Mostrar mensagens com a etiqueta Nacional. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Nacional. Mostrar todas as mensagens

domingo, 5 de março de 2017

Análise FC Porto 7-0 Nacional - A Vitória da Família

Ontem foi uma tarde linda. Linda pelos golos, linda pela comunhão entre os adeptos, linda pela adaptação da equipa, linda porque sentimos o regresso do FC Porto ao que ele É. E esta, vou dizê-lo sem rodeios, é inequivocamente uma vitória de Nuno Espírito Santo. Aliás, toda esta recuperação do espírito e união à Porto se deve a ele. É inegável que, com maior ou menor acerto, a jogar melhor ou pior, o FC Porto de NES não desiste, não desarma e nunca pára. E eu, que fui céptico e impaciente, reconheço o meu erro e dou, alegremente, a mão à palmatória. Porque esta constatação não depende de sermos ou não campeões. É algo que se vê e se sente, nos jogadores e adeptos. E é sua obra e responsabilidade. A vontade, o ímpeto e o querer são inquestionáveis. Portanto, o seu a seu dono.

Apesar de um começo algo periclitante do FC Porto, uma vez destapado o ketchup, tivemos direito a uma noite de sonho, onde fica bem patente o quanto esta equipa é - de facto - uma família. E, por falar em família, que lindo foi ver o Dragão cheio de crianças e o brilho no olhar de todas elas no fim do jogo, e em especial a minha filhota, a cantar "Eu quero Porto campeão" e nervosa à espera do oitavo. Um Azul e Branco forte vai crescendo. Que assim seja até aos Aliados. Com a fome que vejo e a união que sinto, sem dúvida que é possível! Vamos a notas.

Óliver - A par de Brahimi, foi, para mim, e para a GoalPoint também, o homem do jogo. Começou nervoso e complicativo, como a equipa, fez um passe "à lá Shaktar" para um jogador do Nacional, mas quando, após os 20 minutos, voltou a si, arrancou uma exibição fantástica. Os números não mentem. Além de destapar o ketchup, esteve presente na maioria dos lances de golo, fez passes fantásticos para ocasião, recuperou bolas... Enfim, como antes havia dito, a jogar no sítio dele, é o Maestro que dá o compasso da música.

Brahimi - Yacine Brahimi está outro. O que Brahimi lutou ontem é de guardar para sempre. O argelino já merece ser campeão por toda a magia que tem espalhado por estes campos fora. Até na fase menos acertada do FC Porto, foi ele que tentou furar por entre o muro e o golaço que marcou, a "matar" a decisão, foi um prémio mais do que justo para toda a raça e entrega que tem demonstrado mata definitivamente todas as dúvidas que alguma vez possam ter pairado sobre o compromisso do argelino com esta equipa. A atacar, a defender, a abrir buracos, Yacine esteve brilhante!

A família - Não se infira com isto que o resto da equipa tenha estado abaixo do muito bom, também. André Silva prova a sua polivalência e o quanto o trabalho de campo não o incomoda minimamente, estando tão bem a marcar como a ajudar os companheiros, há indubitavelmente um antes e um depois de Soares no FC Porto e a defesa continua de absoluto betão. André André está a recuperar a forma e tem um entendimento quase simbiótico com Óliver, e de repente tem-se um bom meio campo  e o 4x3x3 assenta como uma luva. Não é preciso mudar o que está bem. Esta é a identidade do FC Porto. Em Alma e no campo.

Nuno Espírito Santo - Para lá do mea culpa que já fiz em cima, quero só dizer mais que só um treinador com ambição de moralizar e de fazer crescer os seus jogadores resiste à tentação de controlar em vez de esmagar, como ontem NES fez. Tirar a parte mais defensiva para reforçar o ataque, com o jogo mais que ganho, é de alguém corajoso. Bravo, mister! Chapeau!

Tapar o Sol com a peneira - 



Esta era a "versão" da realidade que os jornais da capital nos quiseram mostrar. Eu sei que este é um tempo de pós-verdade, onde algo pode ser apresentado como verdadeiro, mesmo não tendo qualquer ligação com o que de facto se passou. Irei falar mais sobre isso amanhã, mas o benfas fez uma exibição miserável, cheia de casos e com o resumo no quadro abaixo. Tentar equiparar uma à outra não é só wishful thinking, é mesmo uma insuportável mentira! No entanto, ainda bem que acontece. Enquanto vão empurrando com a barriga o momento terrível em que estão, o FC Porto vai crescendo e solidificando o seu modelo, a sua atitude, os seus posicionamentos. Continuem assim, depois queixem-se.


domingo, 2 de outubro de 2016

Análise Nacional 0-4 FC Porto - A Peça Que Faltava Acaba Em J

Quatrazero. Que belo jogo, que felicidade, afinal o FC Porto à Porto não morreu. O FC Porto estudou bem a lição, entrou pressionante, tentou, tentou e marcou, por insistência de Diogo J. E depois outra vez com Diogo J. E depois mais uma vez com Diogo J. Tudo na primeira parte. Mas pelo meio o Nacional tentou reagir. E fê-lo. E bem. E empurrou o FC Porto para trás. Mas não muito. E estes golos aconteceram. O FC Porto ia para o intervalo com um sorriso no rosto.

O objectivo da segunda parte era anular a reacção. E assim foi. O FC Porto pressionou (ainda) mais a saída de bola e assim fez Herrera aos 56' que recupera a bola e passa a Óliver - que corre toda a área contrária - e entrega para Otávio cruzar para André Silva dar o golpe de misericórdia. Estava feito o 4-0. Um golo lindo que ficará na história deste campeonato. Mas nem por isso o FC Porto desistiu. Se há uma coisa que caracterizou este FC Porto foi a palavra remate. Muitas e boas ocasiões e uma dinâmica de jogo que pulverizou um Nacional que esteve muito, muito longe de ser uma equipa fraca. Foi então um FC Porto à Porto. Que seja para manter.

Vamos então às notas.

Diogo J - Um hat-trick é sempre um hat-trick, mas  a marca de Jota não foram só os belos golos. Foi, mais do que isso, a rotação que imprimiu à equipa, a mudança de velocidade, a alegria de jogo. Aqui está então a peça que faltava no 4x4x2 de Nuno. As dinâmicas criadas com André Silva - e que grande jogo fez o nosso AS - são ouro absoluto, estão envoltas em seda e rematadas a classe. Muito bom. A manter.

Layún - Pedra absolutamente essencial na defesa e no ataque, é neste momento o "centro de gravidade" do FC Porto. Por ele passa a grande maioria do jogo Portista. Absolutamente titular! Onde? Onde quer que seja!

Os Ós da quÓlidade- Otávio e Óliver. Classe, raça, magia e organização. Uma felicidade vê-los a jogar. Um mais 8 outro mais 10. Os dois talento puro. E complementares. A marca de água do FC Porto é escrita em Ó. 

Danilão - Caramba, o nosso tanque não deixa passar nada, carago! Genial a limpar tudo pelo ar, terra e mar, conseguiu também ser durinho sem ser estúpido e ainda sair umas quantas vezes a jogar. Melhor, só na farmácia. Dá para ser Capitão, por favor? 

Herrera - E, por falar no Hector Miguel, volta, tas (a)perdoado, carago! Muito seguro, muito raçudo, não entregou sempre bem a bola - mas o André André também não entrega - mas a sua classe foi decisiva e sentiu-se.

Plantel curto?? - E pronto, NES tem um "problema". Layún é titular indiscutível mas o regressado Maxi também pode ser titular na defesa sem problemas, Rúben entrou numa forma e numa intensidade estonteantes, Brahimi e Corona têm demasiada qualidade para estar no banco.... Há muitas e boas soluções, cada vez mais entrosadas com o plantel e sistema de jogo, que fazem com que essa coisa de "plantel curto" seja um mito estranho.... Uma vez mais, uma mentira dita várias vezes não se torna verdade.

Os erros sempre presentes - Cinco foras de jogo mal tirados é lindo! As desmarcações no FC Porto não podem acontecer, verdade? Mas, está bem, hoje nem conseguiram tentar parar. Não tinham muito para parar. Mas eu bem vi o Ruizinho a hesitar em correr com o Rúben!

Azia Notícias e ressabiamento 24, juntamente com a doContraTV - Aqui se assistiu a um velório tão triste e deprimente de análise, após o jogo com o Nacional! Custa a engolir o sapinho, verdade? É que depois do menos, muito menos, futebol estar a malhar no FC Porto... as notícias da nossa morte eram, afinal, exageradas... Temos pena! E, já agora, senhores comentadores de jogos na doCoisoTV, isto de estar claramente inclinado para o lado dos da casa, a dizer o que eles deveriam fazer para derrotar o FC Porto, não é só estúpido. É Rude! Desejo muita azia amanhã.

NOTA: E se fosse VP, Lopetegui, Palminhas, Jesualdo, Peseiro ou NES a empatar depois de estar a ganhar 3-0? Que fim do mundo seria?! Mas shhhh... não se vá incomodar o menino! É deixar ir assim que vai muito bem!

Via Tertúlia Portista

sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Antevisão CD Nacional - FC Porto (7ª Jornada) - Vencer As Brumas E Os Bombos


Ah, a Choupana, a Choupana! Aquela terra de estranhos Portais transcendentes, impregnada da satânica mística (no duplo sentido do vortex pontual e nevoeiro que esconde tropelias) e o binário compasso voodoo que embala no sono e na languidez os jogadores adversários! Terra de filmes de horrores e perdas de campeonatos!

Todos os cuidados são poucos para enfrentar a turba de Manuel Machado! São o nosso buraco negro, a nossa anti-matéria! Por isso, e como dizia sabiamente Cândido Costa ontem no Universo Porto, os jogadores do FC Porto têm de se mexer, pois cada onze é uma oportunidade de ouro para se mostrar e ao seu valor, e aquilo que hoje é garantido, amanhã poderá passar a ser... uma miragem no nevoeiro.

Há que ter consistência e entrega totais, lutar por cada bola como se fosse o ultimo suspiro, como se disso dependesse a Vida, fazer pressão efectiva e constante e entrar no jogo para o resolver cedo! Isso é que é um FC Porto à Porto! E não interessa de que forma se dispõe!

Ainda assim, espero que Nuno Espírito Santo tenha tirado ilações do jogo com o Leicester, e tenha percebido que também o Nacional vai ter luta física no meio campo, por isso aposto no onze provável em baixo, com os nossos criativos disponíveis ( Corona está lesionado ) a servir o avançado, com Herrera a fazer o seu box-to-box e Danilo a secar o contra-ataque.


Casillas e José Sá; Maxi, Layún, Felipe, Marcano, Boly e Alex Telles; Danilo, Rúben Neves, Herrera, Óliver e André André; Diogo Jota, Otávio, Brahimi, André Silva e Depoitre.


NOTAS: 

- Dá para entender o discurso redondo e cheio de lugares comuns de NES? "Temos uma ideia"? A sério? Qual? "Jogamos com grande presença na área e critério"? Onde? E "o nosso foco é o campeonato"? Ah é? Agora, depois do jogo da Champions, espero! Espero que um treinador do FC Porto não se atreva a desvalorizar a Champions! Que é isto? O Jasus? Meu caro NES, o último a dizer "I have a dream" acabou morto... Há que voltar à natureza prática, se faz favor! Neste Grande Clube não se desvaloriza nenhuma competição em prol de outra, a não ser a Taça da Carica, ou da Carta, ou do Postal, ou lá o que carago é aquilo!

- Por falar em discursos redondos, que dizer da conversa de Júlio Magalhães ao JN? Dá para fazer o obséquio, se faz favor, de deixar de pensar nessa fábula que é a "marca FC Porto" e, por extensão, a "marca Porto Canal"? Ai o Juca quer deixar essa coisa pequena que é ser um "canal regionalista" para ser um "canal de conteúdo de abrangência nacional"? Ah vai passar a dar novelas galegas? Meu caro, acorde! Para lá das transmissões Portistas, as únicas coisas de interesse geral são os programas de Joel Cleto - sempre fabulosos - e os conteúdos de temática regional porque não existem em mais nenhum lado! Convença-se, o resto, dos concursos, aos programas de manhã e tarde, são só versões baratas e rasca da programação concorrente - com a qual o Porto Canal nem sequer se deveria medir! E sabe quem foi o último grande regionalista? Jorge Nuno Pinto da Costa! Não sei se está a ver quem é! Deixe de ter vergonha da identidade regionalista do seu Clube e, por natural inferência, do seu Canal e faça o favor de se orgulhar disso em vez de, pateticamente, a tentar renegar! Deseja voltar a ser consensual? Então a TVI é o seu lugar natural! E, por último, acho importante que leia o pensamento de Rui Valente, no fenomenal Renovar o Porto. Deixe de tentar ser o que não é!

- E por fim, ao departamento de comunicação, em vez de perderem tempo com ataques a Chouriços, sigam as pisadas do trabalho do grande José Lima, aqui, que vos pode ensinar uma ou duas coisas sobre como rebater o pensamento dominante! Bem haja, querido amigo, muita saúde para que continue a brindar-nos com as suas sábias análises! E, já agora, no sentido da análise de José Lima, fica bem visto que se pode enganar toda a gente por pouco tempo, alguns por todo o tempo mas não toda a gente por todo o tempo.... Ícaro está a voar demasiado perto do Sol...

segunda-feira, 18 de abril de 2016

Análise FC Porto 4-0 Nacional da Madeira - O Caminho De Volta [ACTUALIZADO LINK]


Nada mais auspicioso para o início de um novo mandato do que um pleno de belas vitórias nas principais competições, e algumas delas com muita classe, como, por exemplo, a de ontem.

O FC Porto entrou à Dragão, com muita força, querer e fibra e abriu o marcador logo antes dos 2' através de um fantástico golo de Silvestre Varela. Este foi, aliás, o jogo dos patinhos feios. Espero que se mostre que são, afinal, belos cisnes: ganhamos todos com isso. Peseiro surpreendeu muito e confesso que até eu estava um pouco, digamos, desconfiado do acerto em pôr Angel em vez Layún, Danilo a central e Varela no 11. Todos apostas ganhas. Aqui fica o sublinhado pela coragem. Adiante.

A entrada fulgurante, intensa, rápida e agressiva rendeu frutos e, logo de seguida, no segundo remate, novo golo de belo efeito, desta vez de Hector Miguel, que esteve novamente em campo ontem. E depois disso, até à meia hora de jogo, surgiram mais outras belas oportunidades, duas através de André Silva, ontem titular, e que jogou bem. Jogou bem, apesar de querer muitas vezes jogar bonito. André, na liga dos grandes não há espaço para notas artísticas - é pôr a bola lá dentro. Nem que marcasses com a barriga, meu querido amigo, irias ser celebrado na mesma. No entanto, a sua velocidade e vontade sentiu-se, e isso para mim já é bom.  Aliás, não fosse uma fantástica exibição de Rui Siva, o guarda-redes do Nacional, e teríamos vindo felizes aí com uns 7-0. E não estou a exagerar. 


Isto apesar da pecha do Peseiro se continuar a notar: não podemos estar constantemente em inferioridade numérica no contra-ataque adversário, nem a consentir as casas que consentimos uma, e outra, e outra vez. Mas também, quantas linhas defensivas diferentes já apresentamos esta época? É difícil saber quem faz o quê quando não se sabe bem quem estará na defesa a seguir. Por isso, a nossa paciência e compreensão para tal. Embora já nem tanto para o adormecimento crónico a partir da meia hora de jogo até ao intervalo. O FC Porto tem, urgentemente, de deixar de ter a mania de que os jogos estão controlados, resolvidos, com 2-0. Não estão. Um golo adversário relança a partida - e o Nacional bem o tentou.

Felizmente, na segunda parte, o FC Porto voltou a entrar fulgurante e, logo aos 55', uma extraordinária jogada de união Portista deveria ter dado mais do que - mais uma! - grande defesa de Rui Silva, e a seguir aos 67' outra vez, desta feita num excelente remate de André Silva, salvo in-extremis por Rui Silva. Que mania, pá, esta dos guarda-redes adversários fazerem o jogo da vida deles contra nós. Não se admite! Mas, logo a seguir, aos 68', Danilo marca, uma vez mais de bola parada, um excelentemente executado golo de cabeça e sentencia o encontro. No entanto , houve ainda tempo para a redenção de Aboubakar aos 85' (entrara 10' antes) com um fabuloso golo, que trouxe o rótulo de goleada ao encontro, o único merecido.

Queremos, naturalmente, o FC Porto sempre assim. Não necessariamente, claro, a golear, mas com pressão, intenção, critério, solidariedade, espírito de grupo. No fundo, no fundo, um FC Porto à Porto. Parece ser possível. Que assim continue.


Hector Miguel - Cada vez mais presente, o alter-ego de Herrera preencheu os espaços, foi polivalente, marcou, deu a marcar, pressionou, atacou e defendeu. Foi Capitão pelo exemplo, mas também no discurso. Nota-se que a braçadeira lhe faz bem, dada a cada vez mais consistente série de bons jogos. O icing on the cake foi a entrega da camisola de jogo aos Super Dragões e a forma como agradeceu o apoio em nome do grupo. Muito bem. Bravo.

José Ángel - Naturalmente, foi o nome que mais me fez tremer no onze. Mas fez um jogaço e provou ter qualidade. Aqui e ali foi perdulário a defender, mas não como o costume. Será uma questão de baixas expectativas da minha parte? Não sei. Sei que os cruzamentos tiveram sempre critério e as desmarcações foram bestiais. E surpreendentes. E tudo o resto.

Varela - O Silvestre sempre foi assim. De repente, sem ninguém esperar por isso, saca da cartola um golaço. E o apoio entre linhas. E a preciosa ajuda na defesa. E uma, e outra, e outra jogada de perigo. Mas também a paradinha que quase oferece um golo ao adversário. Não vale a pena reclamar. Varela é isto. Entre o génio e o  louco. Algures pelo meio.

Sérgio Oliveira - Agarrou-se à titularidade com unhas e dentes, e faz por merece-la. Verdadeiro dínamo do meio campo, é a primeira linha de ataque e defesa, por estes dias. Agressivo, intenso, empenhado e lutador. Um jogador à Porto. Uma boa aposta continuada de José Peseiro.


Rúben Neves - Não me canso de dizer: Rúben não é um 6. Pelo menos, não um 6 na linha de Fernando ou do próprio Danilo. Rúben pode ser, talvez, o eixo organizador de um duplo pivot com um carro-vassoura ao lado, ou um 8 organizador, mas não é, de todo, um 6 clássico. Não tem agressividade para a disputa de bolas e as maiores falhas vieram dele. Se está na zona de construção do Nacional tem de fazer mais. Ou então, que se aproveite as características de organização e distruibuição que sabe ter e se avance com ele um pouco no terreno. Como está, não serve.

Substituições - Peseiro tem um problema que considero grave - tarda muitíssimo a substituir jogadores. Não pode ser. Entrar Aboubakar aos 75' e Xicão Ramos aos 82' para quê? O que mostra o Xicão com 10 minutos de jogo? Veja lá isso mister. Se é para dar oportunidades, dê-as. Não dê meias oportunidades.

Como o post vai longo, e quero escrever sobre o tema um bom bocado de texto, guardo as minhas impressões sobre as eleições para amanhã. Não esquecer que o NGP dá uma entrevista ao Porto Canal às 22:30 hoje, sobre esse tema. O link está aqui.

Quero deixar o meu voto de pesar pela extinção do fantástico Bibó Porto, Carago!, blog fundamental na bluegosfera e, para muitos de nós, uma verdadeira fonte de informação permanente e criteriosa. Espero que reconsiderem e voltem. FAZEM MUITA FALTA.

sábado, 16 de abril de 2016

O Dia Mais Importante


Amanhã é o dia das eleições para os corpos dirigentes do FC Porto. É o dia mais importante. Será um dia agridoce. Gostaria de ter visto debate, confronto de ideias, projectos em disputa, mais do que uma lista, uma corrente alternativa visível.

Bem sei que amanhã se realiza uma aferição à popularidade do NGP, das suas políticas e discurso. Que já todos falaram de levar uma caneta para riscar o que/quem não interessa do boletim, ou mesmo o boletim todo. Independentemente da opinião - respeito todas - é fundamental fazer conhecer a quem dirige a posição de cada sócio. Votar é fundamental. Mormente nesta fase.

Mas insisto. O meu coração pesa por saber que a alternativa prefere esperar que o FC Porto fique, na óptica desta, ainda pior para, confortavelmente, decidir a Presidência um pouco mais à frente, presumivelmente sem a oposição daquele que é o responsável pela projecção mundial do Nosso Grande Clube. Era AGORA que a voz dissonante deveria ser dada a conhecer, não depois. Era AGORA, quando o FC Porto precisa, que a coragem de quem, presumivelmente, ama o FC Porto, se deveria demonstrar!

Tal não aconteceu. Portanto resta-nos o binómio SIM/NÃO a Pinto da Costa e à direcção por este proposta. Que seja audível a Voz Portista, que seja categórica. O meu voto estará na urna.

Não vale a pena fazer grandes antevisões. É preciso ganhar e ganhar BEM a uma equipa bem treinada e, honra seja feita a Manuel Machado, sem medo, como é o Nacional da Madeira. Aboubakar está de regresso, espero que com outra atitude. Capacidade e talento não lhe falta. Estando Brahimi fora por acumulação de amarelos, talvez seja a oportunidade para se apostar no 4x4x2...

Helton e Casillas (guarda-redes); Maxi Pereira, Martins Indi, Rúben Neves, Varela, Aboubakar, Marega, Sérgio Oliveira, José Ángel, Herrera, Corona, André Silva, Layún, Danilo, Suk, Francisco Ramos e Chidozie.


(4x4x2): Casillas; Maxi, Chidozie, Indi, Layún; Herrera, Danilo, Sérgio, Corona; Aboubakar, André Silva;

Excelente reacção da equipa de basket, para ultrapassar uma desvantagem de 4 pontos no 4º período, acabando por vencer por 10, com o resultado de 80-70. Parabéns pessoal. Garantiram o segundo lugar da fase regular no ano em que regressam à LPB.

No andebol, demonstração de força e raça numa grande primeira parte em que chegamos a ter 9 golos de avanço, terminando em 27-23.  Salvamos o primeiro match point. Vamos vencer, sem dúvida, vamos recuperar. Parabéns malta!  

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Análise Nacional da Madeira 1-2 FC Porto (Conclusão)


É um absurdo jogar da forma como se joga. Mas levamos a vitória, os 3 pontos. Mais uma vez, Marcano faz asneira, toca no João Aurélio com o pé. Mais um lance, no mínimo, discutível, para penalty. O segundo. Eu sei que nunca somos beneficiados e isto até soa estranho. Mas eu não quero a minha equipa a jogar assim.

Não quero uma troca de Brahimi por Evandro. Subscrevo a indignação do primeiro. Jogar à equipa pequena, não! Mas está feito, saldo positivo da Madeira, nenhuma derrota, e agora, bola prá frente que atrás vem gente.

O pé frio de Lopetegui é bestial, calhou-nos o Borussia de Dortmund na Europa League. Para não sermos humilhados vamos ter de aprender a jogar outra vez futebol.

Que fique bem claro: no meu entender, neste momento, qualquer jogador do FC Porto vale bem mais do que aquilo que este "sistema de jogo" pode demonstrar. À excepção de Brahimi, todos - mas mesmo TODOS - os jogadores do FC Porto estão com níveis de confiança lastimosos. Pode demorar muito ou pouco, mas, sem a inversão de paradigma, caminhamos para um abismo bem fundo.

Assim não!

Ah, já me esquecia! Mais uma jornada linda, onde verdes e vermelhos são escandalosamente beneficiados e só saem vivos dos jogos por muita sorte e muita complacência. Fomos beneficiados, sim. Mas o que para uns é excepção, para outros é regra!

domingo, 13 de dezembro de 2015

Análise Nacional da Madeira - FC Porto (Interrompido)


Antes de mais, vamos endereçar o elefante no meio da sala? Eu acho que houve mão do Marcano. Eu acho que é absolutamente impossível um árbitro que não possua hipervisão ver a mão, e muito menos a sua intencionalidade. E tudo isso cai por terra depois da vergonha em Alvalade.  No entanto, tenho a certeza que será aproveitadíssimo pelos prostitutos da escrita. Azar da SAD, que continua sem fazer coisa alguma em defesa do seu Clube, perdão, firma Import/Export.

Acho de um absurdo ridículo a segunda parte (não 15, nem 20, muitos mais!) ter sido "jogada" da forma que foi. Casillas era o espelho de um "onde é que me fui meter?" mais que justificado. Qual era o guarda-redes que, em sã consciência, poderia defender uma bola bombeada cuja origem não viu?

Mesmo assim Jorge de Sousa conseguiu reatar a partida duas vezes, no género "isto passa" tão tipicamente tuga. Ridículo. Se o estádio, no alto de uma montanha, não oferece uma e outra vez condições de jogabilidade, ele deve ser pura e simplesmente interdito nestas ocasiões. Os habitantes sabem as condições usuais da ilha, tentar usa-las como uma vantagem roça a sacanice. O estádio dos Barreiros, a curta distância, não tem nenhum desses problemas. Chega desta palhaçada.

Vamos ao jogo. Entramos lentos e algo nervosos - em especial os centrais - mas o belo golo de bola parada de Marcano trouxe de volta um certo querer, que no minuto seguinte, foi anulado pelo golo do Nacional, também de bola parada, graças a mais uma falha horrorosa de marcação ao belo estilo Cissokho. 

No entanto, contrariamente ao normal, o FC Porto reagiu e começou a fazer um futebol positivo, orientado de uma forma atacante, com especial incidência na forma como Aboubakar servia os companheiros e fazia belas jogadas de ataque. Numa dessas frequentes chegadas à área, um bom remate de Herrera defendido pelo guarda-redes do Nacional sobra para Brahimi que carimba o 2-0. 

O FC Porto dominou a primeira parte com qualidade de jogo e algumas boas situações.

Na segunda parte, os madeirenses, mais habituados ao nevoeiro local, cresceram no jogo e ameaçaram, enquanto os jogadores do FC Porto se enchiam de medo e nervos, não ajudados pelo facto de Lopetegui ter posto Maicon a jogar, por troca com Layún.

Mesmo assim, as trocas e baldrocas de ligar e desligar o jogo de Jorge de Sousa ainda permitiram dois reinícios de jogo, até o ridículo se instalar. Vejam a altitude do Estádio da Choupana na imagem em baixo.

Amanhã às 12:30, acaba o jogo, e novo post será feito.


 

Antevisão Nacional da Madeira - FC Porto (13ª Jornada)


A partir de agora, todos os jogos são mesmo difíceis. Enquanto não for demonstrada consistência de resultados e exibicional, a confiança dos adeptos vai estar nos mínimos. 

A sobre-exposição de Lopetegui e a injusta responsabilização total por todos os erros do FC Porto na sua pessoa tem uma grande relevância. Faz, no entanto, parte do ADN Portista canalizar a tensão para exibições de grande pressão atacante e de domínio. Creio que, a esta altura, poucos se lembrarão da chamada "maldição da ilha". No meu entender, é totalmente irrelevante. Não foi nenhuma "maldição" que permitiu o golo de bandeira do Danilo (ironia das ironias) e a auto-estrada permitida por Alex Sandro a Lucas João. Ou a falha de marcação pateta de Cissokho. 

Concentração no máximo, confiança e entrega ao que é importante - o campeonato, sem as distracções da montra e de todas essas palermices que deixam a cabeça dos jogadores na Lua, para manter-se na corrida de um campeonato no qual dependemos apenas de nós para vencer. 

Agora e até ao fim. Sem vacilações. Sem hesitações. À Porto.

Helton, Casillas e Gudiño (g.r.); Maxi Pereira, Martins Indi, Maicon, Marcano, Rúben Neves, Varela, Brahimi, Aboubakar, Tello, Evandro, Herrera, Jesús Corona, Miguel Layún, Danilo Pereira, Alberto Bueno e Imbula.

(4x3x3) Casillas; Maxi, Maicon, Marcano, Layún; Danilo, Rúben, Herrera; Brahimi, Aboubakar, Tello;