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quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Obrigado, Antero


Não conheço Antero Henrique, mas sei que esteve à frente do futebol (e Andebol, e Basket, e Hóquei, e Formação....) durante alguns - a maioria - dos melhores anos do FC Porto e que continuava a fazer muito do que de bom se viu nas modalidades e formação, por exemplo.

Não acredito, como homem de ciência, em coincidências. Este período de insucesso está, publicamente - ouvia aliás, BB dizer isso mesmo agora na TVI24 - ligado a decisões com as quais ele, aparentemente, não concordara.

Só há duas formas de ver esta saída, no meu entender: ou bem que é um assumir as responsabilidades de um período pavoroso do defeso, o que é uma atitude de um homem sério, embora seja minha convicção que esta palhaçada deste defeso não é da sua responsabilidade, ou bem que poderá ter saído em desacordo com a política desportiva seguida nos últimos tempos.

Seja como for, cada vez mais o FC Porto tem um e um só responsável - Jorge Nuno de Lima Pinto da Costa. A ele será devido todo o sucesso e vitórias. A ele será assacada toda a responsabilidade dos fracassos. Espero, a bem do FC Porto, que seja a primeira vertente a predominante.

Desejo a Antero Henrique a melhor das sortes pessoais e profissionais. A ele o meu mais sentido obrigado.

Para alegrar uma notícia inquietante, aqui fica o resumo de um jogo fantástico do nosso maestro Óliver, hoje, nos Sub 21. A segunda assistência, então, é soberba. E faz sorrir em pensar que vai, seguramente, fazê-lo ao longo do ano.

domingo, 5 de junho de 2016

Anteradas


A formação sub-19 é bicampeã. Ganhou o jogo de ontem por um 3-2 emocionante e soube ser forte e lutadora na altura dos apertos, apesar do sportem também ter vencido o seu desafio. Uma vez mais António Folha prova que tem um talento imensíssimo e é um grande motivador, uma vez que a equipa de sub-19 começou esta fase final de uma forma oscilatória e um pouco abaixo dos pergaminhos, mas depois de uma vitória suada sobre a Académica soube "encaixar-se" para vencer e levantar a Taça que tem direito.

É injusto estar a dar destaque a este ou aquele miúdo - são, afinal, miúdos - mas salta à vista que o FC Porto tem, a esta altura, uma formação de excelência e muita matéria prima para potenciar, perfeitamente identificada com o Ser Porto que se precisa e, em muitos casos - e ainda bem que são muitos! - qualidade a rodos para criar uma base sólida de um FC Porto à Porto e de umas vendas bastante interessantes.

Uma coisa acho curiosa: temos, dos Bs para baixo (B, sub-19,sub-17, etc) um scouting que se tem revelado bastante interessante e com uma taxa de sucesso muito boa. E esta gestão tem mão directa de Antero Henrique, o homem mais criticado de toda a SAD. De alto a baixo, é cada vez mais claro que a Casa do Dragão forma, mais do que futebolistas, indivíduos, cria uma relação umbilical com o Clube e uma camaradagem - irmandade pura - absolutamente de betão. Os resultados estão à vista: raça, querer, humildade, treino, intensidade, ligação.

E assim, um paradoxo se torna cada vez mais evidente: se no escalão formativo há toda esta união e evidente cultura à Porto, a que se se deve esta assimetria tão grande com a equipa principal? É algo a meditar. A mim parece-me que está muito para lá de um só homem, e que há muito mais a fazer e a pensar. Se a isso juntarmos as modalidades - parabéns a Rafael Reis, da W52 FC Porto, que venceu o Prémio JN (chamou-lhe um figo!) - temos um Clube que, à excepção dao que se passa na equipa principal, continua a ser a mesma força dominante que sempre foi. 


A causa da assimetria merece meditação. Há que mudar os procedimentos e arrancar as ervas daninhas que estão a impedir o crescimento da equipa principal de futebol. Há muitas mais causas para lá de um só indivíduo. Que, insisto, parece que até faz um bom trabalho em todos os lados, menos num, aparentemente.

Já agora, como neste FC Porto actual se crucifica quem acabou de chegar, acho que o autor disto vale 1,5M. Mas isso devo ser eu, que sou "crente", se calhar.

quarta-feira, 1 de junho de 2016

Estranhas Assimetrias De Profissionalismo E Gestão À Porto


Moncho López deu uma extraordinária entrevista, ontem, no Universo Porto (aqui), a Paulo Miguel Castro. Foi uma entrevista frontal e directa de alguém que está embevecido e orgulhoso de todo o trajecto que fez até este título. Foi uma travessia no deserto de anos que desaguou no melhor dos finais, à custa de muito suor e sacrifício. Foi, além de tudo o mais que espero que tenham oportunidade de ver, uma entrevista que me deixou a pensar muito.

Quando falaram das contratações e da génese do projecto Dragon Force, à parte daquilo que o Presidente disse a Moncho, ou seja, que não ia deixar cair o basket e que o queria no comando, o que me surpreendeu mais foi saber que quem esteve sempre lá para ele tinha sido...Antero Henrique!

Moncho disse que Antero se desdobrou em esforços para a contratação-relâmpago de Troy DeVries, que esteve sempre disponível para tornar possível a satisfação de todas as necessidades da equipa de basket, desde psicólogos, dois fisioterapeutas, condições técnicas específicas e apoio aos jogadores, até a um mini-estágio especial no espaço desde dois últimos jogos contra o verifique, isolando-os do exterior, da pressão externa e das distracções mediáticas, ou mesmo do cansaço e stress das viagens, etc. Aliás, Moncho foi mais longe: disse que sabia que "se tiver uma inquietação ou um pensamento sobre a equipa à uma ou duas da manhã" teria "sempre alguém do outro lado para [o] ajudar".

E então eu pergunto: 

- Se no basket há a gestão da Estrutura Porto no seu melhor expoente - aquele a que nos habituou nos anos 90 e 2000 - como se explica esta a diferença de qualidade, para bem pior!, da modalidade principal para o basket (e Moncho garante que no andebol se passa o mesmo)? 

- Se no basket há cuidado com a comunicação social e o resguardo dos atletas e corpo técnico de toda a influência externa que possa influenciar o resultado, como se explica este regabofe que se passa no futebol em que tudo é permitido, até que o putativo futuro técnico do FC Porto possa apresentar o livro de alguém que faz DE TUDO para prejudicar a imagem do FC Porto? Como se explica tamanho profissionalismo numa modalidade que teve de fazer reboot e tamanho AMADORISMO na gestão da equipa principal de futebol?

- Se Antero Henrique é um vampiro comissionista que só quer governar a vidinha, porque raio haveria de estar a ter toda esta qualidade na gestão do basket, na sua fase mais "irrelevante"? Que teria ele a ganhar com isso, então?

São coisas que me deixam, como diria José Pedro Gomes em "O que diz Molero", com "muita atonitícia". Algo não bate certo neste filme. Algo interfere, claramente, no regular funcionamento do FC Porto e parece-me que é bem mais complicado do que simplesmente a raiz de todo o Mal ser uma só pessoa. Até porque parece que essa mesma pessoa, afinal, sabe fazer as coisas como deve em prol do melhor interesse do FC Porto!

Afinal, em que ficamos? 

NOTA: Um exemplo deste evidente desnorte é a forma como o Dragões Diário se refere hoje - uma vez mais! - a Miguel Sousa Tavares. Acho que há linhas que não se podem ultrapassar, e o ataque à família de MST não é só estúpido, é indecente, ignóbil e indigno.  Proponho que o FC Porto seja mais profissional como.... olhem... como no basket!

Já agora, o senhor Figo, além de mal informado, anda com as prioridades trocadas: eu, se fosse a ele, estava mais preocupado com pequenos almoços pagos a peso de ouro e com a quantidade de detergente que há na sua fundação... mas hey, isso sou eu, que "nessas coisas não me meto".

quarta-feira, 25 de maio de 2016

Dignidade E Respeito


Ia escrever um longo post sobre Peseiro e o disparate que foi a sua estadia, mas pensei duas vezes e não vale a pena. Exijo dignidade e respeito para com José Peseiro. Apesar de tudo, teve a coragem de assumir uma casa em chamas e de fazer o melhor que sabia e podia, e por isso tem a minha eterna gratidão e respeito. Espero honestamente que saia com um agradecimento bem público pelo seu trabalho e com a noção de que é reconhecida a sua entrega, ainda que mal dirigida.

Preocupa-me, bem mais, a notícia de hoje do DN, que fala da saída de Antero Henrique por divergências com a posição do clã Pinto da Costa. Não conheço AH, nunca falei com ele, mas sei que com ele ganhamos muitos títulos e fomos muito bem sucedidos no Clube. AH tem muitos defeitos, nomeadamente um pobre cuidado da sua imagem pública e uma mania de estar em silêncio em alturas importantes. No entanto, não dá as mãos a Vieira, não acompanhou José Veiga no ataque ao FC Porto e nunca teve uma fase de complexo de Édipo como teve Alexandre Pinto da Costa. 

Vou ser perfeitamente claro: não considero o Futebol Clube do Porto o Pinto da Costa Futebol Clube. Já me é bastante incomodativa a ideia de Alexandre Pinto da Costa caminhar nos corredores do Dragão como se de sua casa se tratasse. Não admitiria que agora APC fizesse parte das decisões do Clube de uma forma tão elevada. A escolha de jogadores e treinadores não pode ser feita por APC. Digo, desde já, que se isso acontecer estaremos a caminhar para um buraco ainda mais fundo. E, com muito pena minha, será um peditório para o qual não darei.

Compreendo o rumo da Vida, onde, numa fase onde a mortalidade nos olha de frente, queiramos "arrumar a casa" em termos de família. Mas, por muita gratidão, admiração e respeito que sinta por Pinto da Costa, não consinto uma oligarquia. Não será com o meu voto, não será com a minha concordância e não será com o meu dinheiro.

Espero que esta notícia não passe de um ruido de clickbait, e que Pinto da Costa perceba, de uma vez por todas, a forma como o seu filho é visto pelos adeptos. Se não o fizer, perderá bem mais do que títulos nos próximos tempos. 

O que é demais é moléstia. Haja Dignidade e Respeito.