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quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Contra a Corrente

Aparentemente, O Jogo mostra hoje que poucos acham que a mudança de treinador é a solução. Acho curioso, e devo estar contra a corrente. É caso para me perguntar, e vos perguntar - e se alguém souber as respostas diga:
  • Qual é a ideia de jogo de Nuno Espírito Santo, que ele tanto fala nos prés e pós match?
  • Se o problema não é do treinador, de quem é? (E falo do problema imediato, não o de eleições que agora não mudaria nada nem coisa nenhuma)
  • Há falta de qualidade nas apostas? É uma equipa jovem? E quem é que não a estava a pedir constantemente, por esta altura, no ano passado?
Registo também, com agrado, a evolução da posição de muitos "notáveis": com o treinador anterior, nada menos do que a cabeça no cepo, e não quebrava recordes negativos uns atrás dos outros. Com este - "o Nuno" - nada senão tolerância e complacência. Esta dualidade de critérios é fantástica. Gosto muito, aliás, do corporativismo de certas figuras: onde antes tudo era horrível, agora é o treinador que "faz milagres", onde antes faltava mística, agora sobra a rodos. Isto apesar de estarmos praticamente à beira de deixar fugir o título em Dezembro. Tudo porque, claramente, NES é um "dos nossos" que, ou já jogou, ou já fez parte e assim tudo bem. Mesmo que fosse o grande Bicho, as minhas críticas seriam as mesmas. Tenho muito carinho pelas figuras, mas um bom jogador não tem de ser, necessariamente, um bom treinador

Deixo já clara a minha posição, caso seja preciso explicá-la ainda mais: acho que NES é um problema, o mais resolúvel a esta altura, e não esperaria mais do que os dois próximos e definidores jogos para tomar uma atitude. Se perdermos pontos com o Braga, já não há grande margem para lá de um milagre no campeonato, se perdermos o acesso à fase final da Champions... bom, já se sabe. Acredito nos jogadores, mas confesso, fiquei preocupado com o semblante carregado de Casillas ontem, no vídeo na sua página de Facebook. Diz ele que vão tentar dar a volta a isto - e esse verbo diz tudo.

Se não houver remédio, há que mudar bem cedo. Mas também está na hora de haver uma alternativa política à SAD vigente, porque as eleições não devem ser "gostas ou não de Pinto da Costa". As eleições devem ser entre a ideia X e a Y (E a Z, e por aí em diante...) para o futuro do Clube. 

E não me venham cá com os "medos" e as "guardas". Sei o suficiente do sentimento de quem vai a todo o lado apoiar o Clube, a expensas grandes e próprias para saber que elas e eles estão, no geral, tão felizes com isto como eu.

Uma alternativa tem de ter um nome respeitado, conhecido, com um gravitas aglutinador mais que suficiente para ser oponente do Presidente mais titulado da História. Não me passa pela cabeça que se proponha algum desconhecido cujo ponto alto de exposição pública seja o FC Porto.

terça-feira, 7 de junho de 2016

Portismo Corajoso

Hoje em dia é moda dizer-se que tudo o que é FC Porto é mau. A direcção à horrível, a gestão péssima, o scouting não existe, o treinador não tem estaleca para o FC Porto, os jogadores não têm Mística. Os profetas da desgraça amontoam-se, as loas no particípio passado multiplicam-se, parece que o Futebol Clube do Porto está perto do fim. Finito, dizem muitos.

No entanto, cabe-me recordar que há quase dois meses tivemos eleições onde não foi apresentada qualquer lista alternativa. Convém lembrar isso de quando em vez, na altura em que muitos suspiram por um novo Messias que venha tirar-nos do Vale das Sombras. Eu gostava que essa alternativa se tivesse apresentado a tempo e horas, mas todos aqueles que aparentavam sê-lo negaram avançar na altura devida.

Todos desejamos o contrário, mas, se se verificar o pior possível em termos do FC Porto, seja necessário um novo rumo e aí sim, quando estiver tudo em cacos, alguém se chegar à frente, há que lembrar sempre da COBARDIA de tal candidato que, em vez de o tentar salvar, resolveu esperar que o castelo desmoronasse.

É bom que ninguém esqueça disso. As instituições salvam-se a tempo. Depois, só poderão ser reconstruídas. E que nenhum ego e ambição pessoal esteja acima do Futebol Clube do Porto!

terça-feira, 19 de abril de 2016

Claro Como Água


Pinto da Costa, o Nosso Grande Presidente, deu, ontem, uma entrevista no Porto Canal (resumo aqui, entrevista na sua totalidade aqui) que foi, quanto a mim, completamente esclarecedora.

Foi esclarecedora quanto à posição do FC Porto para o futuro - criar um plantel com raízes, parar com esta porta giratória dos últimos anos, ter jogadores da casa e trocar cirurgicamente.  Estamos todos, naturalmente, de acordo nisso. Alguns dizem que já deveria ter sido mais cedo. Concordo, mas águas passadas não movem moinhos. É bom sinal ouvir do NGP que estão a tratar-se de métodos alternativos de financiamento. É sinal de que o Clube passa a ser o centro. E ainda bem.

Foi muito bom ouvir o NGP dar um chega-pra-lá nas intenções do filho se candidatar à Presidência. Não que ache que isso seria viável, claro, mas nada melhor do que matar o mal à nascença. Concordei, evidentemente, com a explicação sobre o porquê de Antero Henrique estar na administração da SAD. Achei piada à farpa a Angelino Ferreira.

Achei que Miguel Guedes foi um excelente "entrevistador", que fez, directamente, as perguntas menos cómodas. Achei de bom tom a sinceridade quanto aos grandes nomes com que alguns sonham. Achei, mais do que tudo, que o NGP foi franco e, desta vez, nada evasivo. Gosto de ver que o NGP sabe responsabilizar e dar aos jogadores a noção de que têm de ser homenzinhos e preparar-se para tudo o que vão encontrar.  

Evidentemente, se o NGP - que esteve corrosivo à antiga na questão sobre a bolha e o freteiro - sabia que a bolha é o jornal do ficaben, ainda está por explicar o faux pas de convidá-lo para o Dragões de Ouro. Mas erros todos cometemos, e como dizia Confúcio "só erra verdadeiramente quem erra a segunda vez".

Mas, acima de tudo, adorei ouvir a sua admissão de que estavam a ser demasiado brandos na comunicação e que este ano iriam corrigir isso, o que é fundamental, e a questão da arbitragem também me sossegou. Dizer "ganhou a batalha, mas não a guerra" é um sinal de que estamos cá para equilibrar as coisas. Sim, queremos equilíbrio, não favorecimento. E aida bem que há consciência desse défice.

Por falar em défice, e em jeito de conclusão, achei NGP vintage a forma como ele falou da questão da extensão de contrato de Aboubakar. Não só expõe as mentiras dos media como melhora a única coisa que falta a Aboubakar - a confiança. E na questão de Peseiro, foi, naturalmente, inconclusivo, como não poderia deixar de ser. "Contamos com ele" é muito diferente de "ele será". Mas é elegante. Como também foi muito mais, desta vez, com Lopetegui.

É bom ver que o NGP está de regresso à sua melhor forma. Mas é excelente saber que ele incumbiu os dirigentes de cada departamento para falarem. Já não era sem tempo. Agora, ao trabalho, NGP.


NOTAS FINAIS

- Ia falar sobre o processo eleitoral mas não é necessário quando subscrevo tudo o que está aqui. Acrescento apenas algumas notas: não precisei da "coragem de Humberto Delegado", como li por aí, para fazer os riscos nos nomes que bem me apeteceu, não vi ninguém a olhar para mim com ar de controleiro e ainda tive tempo de emprestar a minha caneta ao vizinho do lado. Quanto às cruzes no boletim, devo relembrar que o Clube deu a hipótese de votar em cada candidato nominalmente, numa lista única. Poderia, pura e simplesmente, apresentar uma designação para a lista, num boletim com a mesma a concorrer a cada sector directivo. E assim será, se houver mais do que uma lista no futuro. Em qualquer eleição, as listas estão representadas por uma designação, e a sua composição está à entrada. Nos EUA há votações nominais, mas o boletim é gigante. Quanto às cabines de voto, estou de acordo que deveriam existir. Mas, sabendo que a eleição estava garantida, seria mesmo necessário tanto recurso?

- Se votaram 2400 pessoas, num dia de jogo em em que estavam 27000 na Dragão, estamos a falar de um universo de votantes de 8,9% dos presentes no jogo. Mesmo que fossem apenas metade desses adeptos associados habilitados a votar, estaríamos a falar de perto de 18% de votantes! E assim sendo, os votos nulos seriam apenas 3,74%! Das pessoas, cujo voto seria possível, a assistir ao jogo no Dragão! É essa a "forte onda de contestação"? A mim parece-me que a montanha pariu um rato. E eu pergunto: quem teria mais motivação para ir votar? Quem está a pensar que vem ai o Apocalipse ou quem apoia o NGP?

- E por falar nisso, talvez esteja na hora de apontar baterias para o verdadeiro inimigo: o ficaben e o sportem fizeram dois jogos absolutamente miseráveis. Mas os títulos são "meia hora à campeão" e coisas do género. Contra o Setúbal, ganhamos ambos os jogos, controlamos todo o jogo completamente, sem hipóteses. Está na hora de deixar de ir atrás do spinning dos media e começar a abrir os olhos - temos os nossos defeitos, mas quando há #colinho do outro lado, tudo simplifica bastante. Como as comissões de jogadores sérvios. Ou contratos de renovação. Ou empréstimos para pagar outros. Grandes "rolos compressores" que vão por aí.

Já agora, sabiam que Iker Casillas diz que vai ficar connosco mais duas épocas?

sábado, 16 de abril de 2016

O Dia Mais Importante


Amanhã é o dia das eleições para os corpos dirigentes do FC Porto. É o dia mais importante. Será um dia agridoce. Gostaria de ter visto debate, confronto de ideias, projectos em disputa, mais do que uma lista, uma corrente alternativa visível.

Bem sei que amanhã se realiza uma aferição à popularidade do NGP, das suas políticas e discurso. Que já todos falaram de levar uma caneta para riscar o que/quem não interessa do boletim, ou mesmo o boletim todo. Independentemente da opinião - respeito todas - é fundamental fazer conhecer a quem dirige a posição de cada sócio. Votar é fundamental. Mormente nesta fase.

Mas insisto. O meu coração pesa por saber que a alternativa prefere esperar que o FC Porto fique, na óptica desta, ainda pior para, confortavelmente, decidir a Presidência um pouco mais à frente, presumivelmente sem a oposição daquele que é o responsável pela projecção mundial do Nosso Grande Clube. Era AGORA que a voz dissonante deveria ser dada a conhecer, não depois. Era AGORA, quando o FC Porto precisa, que a coragem de quem, presumivelmente, ama o FC Porto, se deveria demonstrar!

Tal não aconteceu. Portanto resta-nos o binómio SIM/NÃO a Pinto da Costa e à direcção por este proposta. Que seja audível a Voz Portista, que seja categórica. O meu voto estará na urna.

Não vale a pena fazer grandes antevisões. É preciso ganhar e ganhar BEM a uma equipa bem treinada e, honra seja feita a Manuel Machado, sem medo, como é o Nacional da Madeira. Aboubakar está de regresso, espero que com outra atitude. Capacidade e talento não lhe falta. Estando Brahimi fora por acumulação de amarelos, talvez seja a oportunidade para se apostar no 4x4x2...

Helton e Casillas (guarda-redes); Maxi Pereira, Martins Indi, Rúben Neves, Varela, Aboubakar, Marega, Sérgio Oliveira, José Ángel, Herrera, Corona, André Silva, Layún, Danilo, Suk, Francisco Ramos e Chidozie.


(4x4x2): Casillas; Maxi, Chidozie, Indi, Layún; Herrera, Danilo, Sérgio, Corona; Aboubakar, André Silva;

Excelente reacção da equipa de basket, para ultrapassar uma desvantagem de 4 pontos no 4º período, acabando por vencer por 10, com o resultado de 80-70. Parabéns pessoal. Garantiram o segundo lugar da fase regular no ano em que regressam à LPB.

No andebol, demonstração de força e raça numa grande primeira parte em que chegamos a ter 9 golos de avanço, terminando em 27-23.  Salvamos o primeiro match point. Vamos vencer, sem dúvida, vamos recuperar. Parabéns malta!  

sexta-feira, 4 de março de 2016

Muita Treta Pouca Letra


Escrevo propositadamente este post antes da conferência de imprensa de antevisão do importantíssimo jogo de domingo, cujo respectivo post publicarei amanhã.

Quero, antes, escrever sobre algo muito mais importante, que me inquieta muito: o futuro do Clube. O Lápis Azul e Branco escreveu um excelente post sobre isso, cuja leitura recomendo, e o qual subscrevo inteiramente.

Inquieta-me, mais do que as decisões de quem sente que o planalto chegou, que aqueles cujo barco comanda não reajam. Falo dos adeptos e de todos aqueles que podem ser alternativa. Passo a explicar:

Na minha óptica, não poderá ser um anónimo adepto, por muitas assinaturas que tenha com ele, que pode constituir uma alternativa à POLÍTICA - que não a PESSOA - do Nosso Grande Presidente. Não precisa, naturalmente, de ser um ex-futebolista necessariamente, mas necessita de ser alguém com credibilidade e cuja conduta e história respirem de si  mesmo a filantropia necessária para se ser um Presidente do Futebol Clube do Porto. Não pode ser alguém que julguemos que venha governar a vidinha, mas sim reparar a enorme lista de vícios próprios de algo que tem toda esta extensão temporal. Não será admissível que se passe um bulldozer em tudo e se recomece. Não pode ser só uma questão, por outro lado, de mudar as moscas. O projecto em si tem de ter um rumo, marcar pela diferença, levar a algum lugar.

Pessoalmente, se não aparecer nada, concluo que quem quer que venha propor-se de seguida, para lá de cobarde, quererá apenas os despojos da transição, le Roi est mort, vive le Roi. Mas aí a imagem é fraca, o pulso menor, a coragem e a determinação também. Mas terá sido também um reflexo da própria imagem daquilo que são os adeptos e sócios do Clube.

Estes são os adeptos e associados que preferem atacar o sintoma em vez da doença, criticando e correndo com treinadores e jogadores em catadupa, em vez de quererem mudar o modus operandi do Clube. Estes são os adeptos que criticam a passividade dos jogadores, quando são, eles próprios, passivos e amorfos, acenando com a cabeça, anuindo a quem nos quer servir cicuta, a quem quer dividir para conquistar


Estes mesmos adeptos e associados foram aqueles que criticaram a prioridade óbvia que a SAD Portista deu à Champions League no ano passado, mas cujas casas cheias, no Dragão, foram nos jogos com os grandes e na Champions League! Em que ficamos? Será ou não quem nos dirige um reflexo de quem nós somos? Não será o nosso silêncio uma tácita autorização desta política?

Onde está a Raça, o fervoroso Portismo, o suar a camisola, do sócio elegível com capital público para isso? Querer jogar com a "primeira equipa" contra alguém da "Liga dos Últimos" é que é Ser Porto? Nesses não acredito, nesses não confio.

Agora é a Hora. Cheguem-se à frente. Se não chegarem perderão a LEGITIMIDADE de o fazer.

Insisto, digo-o com preocupação e tristeza. O meu herói Portista nunca foi Futre, Gomes ou Domingos. Foi o senhor Jorge Nuno de Lima Pinto da Costa. A ele devo tudo. Mas não lhe dei o Clube. O Futebol Clube do Porto é nosso. Se não for em prol de todos nós, não serve. 

Um dia, espero que o Dragão se chame Estádio Pinto da Costa. Espero que, na sua frente, esteja a estátua do tamanho desse Grande Homem a quem muito devo. Se ele quiser continuar a trabalhar em prol do Futebol Clube do Porto, ninguém é melhor! Mas se a sua política não faz sentido ou não existe, não posso permitir que se mantenha. O debate tem de ser feito. E tem de ser preventivo para não ser paliativo. Para bem do Futebol Clube do Porto.