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domingo, 9 de outubro de 2016

O Nosso Maestrinho Feliz E Mais Uma Supertaça [ACTUALIZADO]


Óliver Torres declarou ao As estar "feliz" no FC Porto. Nós - quase - todos também estamos. Óliver está aqui há pouco tempo, chegou de volta a casa a um sistema de jogo e um esquema diferente, mas à medida que se vai adaptando vai-se sentido a forma como o jogo já vai tendo mais equilíbrios, como os espaços vão sendo melhor ocupados, como tudo se vai ajustando melhor.

É essa a função de um maestro, a de organizar, a de distribuir em equilíbrio, a de ler o jogo de uma forma clara. Mas Óliver tem outra qualidade bastante assinalável: a reacção à perda e a capacidade de recuperação de bolas. Ainda tem muito por onde crescer: tem, afinal, 21 anos. Mas, juntamente com Otávio, dá um perfume de futebol muito grande ao FC Porto. É para mim uma grande felicidade tê-lo por cá. É ainda uma felicidade maior pensar que será daqueles que sentirá o FC Porto como seu para sempre. Espero que possa ser uma referência Portista, como um Deco ou um Lucho. A seu tempo se verá.

No entanto, é claro, nada chega à verdadeira escola de prodígios benfas: todos os dias brotam como cogumelos novos Messis e Ronaldos. Já sabemos, nem vale a pena discutir, são ouro e vão ter meio mundo atrás, como se pode ver na bolha e no rascord. Seria, para mim, irrelevante, não fosse dar-se o caso da publicidade dar dinheiro de volta, ajudar em vendas sobrevalorizadas, para que uns tenham as finanças "equilibradas" e os outros nem por isso. 

Mas saibam os nossos adeptos valorizar aqueles que são FELIZES em usar o brasão abençoado e estarei eu, também, feliz.


E pronto, ganhamos mais uma Supertaça ao fifica do senhor lixoboa. E ganhamos, e ganhamos muito bem, superiores em praticamente todo o jogo. Ainda conseguimos desperdiçar os 19 pontos de vantagem para 5, por causa de uma certa ansiedade de Jeff Xavier - ainda não percebeu o que estes jogos representam - mas, a dois minutos do fim, Brad Tinsley congelou o jogo e, graças a uma defesa eficaz, recuperamos de volta para os 14 pontos de vantagem.

Parabéns ao nosso orgulho que, apenas há dois anos, não tinha uma equipa na Liga Portuguesa de Basquetebol e fazia a sua travessia no deserto. Moncho López é um herói que fez do basket um FC Porto à Porto. Continuam as modalidades a ser uma forte fonte de inspiração para a equipa principal de futebol. A luta debaixo das tabelas foi fantástica e a forma como jogadores como Nick Washburn parecem ser Portistas desde pequeninos é absolutamente comovente.

Mal fica, uma vez mais, o inqualificável Porto Canal. Meu senhores, metam isto na cabeça: quem vos sustenta são os Portistas! Não haveria um só Portista mais interessado em ver o noticiário do que em ver a festa de um título. Ou, se dessem início ao noticiário, a primeira notícia tinha de ser acerca do FC Porto!!!! Deixem-se de vergonhas! Deixem-se de negar para quewm falais! Estes absurdos não podem continuar!!!!!!

quarta-feira, 1 de junho de 2016

Estranhas Assimetrias De Profissionalismo E Gestão À Porto


Moncho López deu uma extraordinária entrevista, ontem, no Universo Porto (aqui), a Paulo Miguel Castro. Foi uma entrevista frontal e directa de alguém que está embevecido e orgulhoso de todo o trajecto que fez até este título. Foi uma travessia no deserto de anos que desaguou no melhor dos finais, à custa de muito suor e sacrifício. Foi, além de tudo o mais que espero que tenham oportunidade de ver, uma entrevista que me deixou a pensar muito.

Quando falaram das contratações e da génese do projecto Dragon Force, à parte daquilo que o Presidente disse a Moncho, ou seja, que não ia deixar cair o basket e que o queria no comando, o que me surpreendeu mais foi saber que quem esteve sempre lá para ele tinha sido...Antero Henrique!

Moncho disse que Antero se desdobrou em esforços para a contratação-relâmpago de Troy DeVries, que esteve sempre disponível para tornar possível a satisfação de todas as necessidades da equipa de basket, desde psicólogos, dois fisioterapeutas, condições técnicas específicas e apoio aos jogadores, até a um mini-estágio especial no espaço desde dois últimos jogos contra o verifique, isolando-os do exterior, da pressão externa e das distracções mediáticas, ou mesmo do cansaço e stress das viagens, etc. Aliás, Moncho foi mais longe: disse que sabia que "se tiver uma inquietação ou um pensamento sobre a equipa à uma ou duas da manhã" teria "sempre alguém do outro lado para [o] ajudar".

E então eu pergunto: 

- Se no basket há a gestão da Estrutura Porto no seu melhor expoente - aquele a que nos habituou nos anos 90 e 2000 - como se explica esta a diferença de qualidade, para bem pior!, da modalidade principal para o basket (e Moncho garante que no andebol se passa o mesmo)? 

- Se no basket há cuidado com a comunicação social e o resguardo dos atletas e corpo técnico de toda a influência externa que possa influenciar o resultado, como se explica este regabofe que se passa no futebol em que tudo é permitido, até que o putativo futuro técnico do FC Porto possa apresentar o livro de alguém que faz DE TUDO para prejudicar a imagem do FC Porto? Como se explica tamanho profissionalismo numa modalidade que teve de fazer reboot e tamanho AMADORISMO na gestão da equipa principal de futebol?

- Se Antero Henrique é um vampiro comissionista que só quer governar a vidinha, porque raio haveria de estar a ter toda esta qualidade na gestão do basket, na sua fase mais "irrelevante"? Que teria ele a ganhar com isso, então?

São coisas que me deixam, como diria José Pedro Gomes em "O que diz Molero", com "muita atonitícia". Algo não bate certo neste filme. Algo interfere, claramente, no regular funcionamento do FC Porto e parece-me que é bem mais complicado do que simplesmente a raiz de todo o Mal ser uma só pessoa. Até porque parece que essa mesma pessoa, afinal, sabe fazer as coisas como deve em prol do melhor interesse do FC Porto!

Afinal, em que ficamos? 

NOTA: Um exemplo deste evidente desnorte é a forma como o Dragões Diário se refere hoje - uma vez mais! - a Miguel Sousa Tavares. Acho que há linhas que não se podem ultrapassar, e o ataque à família de MST não é só estúpido, é indecente, ignóbil e indigno.  Proponho que o FC Porto seja mais profissional como.... olhem... como no basket!

Já agora, o senhor Figo, além de mal informado, anda com as prioridades trocadas: eu, se fosse a ele, estava mais preocupado com pequenos almoços pagos a peso de ouro e com a quantidade de detergente que há na sua fundação... mas hey, isso sou eu, que "nessas coisas não me meto".

domingo, 29 de maio de 2016

Campeões Nacionais Basket 2015/2016 - Um Milagre De Moncho


Quando, há quatro anos, o FC Porto decidiu, com muita tristeza, que tinha de fazer um "começar do zero" à equipa de basket, um vazio preencheu a minha Alma Portista. Tendo jogado basket toda uma vida, à parte do futebol, foi com muita tristeza que temi pelo quase inevitável fim da modalidade. Uma pessoa sempre acreditou: o grande Moncho López. 

Moncho é um competentíssimo treinador, tinha imenso mercado e poderia ter feito algo infinitamente melhor com a sua vida do que treinar uma equipa da CNB2 e depois da Proliga, sendo que foi decidido que não subia de divisão enquanto não houvesse condições para fazer uma equipa competitiva para lutar pela Liga Nacional de Basket. Com ele ficaram também alguns heróis como André Bessa, o Capitão da equipa, que aguentaram com paciência e empenho toda esta travessia no deserto. Mas foi graças ao plano de Moncho, traçado a regra e esquadro, que conseguimos ser campeões. E é a ele que isso devemos. A emoção do Presidente assim o demonstrou, mais uma vez tendo batido o pé para que o basket não acabasse. A imagem de Moncho a falar ao telemóvel de punho no ar a dizer "conseguimos!" com o Presidente do outro lado em lágrimas, é uma que irá acompanhar, sem dúvida, a imagem da primeira vitória do hóquei em patins. É bom ver que o Presidente ainda tem vontade e interesse emocional em conseguir mais. É um bom sinal para o futuro.

Chegada a altura de competir na primeira liga, fez-se uma equipa competitiva, mas ainda aquém das possibilidades da luta pelo campeonato. Com as contratações de Albert Fontet, Nick Washburn, José Silva, Arnette Hallman e, principalmente, Brad Tinsley, o FC Porto cresceu e chegou-se à frente, mas o factor decisivo foi a contratação do fantástico Troy DeVries. Este veterano abnegado e exímio extremo inclinou a balança a nosso favor com a sua genial criatividade, sabedoria posicional e tiro exterior.  

Vencemos os verifiques por 3-1, com os jogos do Dragão Caixa a serem o exemplo claro da resistência, solidariedade e raça que caracteriza o FC Porto no seu melhor, em perfeita comunhão com uma massa adepta que soube apoiar do primeiro ao último minuto e sem assobios para conseguir derrotar uma equipa com muito maior orçamento e o rei na barriga.

Sim, não poderia acabar sem falar do ogre Lisboa, que teve a distinta lata de ter estas declarações no fim do jogo. Não, Carlinhos, temos todos boa memória, limpa e cristalina, da forma "cavalheiresca" como comemoraste a tua última vitória, com piretes, bocas de "filhos da puta" e mãos a bater no rabo. É preciso ter uma latosa descomunal para falar da forma como falaste ontem. Mas é assim, caríssimo, que se passa sempre que a soberba se instala. O murro na cara que a humildade nos dá é bastante maturador. Fica aqui a lição. Isto se continuares como treinador no próximo ano.

É tempo de celebrar, com um especial agradecimento à massa adepta que acompanhou a equipa nos últimos quatro anos e lhes deu o impulso para chegar até aqui, mostrando que as modalidades não são nada menores e que superam em muito e dão uma grande lição de raça à equipa de futebol A, mas também que a UNIÃO entre equipa e adeptos é ESSENCIAL para as grandes conquistas e que o APOIO e é muito mais fundamental do que a "exigência".