



quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Antevisão FC Porto - FC Copenhaga (1ª Jornada Fase de Grupos Champions)


Não gosto nada - mesmo nada - deste estilo de jogos. Não gosto de jogos onde somos "favoritos". São os jogos que têm tudo para correr mal e muito pouco para correr bem. Se ganhamos, é natural, se perdemos pontos é uma desgraça.

Não gosto do sub-consciente nestas partidas, não gosto da humildade falsa do treinador do Copenhaga - coitadinhos de nós, vamos jogar à defesa e no contra-ataque - não gosto dos músculos relaxados e do olhar menos focado.

No entanto, este ano tenho mais fé do que no ano do Maccabi de Telaviv. Nuno Espírito Santo foi peremptório - são os campeões dos países. Nós, não.

É, por isso, fundamental fazer um jogo sério, competente e eficaz. É o que se espera. É o que se deseja. É preciso tentar encarar o Copenhaga como um Chelsea ou um Barcelona. 

Sei que tal não é possível, mas acredito num FC Porto focado e organizado, não displicente e com vontade de procurar a vitória com toda a força, sabendo que esta não está garantida, de forma alguma!

O bom de ter de suar sempre pelas coisas - até as mais simples - é que nunca se conta como garantidas as coisas que têm de ser ganhas primeiro! Lá estaremos, todos juntos, a ser o 12º jogador, no nosso palco habitual - a Champions League.


NOTA: Para abafar as declarações de Talisca, criou-se por aí um falso "caso" com as declarações de Aboubakar sobre o FC Porto. A única coisa que ele disse é que NES não contava com ele. E isso é rigorosamente verdade. Tudo o resto é misdirection

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

O Regresso Do Nosso Dragãozinho E A Champions E A Sorte


Adoro o Óliver Torres. Sempre adorei, nunca o escondi nem escondo. É que nem vale a pena tentar disfarçar a felicidade que sinto em vê-lo de volta. É uma felicidade que ele partilha. É uma felicidade que Pinto da Costa - e Antero Henrique, a quem Óli não se esqueceu de agradecer - sentem. Afinal, quando saiu, Óliver foi tentar a sua sorte no "seu" Atlético mas também sabia que não podia ter ficado.

Óliver Torres nunca mais foi feliz noutro lado como aqui. Todos sabemos da sua entrega, da sua paixão e dedicação. Todos sabemos que é um verdadeiro Dragão - como atestam estes twits em baixo, quando ele não fazia a mínima ideia de que estaria alguma vez de volta a casa.

Óliver encheu o peito, em puro estado de felicidade, quando disse a palavra Porto. Óliver é um dos nossos, nunca deixou de o ser. E agora será dez vez. A opção de compra será acionada a seu tempo devido. Para lá da mais valia desportiva, é um excelente activo. Tudo o que penso dele está aqui, escrito quando era apenas alguém que desejavamos ter por cá.  E, para matar saudades, aqui fica um relembrar do que fez na primeira passagem.

E para quem diz que mais médios não são necessários, recordo que teremos uma época longa e também que precisamos de alguém que saiba definir bem os tempos do jogo, para ocupar bem os espaços atrás e à frente e com o talento natural de Óliver. Óliver não ameaça o lugar no onze de Otávio, pois além de duas posições no meio campo, podem ambos fazer a ala esquerda.

Mais a mais, tenho a certeza que os reforços não ficam por aqui. Por isso, bem-vindo a casa Dragãozinho. Aqui vais (voltar a) ser feliz!


E este foi o grupo que nos calhou em sorte. Leicester, Club Brugge, FC Copenhagen. Destes, naturalmente, só conheço um. O Leicester. O Leicester perdeu Kanté e perdeu-se bastante pelo meio. Ranieri está a apontar à manutenção. Claro que todos conhecemos o poder de Jimmy Vardy e de Mahrez. Mas acabamos de chegar de uma eliminatória bem mais complicada. Temos tudo para passar a fase de grupos. Mas pés no chão e muito trabalho.

O fifica também teve sorte. Tem de demonstrar ser o mais maior grande. O sportem... tem o grupo que o seu treinador diz que é o que está ao seu nível.

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Análise AS Roma 0-3 FC Porto - A Vitória Da Redenção E Da Raça


Qual de nós não tremeu quando soube que o adversário da pré-eliminatória da Champions era o AS Roma? Quem não viu o fantasma da Europa League a pairar nas nossas cabeças?  Tirando o Silva - era quase o cincazero, amigo! - creio que mais ninguém.

Mas entramos bem, atacando cada bola, tendo uma fantástica reacção à perda de bola, e defendendo primorosamente. E, logo a abrir, aos 8 minutos, acontece a redenção de Felipe, para mim o herói da noite, a repôr a justiça no agregado das mãos e a dar o ímpeto para seguir em frente, e aquele acreditar tão importante! 

Logo a seguir, o meu segundo herói da noite, Iker Casillas. Aqui esteve a classe mundial de alguém que já levantou o caneco 3 vezes, com duas defesas surreais a garantir que poderíamos acreditar mais ainda.


Fomos sofrendo, sofrendo, sofrendo e deixando a Roma cada vez mais nervosa, até que De Rossi vê, aos 39 minutos, o mais que justo vermelho directo por  lesionar Maxi. E assim, a tentar depois, em vantagem, chegar aos 2-0, chegamos ao intervalo, depois de 6 longos minutos de compensação.

Começamos a segunda parte como acabamos a primeira, com a vontade de arrumar a eliminatória mas com nervos. Nervos que, inexplicavelmente, ainda aumentaram mais com a expulsão de Emerson, numa entrada assassina sobre Corona aos 50'.

Quer dizer, há uma explicação, sim. A Roma mereceu todo o meu respeito. Apesar de estar a jogar com 9, a super organização da Roma compensou estando balanceadíssima para o ataque e intensa. Apesar disso, o grande organização defensiva do FC Porto compensou a sua clara inexperiência em lidar com situações de vantagem - não estamos propriamente habituados - e os nervos e sofreguidão.


E eis que, então, valeu Layún com uma grande arrancada pela direita a passar tudo e todos, a despachar o guarda-redes romano e a enfiar a bola nas malhas do poste mais distante. Estava feito o 2-0, aos 73', mas não chegava.

Dois minutos depois, era Corona - que exibição ofensiva e defensiva! - que, pela sua esquerda natural, parte os rins a Manolas e faz um grande golo, num remate primorosamente colocado. 3-0, e a Roma deu de si, naturalmente.

Aí o FC Porto conseguiu fazer aquilo que deveria ter feito quando se viu com 9, jogou apoiado, curto, controlou e dominou , nomeadamente no eixo central orientado por André André e Danilo, de tal forma congelando o jogo que o árbitro polaco de uns grandes bagos de adamantium, Szymon Marciniak, resolveu acabar o encontro rigorosamente aos 90'.

O FC Porto celebrou, então, uma grande exibição e a vitória mais que justa, com sabor a título, à campeão. Com esta garra, esta união e este espírito de sacrifício, não há nada que não se consiga! Tudo se deve a Nuno Espírito Santo, que em pouco tempo conseguiu criar a imperiosa mentalidade raçuda À PORTO na equipa. Esta noite mágica, não a vou esquecer tão cedo. Tenho a certeza que vocês também não.


NOTAS FINAIS: 

Layún é uma grande dor de cabeça para NES. Tamanha qualidade não pode, não deve, não se admite, que esteja no banco. Se ele ataca melhor do que defende, porque não avançar mais no terreno?

Todas as bocas que eu poderia mandar, o Presidente Pinto da Costa já o fez melhor do que eu esta noite na zona mista. Desde o MaisTabaco, ao Chouriço, a MST, foi tudo a eito. Gosto de o ver nesta forma. Gostava era também de o ver assim, corrosivo como só ele sabe ser, quando perde, ou a sair em defesa da sua equipa quando esta perde. É importante esta força para unir. Fica a sugestão. Fica o pedido.

É sempre fantástico fazer um zapping de aziados. Hoje dormiremos melhor. E esta confiança e moral não trará só recursos. Traz a mentalidade ganhadora que nos poderá levar aos títulos. Não estou a ver ninguém melhor que nós. Domingo é para arrasar.

Real Madrid, Barcelona, FC Porto. 21 presenças na Champions League. Mais ninguém. É só para lembrar.

SILVA, TINHAS RAZÃO. O PRÓXIMO MENU É ON ME.  

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Análise FC Porto 0-2 Dínamo de Kiev (Fase de Grupos da Champions League)


Uma vergonha. Horrível. Nojento. Eu nem tenho palavras. E o pior de tudo é que se ouve a conferência de imprensa de Lopetegui e fica-se com a sensação de que ele não aprendeu nada.

Esta equipa do FC Porto tem uma virtude: um modelo forte. E tem um defeito: um treinador teimoso. Não é possível ter-se, sistematicamente, o medo de ver o onze na app do FC Porto ou qualquer outro lado. Perguntar-se: o que é que vai mudar desta vez?!

Se temos um sistema de 4 médios, com um encostado na ala, que faz coisas maravilhosas, para quê mudar? E, se, em desespero de causa, se põe o médio a jogar e ele é o único que tem raça, querer, e vontade, o que significa?

Para mim, basta. Não estou para levar mais "pancada" por estar com a minha equipa. Admiro os adeptos blues por estarem com o Chelsea apesar do seu rendimento asqueroso. Mas ali fica-se com a sensação que são os jogadores, e não treinador, que são o problema. Aqui fica-se com a sensação contrária.

Já vimos todos eles, sem excepção, fazer grandes jogos. Mas o modelo escravizaste de Lopetegui - e sem plano B! - vai sugando o talento individual aos bocadinhos, e, quando raramente passa o dito talento pelo meio da sua malha, vê-se Lopetegui a criticar o dito rasgo. Resultado? Medo de arriscar, necessidade de ir com a bola no pé baliza adentro, e uma falta de remate absolutamente embasbacante.

Desengane-se quem pensa que Lopetegui vai perceber que o seu modelo de posse exagerada vai mudar. Não vai. Temos 72M para fazer, talvez um pouco mais se - previsivelmente - falharmos em Stanford Bridge. E vamos fazê-lo. Venderemos bons jogadores, que valem por si mesmos, e perderemos o seu talento. 


Está, para mim, na hora de ter um Portista ao leme deste barco. Mas não o teremos até final da época. 

E digo-o já, independentemente de ganharmos a Champions e todos os títulos: esta sensação de ter o coração nas mãos cada vez que entramos em campo, tê-la-ei até ao fim. Porque não sou um Portista de vitórias. Sou-o, sempre. Independentemente de tudo, não abandono o barco. Mas sou um homem de ciência. E se se testa uma hipótese, e se esta falha, a experiência falhou.

E a loucura é fazer os mesmos erros insistentemente, buscando resultados diferentes. Mas a culpa não morre solteira às mãos de Lopetegui. Haja coragem de pôr os interesses do clube à frente dos próprios e ser preventivo em vez de remediador. Não serão. Mas não custa pedir.

Por último, não me interessa se me acusam de seguidista ou não sei quê. Este blogue é de apoio ao Futebol Clube do Porto. Apoio. Independentemente do treinador - sim, retiro o que disse, pode até ser Jesus, não vou gostar, mas paciência, também não gosto disto  - vou estar com o Futebol Clube do Porto até ao fim. Não sou é cego. E, se a evidência mo demonstra vezes e vezes sem conta, não sou eu que vou insistir no erro. 

Para mim, salvo demonstração cabal do contrário - sempre possível, mas improvável - este vai ser outro ano muito longo. Mas estarei lá, no meu lugar, a apoiar como possível, até ao fim. Contigo até ao fim, tu és o nosso amor.

P.S.: Não vale a pena virem com comentários insultuosos e acusações ad hominem enquanto se refugiam no anonimato. Vão directamente para o lixo. Estou aqui a dizer-vos, durante semanas não tive comentários. Agora vêm os "eu avisei?" Whoopty-doo. Prefiro confiar e perder do que estar cínico e a bater nos meus.

E atenção, estarei aqui para sorrir, se por ventura Lopetegui me provar que muda e aprende. Porque quero o sucesso do meu Clube. E não deixarei de apoiar o Clube, nas vitórias e nas derrotas.

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Antevisão FC Porto - Dinamo de Kiev ( Fase de Grupos Champions League )


Amanhã jogamos um dos jogos mais difíceis do ano, no meu entender. Não, não estou a brincar. O Dinamo de Kiev está a lutar pela sua sobrevivência na Champions e para isso necessita vencer. 

É certo que isso pode ser vantajoso para nós ao dar-nos o necessário espaço que terão de dar, mas é de esperar um Dínamo fortemente ao ataque, por não ter, na verdade nenhuma outra alternativa. Só a vitória interessa, para arrumar convincentemente este apuramento, para poder discutir calmamente o primeiro lugar e para provar a todos que, no espaço em que se joga realmente futebol, o Futebol Clube do Porto joga em casa.

Aposto no onze Champions, com André André descaído na ala direita, podendo transitar entre o tradicional 4x3x3 e o 4x4x2.

NOTA: Tinha pensado que, com o Maicon recuperado, seria convocado. Aparentemente, não foi e eu não reparei. Obrigado pelo reparo Michael Fernandes. As minhas desculpas a todos.
 

Helton e Casillas (g.r.); Maxi, Martins Indi, Marcano, Rúben Neves, Brahimi, Aboubakar, Dani Osvaldo, Tello, Evandro, Herrera, Corona, André André, Danilo, Miguel Layún, Bueno e Imbula.


Casillas; Maxi, Marcano, Indi, Layún; Danilo, Rúben Neves, Imbula; André André, Aboubakar, Brahimi;

Já agora, muito obrigado Hugo Gilberto pela generosa possibilidade de nos dar 30 segundos para falar do jogo da Taça do Futebol Clube do Porto.

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Análise Maccabi Tel Aviv 1 - 3 FC Porto ( Fase de Grupos Champions League )


Num jogo tranquilo, nada mais houve senão um avassalador domínio do FC Porto, que, se pecou em algo, foi na finalização. Muitas e boas jogadas de perigo, controlo e domínio da bola, de vez em quando sendo surpreendido com um ou outro contra-ataque rápido do Maccabi, que prontamente souberam contrariar ou, no limite, Casillas defender.

Não foi propriamente um jogo de sentido único, e eu sei bem que vai com certeza haver muito quem o desvalorize e ache "natural", mas o Maccabi conseguiu ter períodos de jogo de um bom contra-ataque rápido, se bem que, na segunda parte, se notou, após o golo do André André, que o ânimo e a vontade se tinham esvaído. 

O árbitro bem tentou dar o choque eléctrico para reanima-los, com um penalty das coisas mais forçadinhas de sempre - nem sei que falta viram o Maxi fazer - mas conseguimos arrumar este jogo sem problemas.

Estamos a um mísero ponto de garantirmos a qualificação. E com o primeiro lugar à vista. Não poderíamos pedir mais.


Tello - Eu sabia - pressentia - que o nosso Cristián só precisava de ultrapassar a lesão e ganhar um pouco de confiança. Que jogo! Não só pelo golo que marcou, pela assistência que fez ou até pela atitude defensiva (!), mas principalmente pelo prazer que se lhe viu e a entrega, Tello merece estar nos destaques. De facto, quando jogamos contra equipas que querem jogar, Tello é uma arma letal e uma mais valia evidente.

Layún - A melhorar imenso no capítulo defensivo, a Raça e a vontade de Miguel faz pensar que é Portista desde pequenino! E a alegria! Impressionante! Uma grande mais-valia na lateral, agora que está a aprender a defender em termos (grande, grande chega-pra-lá a Ben Haim II) poderá ser o futuro da nossa lateral esquerda. A comprar, ontem!

Formigas Atómicas - Então as duas juntas, é lindo de se ver. Maxi e André André, os nossos faz-tudo, vão a todas, estão em todas, o verdadeiro cimento do nosso edifício de jogo.

Danilo - Não sei se foi a ausência de Imbula que o libertou, se foi o espaço, mas viu-se o melhor Danilo do Marítimo ontem no campo. Velocidade, acutilância, força, quer em zonas mais recuadas, um verdadeiro tanque indestrutível. Muito bem! Pode ser sempre assim?

Casillas - Eu sei, eu sei, fez uma má reposição que poderia ter dado golo, mas defendeu-a com a palma da mão numa mancha de guarda-redes campeão do mundo. Não se desvalorize o bom punhado de defesas excelentes que fez neste jogo, valeram muito menos dores de cabeça.


Eficácia - Tanto golinho falhado, minha nossa Senhora! Rei Bakar tem de estar mais calmo, porque poderia ter saído de Israel com um poker e assim saiu de mãos a abanar. Algum nervosismo, mais coração que cabeça, a rever para domingo.

Herrera - Está difícil a vida para Hector. Entrou sem se destacar, num jogo em que tinha tudo para ser o Hector Miguel da selecção mexicana. Começa a ser preocupante.

Em algumas notas finais, adoro a azia dos jornais da capital, são sempre lindos de se ver. Claro que o mais importante não é a vitória categórica do FC Porto nem nada. Também me espanta um pouco, confesso, que a Sport TV queira ser a BTV. Não são concorrentes? Miguel Prates pá, a BTV terá certamente um lugar para ti. A forma "efusiva" com que assinalaste o golo do André André disse tudo. Que diferença para os comentários do dia anterior! Ao menos disfarcem, pá! E, por último, afinal parece que o Willian marca daqueles livres como o que marcou a nós quase todos os jogos....

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Antevisão Maccabi Tel Aviv - FC Porto (Fase De Grupos Champions League)


Naquela que é, aparentemente, novamente a prioridade máxima do FC Porto este ano, uma vitória sobre o Maccabi de Tel Aviv abrirá escancarada a porta para os Oitavos de Final da prova. Não existem jogos faceis na Champions League e a vantagem casa poderá dar algum elan ao Maccabi, por isso nada de facilitismos.

Não conto com eles. O FC Porto que se apresentou contra o Maccabi em casa tinha um com o pé relativamente levantado do acelerador, que não estou a contar ver em Israel, embora ache que o Maccabi vá ter de arriscar mais e, por isso, fazer um jogo mais aberto do que aquele que fez por cá.

Por isso, é de esperar um FC Porto mais equilibrado a meio campo, na sua tradicional forma de Champions League. É-me difícil fazer um onze, porque pressinto surpresas por parte de Lopetegui, para tentar apanhar o Maccabi em contrapé.

Ganhar e ganhar, para arrumar esta questão (embora tenhamos sempre de pontuar em casa contra o Dínamo). Nesta prova, a motivação está alta, tudo é bem ponderado e organizado com o Grande Clube que o FC Porto sabe ser.

 Helton, Casillas e João Costa (g.r.); Maxi Pereira, Martins Indi, Marcano, Rúben Neves, Varela, Aboubakar, Tello, Sérgio Oliveira, Evandro, Herrera, Jesús Corona, André Silva, André André, Miguel Layún, Danilo, Bueno e Imbula.

 Casillas; Maxi, Marcano, Indi, Layún; Rúben, Imbula, André André; Corona, Aboubakar, Tello.

Numa nota final off-topic, nem uma reacção oficial à rasteira provocação da RTP. Continuamos como vemos. A chacota nacional. Uma vergonha. Dos dois lados.

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Análise FC Porto - Maccabi Tel Aviv (Fase de Grupos Champions League) [ADENDA RIDÍCULO]


Nem bom nem mau, antes pelo contrário. Se me pedissem para resumir este jogo, te-lo-ia feito desta forma. E isso bastaria para se perceber o "espírito da coisa" de ontem.

Em primeiro lugar, convenhamos, estávamos todos incapazes de saber o que tínhamos pela frente.  Por muitos vídeos que tivessem visto, sou capaz de apostar que a preparação de outros jogos é feita de uma forma diferente. E isso notou-se. Se entramos à Porto, à primeira reacção amarela notou-se a confusão das marcações, a falta de noção clara de quem tapava o quê, quem dobrava quem, quem pressionava este e aquele. O que, diga-se a bem da verdade, o Maccabi não fez. A forma como controlaram completamente Aboubakar e como punham sempre um enxame à volta de Brahimi mostrou que eles sabiam exactamente quem nós éramos.

Num dia histórico, em que Rúben Neves se tonou o mais jovem Capitão de sempre da Champions League, notou-se que o nosso menino acusou um pouco o peso disso e não esteve tão esclarecido como noutros jogos. Aliás, se há alguém a quem se podia colocar um balão de banda desenhada a dizer "???" sobre a cabeça, era mesmo a Rúben. Valeu Imbula, o Transportador, para salvar uma certa falta de "saber o que fazer" de Rúben neste jogo. É difícil estar a estudar um adversário no campo.

Mas, no pico da confusão, numa altura em que a "onda amarela" estava a subir, Layún faz um exímio cruzamento para a cabeça de Aboubakar (não, Queiroz, não foi um frango, experimenta levar com um adversário a rematar de cabeça a 50 cm da tua cara) que acalma os corações Portistas, e, pouco depois, o mesmo Rei Bakar faz uma assistência para a fantástica passada vertical de Brahimi que sentencia o jogo num excelente remate. 


E, honestamente, acabou. Daí para a frente - estávamos a caminhar para o fim da primeira parte - foi gerir o resultado, e pensar no jogo com o Braga, o próprio André André admitiu. E notou-se.

Na segunda parte, portanto, deu-se a vez ao Maccabi, baixou-se as linhas e jogou-se no típico "ok, pronto, já está" que, insisto, é uma característica do FC Porto de antes de Lopetegui. Quando Imbula sai, por troca com Danilo, vai-se o controle do jogo, a posse é dada ao Maccabi, mas também, e é facto, nunca se deixou de procurar o terceiro. Tivemos bons apontamentos, mas jogamos num claro modo de "tirar o pé" e isso notou-se, excepto Cristián Tello, que entro no lugar de Corona, e que por pouco não marcou - merece titularidade - André André e Maxi, sempre bons em tudo e todo o lado e Brahimi que, passe alguns exageros, foi o maestro deste jogo.
Tivemos uma vitória boa, esclarecedora e justa, sem nenhuma exibição de gala. Em Tel Aviv tenho a certeza absoluta que faremos bem melhor. Porque podemos. Mas, não deixo de sublinhar, com um sorriso nos lábios, que é a primeira vez que o FC Porto de Lopetegui tira o pé na Champions a pensar num jogo do campeonato. Fico feliz. Consciência de que, domingo, é para vencer ou vencer, e ficar ainda mais líderes.

Ah, e já agora, o "Lopatêgo" leva 20 jogos a vencer em casa - segundo melhor da História do FC Porto, atrás apenas de Artur Jorge. Impressionante. Pelo menos, para mim.




Brahimi - O nosso pequeno argelino parte os rins de tudo e todos! A intensidade que ele está a pôr nos jogos - e diga-se, não só da Champions - está uns furos bem acima daquilo que se viu, em média, no ano passado. Como este ano não há CAN, esperemos tê-lo assim até ao fim, e dar-lhe o título que faz por merecer. Foi a referência de um ataque algo perdulário, e pareceu sempre andar a uma velocidade mais rápida do que a dos demais.

As formigas atómicas - Maxi e André André são, neste momento, absolutamente indispensáveis no FC Porto. A forma como não desistem, como resistem a tudo que é ataque e como ainda se conseguem superar, é fantástica. São o estilo de jogadores que mais aprecio - não fazem exibições de encher o olho, jogadas fantásticas per si, mas são a "cola" de tudo isto. Absolutamene brilhantes, como sempre.

Imbula - Cada vez mais, a pedra angular do FC Porto. Muito se reclamou com Imbula, mas hoje em dia, é a primeira definição do ataque e a primeira linha da defesa. Lopetegui poupou-o para Braga. Fez bem. Mas que se notou, notou. 

Cristián Tello - Absolutamente impossível de marcar sem falta, é bom ver o nosso Tello de volta àquilo que nos faz sonhar. Um extremo de qualidade, bom a cruzar, difícil de defender, sempre à procura do golo. Merece titularidade, já. 

Casillas - 51 jogos da Champions sem sofrer golos. O guarda-redes que consegui esta marca impressionante foi Iker Casillas. E foi com a nossa camisola. E com aquilo que faz o nosso ser um dos melhores do mundo - todo o jogo a dormir, no final, uma defesa extraordinária a manter a nossa baliza inviolada e o nosso registo impecável. Bravo, San Iker.


Tremelique e desnorte defensivo - Bem sei que enfrentavam o escuro do desconhecido na frente, mas entregar a posse de bola, falhar dobras e permitir ao Maccabi entrar por ali dentro só não deu asneiras por milagre. E por San Iker. Mal Danilo, mal Layún, mal Rúben a defender - este último acho que a acusar a pressão da Capitania. Curiosamente, a posse de bola controlada só chegou com...Herrera. Estranho. A ver e rever e re-rever.

Corona - Nada. Zero de magia, zero de explosão, zero de interesse. Passou totalmente ao lado do jogo. Nos antípodas de Brahimi.

Ok, pronto, já está - Aplaudo que se pense no campeonato, mas caramba, menos, ok? Obrigado.

ADENDA: Ridículas as capas d'A Bola e do Record. Mas continuem, por favor. Quanto maior o ego, maior a queda. A mais melhor equipa deste e d'alem mundo vai precisar do vosso... colinho.

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Antevisão FC Porto - Maccabi Tel Aviv (Fase de Grupos Champions League)


Antes de mais, dizer que hoje esta é a imagem que ilustra o post porque celebra(re)mos um facto que muito nos orgulha. Rúben Neves será o mais jovem capitão de equipa de sempre da Champions League. Isto não é nenhuma brincadeira. Um jovem de 18 anos feitos há pouquíssimo tempo vai estar à frente na fila de Iker Casillas, por exemplo. Como sou pai, devo dizer que aquela família nem deve dormir com tal felicidade. E é inteiramente merecida. Rúben Neves não é só superior na leitura de jogo e na capacidade do passe. É um miúdo (desculpem, tenho uma filha com 16, este rapaz para mim é um miúdo) com uma maturidade absolutamente excepcional. Já o vi, sem medo, a dar instruções, já o vi incentivar a equipa e o seu Portismo é, para mim, a toda a prova.

Posto isto, falemos de bola. Ainda bem que Lopetegui não é parvo e não veio - nunca vem! - com o discurso de facilitismos e companhia limitada. Nesta jornada dupla contra o Maccabi joga-se literalmente o apuramento - ao vencermos os dois, tê-mo-lo garantido e podemos até aspirar ao primeiro lugar, se vacilarmos, podemos deitar tudo a perder. O Maccabi é um ilustríssimo desconhecido, não acredito que haja alguém que me possa dizer qual é o seu estilo de jogo ou equipa provável sem consultar a net. No entanto, Lopetegui frisa bem que se preocupa com o seu próprio jogo e mais nenhum. Acho muitíssimo bem. Ser fortes, pressionantes, acutilantes e, principalmente, eficazes é fundamental. Tudo o resto será o sortilégio do jogo.

Estou curioso para ver se Lopetegui não pôe Cristian Tello na equipa principal, acho que merecia esse voto de confiança. Já foi importantíssimo na Champions League muitas vezes. E acho que está a regressar à sua forma mais interessante. Saúda-se o regresso previsível de Marcano para um M&Ms diferente, mas sempre necessário.


Helton e Casillas (guarda-redes); Maxi, Martins Indi, Marcano, Rúben Neves, Brahimi, Aboubakar, Dani Osvaldo, Tello, Evandro, Herrera, Jesús Corona, André André, Miguel Layún, Danilo Pereira, Alberto Bueno, Imbula e Cissokho.


Casillas; Maxi, Marcano, Indi, Layún; Rúben Neves, Imbula, André André; Brahimi, Aboubakar, Tello;


quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Análise FC Porto 2-1 Chelsea (2â Jornada Fase de Grupos Champions League)


Tinha dito que ia ficar chateado se vencêssemos. Desculpem, não consigo. Este FC Porto deixa-me pleno de felicidade e êxtase. Mas deixa, também, em aberto questões preocupantes. Passo a explicar.

Ontem tivemos no Dragão um FC Porto à moda antiga, daqueles de superação, com Raça, Querer, Vontade e... Mística. Sim, não me venham mais falar que "falta Porto ao Porto" e "a Mística já não existe". Existe, sim, e de que maneira.

Nós éramos o underdog, o pequenino, que ia tentar pontuar com o gigante. Felizmente para ele, Mourinho não foi na cantiga e montou uma equipa plena de jogo. Sim, foi o melhor Chelsea que vencemos, não foi o Chelsea de azul desbotado que tem estado na Premier League. O que nós tivemos foi uma grande União e Espírito de Sacrifício que superou o talento do outro lado.

Quem disser que Willian, Pedro ou Diego Costa fizeram um mau jogo só pode estar a brincar comigo. Já agora, sim, Casillas podia ter feito mais para evitar o golo, ele próprio o disse, mas também fez um bom par de defesas que nos valeram pontos. E esteve a comandar a tropa, que eu bem vi. 


Onde ganhamos o jogo foi na entrega total de todos a cada lance. Quando os grandes (André pai, Lima Pereira, Rodolfo, etc) falam a Bernardino Barros de deixar tudo no campo, é disto que falam. De uns exaustos Rúben Neves e André André, de um Rei Bakar que não esteve à procura de brilhar. Mas também falam, principalmente, de um Maicon de pé inchadíssimo a jogar como se não houvesse amanhã e de um estóico Imbula a levar com o cão Matic a morder-lhe a perna sem reclamar. E de um Brahimi a defender!

Os destaques que farei são de jogadores extraordinários, mas todos, sem excepção, foram jogadores à Porto. Calem-se os detractores, aqueles que acham que somos maus e que não jogamos nada. É mentira. Somos o FC Porto.

Mas, ainda assim, uma dúvida assalta o ar, como um vento suão que traz consigo tempestade: fica provado o que sempre disse, que o sistema de Lopetegui funciona fantasticamente quando se quer jogar futebol, quando as duas equipas querem jogar. Mas, e quando não querem? Como justificar tamanha assimetria entre o campeonato nacional e a prova-magna? Como não nos rendermos à evidência de que este banho táctico não pôde ser preparado em três dias? E onde ficou o Moreirense no meio disto tudo? Porque não defende e ataca Brahimi desta maneira no campeonato

É um problema de difícil resolução este, no qual há que meditar, mas não hoje. Hoje é o dia de celebrar, de rever os lances e deleitar-nos com a Europa do futebol rendida a um FC Porto cada vez maior. Um FC Porto à Porto!



Maicon - O Air Strike foi mesmo Air Strike! Impressionante a forma como venceu no jogo aéreo a Diego Costa, como fez cortes de suprema qualidade, como apoiou, fez dobras, comandou, flanqueou, tudo e mais alguma coisa. Teve, claro, as suas famosas Paragens Cerebrais®, mas foram superadas pelo segundo golo consecutivo de bola parada (!!!) e por jogar uma boa parte do jogo em claríssima dor. Se Maicon não é um digno Capitão, não sei quem será.

Rúben Neves - É um Galáctico da bola, um predestinado que só com muito inegável Portismo se vai conseguir segurar. O futebol corre-lhe nas veias, nos seus pés a Magia de quem faz da bola o que quer, e a visão estratégica de um Comandante. Tudo isto num miúdo de 18 anos. Para mim, titular indiscutível. Quem joga da maneira que o nosso menino jogou contra um colosso europeu, joga sempre e traz qualidade indiscutível ao FC Porto. Aquelas entradas finais na área mereciam o golo que procurou e deram ideia de que é já um Homem de barba rija.

As Pulgas Eléctricas com pilhas Duracell - Impressionante a qualidade de jogo e a capacidade de superação de Maxi Pereira e de André André. Não farão os jogos mais vistosos, mas serão sempre os carregadores de piano e os paus-para-toda-a-obra que fazem do FC Porto um à Porto. Sem eles não teríamos ganho. Em todo o lado, em qualquer lugar, para qualquer coisa, nem que o adversários lhes dê 30 cms de diferença. Então Maxi chegar ao fim do jogo sem estar de rastos, deixa-me atónito. O Presidente tinha razão: um digno sucessor do 2.

Aboubakar - "O Sábio sabe pôr-se em último lugar. Assim, é sempre o primeiro". Estas palavras de Lao Tzu no seu fantástico Tao Te King, assentam como uma luva ao Rei Bakar. É comovente a forma como Rei Bakar faz tudo o que é preciso, passa, dobra, constrói, defende, ataca, remata, tabela...Enfim! Jackson quem? Pois! É mesmo o Rei.

Imbula - Quando vejo Imbula lembro-me sempre deste tipo. O nosso Juggernault é mesmo imparável e fez uma extraordinária exibição! Realmente, com espaço, Imbula é outra conversa! Que força! E foi imperial na defesa! Assim, sim!

Indi - Pouco importa se joga muitas vezes ou poucas, entrou pleno de Raça e de Querer à Porto. Muito melhor a defender do que a atacar, a forma como estava presente a cortar lances capitais foi absolutamente decisiva.

Brahimi - Faço-o relutantemente, porque não merecia pela atitude de sexta, no entanto não há como escapar. A atacar, a defender, a superar-se, começou individualista, mas acabou a ajudar a equipa em tudo. Brahimi fez um jogo soberbo. Mas, e o campeonato, Yacine?

Lopetegui - Ganhou em toda a linha ao Special Happy One. Até ao pôr Layún a extremo direito. Como criticar um treinador capaz de inventar uma táctica tão fantástica? Como ficar aborrecido por ele gostar é de jogar futebol? Ou o FC Porto ganhou apesar do treinador? É deixar-se de trocas de nome, ó faixabore, e respeitar um técnico capaz de nos pôr a jogar de igual para igual com equipa do triplo do orçamento.


Amistades Peligrosas - O nosso amigo árbitro era sabidos que tinha uma amizade perigosa com Mourinho. E notou-se, notou-se muito. O festival de sarrefada consentida ao Chelsea contrastou com os amarelos e faltinhas manhosas averbadas ao FC Porto! Pouco importa se Marcano faz penalty ou não, é muito intelectualmente desonesto dizer que fomos beneficiados no que quer que seja! à atenção do Dr(?) Bruninho Calimero, vê lá isto e cala a boca! O que se deve fazer quando somos prejudicados é aguentar e superar-se. Como nós fizemos. Com muita Raça!

terça-feira, 29 de setembro de 2015

Antevisão FC Porto - Chelsea (2ª Jornada Fase de Grupos Champions League)


Não vou esconder, serei polémico nesta antevisão. Este será, pessoalmente, o jogo dos últimos dois anos que menos me vai dizer. 

Para já, porque parto com expectativas realistas: José Mourinho precisa de vencer para recuperar o crédito na Premier League. Dificilmente perdendo, ou sequer empatando, José Mourinho poderia transmitir aos seus jogadores que seria candidato a vencer a Champions League. Para além disso, sei que os seus jogadores têm o ego ferido, tal como o Bayern teve no Allianz Arena e que virão com tudo para cima de nós. Hazard, Costa e Pedro, conduzidos pela batuta de Cesc Fábregas, são muito poder de fogo para a nossa mui irregular equipa.

Não me surpreende o mindgame supremo de Mourinho. Mourinho conhece bem o FC Porto, e sabe que insultar-nos ou fazer-se superior seria a morte do artista, a gasolina para as nossas tropas. Daí que vem fazer a psicologia inversa, a de enaltecer-nos, de dizer que carrega o FC Porto no coração - mentira, é benfiquista - e fazer todo aquele adocicado próprio de uma cobra a envolver-nos.

Não caio nessa cantilena, senhor José. Para mim, perdeste tudo quando te recusaste a celebrar a nossa maior conquista pelo Clube que fez de ti quem és.

Para lá de Mourinho, gostava evidentemente de ver Casillas numa noite à-lá Helton em Braga, porque Casillas não é o guarda-redes do Real que está aqui, é o guarda-redes do FC Porto!

Por último, quero deixar público que a atitude de Brahimi me deixou pesaroso, e que este estilo de coisas não se deveria passar no meu Clube. Não vivemos para a Champions League. O nosso campeonato deveria ser o nacional - contra o Moreirense, o Tondela, o União da Madeira. Este estilo de atitudes evidencia que, internamente,  não é

Irei ver, pois, este jogo de coração pesado, não pela tripla que representa, mas pelo sinal que transmite. Naturalmente, celebrarei a vitória e cada golo, ficarei feliz pela projecção que traga, mas muito preocupado pelo deslumbramento que isso acarrete. Odeio sensações de dejá vú.

A terminar numa nota feliz, adorei a convocatória de Sérgio Oliveira, Evandro e Bueno. No man left behind. Nem tudo teria de ser mau sinal.

Helton e Casillas (guarda-redes); Maxi Pereira, Martins Indi, Maicon, Marcano, Rúben Neves, Brahimi, Aboubakar, Dani Osvaldo, Tello, Sérgio Oliveira, Evandro, Jesús Corona, André André, Miguel Layún, Danilo, Bueno e Imbula;

(4x3x3): Casillas; Maxi, Maicon, Marcano, Layún; Imbula, Rúben Neves, André André; Brahimi, Aboubakar, Tello;

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Análise Dinamo de Kiev 2 - 2 FC Porto (Fase de Grupos Liga Dos Campeões)


Ficamos com um sabor agridoce no final deste jogo. No meu entender, fizemos um bom jogo, especialmente na segunda parte e merecíamos a vitória pela entrega total que tivemos. O golo do empate do Dínamo é fora de jogo, mas não podemos queixar-nos.

Tínhamos um jogo naturalmente difícil com as ausências que tínhamos. Ivan Marcano, no meu entender, faz muita falta. As dobras e os apoios que dá a Maicon são de ouro. Layún começou mal - muitas culpas no primeiro golo - mas depois foi crescendo no jogo, por isso compensou bem. E Lopetegui faz falta no banco, a corrigir posicionamento e a ler o jogo.

A primeira parte foi confusa, mais para tapar do que para construir, a segunda foi de entrega total com um Porto à Porto. Os 50% de posse para cada lado mostram que o jogo foi equilibrado. 

No meu entender, não podemos criticar ninguém pelo segundo golo. É um claro fora de jogo de quem estorva propositadamente Casillas e de quem marca o golo, tanto que o jogador fica a olhar para o árbitro para ver se ele valida o golo. Mas já se sabe, contra o FC Porto não há roubos escandalosos nem exposições à UEFA.

Pontuamos, marcamos dois golos fora que podem fazer a diferença em caso de empate pontual, se pontuarmos com o Chelsea podemos ficar numa boa posição, temos tudo para seguir em frente.

Temos de estar agora focados no benfica, que vem a seguir e não vai ser nada fácil.


Aboubakar - Rei Bakar começou algo tímido, mas não deu 2 minutos de vantagem ao Dínamo. Na segunda parte teve uma intensidade brutalíssima, com pormenores de uma grande classe e fantástico entrosamento da equipa. Um claro sinal mais neste arranque de campeonato. Dá para lembrar, orgulhosamente: Gosto MUITO do Aboubakar.

André André - O FC Porto à Porto em 1,70 m. André André, como a família André, faz o que se pede que faça, entregando tudo, numa atitude que contagia o colectivo. Para mim, pega de estaca neste FC Porto, é um claro desequilibrador positivo, a Raça neste plantel.

Rúben Neves - Leitura de jogo superior, entrosamento e entrega, Rúben Neves está a conquistar o seu espaço, para mim, não como 6, mas como Lucho, um 8 com um passe mortal teleguiado. Ah, e 18 anos.


Herrera - Nem carne, nem peixe, fora de forma ou fora de jogo, Herrera é, neste momento, um peso morto e um jogador a mais. Esperamos um melhor Herrera no futuro.

Brahimi -  Completamente fora de tudo, o argelino. Tem de se ligar aos colegas e entregar a bola dois segundos antes do que pensa que tem de entregar. Senão vai estar a mais em 90% dos jogos.

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Antevisão Dinamo de Kiev - FC Porto (1ª Jornada Fase de Grupos)


Voltamos então a entrar directamente naquele que é o nosso palco natural enquanto equipa. É na Champions League que o modelo de jogo de Lopetegui melhor respira, é aqui que ele cresce e ganha asas. Julen Lopetegui concebe o futebol como eu: um jogo onde cada um dos adversários tem um único fito - ganhar. Nesse sentido, o nosso modelo de posse e controle de bola, com um meio campo forte e soluções de profundidade e criação de fora para dentro expõe-se com alegria.

Na Champions League não há Matemática do Pontinho, há apenas suor e entrega. Na Champions League não há batatais, árbitros afectos ou campos inclinados - há futebol. Assim sendo, os jogos de casa são de apoio aos nossos - e não assobiativos - e os jogos fora são de raça, luta e querer.

Sabemos que o Dínamo de Kiev é, tradicionalmente, de boas memórias, mas não nos enganemos: amanhã é amanhã e ponto final, parágrafo. Aqui a estatística conta zero, e o habitat natural do adversário, mais fresco mas felizmente ainda não frio, será por eles aproveitado.

Espero um Futebol Clube do Porto mais musculado e de transporte no meio campo do que no caso do Arouca, e aposto num onze tradicional. Casillas será, junto com Xavi Hernandez, o jogador com mais presenças de sempre da Champions League, e com a camisola do nosso  Futebol Clube do Porto. Nestes palcos, estou certo que o nosso guardião fará uma diferença decisiva.

Muito se tem falado da não convocatória de Varela. Acho que as nossas soluções de ala estão encontradas e que não se deve fazer uma tempestade num copo de água, vide o caso de Rúben Neves. 

Sei que teremos um Clássico no domingo mas, ao contrário de certo paineleiro, não desejo que os nossos jogadores tirem o pé neste jogo. Uma vitória aqui seria meio caminho andado de um apuramento, um passo decisivo no bom sentido. Estar na fase final da Champions League é um feito que quero que comece a ser tido como normal, pelo nosso prestígio e pela saúde das nossas contas.

Lamento que o nosso melhor central tenha sido arredado pela segunda vez em 3 jogos de Champions e que o nosso treinador que tantos desprezam não possa estar com a sua imponência no banco. Mas tenho a certeza que Rui "Piccollo" Barros fará um excelente trabalho, ao ser a Mística viva do FC Porto condensada na área do treinador.

Da conferência de imprensa, nada de especial, a não ser uma pergunta inconveniente sobre... Sara Carbonero. O lado mais "cor-de-rosa" da vida de Casillas a chaga-lo até nas conferências de imprensa da Champions.


Helton, Casillas e João Costa (guarda-redes); Maxi Pereira, Martins Indi, Maicon, Rúben Neves, Brahimi, Aboubakar, Dani Osvaldo, Tello, Evandro, Herrera, Jesús Corona, André André, Miguel Layún, Danilo, Alberto Bueno, Imbula e Cissokho


(4x3x3): Casillas; Maxi, Maicon, Indi, Cissokho; Danilo, Imbula, Herrera; Brahimi, Aboubakar, Corona;