Moncho López deu uma extraordinária entrevista, ontem, no Universo Porto (aqui), a Paulo Miguel Castro. Foi uma entrevista frontal e directa de alguém que está embevecido e orgulhoso de todo o trajecto que fez até este título. Foi uma travessia no deserto de anos que desaguou no melhor dos finais, à custa de muito suor e sacrifício. Foi, além de tudo o mais que espero que tenham oportunidade de ver, uma entrevista que me deixou a pensar muito.
Quando falaram das contratações e da génese do projecto Dragon Force, à parte daquilo que o Presidente disse a Moncho, ou seja, que não ia deixar cair o basket e que o queria no comando, o que me surpreendeu mais foi saber que quem esteve sempre lá para ele tinha sido...Antero Henrique!
Moncho disse que Antero se desdobrou em esforços para a contratação-relâmpago de Troy DeVries, que esteve sempre disponível para tornar possível a satisfação de todas as necessidades da equipa de basket, desde psicólogos, dois fisioterapeutas, condições técnicas específicas e apoio aos jogadores, até a um mini-estágio especial no espaço desde dois últimos jogos contra o verifique, isolando-os do exterior, da pressão externa e das distracções mediáticas, ou mesmo do cansaço e stress das viagens, etc. Aliás, Moncho foi mais longe: disse que sabia que "se tiver uma inquietação ou um pensamento sobre a equipa à uma ou duas da manhã" teria "sempre alguém do outro lado para [o] ajudar".
E então eu pergunto:
- Se no basket há a gestão da Estrutura Porto no seu melhor expoente - aquele a que nos habituou nos anos 90 e 2000 - como se explica esta a diferença de qualidade, para bem pior!, da modalidade principal para o basket (e Moncho garante que no andebol se passa o mesmo)?
- Se no basket há cuidado com a comunicação social e o resguardo dos atletas e corpo técnico de toda a influência externa que possa influenciar o resultado, como se explica este regabofe que se passa no futebol em que tudo é permitido, até que o putativo futuro técnico do FC Porto possa apresentar o livro de alguém que faz DE TUDO para prejudicar a imagem do FC Porto? Como se explica tamanho profissionalismo numa modalidade que teve de fazer reboot e tamanho AMADORISMO na gestão da equipa principal de futebol?
- Se Antero Henrique é um vampiro comissionista que só quer governar a vidinha, porque raio haveria de estar a ter toda esta qualidade na gestão do basket, na sua fase mais "irrelevante"? Que teria ele a ganhar com isso, então?
São coisas que me deixam, como diria José Pedro Gomes em "O que diz Molero", com "muita atonitícia". Algo não bate certo neste filme. Algo interfere, claramente, no regular funcionamento do FC Porto e parece-me que é bem mais complicado do que simplesmente a raiz de todo o Mal ser uma só pessoa. Até porque parece que essa mesma pessoa, afinal, sabe fazer as coisas como deve em prol do melhor interesse do FC Porto!
Afinal, em que ficamos?
NOTA: Um exemplo deste evidente desnorte é a forma como o Dragões Diário se refere hoje - uma vez mais! - a Miguel Sousa Tavares. Acho que há linhas que não se podem ultrapassar, e o ataque à família de MST não é só estúpido, é indecente, ignóbil e indigno. Proponho que o FC Porto seja mais profissional como.... olhem... como no basket!
Já agora, o senhor Figo, além de mal informado, anda com as prioridades trocadas: eu, se fosse a ele, estava mais preocupado com pequenos almoços pagos a peso de ouro e com a quantidade de detergente que há na sua fundação... mas hey, isso sou eu, que "nessas coisas não me meto".
Já agora, o senhor Figo, além de mal informado, anda com as prioridades trocadas: eu, se fosse a ele, estava mais preocupado com pequenos almoços pagos a peso de ouro e com a quantidade de detergente que há na sua fundação... mas hey, isso sou eu, que "nessas coisas não me meto".
Não percebi a parte em que falas no ataque à família do MST feita pelo DD. Creio que a "boca"foi relativa aos investimentos financeiros do MST no grupo Espírito Santo. Está a escapar-me qq coisa?
ResponderEliminarNão é nada de investimentos. Rita Sousa Tavares, uma das fillhas de MST, é casada com um filho de Ricardo Salgado. Por essa razão, MST - e bem! - evita falar do BES e do Grupo Espírito Santo.
EliminarAbraço
Como diria alguém, um dia:"só sei que nada sei". Figo gostou da frase amiga...
ResponderEliminarImbicto abraço!
Ó se go$tou!
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Meu caro, relativamente à entrevista do Sr. Moncho Lopez, e que Senhor ele é...estou exatamente com a mesma impressão...como é que um gajo (AH) é extremamente competente e preocupado com uma secção do clube a que não está diretamente ligado, e tão, mas tão incompetente (para alguns) na modalidade principal do clube, e onde de resto tem responsabilidades na matéria...
ResponderEliminarMais estupefacto fico, quando me garantem pessoalmente que caso seja preciso alguma coisa importante para o bem eatar dos jogadores, seja a que horas for, o telemóvel de AH está sempre disponível...
Há coisas que um gajo não entende...ou não quer acreditar naquilo que entende...
Pois... As coisas não são nada simples...
EliminarAbraço
Podia contar aqui mais algumas coisas sobre Moncho, Antero, Basquetebol, mas não o vou fazer. Apenas te tenho de agradecer, caro Jorge, porque tenho a certeza que depois deste post eles vão virar-se para ti e deixar-me em paz. Obrigado, amigo! Não te pago um almoço, mas um cafezinho... podes contar!
ResponderEliminarAbraço
Digo as coisas como as vejo!
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Sobre AH, o meu ppnto de vista é que o profissionalismo dele é o mesmo para o futebol como é para o basket. Mas o problema é que no futebol existe mta gente a por a mão, o que dificulta o trabalho dele.
ResponderEliminarSobre MST, por mim podem bater à vontade nele, não conseguem bater tanto como elê já bateu no clube.
Figo está só a pagar o apoio da FPF na sua candidatura à FIFA. Candidatura que ele não levou até ao fim. Logo vê-se que tipo de pessoa é.
Abraços
Tenho a mesma impressão sobre o basket/futebol.
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Enquanto o nosso presidente continuar a deixar que o seu filho meta o bedelho e tenha influencia nas suas decisões do futebol, isto não vai mudar. É um exercicio fácil de se fazer. Desde que fez as pazes com o filho, o departamento de futebol do clube veio por aí abaixo.
ResponderEliminarÉ tudo muito estranho.
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Olá Jorge,
ResponderEliminarEssa questão que fazes tem uma resposta muito simples... Comunicação Social!
O Basket não tem 5% da visibilidade em relação à Comunicação Social portanto ao ninguém "querer saber" do basket, a estrutura pode fechar e isolar os jogadores/treinadores para eles fazerem o seu trabalho em condições (e o mesmo se passa com o Andebol/Hoquei/etc...).
No Futebol a coisa é muito diferente... o FCP sofre ataques constantes e diários de várias fontes e não sabe lidar com isso... A estrutura do FCP está lá e funciona como no Basket, mas não sabem lidar com redes sociais e nem com as constantes mentiras/ataques que vem a público sobre a equipa.
Ainda ontem o Casillas colocou um comment num post do Suk e começaram logo a cair em cima dele como racista...
O NGP e os seus pares não percebem patavina deste novo elemento Redes Socias e também da Comunicação Social online... nos anos 80/90 a luta era feita por intervenções na TV e grandes declarações... agora tem de ser uma luta de guerrilha e nesse aspeto os nossos adversários estão a anos luz.
Mesmo o triste do DD já aderiu à moda de "atacar tudo o que é portista e tem a ousadia de ter uma opinião própria divergente da nossa"... e o resto que nos ataca andam por aí incólumes a dizer todas as barbaridades que pretendem... Onde é que o DD jamais atacou o diretor do Record e da Bola e salientou factos de falhanços profissionais/pessoais e divulgou pormenores incriminadores sobre eles?
Portanto o que falta à estrutura é defesa aos ataques constantes e diários e não isolarem o técnico/jogadores.
Uma escolha mais criteriosa exige-se, claramente!
EliminarAbraço
Continuamos (todos) a apontar para este e para aquele, ora é o novel-administrador, ora é o filho pródigo... mas afinal quem é que foi eleito presidente? Afinal quem é que manda, por direito próprio adquirido nas urnas, no clube?
ResponderEliminarNão adianta continuar a fazer de conta, a rezar por um renascimento das cinzas (falo por mim)... é preciso ter a coragem de dizer que o responsável por esta bandalheira toda é Jorge Nuno Pinto da Costa. Já chega de palavras mansas!
Desculpa Jorge, mas estou literalmente farto de assistir impotente a isto tudo.
Abraço sempre Portista
LAeB : Do Porto com Amor
O Presidente é sempre o máximo responsável. Inclusivamente, por esta salada....
EliminarAbraço
Em relação ao Nes, realmente não lembra a ninguém ir á apresentação de um dos mais antis que há memória, quanto ao figas, agora qualquer um sente-se no direito de mandar bitaites sobre o F.C.PORTO, mesmo que nem sequer sejam adeptos do clube, já chateia, mas também é verdade que nos temos posto a jeito, mais do que nunca precisávamos de um BB na parte da comunicação do clube e também de um blackout, entrevistas e outras intervenções de treinador e jogadores era so para rádio 5 e porto canal. Abraço João Moreira
ResponderEliminarUm voz forte com resposta pronta, de alguém que tenha feitio para tal!
EliminarAbraço
JNPC sempre se gabou de ser ele a escolher os treinadores. Portanto para bem ou para o mal o responsável é sempre ele.
ResponderEliminarEu acho que trocar JP cheio de CV, supostamente por NES, com muito menos é um tiro no pé, DO MEU, DO TEU, DO NOSSO FCPORTO.
Desculpe, mas diga-me lá que curriculo tinha Mourinho?
EliminarNão é o curriculo que aqui está em causa mas sim o sentir o Porto e colocar esse sentimento em campo, para lá da competência,claro!
E, julgo, que actualmente não haverá ninguem melhor que NES para o efeito
ResponderEliminar@ Jorge
excelente, como sempre!
abr@ço
Miguel | Tomo III