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domingo, 1 de outubro de 2017

Fazer Acreditar - Z

O Mónaco-Porto da última 3ª feira marcou o início duma nova era de portismo para mim: o primeiro jogo a que pude assisitir ao vivo como emigrante. Desde que a fase de qualificação ditou que a equipa da cidade onde vivo não participaria na fase de Grupos (o OGC Nice), dediquei todas as minhas energias para as rezas, vodu, danças da chuva e do sol (principalmente do sol, que aqui não chove), para assegurar que o Porto jogaria por perto (Juventus ou, idelmente, Mónaco). O meu indescritivel mijo, tipo aquele que costuma ter aquele indivíduo manquinho, que bebe muita água durante os jogos, e lá os vai ganhando sem saber (ao que parece com cada vez menor intensidade, e com maior propensão para umas quedas barulhentas), lá fez com que o Porto viesse jogar a uns quilómetros de minha casa. Foi quase como ir do Porto a Vila do Conde ver o jogo.


Primeiro jogo do Porto fora de portas, primeiro jogo de Champions ao vivo desde o BATE Borisov, primeira oportunidade de ver ao vivo a equipa deste ano. Oportunidade também de medir o pulso à nossa massa adepta, e de tentar perceber como se vive afinal o portismo a uns valentes quilómetros de Portugal.

Antes do jogo, ambiente morno pelo principado. Uma invasão ordeira de portistas de varios recantos de França, também do Luxemburgo, Bélgica e, claro està, Portugal. Gente que se levantou de madrugada, para fazer centenas de quilómetros, passar pelo exercício de paciência de tentar arranjar lugar para o carro no sobrelotado principado, apenas para ter de passar pela monumental dor de cabeça duma interminável fila de trânsito no final. Tudo por aqueles 90 minutos, ver aquele azul e branco no campo, pela partilha de portismo nas bancadas que só quem vai aos jogos fora de portas sente, misturado com aquela emoção de poder fazê-lo pela primeira vez em muito tempo, porque nem sempre a sorte dos sorteios bafeja os corações dos que estão longe. Muita malta nova de cachecol azul e branco ao pescoço, sem saber muito bem falar português, mas a saber de cor os nomes de jogadores, treinador, canções, o hino. Aquela prova saborosa (se é que provas havia a dar) de que ser um clube de dimensão internacional ultrapassa contagens e recontagens de sócios, ou propaladas melhores academias de formação do mundo; é chegar aqui, a França, e ver um tipo com uma camisola do Porto por amor a Lisandro Lopez, ou toalhas de praia com o nosso símbolo por causa dum tal Brahimi. É todos saberem aquela equipaça que em 2004 conquistou a Europa, mas também que foi viveiro de jogadores de topo que espalharam e espalham qualidade por esse Mundo fora, mesmo sem as máquinas de propaganda por detrás, e sem rastas no cabelo.

Ambiente pintado de azul e branco mas, ainda assim, sereno. Talvez ainda feridos pela derrota na primeira jornada de Champions, e pela chamada ao planeta Terra, penso que todos fomos ficando algo convencidos da treta do "plantel para consumo interno", que a nossa entrada em falso, a nossa notória ausência de opções e a nossa comunicação social nos foram impondo. Talvez todos estivéssemos convencidos de que se trataria apenas uma questão de saber qual a crueza dos números finais; afinal, tratava-se dum jogo na casa dum semi-finalista da Champions da época anterior, que mesmo tendo perdido jogadores, tem um plantel com bastantes mais opções do que o nosso. Ter, por exemplo, um Jovetic no banco, quase parece sacrilégio para quem em tantos jogos apenas teve Hernâni como opção directa de ataque. 

São também 4 anos de feridas profundas que tardam em sarar. 4 anos de promessas de melhor que se foram esfumando no ar, deixando quase sempre um aroma de conformismo e desolação, tantas foram as oportunidades de ouro desperdiçadas, tantos os tiros no pé que foram sendo dados. 

Não vos vou mentir, a escolha de Sérgio Conceição para nos comandar esta época não me caiu nada bem. Se foi principalmente pela falta de timoneiro que terminámos a época transacta com a sensação amarga de ter estado tão perto de escrever outro tipo de história, nunca a escolha de Conceição me pareceu a mais adequada para nos dar aquele impulso extra, que nos permitisse não claudicar contra os Vitórias de Setúbal desta vida em momentos decisivos. ou viver das vitórias morais e das grandes actuações dos nossos adeptos nos jogos da Champions. Se associarmos isso à forma calamitosa como a nossa época teve de ser preparada, ao que tudo indica porque não há dinheiro para absolutamente nada que não seja mais um guarda-redes, começa a pairar nas nossas cabeças aquela desconfortável sensação de déjà-vu. Olhamos para Maregas e Hernânis com estupefacção, e vemos fugir-nos das mãos as nossas pérolas. 

E a época começa... e as coisas começam a correr bem. "Se calhar não passamos em Braga", mas acabamos por passar com distinção. Vem a derrota com o Besiktas e logo nos passa pela cabeça que a equipa possa cair numa espiral depressiva, e que cheguemos a Novembro já a pedir que rolem cabeças. Ainda por cima "vem aí um Rio Ave que fez a vida negra a um dos rivais" mas lá acabamos por ganhar de forma assertiva. A seguir, uma goleada em casa, com outra equipa que há bem pouco tempo podia (e devia) ter saído da Luz com outro resultado. Com os patinhos-feios (sobretudo Marega e Herrera) a fazer pela vida. Sem Óliver. Com um Brahimi estrondoso, a driblar como Madjer, e a recuperar bolas como Fernando Reges. 

O que esperar no Mónaco? Sucumbir perante uma equipa que vem duma temporada de sonho e que tem registos ofensivos demolidores ou resistir? Ficar com a certeza de um Porto para consumo interno, ou uma equipa para lutar por mais? 

Na paragem para jantar algo antes do jogo, começam a chegar sinais preocupantes. Sérgio Oliveira no onze, com Oliver de fora, e a manutenção da aposta em Marega. Fiquei petrificado, perante o que mais me parecia uma Jesualdização ou Robsonização de Sérgio Conceição. Apostar num gajo que ainda não jogou esta época num jogo desta importância? "Estamos fodidos..." teimava em me dizer o meu sempre mais forte lado pessimista. Sérgio Conceição tinha prometido um Porto à altura dos seus pregaminhos na antevisão deste jogo. Teríamos mais um NES no banco, mais promessas de muita coisa, e desenhos em quadros, e não fazer um caralho dum remate à baliza porque vamos todos borrados para dentro de campo?

Começa o jogo, e nota-se que estamos ansiosos. A bola corre mais próximo da baliza lá do fundo, e umas perdas de bola deixam-nos alguns calafrios na espinha. Mas a equipa solta-se, e vai chegando à frente. Primeiro sem perigo; de repente com mais algum perigo. "Lá vamos nós para a merda dos lançamentos longos", pensei eu a revirar os olhos ao ver Alex Telles a dar passadas largas para efectuar o lançamento de linha lateral. Confusão. Aboubakaaaaar.... GOOOOOOLOOOOOOO!!! A bancada vem abaixo, abraça-se os amigos e também aqueles que estão à volta. Ficámos na frente, de forma natural face ao que fomos crescendo no jogo. Até ao intervalo, mais uns avisos, e zero sobressaltos lá atrás. Exibição de personalidade. "Carago, o gajo prometeu e, sem dúvida, cumpriu." Em 45 minutos Sérgio mostrou-nos que o Porto tinha realmente ido ao Mónaco para mostrar a sua fibra. Isto com Herrera, Marega e a "invenção" Sérgio Oliveira. Sem Óliver ou Corona. Com um Brahimi que, ao intervalo, levava mais dribles do que 5 ou 6 equipas da Champions juntas nessa noite. Isso e os rins dum desgraçado dum jogador adversário, que ficou estatelado lá perto da nossa área face a mais um momento de magia do Yacine. 


E agora, a ganhar 1-0, ficariamos fechadinhos cá atrás a defender o resultado? Conseguiríamos conter a natural reacção monegasca? Teríamos estofo para aguentar mais 45 minutos assim? Tivemos, oh se tivemos. Sérgio Oliveira faz um passe impossível, estilo "quarter-back", e só a sofreguidão impede Marega de marcar, só com o guarda-redes pela frente. E nem vos digo a maravilha que foi ver da bancada visitante o desenrolar da jogada do 0-2. A prova de que levávamos a lição muito bem estudada, sabendo exactamente onde "matar" o nosso adversário com o futebol mais simples do mundo. Drible de Brahimi, passe magistral a desmarcar Marega que, com espaço, fica sem ter de tentar fintar (porque não sabe), mas pode correr como um desalmado (fá-lo na perfeição) e ganhar facilmente vantagem sobre o defesa. Passe para o meio e... foi só encostar. Futebol de contra-ataque, simples e eficaz. Um drible, dois passes, para fazer a bola chegar da nossa área à baliza contrária. Simples, mas trabalhoso. Eficaz, mas bem trabalhado. Dando de barato que o último golo surgiu já numa fase de muito desacerto monegasco, fica a nota para a sede de mais golos que os nossos jogadores quiseram saciar. 

0-3 no Mónaco. Honestamente, quantos de nós imaginaram que fosse possível uma vitória tão clara frente a um adversário tão complicado, fora de portas? Arrisco-me a dizer que ninguém imaginou um cenário desses. Ninguém imaginou uma vitória ao nível daqueles fabulosos 0-5 em Bremen.
A não ser... Sérgio Conceição. Porque não foi do nada que surgiu esta colossal vitória europeia; viu-se ali trabalho de casa, a cada recuperação de bola e saída em transição, sempre com movimentações bem definidas pelos 4 da frente (Brahimi, Marega, Aboubakar e... Herrera), ou a cada vez que o jogo do Mónaco era conduzido para as faixas, surgindo cruzamentos que foram sendo sucessiva e serenamente cortados pelas nossas torres. A diferença entre o querer fazer, e o fazer. O prometer e o cumprir. Foi-me prometido um Porto à Porto, e foi isso que tive. E teria tido, mesmo que o resultado fosse outro, porque a forma como a equipa se vai movendo, e como se compensa quando há falhas (porque as há, e não são poucas) é de um grupo que está a ser preparado para poder quebrar, mas nunca, nunca, nunca torcer. Sérgio disse-o, e os jogadores acreditaram e sentiu-se que foram para dentro do campo com esse objectivo: ser Porto, sem ter de andar a propalá-lo com hashtags. E foda-se, se há coisa mais linda do que ver os extremos do plantel (em termos de qualidade de futebol), Yacine e Marega, a lutar com a mesma abnegação e orientação para o bem comum?

O primeiro passo para se ter sucesso num desporto colectivo é conhecer muito bem os nossos pontos fortes e, sobretudo, as fraquezas, para se conseguir camuflá-las ao máximo. Todos sabemos que Brahimi é um génio com a bola nos pés, e a malta deixa-o fazer os seus desequilíbrios a vontade. Mas se é Marega que fica sozinho, logo surgem inúmeras linhas de passe, para lhe retirar a pressão de ter de fazer o que não consegue: fintar. Nestes pontos simples, vê-se uma equipa que se conhece bem. Sabe até onde e como pode ir. Isto vale ouro. E o mérito tem de ser dado ao timoneiro. A cada jogo que passa, e percebendo cada vez mais o quão limitados estamos financeiramente e a nível de opções de plantel, dou cada vez mais mérito e sinto cada vez mais respeito por um indivíduo que: 

1- não foi a primeira opção e, sabendo-o, aceitou vir
2- teve de andar a juntar "restos" e, sabendo-o não virou a cara
3- nesse contexto, e com a desconfiança da grande maioria dos sócios e adeptos do clube (eu inclusive) conseguiu esta senda de resultados favoráveis, e recolocar de novo a equipa e o público muito próximos.

Sem lugares comuns, sem discursos vazios, sem arrogâncias. Com trabalho e serenidade.

Escrevo isto ainda antes de irmos a Alvalade. Não tenho ilusões: estaremos perante o adversário mais duro de roer no seu reduto nos últimos anos, temos um historial altamente desfavorável e somos o alvo a abater como líderes isolados. Mas eu acho que é mesmo disto que o Sérgio gosta. E estou profundamente convicto de que cada centímetro de cada jogador do Porto irá entrar em campo em Alvalade com o espírito certo, que o jogo foi bem preparado, e que não haverá lugar a vitórias morais, ou a jogar para festejar empates. Nunca o senti nas épocas anteriores, e devo ao Sérgio senti-lo agora. Pode correr mal? Obviamente que sim. Mas em Alvalade, mais do que nunca, acredito naqueles rapazes. E se correr mal? Foda-se, continuo a acreditar. 

Acho que, mesmo com todas as limitações do mundo, há 4 anos que não estávamos tão próximo de começar a reerguer-nos como nesta época.  

Um abraço a todos,

Z


terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Vamos Com Tudo!


Quando, há dois anos, mais coisa, menos coisa, entrei no Dragão para o embate com o Bayern de Guardiola, estava convicto, racionalmente, de uma goleada das antigas. Mas estava, emocionalmente, crente na superação do Dragão. Sinto exactamente o mesmo hoje, sentirei o mesmo amanhã. Por uma vez, tenho - admito-o - o conforto de saber que a pressão está do outro lado. Seja qual for o resultado da minha equipa do Coração, a minha Alma Azul e Branca sente-se superada. Entramos - como há dois anos - praticamente arrumados. Mas atenção: a Roma também não está assim a léguas da Juventus! E conseguimos superá-los - e bem!

Temos muita união no balneário, uma equipa que não desiste e não se dá por vencida, não fico surpreendido se nos continuarmos a superar! Seja como for, acredito num jogo equilibrado. Mas o favoritismo não mora cá. Isso é ponto assente. Estarei, sim, a ver um encontro histórico entre Casillas e Buffon, o regresso de Alex Sandro e - tenho a certeza - um excelente jogo de futebol.

Como costumo dizer, se se deixar cada gota de suor em campo, se não se der nenhuma bola como perdida ou resultado como feito... serei um homem feliz. É a Champions. A nossa obrigação está feita. O que vier a seguir... será bem vindo.

Ai o Tondela reclamou da arbitragem, fez comunicados e tudo, é? Coitados, pá! Roubadinhos que foram, não se admite! Claro que, noutras ocasiões, outras lentes viram lances piores. Pois, percebe-se: há quem goste de ser usado e abusado e ainda agradeça. Afinal, todos sabem que partilham a flor saltitante com pó inebriante no coração! Paneira, Petit, Pepa... mais claro é difícil! E é por estas e por outras, por serem repetidamente comidos e ainda irem ao beija-mão, que depois acabam a jogar a Ledman Pro. Com toda a paixão e coração, ainda a gritar alvíssaras a quem os usa e deles abusa.

E é também por causa de coisas como estas e como as  dos lampiões do Norte que o sonho de um Norte unido, tendo como linha da frente um Clube mundialmente titulado, se afigura impossível, ou pelo menos muito difícil: há quem seja sodomizado por 30 moedas de prata, quem perca uma, e outra e outra e outra vez, quem entregue bolas ao adversário, quem deixe passar uma bola na área, sempre na vã esperança de fazer parte do desígnio nacional. Só que ignoram um facto simples: para esta gente, somos parolos, burros e atrasados. Acima do Mondego, é só parvos, a não ser que gritem, ululantes, em prol de tudo o desígnio queira. 

E a agir assim, não serão? Estende-se a passadeira, deita-se na lama para a passagem dos "escolhidos" e espera-se pela côdea que vem do beija-mão. Depois espantam-se com as despromoções, espantam-se com as faltas de oportunidades, espantam-se que o combinado se descombine. 

Quem é tolo e gosta de o ser... merece o que tem. A nós, não vencerão. Contra tudo e contra todos. Contra o pensamento dominante. Por muita campanha que se faça.

E, por falar em campanha, deixo aqui uma imagem do Papa Pinto da Costa que diz tudo. Quem quiser acreditar no que se publicita incessantemente... faça-o.


quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

A Armadilha Na Estrada, O Perigo Que Sempre Espreita

Não gosto dos jogos antes da Champions. Não gosto daquilo que trazem, da divisão de atenção, do deslumbre, do desgaste, da gestão. Não gosto, porque continuo a preferir o campeonato do que chegar a uma determinada fase da Champions League. Quem viu os jogos de ontem, por exemplo, ou mesmo o PSG-Barcelona, pode tirar conclusões. Há equipas cujo talento, rodagem e entrosamento, superam, e muito, uma noite de sorte. Sim, porque já todos sabemos que o mijinho dos coisinhos, elevados que foram a "super-heróis" de um jogo ridículo e paradoxal, certamente não acontece duas vezes.

Na verdade, lembremos-nos deste épico jogo. Neste jogo, em que efectivamente jogamos e que não fomos dominados, tive uma noite memorável no Dragão como não pensava que viria a ter. Só que a segunda mão trouxe um daqueles amargos como sentiu ontem o Arsenal. E a verdade é que, dois anos volvidos, praticamente tudo o que é bom continua lá, e ainda houve alguns acrescentos de qualidade - obviamente, não "o melhor em campo", que quase não joga.

Digo isto porque, como diz o nosso Capitão sem braçadeira,  "é bom poder sonhar, mas temos de ser realistas". E o realismo passa por concentrar-nos no título que, efectivamente, está ao nosso alcance e o que ele significa. O caminho para o título nacional. Não se esperem facilidades, amanhã. O polvo tem muitos braços, incluindo ex-jogadores doentes tornados treinadores que, contra nós, vão dar o litro para ajudar a equipa do coração.

É importante, por isso, relembrar aos jogadores que, nesta jornada, poderemos ficar à frente vencendo e, quem sabe - embora as esperanças não sejam muitas... - esperar que o rival possa perder pontos. Temos equipa para isso e mais, e nada ganhamos em jogar um jogo a pensar no seguinte. Fizemos a nossa parte na Champions, a partir daqui a sorte dita tanto como tudo o resto. 

O Tondela tem de ser a nossa Champions. O Tondela, que diz que vai jogar olhos nos olhos - não acredito - tem de ser a nossa prioridade. Então sim, a partir das 23 horas, pensar na vecchia signora. Se não for assim, poderemos comprometer, desnecessariamente, o objectivo principal, e entregar o desígnio nacional aos nossos rivais, ou desperdiçar uma excelente oportunidade de ser líderes isolados, com tudo o que isso significa. Dar tudo para ser Campeões tem sido o lema até aqui. Não pode deixar de ser por 180 minutos de um torneio. Porque aquilo que parece uma linda estrada, pode ter um buraco que nos afunde a qualquer altura. Atenção e foco totais exigem-se!

Já se esperava muita coisa baixinha, mas a alaranjada jornalista foi bem longe. Fica bem patente nesta imagem que, amor pelo nosso Clube, é coisa que ela não tem. Fica feita a exposição das motivações e verdadeira face da laranja. Mas um parágrafo chega. Não há que dar mais tempo a quem não o merece.

Mostremos dentro do campo que bem podem nos podem tentar desestabilizar, só nos tornaremos mais fortes!



segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

A Senhora Velha e a Intenção Pura.


Está então a vecchia signora no nosso caminho nos Oitavos de Final da Champions League. Naturalmente, um adversário muito difícil - todos o são nesta fase - e com o qual temos contas antigas a acertar. Eu acredito que a perspectiva histórica tenha sido dada por todos os outros blogues, por isso, vou por outro caminho.

Teremos pela frente um adversário que chegará, previsivelmente, fresco em Fevereiro à nossa casa em virtude do fosso enorme que tem de qualidade e profundidade de plantel e mesmo de conhecimento da sua equipa em relação aos rivais (neste dia em que escrevo, a nossa conhecida Roma e o Milan estão empatados no segundo lugar a 7 pontos de distância), por isso focado completamente em conseguir um título europeu que perseguem há anos. 

Contra Buffon, Alex Sandro, Higuaín e companhia terá de ser um FC Porto muito forte defensivamente e incisivo no ataque para seguir em frente na eliminatória. A Juventus sabe ser camaleónica o suficiente para ser imprevisível e cínica o suficiente para controlar até desferir um golpe raro, sem qualquer contemplação. Onde nós temos juventude e vontade, do outro lado morará a experiência e o treino repetido. Só com criatividade e muita raça será possível passar a muralha alvinegra. Difícil, sim. Impossível, jamais. No entanto, ver dois gigantes europeus amigos nas duas balizas vai ser um daqueles eventos históricos ao qual não faltarei.

Ontem à noite, deu-se o previsível desporto nacional, o do branqueamento de penaltis lampiónicos. Sim, são os dois penaltis. Isso, ou a mão de Felipe não era, e  deveríamos estar 2 pontos à frente, a mão de André Silva não era e deveríamos ter tido um resultado muito mais dilatado e por aí em diante. E não, não são coisas despicientes. São influências directas no resultado.

Pizzi não teve a "intenção" de dar na bola, dizem uns. Pois, mas com qual dos braços? É que ele ajeitou a bolinha com os dois, primeiro o esquerdo e depois o direito! Que não haja avaliador que dê disso conta, seja no Tribunal d'O Jogo ou noutro lado qualquer, é absolutamente surrealista! E, neste caso, não só seria penalti a favor do sportem como é a jogada imediatamente anterior ao primeiro golo benfas! Não há maior influência directa no resultado do que esta! E no caso de Nelson Semedo, enfim, o peito dele deve ter uma extensão angular qualquer. Este é o braço direito de Nelson Semedo a tocar a bola. Num movimento deliberado. Ou isso, ou está com espasmos musculares. Mas aqui diz-se por todo o lado que "foi sem querer" e que "não havia intenção".

Aqui está a via sacra benfas em todo o seu esplendor rumo ao tetra. É que Jorge Sousa, depois de ter ficado de molho uns bons meses, viu literalmente "a luz" e já sabe o que fazer. E é por isso que estou, infelizmente, profundamente convicto da infinitesimal probabilidade do título, apesar de acreditar até ao fim. É que podemos jogar bem, fazer grandes espectáculos de futebol. Mas quando lutamos contra dados viciados, e ainda por cima contando com um autêntico golden shower papoilar para ajudar à festa... é complicado. Foram inferiores em tudo. São e sê-lo-ão. Mas passam fases de grupo com sorte e têm uma eficácia surrealista no contra-golpe. Como uma equipa pequena. Num jogo pragmático.

Contamos, através de um FC Porto de qualidade e resistente, com a "glorificação antecipada" que leva à soberba. Ganhando os nossos jogos, ficará sempre a ideia de que um Marétmo pode acontecer mais vezes. Mas será muito raro. Não deixaremos contudo de lutar até ao fim.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Análise FC Porto 5-0 Leicester CFC (Champions League) - Cincazero! (® Silva)


Noite de gala no Dragão, com um FC Porto absolutamente mágico a jogar um futebol de elevadíssima qualidade e a garantir o apuramento para os Oitavos da Champions. Parece fácil, dito assim, mas não é. 

Claro que, por todo o lado, a máquina papoila veio logo desvalorizar a vitória como sendo contra as segundas linhas do Leicester. Só que tal não é exactamente verdade. Drinkwater, entre muitos outros, não são segundas linhas. E, mesmo sendo, Ranieri estava pior do que estragado no fim do jogo. E o que querem dizer "segundas linhas" no caso do campeão em título inglês? Um campeão que teve, só de receita televisiva, 106M de prémio? Quer dizer que não estávamos a jogar contra tótós, como aliás se viu à entrada da segunda parte.

O que aconteceu foi que estou a ser deliciosamente provado errado. O ketchup destapou-se, a malapata foi-se e, em rigor, veio apenas o que faltava a esta equipa: golo. Isso, mas também o facto dos jogadores todos terem feito exibições de encher o olho, bem, até Casillas que, a única vez que tocou na bola, foi para uma excelente defesa.. de um fora de jogo.


Felipe é absolutamente extraordinário! Que central este que nós compramos! Felipe é o esteio desta defesa que, pura e simplesmente, parece saltar dez metros em cada canto, faz umas recuperações com uma grande velocidade e está sempre nos sítio certo. Assim como Marcano, que também fez uma excelente exibição. Só que o primeiro mantém-se sempre calmo e sem hesitações enquanto o segundo complicou um pouco na reacção do Leicester. Mesmo assim são a melhor dupla de centrais do século XXI. É isto que temos. E se juntarmos a isso dois laterais de imensíssima qualidade como Alex Telles - que esteve absolutamente irrepreensível nos cortes e fantástico nos cruzamentos - e Maxi - fabuloso no ataque, como sempre com uma raça e uma entrega absolutamente ímpar na defesa, digníssimo ostentador do 2 nas costas - temos uma defesa de primeiríssima água, capaz de um recorde de 6 jogos sem sofrer golos e de fazer com que o FC Porto esteja sem perder há 13 jogos. Digo isto porque, se ninguém mais o diz....

No meio campo Danilão é uma imensa parede móvel capaz, cada vez mais, de umas excelentes subidas, com uma classe e um nível tal que fazem com que aposte que - infelizmente - não esteja cá para o ano. 6 como estes não há muitos, e tinha os olhos do mundo nele postos. Depois, todo o jogo passa nos pés do Maestrinho Óliver, que fez mais um jogão e variar flancos, a fazer passes, cruzamentos e ainda a fazer importantes recuperações de bola e pressão defensiva. Óliver é o eixo da roda, com ele em campo tudo corre melhor. O seu trabalho pode não ser valorizado como deve, porque há por aí uma vertigem parva qualquer de que os jogos têm de ser jogados sempre em corrida desenfreada, mas ter alguém com a visão de jogo de Óliver ( e de Rúben, que uma vez mais entrou muito bem, a preencher bem o difícil lugar do Danilão) tem muito mais. 

E que dizer da magia pura nos pés de Brahimi e de Corona? A largura ganha no ataque, assim como a imprevisibilidade e a magia com a entrada de Brahimi é fantástica. Fez um jogão, solidário e com o toque que só ele pode emprestar, mas desta vez, na maioria das vezes, a conseguir entregar a bola aos colegas no tempo certo. E isso é só o que falta. E não é preciso dizer nada sobre o golaço de calcanhar que marcou, pois não? O sorriso que todos tivemos ao sabermos que podemos registar a marca magrebina a este estilo de golo, ao lembrar-nos do grande Madjer, alguém que todos sabemos que este admira. Assim como fabuloso foi o golo de Corona, mas também a capacidade que ele teve de partir os rins à defesa dos Foxes e, principalmente, o crescente entendimento que vai tendo com Maxi e que faz com que a ala direita do nosso ataque seja demolidora. 


Na frente Diogo Jota foi uma formiga de trabalho que viu coroada com um golo aquilo que tem vindo a fazer por merecer: o destaque devido, especialmente ontem. Jota teve uma explosão de velocidade muito boa e uma disponibilidade de dar jogo a condizer. Assim, muitos mais golos se seguirao. E finalmente, André Silva. Voltou aos golos, muito bem, voltou a esvaziar o tanque , voltou a deixar tudo em campo, marcou o penalti que, tenho a certeza, precisava para exorcizar as matrafonas. Mais, e claro, com o ataque organizado, já não tem de andar como uma barata tonta e assim sem o desgaste que teve antes, o que potencia estar no lugar certo à hora certa. Assim, o seu crescimento vai ser exponencial.

Uma palavra ainda para a boa entrada de Herrera e a estreia de Rui Pedro na Champions League, com um pormenor de uma temporização para a diagonal de Maxi que mostra bem que temos ali futuro para muito e bom futebol.

E finalmente, claro, Nuno Espírito Santo. Sou homem para dar a mão à palmatória e reconhecer a minha precipitação. O trabalho - que sim, admitidamente, é visível - está a dar os seus frutos, temos um grupo muito unido e solidário e de grande qualidade e potencial. Claro, vamos ver se sábado temos mais contra o Feirense - tão, tão difícil pôr os pés na terra depois deste sonho! - para confirmar esta tendência, mas tem já o meu reconhecimento e a minha admiração. E os votos de que continue a levar a sua, indubitavelmente sua, equipa a patamares ainda mais altos.


Para terminar, claro que é sempre tão bom ver a azia da comunicação social e sentir, uma vez mais, a sua derrota e da sua estratégia! Nunca perceberam que isso só nos torna mais fortes e combativos e que a pressão só nos faz melhores! Não precisamos de colinho nem de loas a mestres da táctica. Somos trabalho, suor, esforço e dedicação. E assim ganhamos - categoricamente! - enquanto uns passam de favor e a contar com a sorte e outros ficam em terra, de peito cheio, com as suas "vitórias morais". No final de contas, o que conta é aquilo que construímos, e isso, está bom de ver, vê-se melhor a médio prazo. 

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Antevisão FC Porto - Leicester CFC (Champions League) Dar Tudo


Ultima jornada da fase de grupos da Champions, jogo decisivo no Dragão contra o campeão em título inglês. Não há que enganar, é um jogo dificílimo que exige  concentração e entrega máximas.
Sim, é verdade que Vardi, Mahrez e Cotoveladas não vão jogar. É verdade que Ranieri sabe que tem de jogar contra o Manchester City no domingo próximo e que o seu lugar nos oitavos - o primeiro - está assegurado. Mas isto não faz o jogo mais fácil! Muito pelo contrário! Os jogadores que jogarem na vez destes três vão querer mostrar serviço e impressionar o treinador, à procura de uma oportunidade. 

Teremos também que combater o inimigo interno do facilitismo. Nada é garantido - teremos de o garantir. Não há jogos fáceis, muito menos neste contexto! E ganhar significa não pensar em terceiros, até porque o Copenhaga não se vai suicidar de repente e é superior ao Brugge.

Está nas mãos dos nossos jogadores a entrega, a paixão e a força. Até porque, já sabemos, não há cá xixis de sorte como no galinheiro. Impressionante. Sem jogar nada, lá estão eles. Mas o ditado é claro: podes enganar uma pessoa todo tempo, todas as pessoas algum tempo, mas não todas todo o tempo! Um dia a sorte acaba. Nós temos o talento, o esforço, a raça e a dedicação. Com uma boa finalização, destapado que tem de estar o ketchup, vamos lá chegar, tenho a certeza.



quinta-feira, 24 de novembro de 2016

O Estado Das Coisas

"Incompreensível", dizia o comentador espanhol do vídeo de onde tirei o frame do penalti claríssimo de Lidelöf que ilustra este post. A seguir, o dito comentador atribuía à juventude e inexperiência de Lindelöf um penalti tão ridículo. 

Naturalmente, não sabe este que o penalti se deveu, pura e simplesmente, ao facto de ser tão normal que Lindelöf e os seus colegas façam este tipo de brincadeiras impunemente no campeonato doméstico que se lhes oblitera da cabeça que as regras são diferentes na Europa do futebol, mesmo não sendo.

Foi, aliás, comovente ver também como não houve qualquer reacção à presença de Aboubakar na área para o terceiro golo, tão convencidos que estavam que seria marcado fora de jogo - inexistente - no lance do golo do empate.

Sim, é verdade, temos erros, nomeadamente de treino e sistematização, temos tido falhas de eficácia. Mas não esqueçamos o essencial: num campeonato isento, em que, pelo menos e já não seria pedir muito, 60% dos penaltis a nosso favor fossem marcados, estaríamos destacados na frente, cheios de confiança, com os adversários a temerem o nosso poderio, sabendo que não teriam o manto protector da APAF a proteger a sarrefada e todas as jogadas à margem da lei de jogo que são permitidas contra nós.

Não há aqui enganos: prefiro um FC Porto que ganhe apesar dos erros arbitrais. Estes não disfarçam as carenças de jogo, finalização, jogadas estudadas e entrosamento da minha equipa. Mas quero, desejo, a bem do prestígio, também, da minha Liga - tão pessimamente vista lá fora - que esta se torne competitiva e justa.

Não queremos benefícios - sabemos-nos naturalmente melhores. Já o provamos. Mas queremos que se conheça o real valor das equipas. Queremos uma comunicação social isenta que não permita que um treinador tenha o topete de dizer que lamenta a sua "equipa não ter feito o 4-0 que matava o jogo." Se fosse o FC Porto a perder uma vantagem de 3 golos que garantiria o apuramento - quiçá em primeiro - para a fase final da Champions e cairia o Carmo e a Trindade neste Portugal. 

Assim, no pasa nada, tudo natural e normal. Não há crise. Afinal, continuam a ser o tricolinho.

Uma vez mais uma equipa vai defrontar as papoilas apenas uma semana depois de ter despedido o treinador. Pepa, essa papoila conhecida, foi despedido do Moreirense depois de lá estar 15 dias a olhar para o balão, a uma semana do jogo. Podia o Papoilas ganhar com justiça? Podia, mas não era a mesma coisa. Assim se fazem campeões fajutos: com trapaça, inclinação e god mode. Porque seria exposta a verdade dos factos: uma equipa terrivelmente sobreorçamentada com falhas graves. Assim, é um campeonato mais ganho à fifica.

Parabéns à Dragões Diário pela posição de força e o call do bluff dos processos disciplinares. Estou a gostar! Sigam assim! Estaremos convosco!

terça-feira, 22 de novembro de 2016

Análise FC Kobenhavn 0-0 FC Porto - Notas Curtas, Como O Treinador

  • Empatamos. 
  • Não marcamos golos, pela enésima vez.
  • Jogamos bem com a qualidade que temos, mas deixamos o talento em casa.
  • Com quase 85 minutos, o treinador não tinha feito qualquer substituição.
  • Não fez todas as substituições.
  • A única leitura de jogo que fez, aos 85 minutos de um jogo que tinha de ganhar... foi por um médio.
  • O pânico na cara do treinador é surrealista. Ele nunca sabe o que fazer.
  • A segunda substituição foi forçada.
  • André Silva deu o abafo. Que ninguém se atreva a culpá-lo. Aliás, quem é que contratou o ponta de lança alternativo que nunca entra?
Pois, pois é. É isto. Ganhar ao Leicester, a equipa que ganhou todos os jogos menos um. E não perdeu nenhum. Pronto. Fácil.

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Análise Club Brugge 1-2 FC Porto - Rés Vés Campo Do Brugge

Ganhámos! Uff! Na nesga, merecidamente pela meia hora a jogar futebol, mas com sorte até lá. Sorte, sim, porque entramos a parecer uma equipa de amadores. Não podemos entrar nervosos e desconexos como entramos, a dar o flanco - literalmente, Layún esteve pavoroso nessa altura - e consentir um golo palerma daquela maneira. Da defesa, a esta altura, só se safava Casillas - que ainda fez duas defesas!

Do meio campo para a frente era um disparate pegado, onde só se safava a entrega total de Óliver e Otávio, cada um à sua maneira, mas sem conseguirem ligar o jogo como se impunha, onde a posse de bola com critério era mentira e o Capitão era pedra ausente. Aliás, Herrera perde espaço cada vez mais, com a sua inconstância gritante, é mais mau do que bom. A espaços, lá aparecia um lampejo daquilo que deveria ser o FC Porto, mas bastava uma pressãozinha do Brugge para tudo evaporar novamente.

Felizmente, após quase 60 minutos, NES viu o óbvio e tirou Jota e um inexistente Herrera e pôs Brahimi e Corona que sacudiram a equipa e fizeram tombar a balança - justamente! - a favor do FC Porto. Finalmente houve dinâmica, intensidade e faro de golo, que começou por um belíssimo remate de Brahimi e que começou a fazer o Brugge recuar, o que possibilitou um belíssimo contra-ataque com um golaço de Layún a redimi-lo da parvoíce da primeira parte. 

A partir daí, a reacção foi aquela que se sabe, o crer motivou o FC Porto que avançou, no fim como deveria ser no início para cima e tentou, uma e outra e outra vez, até que um penalti soberbamente marcado por um André Silva com olhos à Pedro Emanuel deu justiça ao resultado.


Agora em nossa casa, temos de saber da nossa superioridade e matar esta contenda de uma vez por todas, mostrando desde o início o que é um FC Porto à Porto.

Como me disse uma amigo uma vez, são estas vitórias arrancadas a ferro que fazem equipas e dão carácter e nervo. Esperemos que seja eliminada de uma vez por todas a necessidade de dar uma parte e um golo ao adversário. Só dependemos de nós. E isso é excelente. O que conta são os 3 pontos. É melhor jogar bem, mas a jogar mal que se ganhe na mesma. Também serve.

NOTA: É ver, se faz favor, o início do jogo da SportTV, quem fala na roda antes do jogo, e quem fala também verticalmente e sem merdas na flash interview. Esse, um jogador recordista de jogos na Champions, respeitado por todos, tem de usar a braçadeira. O resto, é treta.

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

O Guarda-Chuva Da "Mistica"

Começo a fincar cansado desta treta da "Mística", honestamente. Começa-me a fartar que haja tratamentos diferenciados para uns e outros, dependendo da origem geográfica ou da maior ou menos popularidade junto dos adeptos.

Se Iker Casillas tivesse feito a burrada que fez Helton na Taça de Portugal e nos tivesse custado um título, não haveria uma só voz que não lhe batesse, seria criticado e corrido ao pontapé. Exigir-lhe-iam a transferência imediata, encher-lhe-iam de comentários o instagram e o facebook.

Se Óliver estivesse aqui onze anos e ganhasse Liga Europa, Campeonatos e Taças várias, e chegasse ao fim e agradecesse - e fizesse questão de sublinhar esse qualificativo - aos adeptos todos do futebol e não só aos do FC Porto, seria insultado de filho da puta para baixo.

Mas Helton não! Como hoje - e estou certo que a contra-gosto - o FC Porto acaba por ser obrigado a comunicar, é falso que Helton não tivesse conhecimento de nada, é falso que tivesse ficado qualquer coisa por tratar, e a rescisão foi - tenho a certeza com montantes incluídos - acertada a 15 de Setembro último! 

Se fosse Rolando, por exemplo, a fazer uma cena como esta, mentindo descaradamente, que adjectivos lhe seriam averbados? Que tipo de julgamento de carácter seria dado? Isto agora é assim? A uns, tudo é permitido?

Quando é que, na hora de despedida, o Bicho iria agradecer a "todos os adeptos de futebol"? Quando é que o faria João Pinto ou António André?

E, já agora, e porque este é o Porto Universal, fica no ar uma pergunta: se Ivan Marcano se chamasse Ivo Macedo, fosse Portista desde o berço, se estivesse a comportar exemplarmente em campo desde o início da época , se, como no último jogo, fosse voz de comando e ajudado na defesa e no ataque, seria ou não considerado um jogador à Porto

Está na hora de pensarmos e repensarmos bem esta coisa de estar com uns que carregam o Brasão Abençoado e contra outros. Depois as surpresas acontecem e o amargo na boca fica...

NOTA: Não vou por a equipa provável nem antecipar o jogo de amanhã mais do que: a equipa é a mesma do Nacional e tem de ser para ganhar, por tudo e mais alguma coisa.

Para terminar, meu caro Rodolfo, querias ser o ponta de lança do FC Porto nos programas? Fácil! Puxa a box para trás e vê o Bernardino Barros ontem na TVI24. É assim - por exemplo - que se defende o FC Porto. Ok? Abraço!

terça-feira, 27 de setembro de 2016

Análise Leicester 1-0 FC Porto - Tarde Piaste


Foi um Futebol Clube do Porto intenso, pressionante, com várias oportunidades de golo e muito critério, uma bola à barra e um bocado de falta de sorte, este no King Power Stadium. Mas só a partir dos 70 minutos.

E porquê, só aí? Porque entrou Herrera, mais alto e possante e porque o FC Porto foi tendendo para o 4x3x3, ou o 4x2x3x1, consoante o ponto de vista.

Fica a pergunta: se eu, que não sou treinador e não passo de um adepto, sei que, contra equipas grandes e fortes o pontapé para a frente não resulta - também não resultou com o Copenhaga - como é possível que o Nuno Espírito Santo não tenha percebido isso?

O Presidente falou em "época de transição". Talvez seja isso. Mas há que ter a noção daquilo que temos pela frente. Ou então perceber qual é a táctica que melhor nos serve.

Danilo fez um jogão. Corona também. Layún também. Otávio também. Herrera mudou tudo. Dois deles entraram aos 70 minutos.

Ainda vamos a tempo. Se soubermos jogar como jogamos nos fins dos jogos todo o jogo, podemos limpar tudo. Mas é preciso deixar-se de merdas!!!!

Ah, e fica pelo menos um vermelho directo e dois penaltis por assinalar. Pequeníssimo detalhe.

(E já agora, percebam que o amarelo é o novo castanho... brrr)

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Antevisão Leicester - FC Porto (2ª Jornada Fase de Grupos Champions League) [ACTUALIZADO FAIR PLAY]


Vamos jogar contra uma equipa raçuda. Vamos jogar contra uma equipa humilde - não se acha a última coca-cola - mas consciente de que é a campeã inglesa. Vamos jogar contra uma equipa matadora no contra-ataque que conseguiu bater os tubarões ingleses no ano passado. No meio deles está um argelino que gosta de nos marcar golos. Vamos jogar contra uma equipa entrosada. Vamos jogar contra uma equipa bem organizada. Vamos jogar contra uma equipa que esvazia o tanque.

Qual é o segredo para a vencer? Fazer exactamente o mesmo. Deixar tudo em campo. Não jogamos em contra-ataque mas temos criatividade e vontade. Temos bons jogadores. Temos raça, superamos montanhas. Mas, principalmente, temos uma enorme força:

Jogamos melhor contra quem quer jogar e contra quem quer ganhar.

Por isso, para cima deles, carago! Sem medo, olhos nos olhos, para ganhar, conscientes, contudo, que empatar também não ofende. Estaremos no bom caminho para o apuramento com um bom resultado. E isso é o mais importante.


Casillas, Maxi, Boly, Marcano, Rúben Neves, Brahimi, Depoitre, André Silva, Adrian López, José Sá, Alex Telles, Herrera, Corona, Diogo Jota, André André, Layún, Danilo, Otávio, Felipe e Óliver.



ADENDA: O Chris Forryan, do blog Leicester Till I Die, gentilmente endereçou-me umas perguntas pré-match, que com muito gosto respondi aqui. Uma iniciativa de um fair play muito interessante, que saúdo vigorosamente. Thank you Chris! Best of luck to the Foxes - just not tonight! :D

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Análise FC Porto 1-1 FC Copenhaga - Inócuo (1ª Jornada Champio


"Não fomos a equipa que queremos ser e não fomos durante todo o jogo. Não primeira parte não fomos eficazes, demos demasiados momentos ao Copenhaga. A equipa tinha um plano de jogo e esse plano deveria ser cumprido com rigor perante os problemas. Esse rigor seria a forma de resolver os problemas.

Marcámos primeiro, tivemos mais oportunidades, mas não deveríamos ter permitido o golo do Copenhaga. Após o golo do Copenhaga quisemos reagir, quando antes deveríamos ter continuado à procura do segundo, do terceiro golo. Essa é a equipa que queremos ser, uma equipa eficaz.

Chegámos cedo ao golo, tivemos mais oportunidades e tivemos muita posse de bola. Mas queremos ter posse de bola com golos."

Se Nuno Espírito Santo diz isto, pouco mais há a dizer, a não ser alguns complementos. Contra pinheiros altos, bolas pelo ar e passes em profundidade são facilmente anuláveis. Temos qualidade nos jogadores e criatividade para poder fazer trocas rápidas e abrir espaços.

Jogamos lentos, parados e amorfos. Tal como esperava, no subconsciente dos jogadores estava a "superioridade" Portista. Nada mais errado. Os resultados são feitos no jogo. E não há vencedores antecipados.

Herrera e Casillas fizeram duas exibições pavorosas. O primeiro não deve ter percebido a velocidade a que tem de jogar neste lado do Atlântico. Também, a opção de pôr Herrera mais à frente do que Óliver... mas, mesmo assim, de frente para a baliza não remata, chega atrasado a passes e a tabelas... acho que está na hora de "descansar" um pouco no banco. Casillas, por seu lado, não pode tremer como varas verdes cada vez que lhe chegam à beira pelo ar. Afinal, não é ele o experiente multicampeão? Treinar segurar a bola e sair aos cruzamentos, se faz favor!

Para terminar, fica então a lição de humildade deste jogo, onde só Danilo esteve bem na sua função. E uma noção fundamental: golos não surgem de geração espontânea. Sem remates não se marcam golos. Sem jogadas não se fazem remates. 

Para a frente é que é caminho. Mas há muito trabalho pela frente, sem duvida. E com os pezinhos no chão, se faz favor! 

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Antevisão FC Porto - FC Copenhaga (1ª Jornada Fase de Grupos Champions)


Não gosto nada - mesmo nada - deste estilo de jogos. Não gosto de jogos onde somos "favoritos". São os jogos que têm tudo para correr mal e muito pouco para correr bem. Se ganhamos, é natural, se perdemos pontos é uma desgraça.

Não gosto do sub-consciente nestas partidas, não gosto da humildade falsa do treinador do Copenhaga - coitadinhos de nós, vamos jogar à defesa e no contra-ataque - não gosto dos músculos relaxados e do olhar menos focado.

No entanto, este ano tenho mais fé do que no ano do Maccabi de Telaviv. Nuno Espírito Santo foi peremptório - são os campeões dos países. Nós, não.

É, por isso, fundamental fazer um jogo sério, competente e eficaz. É o que se espera. É o que se deseja. É preciso tentar encarar o Copenhaga como um Chelsea ou um Barcelona. 

Sei que tal não é possível, mas acredito num FC Porto focado e organizado, não displicente e com vontade de procurar a vitória com toda a força, sabendo que esta não está garantida, de forma alguma!

O bom de ter de suar sempre pelas coisas - até as mais simples - é que nunca se conta como garantidas as coisas que têm de ser ganhas primeiro! Lá estaremos, todos juntos, a ser o 12º jogador, no nosso palco habitual - a Champions League.


NOTA: Para abafar as declarações de Talisca, criou-se por aí um falso "caso" com as declarações de Aboubakar sobre o FC Porto. A única coisa que ele disse é que NES não contava com ele. E isso é rigorosamente verdade. Tudo o resto é misdirection

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

As Selecções, O "Infiel" E Um Advice

 É um mal necessário, que também pode ser um bem com um certo travo amargo, mas a verdade é que, uma vez mais vamos parar pós ida a Alvaláxia para mais dois pavorosos jogos das selecções. E, desta vez - e acredito que a partir daqui - vão-nos levar o André Silva para além do Danilão. 

Se, por um lado, nos levam o nosso ponta de lança principal, que não é um gigante e que tem uma mobilidade maior, por outro lado também é, evidentemente, uma alegria merecida para o André e uma forma de valorizar ainda mais os nossos activos. Aceite-se, pronto, que se há-de fazer. Mas há sempre uma parte de nós que, naturalmente egoista, vai querer que faça pouco ou que esteja a aquecer o banco, especialmente no jogo particular

Por falar em selecções, Lopetegui decidiu não convocar Iker Casillas. Também aqui, se por um lado entendo, por outro lado mantenho a crítica que fiz a Del Bosque. Não custava nada deixá-lo competir uma última vez, ter uma condigna despedida e fazer o seu exit, stage left. Bem sei que almoçaram juntos no Porto e que o próprio Lopetegui admitiu que lhe quis explicar pessoalmente o porquê, mas não deixa de soar abrupto e algo insensível. É a vida e, uma vez mais, o meu lado Portista puro fica feliz que não haja viagens e desgaste.

Uma "novela" interessante é esta do suposto anti-Portismo de Diogo Jota, o novo reforço do FC Porto. Só se fala no que terá escrito no Facebook quando tinha 16 anos. Dá muito jeito aos MaisTabacos desta vida, porque, afinal, vale a pena escamotear que o FC Porto garante, pelo menos durante um ano, um extremo de elevada força física, velocidade, técnica e de potentíssimo remate exterior

Nesta parvoíce toda, o único argumento se calhar válido é o do preço da opção de compra, uma vez que passou despercebido, aparemente, a tudo o que é scouter de grandes quando estava no Paços de Ferreira. Também não vale a pena dizer que me parece algo estranho todo este frissom, uma vez que o irmão de Jota, André Silva, está nos júniores do FC Porto neste momento. 

E, se falarmos de fifiquismo, lembremos que já tivemos tantos e bons jogadores  e treinadores adeptos de outros clubes - um deles Campeão Europeu, por exemplo - que fizeram o seu trabalho exemplarmente, e isso nunca foi nenhum problema. Tivemos o "Ministro" Costinha, fervoroso adepto do sportem. Ou também, por exemplo, no alto da guerra Norte-sul, um jogador carinhosamente chamado Rui, irmão desta menina, que não podia ser tratado pelo sobrenome, por este estar carregado de rubor...

Além disso, não temos hoje a jogar com as nossas cores um homem que deve ter batido todos os recordes de insultos dados pelos adeptos Portistas, de seu nome Maxi Pereira?

Desde que haja profissionalismo, o resto é totalmente irrelevante! Suem pelo nossa camisola, não comemorem títulos de rivais nem os publicitem e pronto! Mais a mais, quantos já não passaram a ser Portistas depois de chegar ao FC Porto, como o Moutinho, por exemplo?

 Por fim, uma última palavra para dizer que é tão bom ler e ouvir os fãs do Leicester a dizer que podem ficar em primeiro lugar, que somos equipa de Liga Europa, e por aí em diante! Tudo isto é uma importante gasolina, que estou certo que Nuno Espírito Santo saberá usar para alimentar a nossa Garra e Vontade! 

And to the Foxes, a little advice: if you think it will be easy, read my lips: "Trust in the Virgin and don't run!!"

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

O Regresso Do Nosso Dragãozinho E A Champions E A Sorte


Adoro o Óliver Torres. Sempre adorei, nunca o escondi nem escondo. É que nem vale a pena tentar disfarçar a felicidade que sinto em vê-lo de volta. É uma felicidade que ele partilha. É uma felicidade que Pinto da Costa - e Antero Henrique, a quem Óli não se esqueceu de agradecer - sentem. Afinal, quando saiu, Óliver foi tentar a sua sorte no "seu" Atlético mas também sabia que não podia ter ficado.

Óliver Torres nunca mais foi feliz noutro lado como aqui. Todos sabemos da sua entrega, da sua paixão e dedicação. Todos sabemos que é um verdadeiro Dragão - como atestam estes twits em baixo, quando ele não fazia a mínima ideia de que estaria alguma vez de volta a casa.

Óliver encheu o peito, em puro estado de felicidade, quando disse a palavra Porto. Óliver é um dos nossos, nunca deixou de o ser. E agora será dez vez. A opção de compra será acionada a seu tempo devido. Para lá da mais valia desportiva, é um excelente activo. Tudo o que penso dele está aqui, escrito quando era apenas alguém que desejavamos ter por cá.  E, para matar saudades, aqui fica um relembrar do que fez na primeira passagem.

E para quem diz que mais médios não são necessários, recordo que teremos uma época longa e também que precisamos de alguém que saiba definir bem os tempos do jogo, para ocupar bem os espaços atrás e à frente e com o talento natural de Óliver. Óliver não ameaça o lugar no onze de Otávio, pois além de duas posições no meio campo, podem ambos fazer a ala esquerda.

Mais a mais, tenho a certeza que os reforços não ficam por aqui. Por isso, bem-vindo a casa Dragãozinho. Aqui vais (voltar a) ser feliz!


E este foi o grupo que nos calhou em sorte. Leicester, Club Brugge, FC Copenhagen. Destes, naturalmente, só conheço um. O Leicester. O Leicester perdeu Kanté e perdeu-se bastante pelo meio. Ranieri está a apontar à manutenção. Claro que todos conhecemos o poder de Jimmy Vardy e de Mahrez. Mas acabamos de chegar de uma eliminatória bem mais complicada. Temos tudo para passar a fase de grupos. Mas pés no chão e muito trabalho.

O fifica também teve sorte. Tem de demonstrar ser o mais maior grande. O sportem... tem o grupo que o seu treinador diz que é o que está ao seu nível.

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Análise AS Roma 0-3 FC Porto - A Vitória Da Redenção E Da Raça


Qual de nós não tremeu quando soube que o adversário da pré-eliminatória da Champions era o AS Roma? Quem não viu o fantasma da Europa League a pairar nas nossas cabeças?  Tirando o Silva - era quase o cincazero, amigo! - creio que mais ninguém.

Mas entramos bem, atacando cada bola, tendo uma fantástica reacção à perda de bola, e defendendo primorosamente. E, logo a abrir, aos 8 minutos, acontece a redenção de Felipe, para mim o herói da noite, a repôr a justiça no agregado das mãos e a dar o ímpeto para seguir em frente, e aquele acreditar tão importante! 

Logo a seguir, o meu segundo herói da noite, Iker Casillas. Aqui esteve a classe mundial de alguém que já levantou o caneco 3 vezes, com duas defesas surreais a garantir que poderíamos acreditar mais ainda.


Fomos sofrendo, sofrendo, sofrendo e deixando a Roma cada vez mais nervosa, até que De Rossi vê, aos 39 minutos, o mais que justo vermelho directo por  lesionar Maxi. E assim, a tentar depois, em vantagem, chegar aos 2-0, chegamos ao intervalo, depois de 6 longos minutos de compensação.

Começamos a segunda parte como acabamos a primeira, com a vontade de arrumar a eliminatória mas com nervos. Nervos que, inexplicavelmente, ainda aumentaram mais com a expulsão de Emerson, numa entrada assassina sobre Corona aos 50'.

Quer dizer, há uma explicação, sim. A Roma mereceu todo o meu respeito. Apesar de estar a jogar com 9, a super organização da Roma compensou estando balanceadíssima para o ataque e intensa. Apesar disso, o grande organização defensiva do FC Porto compensou a sua clara inexperiência em lidar com situações de vantagem - não estamos propriamente habituados - e os nervos e sofreguidão.


E eis que, então, valeu Layún com uma grande arrancada pela direita a passar tudo e todos, a despachar o guarda-redes romano e a enfiar a bola nas malhas do poste mais distante. Estava feito o 2-0, aos 73', mas não chegava.

Dois minutos depois, era Corona - que exibição ofensiva e defensiva! - que, pela sua esquerda natural, parte os rins a Manolas e faz um grande golo, num remate primorosamente colocado. 3-0, e a Roma deu de si, naturalmente.

Aí o FC Porto conseguiu fazer aquilo que deveria ter feito quando se viu com 9, jogou apoiado, curto, controlou e dominou , nomeadamente no eixo central orientado por André André e Danilo, de tal forma congelando o jogo que o árbitro polaco de uns grandes bagos de adamantium, Szymon Marciniak, resolveu acabar o encontro rigorosamente aos 90'.

O FC Porto celebrou, então, uma grande exibição e a vitória mais que justa, com sabor a título, à campeão. Com esta garra, esta união e este espírito de sacrifício, não há nada que não se consiga! Tudo se deve a Nuno Espírito Santo, que em pouco tempo conseguiu criar a imperiosa mentalidade raçuda À PORTO na equipa. Esta noite mágica, não a vou esquecer tão cedo. Tenho a certeza que vocês também não.


NOTAS FINAIS: 

Layún é uma grande dor de cabeça para NES. Tamanha qualidade não pode, não deve, não se admite, que esteja no banco. Se ele ataca melhor do que defende, porque não avançar mais no terreno?

Todas as bocas que eu poderia mandar, o Presidente Pinto da Costa já o fez melhor do que eu esta noite na zona mista. Desde o MaisTabaco, ao Chouriço, a MST, foi tudo a eito. Gosto de o ver nesta forma. Gostava era também de o ver assim, corrosivo como só ele sabe ser, quando perde, ou a sair em defesa da sua equipa quando esta perde. É importante esta força para unir. Fica a sugestão. Fica o pedido.

É sempre fantástico fazer um zapping de aziados. Hoje dormiremos melhor. E esta confiança e moral não trará só recursos. Traz a mentalidade ganhadora que nos poderá levar aos títulos. Não estou a ver ninguém melhor que nós. Domingo é para arrasar.

Real Madrid, Barcelona, FC Porto. 21 presenças na Champions League. Mais ninguém. É só para lembrar.

SILVA, TINHAS RAZÃO. O PRÓXIMO MENU É ON ME.  

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Análise FC Porto 1-1 AS Roma - Reacção Raçuda Ficou A Um Danoninho


O jogo de hoje, na minha perspectiva, não foi bonito. A entrada do FC Porto foi completamente em falso, no meu entender, devido à utilização de um 4x4x2 nunca testado em competição. A insegurança do FC Porto ficou bem patente e a ansiedade dominou e o auto-golo de Felipe - azarado mas, na minha perspectiva, não responsável - foi o corolário disso mesmo.

Não sei se é a libertação da tensão ou um acordar tardio, mas o FC Porto não pode estar, recorrentemente, a correr atrás de resultados e só a encaixar no seu jogo quando está a perder! Esta raça, esta atitude tem de ser vista de início! 

É claro que, a partir daí, o FC Porto foi em crescendo até ao final (embora os descontos tenham sido extremamente confusos)  e foi apenas "graças" à ineficácia extrema - a que não é alheia ao facto do nosso único ponta de lança seja um miúdo - que não fomos capazes de levar o resultado justo para Roma.

A arbitragem foi absolutamente pavorosa e discricionária, foi-nos sonegado um penálti, embora o golo de Adrián me pareça irregular.

Apesar da entrega absoluta de todos após o golo - incluindo Adrián - a verdade é que ficam bem patentes as lacunas no plantel e a falta de soluções vindas do banco. Ainda assim, o FC Porto da segunda parte pode vencer qualquer jogo, desde que seja mais eficaz.

NOTA FINAL: Nuno Espírito Santo é livre de mudar de ideias. No entanto, chamar um jogador - seja ele qual for - e voltar atrás com a vontade, descartando-o quando ele está prestes a entrar, fica-lhe muito mal. Recordo que outros foram vaiados por muito menos. Que sirva de exemplo para o que ele não pode fazer.

Antevisão FC Porto - AS Roma (1ª Mão Play-Off Acesso à Champions League) - Vamos Com Tudo


Eis-nos então chegados ao tão ansiado jogo com a AS Roma, que tanto nos pode definir desta época que agora inicia.

Não é necessário falar da vital importância e dificuldade do mesmo para as duas partes. A Roma de Dzeko, Sallah ou El Shaarawy é um osso muito duro. O melhor ataque italiano da época passada estará frente a nós a partir das 19:45h.

Acredito numa vitória embora saiba que não somos favoritos. Mas tenho a certeza que um Dragão em peso a puxar pelo FC Porto será aquilo que mais necessário é contra a organização e experiência italianas: o décimo segundo jogador, a superioridade numérica.

Até à última gota de suor, não espero outra coisa senão um Porto à Porto!
Não foram divulgados os convocados.