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domingo, 21 de maio de 2017

Então, Adeusinho!

Este jogo foi o epílogo do consulado Nuno Espírito Santo - sem chama, desplicente, amorfo e apático, Apenas Brahimi parecia não ter recebido o memorando, mas sozinho não consegue fazer muito.

Deste jogo retiro três conclusões: NES estava a borrifar-se para este jogo, ciente de que o seu tempo teria chegado ao fim, sem a liderança activa de Iker Casillas a equipa ficou em autogestão motivacional - às tantas não era NES a dar o empurrão para as segundas partes melhores, mas sim o verdadeiro Capitão do FC Porto, o que me faz temer que se corte justamente no gasto que se justifica mais, e desde que NES resolveu começar a inventar na nevralgia do terreno, com um meio-campo feito à tômbola, o FC Porto perdeu todo o fio de jogo - mesmo enviesado - que tinha.

Mas nada disto importa, na verdade. Importa que acabem os hashtags, que se enterre de vez o "Somos Porto" e que se tenha a humildade de entender o quanto há a trabalhar. O FC Porto teve hoje o pleno de derrotas no futebol, o andebol complicou desnecessariamente e precisa de um milagre - uma equipa com uma qualidade e um investimento que lhe exigem outra atitude - e apenas o basket e a equipa B nos vão dando alegrias.

Esta transversalidade do problema demonstra que o problema do FC Porto começa bem mais acima e que o Espírito do Dragão se encontra, a esta altura, em parte incerta.

Não me interessa tetras, pentas ou hexas. O FC Porto tem de ter a humildade de reconhecer que está doente e que a cura, para ser estruturada, leva o seu tempo. Uma vez mais, insisto, haja brio e vergonha, haja humildade para voltar a fazer o que deve ser feito. Chega de empurrar com a barriga e dizer "pró ano é que é". Não há Polvo que justifique desistir.

sábado, 20 de maio de 2017

Lavagens e Incompetências

RTP. RDP. Impresa. Media Capital. Cofina. Que têm estes grupos em comum? Uma paixão imensa pelo clube do regime. São também os detentores de 90% dos conteúdos de media nacionais. Daí que seja curioso que a Sábado tenha dado a notícia da investigação ao bieirinha agora. Ou então, não. Ou então, Rui Valente tem toda a razão no que diz aqui, ou seja, já que tem de sair e tem, saia quando queremos. Ganha então o Polvo duplamente. Passa a errada imagem de que algo vai mudando e ao mesmo tempo manipula o impacto provável das notícias condicionando o seu timing. Perfeito.

A RTP fez uma coisa ainda pior. Ilustrou com o FC Porto a reportagem sobre o Jogo Duplo. Ora, como se pode ver aqui, quem está lá enfiado até ao pescoço é... il capo, o mesmo de sempre. Nesse sentido, e bem sei que o FC Porto é obrigado a ter os media na sala de imprensa e a responder às perguntas, e bem sei que aquela... coisa... que ainda é o treinador do FC Porto jamais lhes daria a resposta adequada, mas espero que, de uma vez por todas, a próxima época do FC Porto seja preparada com o foco na verdade - que somos o alvo, que todos estão contra nós e a criar a narrativa de que todo o mal do futebol português é culpa nossa. Assim sendo, um treinador de discurso forte e alinhado com o do Departamento de Comunicação é importantíssimo, vital, diria. Olho por olho, dente por dente. Não é o que queríamos, de todo. Mas é o que temos. E há que atacar este vírus de frente.

Já agora, e por falar daquela... coisa... está na hora do FC Porto valorizar e proteger os seus activos. O que aconteceu à contratação mais cara deste ano do FC Porto não pode voltar a acontecer. Óliver Torres não vai dar prejuízo. Ser caro ou barato é um não assunto, pois dará lucro. Mas, para ser valorizado, e como com Óli, com qualquer outro, cada jogador deve ser utilizado na posição que melhor se adequa às suas características e aos seus naturais talentos. É bastante simples: quando se vê este vídeo facilmente se vê os erros feitos a Oli: recuado da sua área de influência - onde marcou os golos e fez as assistências - mesmo assim conseguia defender e gerar jogo que, infelizmente devido aos roubos e à falta de eficácia, não lhe multiplicaram as assistências por dez. Como teve - juntamente com todo o plantel - de percorrer piscinas inteiras para chegar à área, deu o estouro. Tudo isto gerido de uma forma amadora que levou a que saísse da selecção de sub-21 espanhola. Como este, Brahimi, Layún e mesmo André Silva. De uma vez por todas, a competência faz crescer, a incompetência mirra. É preciso saber isso.  E, já agora, aqui está a diferença quando se joga na posição certa. Como Bernardo Silva a jogar a lateral direito ou no sítio dele.

terça-feira, 16 de maio de 2017

Águas Paradas


Aqui temos a verdade sobre o "modelo" de Nuno Espírito Santo. O mesmo que existia - ou não existia, segundo os valencianos: a defesa, a obsessão por um equilíbrio estéril e o que matou o ataque do FC Porto - viver tão recuado no terreno que qualquer jogada de ataque exige uma corrida desenfreada e absurda pela área fora, muitas vezes com fraco apoio ofensivo e sem ser minimamente trabalhada.

Ontem, no Universo Porto, debatia-se a "obsessão pelo controlo do jogo" por parte de NES. Não era uma obsessão. Era puro MEDO. Foi isto que ficou do consulado de Nuno Espírito Santo - um FC Porto à "Somos Porto", ou seja, um FC Porto a quem o empate era uma situação aceitável. Foram 10, só na liga. 

Um FC Porto que não arrisque ser feliz, que não arrisque perder para poder vencer, não é um FC Porto À PORTO. Da mesma forma, a comunicação de NES foi um espelho disso mesmo - nunca tomar partidos, nunca se comprometer, nunca se atravessar, acabar a época com a sua imagem nonchalant completamente intacta.

Uma personagem assim, alguém que procura ser a Suíça para poder estar de bem com Deus e o Diabo, não tem o que é preciso para estar à frente de um Clube tão polarizado e atacado como o FC Porto. Aqui, ou se está a 100%, ou se vai embora.

Por falar nisso, Diogo Jotinha, se o teu treinador assinou a guia de marcha com a conversinha dos parabéns, o teu like da treta também já te deu uma viagem só de ida para o banco - ou a bancada - do Vicente Calderón. Mesmo que nada entendas da guerra Norte-sul, mesmo que não tenhas nenhuma vergonha, só mesmo uma espécie muito grande de asno vai pôr likes na festa da concorrência! Isso dá despedimento com justa causa! Por isso, boa viagem, mouro!

sexta-feira, 5 de maio de 2017

A Responsabilidade É De Todos, Menos Dele

Ainda estou um pouco incrédulo com isto, juro. Não consigo entender, juro que não. Por todos os motivos e mais alguns: pelo número de assistências na época passada, pela sua vocação ofensiva, pelo seu tiro exterior, pela sua polivalência, numa altura crucial como esta, em que este jogo pode dar-nos uma grande vantagem que nos conduza à possibilidade de ficar em primeiro e fazer pressão decisiva sobre o inimigo, não compreendo que outra razão senão a de uma incapacidade física pudesse afastar Miguel Layún do jogo - e do banco! - contra o Marítimo (muito provavelmente, o jogo mais difícil que nos falta fazer).

Não, foi uma opção técnica! Nuno Espírito Santo desistiu de Layún. Ponto. E então, pura e simplesmente abdica dele. No seu lugar, Fernando Fonseca, o jovem titular da equipa B, que este ano fez zero jogos com a equipa A! ZERO! 

Naturalmente, a responsabilidade de tudo o que possa acontecer, é de toda a gente - equipa técnica e dirigentes - menos do Fernando! Evidentemente, se eu fosse maritimista, apostaria no corredor esquerdo (de onde, diga-se, surgiu o golaço marcado no Dragão) para fazer o meu ataque. É natural que a emoção tome conta do nosso jovem. É natural que um erro aconteça. A responsabilidade não poderá ser dele.

Poderá custar-nos um campeonato. Poderá aproximar perigosamente o sportem de nós. Nunca será culpa do Fernando!  Tudo o que ele fizer de positivo será heróico, tudo o que fizer de negativo será responsabilidade de Nuno Espírito Santo.

Por último, quero dizer que adoro o double standart Portista: a péssima época de Lopetegui rendeu-nos sete empates, com NES vamos em nove. Se este se lembrasse de uma cartada destas durante a fase decisiva da contenda, não sei o que seria. O mesmo para Vítor Pereira, já agora. Nuno Espírito Santo pode fazer tudo! 

É por ser "um dos nossos"? Espero que lhe corra bem. Sou, afinal, Portista, quero ser campeão. De falta de apoio, NES não se pode queixar! Agora, não admitirei neste espaço que se culpe e se queime um miúdo cujo sonho deverá ser, definitivamente, jogar no FC Porto, por ser atirado às feras desta forma tão imperdoável.

Que corra bem a FF. Afinal, do seu acto heróico depende o bem de todos nós! Força Fernando!

terça-feira, 17 de janeiro de 2017

O Danoninho Que Falta


Ás vezes é estranho pensar no FC Porto de Nuno Espírito Santo. É esquisito pensar que um dia podemos achar que tudo é um desastre e outro dia o Olimpo pode estar ali tão perto. Só que, dada a devida distância e a frieza que se impõe, falta apenas um danoninho (® Silva). E é mesmo só isso. A defesa é sólida - está o nível das melhores da Europa, com Casillas a fazer os melhores números da sua carreira - o meio campo cada vez mais entrosado - a dupla Danilo-Óliver é extraordinária, com um terceiro médio como híbrido entre sistemas, e um conjunto de atacantes com uma produção ofensiva invejável.

Onde falha então o FC Porto?

Falha na eficácia. É da juventude, certamente, mas não só. São os nervos, a ansiedade e o medo de perder. É a pressão que se sente pela inexperiência. É o desacerto da sofreguidão com que se procura fazer bem e bonito. É um passe a mais, é a indecisão, é complicar o simples. No meu entender, é tudo uma questão de tempo e de treino até que tal fique bem. A juventude tem irreverência, mas também tem inexperiência. Exigir de André Silva ou Jota ser um Jackson ou um Lisandro.... é só parvo.  Temos futuro a ser preparado. Mas as etapas têm o seu tempo. Para contornar isso é preciso trazer experiência.

A inconstância exibicional também é algo a ter muito em conta, e não tenho dúvidas que está intimamente ligada com a primeira. A assimetria entre o FC Porto em casa e fora não pode continuar a ser tão gigantesca. Qualquer equipa se sente, naturalmente, confortável no carinho dos seus, mas a forma como o FC Porto roça a quase inoperância fora de casa é bastante assustador. Também, se o campeonato é uma prova de consistência, não se pode admitir uma diferença de qualidade tão acentuada entre o FC Porto contra o Leicester e o FC Porto no Restelo, em Tondela ou em Paços de Ferreira. Por muito que se louve a ideia da fortaleza e de dar a noção de dificuldade e medo por parte do adversário ao entrar no Dragão, já vai sendo tempo de arranjar outra metáfora bélica para tratar da conquista de pontos fora. Os relvados são diferentes, os campos mais curtos, mas o FC Porto tem de ser capaz de ter a raça, a entrega e a "prepotência", que tão bem Cândido Costa refere, em casa ou fora dela. E não pode haver um "pronto-já-está". As grandes equipas mundiais estão sempre a procurar o golo seguinte.


Por fim, não é indiferente falar  das arbitragens. E vou falar delas exclusivamente em três casos, que contam muito esta época. O caso das papoilas , o caso do sportem  e o do Setúbal. Tem de haver uma uniformidade de critérios para lá de tudo que seja razoável. E, se o caso do segundo golo do Boavista às papoilas é ilegal , também é o golo das papoilas contra nós! Quem é que se levantou em reboliço? Quem contestou? Quem fez daquilo um pecado capital? Ninguém! Custou a engolir, mas aceitou-se. À luz dos critérios demostrados pela Comissão de Arbitragem, a vitória seria nossa. Estaríamos, portanto, agora a um ponto. Ou menos, por todas as circunstâncias envolventes! Assim como, tendo mais uma vez como referência as papoilas, se é mão do Felipe, é-o também no caso de Gelson e, principalmente, de Bryan Ruiz, em Alvaláxia! Dois golos irregulares, mais três pontos, liderança isolada! E o sportem fora da corrida! Se, como icing on the cake, tirarmos a naturalíssima conclusão que, se Cervi sofre penalti, também o sofre Otávio em Setúbal, seriam pois mais dois pontos e liderança destacada

É natural daí inferir que metade das críticas, não desaparecendo - porque a exigência Portista é uma coisa positiva desde que não dê para assobiar à maluca e ser perniciosa - atenuar-se-iam severamente. Como tenho a certeza que a comunicação do FC Porto, mormente na pessoa de Francisco J. Marques, modificou-se de sobremaneira, temos todas as condições para, em campo menos inclinado - sim, não tenhamos ilusões, nem tanto ao mar nem tanto à terra - e com maior consistência, ser campeões e formar uma base vencedora para o futuro.

Basta apenas um danoninho. A eles, carago!

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

O Delírio Do Quadro e do Discurso Ao Lado


Confesso, fico preocupado. O meu lugar anual no Dragão deve ter Ayahuasca, ou outra espécie qualquer de poderoso alucinogénio, bem como a televisão da minha casa, porque não sou capaz de descortinar a equipa de que Nuno Espírito Santo explicou como sendo a sua no Desenha.No.Quadro.s01e02 em 480p ou 1080p, consoante o televisor.

Diz NES, e cito: "É uma equipa que consegue estar no campo adversário. Os laterais estão constantemente projetados, médios que envolvem, que rompem. Em 60 metros, não há um sistema que se possa identificar. Há uma ideia. Na maioria dos jogos, conseguimos isto. O resultado não identificam o jogo da equipa. Em todos os empates que tivemos, não corremos o risco de perder. Estivemos sempre muito mais perto de ganhar. Apenas esporadicamente consentimos oportunidades de golo. A equipa teve um bom crescimento, mas não conseguiu o golo. Consolidar o que estamos a fazer atrás e melhorar a eficácia. Ser capaz de concretizar o que produzimos. A equipa que vai jogar amanhã [sábado] é a equipa que tem jogado. Confiamos no plantel desde o dia um e assim será até ao fim. Estão a fazer a melhor época das suas longas carreiras".

É fácil de ver aqui o problema. O que eu destaquei é um absoluto delírio, pelo menos segundo o que vejo. Os médios não envolvem nada. Óliver passa 3/4 do tempo em missões defensivas, a vir buscar jogo a Danilo e a tentar fazer recuperações ad hominem. Otávio não faz outra vida senão tentar furar, sozinho, aquilo que, se estivesse a jogar apoiado, faria junto com os seus colegas. Também não é verdade que a maioria das equipas jogue recuada, e vai fazê-lo cada vez menos, ao ver um meio campo de dois miúdos a tentar fazer tudo sozinhos, com um buracão entre o ataque e a defesa, uma vez que Danilo dá o apoio aos centrais - que ficam bem atrás - para a projecção dos laterais. Projecção mas, como se viu no Restelo, non troppo, porque até esses não sabem se atacar ou defender. E depois, é preocupante como Otávio e Diogo Jota falam que NES lhes dá "liberdade atacante". Não pode haver. Deve haver processos, treino, jogo organizado, e não rasgos de criatividade. Assim, é fácil de perceber porque não raras vezes se atropelam os jogadores, procurando ocupar os mesmos espaços, não respeitando desmarcações nem triangulações. Cada um por si, como lhe der na telha, não é uma ideia de jogo!

Elasse, o treinador dizer que a equipa está de uma forma quando está claramente de outra, se não for um discurso para tentar  ganhar tempo - que não existe quando se diz que há que ganhar títulos JÁ - é um delírio que me deixa (ainda mais) apreensivo com a minha equipa.

Claro que a defesa forte funcionava no Rio Ave e no Valência. Mas não no FC Porto. Não chega clean sheets. É preciso que o adversário vá buscar a bola ao fundo das redes, uma e outra e outra vez. 

E, ou NES admite que vai precisar de mais de um ano para isso ou está a falhar! Com esse discurso não vai a lugar nenhum - a não ser à chacota dos nossos adversários! E chega de ter outra coisa senão temor do lado de lá!

Os Super Dragões fizeram 30 anos. Parabéns a eles e o meu sentido obrigado pela abnegada dedicação e disponibilidade, a maioria à custa de grandes sacrifícios pessoais e profissionais em prol do sucesso do Nosso Grande Clube.

Mas tenho pena que o Presidente , em mais um discurso delirante, tenha vindo dizer que estes são os adeptos bons, contra os adeptos maus que são "aqueles que criticam, aqueles que na sombra, quando há qualquer desaire, põem as orelhas de fora". Pois é, senhor Presidente, saiba que não são os adeptos "maus", são sim os adeptos tão legítimos como os que aplaudem, com uma voz e uma dor, que também eles abdicam do seu tempo e das suas, muitas vezes parcas, condições para estar no Dragão a cumprir o seu sonho Azul e Branco.

Sabe, os adeptos de Coração Azul e Branco não se esgotam na Tribuna Presidencial, Camarotes, Tribuna e dois sectores do Estádio! Não compreendo este discurso do Quixotesco inimigo interno a alguém que tão bem sempre soube combater os verdadeiros inimigos externos! Perceba, senhor Presidente, que todos queremos o mesmo - um FC Porto vencedor, titulado e dominador. E as visões diferentes devem ser respeitadas, encorajadas e debatidas! Pode ter a certeza que não ouvirá nenhum assobio se a equipa jogar bem!

Tristes dias estes, onde o delírio tomou conta da estrutura do Clube. Faz-me temer ainda mais pelo futuro próximo deste. Parece-me que está tudo ligeiramente ensandecido...

"The art of our necessities is strange,
And can make vile things precious."
- "King Lear", Acto III, cena II, William Shakespeare.

(Se quiserem saber do verdadeiro caminho que defendo, eu e outros bloggers da bluegosfera, e que vemos, felizmente, melhor explicado, nada mais do que procurar aqui. Nas 4 Linhas, um programa fantástico de debate sério por gente que sabe , no Porto Canal! Bravo Juca Magalhães, assim sim!)

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Contra a Corrente

Aparentemente, O Jogo mostra hoje que poucos acham que a mudança de treinador é a solução. Acho curioso, e devo estar contra a corrente. É caso para me perguntar, e vos perguntar - e se alguém souber as respostas diga:
  • Qual é a ideia de jogo de Nuno Espírito Santo, que ele tanto fala nos prés e pós match?
  • Se o problema não é do treinador, de quem é? (E falo do problema imediato, não o de eleições que agora não mudaria nada nem coisa nenhuma)
  • Há falta de qualidade nas apostas? É uma equipa jovem? E quem é que não a estava a pedir constantemente, por esta altura, no ano passado?
Registo também, com agrado, a evolução da posição de muitos "notáveis": com o treinador anterior, nada menos do que a cabeça no cepo, e não quebrava recordes negativos uns atrás dos outros. Com este - "o Nuno" - nada senão tolerância e complacência. Esta dualidade de critérios é fantástica. Gosto muito, aliás, do corporativismo de certas figuras: onde antes tudo era horrível, agora é o treinador que "faz milagres", onde antes faltava mística, agora sobra a rodos. Isto apesar de estarmos praticamente à beira de deixar fugir o título em Dezembro. Tudo porque, claramente, NES é um "dos nossos" que, ou já jogou, ou já fez parte e assim tudo bem. Mesmo que fosse o grande Bicho, as minhas críticas seriam as mesmas. Tenho muito carinho pelas figuras, mas um bom jogador não tem de ser, necessariamente, um bom treinador

Deixo já clara a minha posição, caso seja preciso explicá-la ainda mais: acho que NES é um problema, o mais resolúvel a esta altura, e não esperaria mais do que os dois próximos e definidores jogos para tomar uma atitude. Se perdermos pontos com o Braga, já não há grande margem para lá de um milagre no campeonato, se perdermos o acesso à fase final da Champions... bom, já se sabe. Acredito nos jogadores, mas confesso, fiquei preocupado com o semblante carregado de Casillas ontem, no vídeo na sua página de Facebook. Diz ele que vão tentar dar a volta a isto - e esse verbo diz tudo.

Se não houver remédio, há que mudar bem cedo. Mas também está na hora de haver uma alternativa política à SAD vigente, porque as eleições não devem ser "gostas ou não de Pinto da Costa". As eleições devem ser entre a ideia X e a Y (E a Z, e por aí em diante...) para o futuro do Clube. 

E não me venham cá com os "medos" e as "guardas". Sei o suficiente do sentimento de quem vai a todo o lado apoiar o Clube, a expensas grandes e próprias para saber que elas e eles estão, no geral, tão felizes com isto como eu.

Uma alternativa tem de ter um nome respeitado, conhecido, com um gravitas aglutinador mais que suficiente para ser oponente do Presidente mais titulado da História. Não me passa pela cabeça que se proponha algum desconhecido cujo ponto alto de exposição pública seja o FC Porto.

terça-feira, 29 de novembro de 2016

Como Se Avalia Um Treinador?

Não me interessa a taça da carica per si. Não é um título que queira, que ache importante, tem uns moldes absurdos. Mas o FC Porto poderia não ter ganho mas tinha de jogar.

Ora, neste momento, o FC Porto não joga futebol. Não há nada de estudado, de trabalhado, de orientado. Nada. Os jogadores não sabem que espaços ocupar, não sabem se passar ou rematar, não sabem o que fazer, porque não há ideia de jogo, não há nenhum sinal de evolução ou trabalho.

Mais, e pior, o treinador é a imagem do vazio do FC Porto: olhos esbugalhados, a lamber os lábios de nervos, mãos na cabeça e sem dizer palavra. Não diz nada, não muda nada, não orienta nada.

Estamos sólidos defensivamente? Sim. Vimos bem porquê. Não interessa quem está na baliza, Felipe e Marcano são absolutamente excelentes. Muito pouco passa por estes dois.

Mas daqui para a frente... é um vazio total. Uma ausência de tudo. Nada de estudo, nada de trabalho, é só rasgo individual e ansiedade e falta de confiança.

Naturalmente, os "encostados" Brahimi e Herrera tentaram levar as coisas para a frente, André André foi o meu MVP e João Carlos Teixeira provou o crime que é deixá-lo fora da convocatória e do jogo. 

Não é surpresa  para quem os acompanha regularmente, mas Rui Pedro e inácio fizeram um jogo superlativo.

Está visto, Nuno Espírito Santo não dá mais do que isto. Não podemos continuar neste caminho, sob pena de ir a mínimos históricos. NES não tem condições para continuar. Naturalmente, só o poderá fazer depois de dia 7, mas temo pelo que vem aí, até lá. 

Esperemos que mude, a bem de todos. Não estou a ver bem como.

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Dixit

Não sou muito de fazer isto, mas tudo o que penso está condensado em um só video - Via Tertúlia Azul e Branca.

Não, não costumo concordar nada com o Pedro Sousa, mas neste caso está tudo dito, e francamente cansa-me muito todo este lento erodir do que é o FC Porto. 

Só tenho a acrescentar que Yacine Brahimi fez 13 golos na primeira época e 12 na segunda. Para além disso, a forma como os jogadores passam do onze inicial, para a bancada, para o onze, para a bancada outra vez, é pura esquizofrenia.

E não, não é rotação, não é dar oportunidade a todos ou manter uma equipa fresca. Depoitre joga pouquíssimo. André André também. Rúben Neves nem se fala. E João Carlos Teixeira ainda nem jogou.

Estamos a sete jogos do fim da primeira volta. E ainda se anda à procura. É o que é. É o que temos. Liberdade total ao treinador para pôr e tirar. E deixar talento em casa. E adiar decisões. E perder competições. Sempre interessado em "competir".

O Porto Canal lançou ontem um Universo Porto especial debate em que se discutiu a arbitragem abertamente com Francisco J. Marques, o Director de Comunicação do FC Porto. Saúda-se a iniciativa.

terça-feira, 22 de novembro de 2016

Análise FC Kobenhavn 0-0 FC Porto - Notas Curtas, Como O Treinador

  • Empatamos. 
  • Não marcamos golos, pela enésima vez.
  • Jogamos bem com a qualidade que temos, mas deixamos o talento em casa.
  • Com quase 85 minutos, o treinador não tinha feito qualquer substituição.
  • Não fez todas as substituições.
  • A única leitura de jogo que fez, aos 85 minutos de um jogo que tinha de ganhar... foi por um médio.
  • O pânico na cara do treinador é surrealista. Ele nunca sabe o que fazer.
  • A segunda substituição foi forçada.
  • André Silva deu o abafo. Que ninguém se atreva a culpá-lo. Aliás, quem é que contratou o ponta de lança alternativo que nunca entra?
Pois, pois é. É isto. Ganhar ao Leicester, a equipa que ganhou todos os jogos menos um. E não perdeu nenhum. Pronto. Fácil.

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Antevisão FC Kobenhavn - FC Porto - Resolver Com a Alma Que Já Vimos

Não é preciso dizer mais nada. É essencial vencer o Kobenhavn para arrumar a eliminatória da Champions antes da última jornada. Com a agravante deste último só precisar, realisticamente, de empatar, uma vez que o Club Brugge não tem qualquer ponto e nós temos de enfrentar o Leicester. Por isso temos, uma vez mais, margem nula.

Ora, descansados que estão Óliver, Corona e Herrera, creio que o melhor onze - o que enfrentou as papoilas - irá jogar. Se entrarmos com a mesma fome e a mesma atitude, não duvido que teremos a eliminatória na mão. A dificuldade que temos é sempre o sorteio que é saber da atitude que vamos encontrar no FC Porto. É verdade, há que assumi-lo, o nosso inimigo maior é o da autoconfiança da equipa. Ainda assim, não é expectável que a arbitragem incline o campo contra nós, o que só por si ajuda imenso.

Não vou fugir do elefante no meio da sala. Esta semana, Pep Guardiola admitiu que errou ao ter deixado Yayá Touré de fora. Nuno Espírito Santo decidiu, está mais que visto, que Yacine Brahimi não conta. Vamos ver se ele não se arrepende. Eu acho um grave erro prescindir, voluntariamente, de toda a criatividade e do génio do argelino. Mas, se ganhar, tudo estará bem por agora.


Esperar de Nuno Espírito Santo mais do que um discurso redondo e vazio nas conferências de imprensa é pura loucura. Curiosamente.... Óliver falou muito mais à Porto, no seu portunhol cada vez mais próximo do português. Fico feliz que pelo menos haja a crença na equipa que a sorte acompanhará o trabalho.

sábado, 19 de novembro de 2016

Mansidão Não Pode Exigir Garra

Aqui temos o brilhante corolário da nossa bonomia. "Ó senhor do rascord, por quem é! Quer fazer a primeira pergunta, fofinho? Força nisso! Já sabe que gostamos muito de si e dos seus!"

Que dizer? O mundo até tremeu com a veemente publicação do Dragões Diário, não foi? NÃO! Nada aconteceu, nada acontecerá, porque o silêncio de quem dirige é um convite à continuidade deste estado de coisas. Já começou a campanha de branqueamento e, quando as papoilas ganharem logo à noite, nunca mais se fala nisso.

São 13 penalties em 11 jogos! É pena é que o nosso treinador não veja isso. Para o nosso treinador, tão suave como uma pena, foi só um penalti. Mas tudo bem, é coerente com o seu ar vago e ausente durante todo o jogo, a sua cara apreensiva e sem soluções, que apenas resolve fazer a primeira alteração aos 78 minutos, baralhando ainda mais a salada que já ia naquele meio campo. Sim, porque "as tácticas são infinitas".
 
Também acho curioso que o nosso treinador não tenha percebido qual é a taça da carica - ou do envelope - e que tenha resolvido fazer poupanças... numa eliminatória de um título importante para nós. Que fique claro: vi os jogos da Rojita, o Óliver saiu aos 60 minutos, sem queixas, treinou - pouco, mas treinou - antes do jogo. Ficar em casa? Dar minutos a jogadores sem ritmo competitivo neste jogo? Não quero pensar que haja outras motivações para esta decisão que não a de incompetência, senão fico a achar que é tolo. O Chaves tem duas derrotas, contra o fifica depois de poder ter estado a ganhar, e contra o Braga, de penalti - este marcado! A falta de visão é aterradora!

Também ninguém se espante pelos jogadores, desta vez, não estarem junto a Luís Gonçalves, a reclamar no fim do jogo. Se, em Setúbal, viram que o treinador tinha ido antes deles para o balneário - e ontem também - o sinal que passa é simples: "que adianta?" Ah, e já agora, quando um jogador do Chaves, perto da baliza, estava a contorcer-se de dor imaginária, André Silva reclama e quem vai junto dele reclamar... é Felipe! Onde raio está o Capitão!!??

 
O corolário desta reacção pífia é simples: daqui a nada, nem Luís Gonçalves reclamará. Se alguém apontar um caminho e os outros não o seguirem... de que adianta apontar?
Somos mansos e vamos continuar a levar com a injustiça, por consentimento silencioso. Mas deixem-me frisar bem, para que fique claro: jogar mal não é um assentimento de injustiça! Houve e haverá muitas equipas a jogar mal e a ganhar justamente! Se não nos deixarem... só ganharemos se formos soberbos. E estamos muito longe de ser.


quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Ambivalências

Via We Are All FC Porto
 Confesso-me com um sabor agridoce na boca depois da entrevista de Nuno Espírito Santo a Júlio Magalhães.

Se por um lado este me surpreendeu muito, pelas perguntas pertinentes, concretas e importantes, que foram desde o jogo com os coisinhos, à perda de pontos em Tondela e em Setúbal, às opções técnicas ou mesmo à utilização de Adrián, Depoitre ou Brahimi, não deixei de achar as respostas de NES muito genéricas, politicamente correctas e insuficientes.

Nem tudo foi mau no discurso de NES. Deu para perceber que este é consciente dos erros em cada um dos jogos - gostei que ele tivesse a consciência (óbvia, uns dirão, com total razão) da intranquilidade da equipa no jogo com os coisinhos, fiquei feliz que reconhecesse que jogou mal contra o Tondela e que tentasse explicar, muito por alto, as opções técnicas contra o Setúbal.

Deu para perceber a sua ideia de sistema de jogo dinâmico e o que este significa. Deu para perceber que a equipa estará sensibilizada para reproduzir novamente a mesma atitude e empenho nos jogos seguinte do que a vista contra os coisinhos.

Mas, que fazer, estou habituado a ouvir podcasts da Premier League e a ouvir um Mourinho, um Guardiola ou um Klopp a falar de uma forma directa e desassombrada dos seus jogadores, da táctica e da arbitragem, e não neste tom ponderado e politicamente correcto do meu treinador.

Fica na memória a ideia de que a equipa vai em crescendo, que vai procurar jogar bem mas sempre com a vitória como prioridade e que a arbitragem não desculpa as responsabilidades próprias.

Esperemos, então, que NES - que, honra lhe seja feita, não privilegiou uma competição sobre todas as outras - consiga extrair dos seus jogadores o que é necessário para a sua "dinâmica infinita" e que seja claro e directo como não quis ser neste momento. 

Saúdo ainda Júlio Magalhães por passar vídeos das escandaleiras que nos fizeram perder pontos e por tentar extrair respostas concretas de NES. Não conseguiu, mas a vontade já é, no meu entender, um passo no bom caminho.

Esperemos que no fim do ano, com a taça do campeonato na mão, ele já passa ou queira individualizar. Porque ser magnânimo e políticamente correcto não é uma atitude à Porto. Ser directo e frontal, sim.

domingo, 30 de outubro de 2016

Nada A Ver Connosco


A verdade nua e crua é esta: houve ineficácia mas não faltou atitude. Houve azar mas não faltaram tentativas. E houve reacção dos jogadores em campo.

Mas o que seria este jogo, esta dualidade de critérios, esta agressividade permitida, se estivéssemos a falar do fifica? Havia ou não penalti? Havia ou não cartões amarelos e vermelhos?

Nos últimos dois anos, muitos de nós queixamos-nos de Herrera, dizendo que não se ofendia, não se zangava, não partia para cima do árbitro. Mas não ontem. Mal acabou a primeira parte, todos em cima do árbitro. Mal acabou o jogo, todos em cima do árbitro.

Quem também esteve em cima do árbitro foram os treinadores adjuntos. Onde andava Nuno Espírito Santo? E onde andava a direcção? Que dizer da vergonhosa conferência de imprensa de NES? Que dizer do silêncio do Presidente? 

Há uma coisa a dizer: o único jogo que interessa é o de quarta feira. Esse, está orçamentado. Esse, permite mais do mesmo. Esse, permite os mesmos vícios, a mesma apatia, o mesmo desinteresse

O FC Porto sempre foi reacção. Mas a partir de Villas-Boas a "reacção" foi deixar o treinador falar sozinho. Villas-Boas, Vítor Pereira, honra lhe seja feita também Paulo Fonseca, e Lopetegui. Todos eles sozinhos. Todos eles a enfrentarem a máquina que os denegriu, os espezinhou e, no caso do último, o gozou indecentemente, sozinhos.

Agora é ainda pior. Vieram os treinadores de "boa imprensa". Peseiro e NES são treinadores de "boa imprensa". E porquê? São treinadores calados, abúlicos, que não são capazes - ou sequer interessados? - de dar um murro na mesa e denunciar toda esta trafulhice!

Ontem o Manchester United teve um jogo em tudo igual ao nosso. Domínio, ataque, remates e muita falta de eficácia, contra um Burnley encostado atrás. Teve também dois penaltis por assinalar a favor. A diferença? Mourinho foi expulso ao intervalo. Percebem? Numa das imagens vê-se claramente Mourinho dizer "vai pró caralho, pá!" enquanto se ria ironicamente da inclinação que o, também nosso querido, Mark Clattenburg, fazia contra ele. 


Do nosso lado? NES disse "o árbitro às vezes erra, e hoje errou". Assim! isto! E de Pinto da Costa? NADA! Nem uma palavra, como sempre, quando perde! Nem uma queixa, nem sequer uma piada irónica, nada! Apenas um silêncio imenso.

Não me interessa nada o porquê. Não me interessa se Pinto da Costa tem o rabo preso, se está enamorado, se ouve a corte do FC Porto a falar na puta da marca, se está cansado, whatever the fuck. Pergunto apenas: é este o exemplo que os jogadores devem seguir? É assim que os jogadores se vão sentir amparados e protegidos? Como querem que estes não desanimem? É esta a atitude a espelhar dentro de campo? De onde quem que eles tirem outra?

E, já agora, a nossa moral e crença tem de acabar coim um empate porquê? Isto é assim? Um resultado mau em que a grande maioria dos jogadores esvazia o tanque, em que são roubados indecentemente e já é tudo mau? Quantos empates teve o sportem? E quantas derrotas teve o fifica no ano passado?

Ah, mas há uma diferença! Aposto que hoje Inácio e Oliveira e Costa vão defender os seus até à morte enquanto que os nossos queridos paineleiros vão dar uma de "we are the world" e vão ser os primeiros a bater!

Uma coisa é ser "comido", como dizia o Mestre Pedroto. Outra coisa é gostar de o ser. Somos mansos. Somos autoflagelantes. Somos autofágicos. Somos o porto. Assim, com letras pequeninas, de uma dimensão minúscula.

Eu não sou do FC Porto pelas vitórias. Mas sou do FC Porto pela raça. Não me revejo neste estado de coisas. Nem pouco mais ou menos. Não vou desistir - nunca! - mas não me revejo neste estado de coisas! Enquanto formos bons rapazes seremos sempre comidos.

domingo, 23 de outubro de 2016

Análise FC Porto 3-0 Arouca - Evolução Em União


Ando há vários anos a reclamar uma entrada á Robson no FC Porto. Com franqueza, há vários anos que não a via - desde Villas-Boas. Pois não é que NES me deu essa alegria?

Não vale a pena estar a fazer o filme exaustivo dos remates e lances - pode ser visto aqui - mas vimos um futebol forte, intenso, atacante e pressionante que pôs o Arouca em sentido logo de início, e logo de início poderíamos estar a ganhar por 2-0 aos 15 minutos, com uma jogada de sonho de Corona que merecia mais do que o poste a rebater a bola para fora, e uma excelente desmarcação de Óliver, cujo remate tinha selo de golo mas que Bracali - como sempre contra nós - defende.

Nunca deixamos de atacar bem e defender melhor, ficamos talvez um pouco ansiosos no meio da primeira parte, mas sempre a tentar chegar ao golo. Em especial nos últimos dez minutos, notou-se que o FC Porto tudo faria para chegar ao intervalo com o marcador aberto, como bem o demonstram o remate de Jota e o cabeceamento de Marcano, até que André Silva acabaria com as dúvidas aos 43 minutos, marcando após cruzamento de Diogo Jota. Este último até poderia ter marcado a seguir, mas a bola caprichosamente acabou por não seguir para a baliza.

Na segunda parte houve uma descarga do acumulado de jogos, de pressão e de ansiedade, e o FC Porto passou a controlar num ritmo mais baixo, mas sem dar hipóteses ao Arouca. Havia unidades em claro desgaste, como Óliver que estava num ciclo jogos terrível e que fez, apesar de deslocado a dado momento para a faixa, um bom jogo, e Layún, que acabou por não sair. Corona estava tocado e saiu, para dar entrada a Brahimi e Rúben Neves, e o jogo mudou completamente, novamente.

A superior leitura de Rúben ajuda o FC Porto a ter uma dinâmica e uma intensidade muito superiores e o génio de Brahimi ajuda a baralhar marcações e a desequilibrar o jogo de uma forma favorável. Foi, aliás, dos pés dele que saiu o passe vertical para André Silva passar a Jota que lhe devolveu a bola para o segundo golo. O desnorte tomou conta do Arouca, que até estava a tentar mais esta parte, e Casillas aproveitou para fazer uma assistência primordial - é a terceira vez que faz isso - para Brahimi fazer um golo de antologia - e de raiva - e calar quem o criticava (ver Faltas).

Chave de ouro para um jogo em que passamos, contra o pensamento dominante, para primeiro lugar, ainda que temporariamente. O caminho faz-se caminhando e há um caminho para este FC Porto.


União - Parece-me claro que o grupo está unido e que é um bloco sólido. Por esta altura, já todos devem ter visto isto, a conferência de imprensa muito boa que deu NES. Gostei de o ouvir falar da filosofia do FC Porto à frente da táctica. Isso é claramente conseguido. O bloco defensivo é sólido como há muitos anos não o víamos, liderado por um excelente Marcano, que faz diagonais em sprint para cortar cruzamentos do lado contrário, pelo meio campo também pouco passa por um Danilão de adamantium, verdadeiro bloqueio do ataque adversário, Óliver, pelo meio e mais adiantado, joga e faz jogar, procura sempre insistir e dar apoio defensivo e, apesar de claramente desgastado, não deixa de dar absolutamente tudo o que tinha em campo, Corona é um génio, travado apenas à berdoada - não assinalada - do adversário, e capaz de tirar coelhos da cartola e Diogo Jota e André Silva fazem uma dupla perfeita de ataque, ora eu ora tu, que irá fazer a miséria de muitas equipas, daqui até ao fim do campeonato. Todos se entre-ajudam, ninguém se pensa acima dos colegas e a solidariedade sente-se em campo. Nuno Espírito Santo já conseguiu transformar um colectivo numa equipa.  

O banco bom - Temos um banco de luxo, que revoluciona e oferece soluções, muda velocidades e sacode o que está estagnado. Brahimi entrou com fome de golo e conseguiu o que perseguia e Rúben Neves, apesar de alguns passes mal medidos, deu amplitude e ângulo ao jogo do FC Porto. Assim, NES pode sempre pensar em sistemas diferentes e variações de jogo, o que é algo extremamente positivo. Falta-lhe a coragem de fazê-lo antes, sobretudo quando o desgaste é notório.


Massa assobiativa - Brahimi reagiu ao golo fazendo sinais para a bancada num claro "falem agora" que muitos levaram a mal. Eu não. Eu concordo com Brahimi. Não se queixam de um jogo previsível onde falta rasgo individual? E depois, quando existe, este é assobiado? Expliquem-me isto, a sério, porque quero entender! Se um Jota ou um André Silva se perdem no 1 para 1, tudo bem. O que não pode ser é o Brahimi, é isso? De quem veio o passe vertical para o segundo golo? Do Pai Natal? Vão ver as épocas passadas, quantas assistências teve o Brahimi, e depois digam-me algo! E para de assobiar a vossa equipa! Vamos outra vez para a mesma palhaçada do ano passado? Estamos em primeiro! No mínimo, silêncio! Já que não se pode pedir apoio! Envergonhem-se, carago! Ah, já agora, a transmissão não mostrou, mas o Brahimi a seguir ouviu o seu nome dos Super, deu o tradicional beijo e cumprimento para o ar que costuma dar e levantou... o Brasão Abençoado.

Herrera e Varela - Continuo a dizer, Varela deve fazer uns treinos de sonho! Só assim se explica como pode ainda ser opção, após tantos e tantos jogos completamente ao lado. Incrível. Quanto a Herrera, se jogar atrás de Óliver, não tenho objecções - aliás viu-se as arrancadas box-to-box em que foi imparável - mas como definidor de jogadas, com tanto passe errado e mal medido, é um desperdício. Se jogar mais atrás não deixa de ter um remate exterior potente e não "empata" o jogo da forma atabalhoada como uma, e outra, e outra vez, faz.

Mota do talho - Inacreditável dualidade de critérios, fraco julgamento de lances e tendenciosidade, conseguiu não ver um penalti claro sobre André Silva e a berdoada que quase lesionou Corona. Enfim, é a mesma coisa de sempre. Olhem, como as capas dos jornais de hoje... 

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

O Complicómetro e a Capitania


Está mais que visto que há muito a trabalhar no FC Porto. Há que criar rotinas, há que estudar quem é que fica melhor onde e parar de uma vez por todas com esta dança de cadeiras e há que ver como fazer a bola chegar de A a B criando desequilíbrios para que haja mais hipóteses de golo.

Isso é trabalho de treinador. Dizia há dias a um amigo que não acredito que os jogadores gostem de passar a vida a lateralizar. Se o fazem é porque lhes indicam que as jogadas têm de ser construídas em futebol apoiado. Mas não é verdade que tenham de ser sempre.

Seja Herrera, Óliver, Danilo, Rúben, Corona ou Brahimi quando há espaço para a verticalidade e o rasgo individual, este tem de acontecer. É vital que no jogo do FC Porto terminem, de uma vez por todas, os passes para o lado quando para a frente há muito e bom caminho. O colega está desmarcado? É para lá que tem de ir a bola. E, à chegada à área, o remate tem de ser muito mais frequente, porque é sempre preciso sorte para que a bola entre mas esta tem de ser tentada. De uma vez por todas, que termine no FC Porto esta ideia de que a bola tem de entrar baliza dentro. Uma vez mais, o trabalho é de treinador.

Temos material e potencial para tanto! Faço-vos um desafio, se calhar mais para quem tem maneiras mais... criativas de ver os jogos: ver os jogos das selecções, por exemplo  a tricolor mexicana e a rojita espanhola, onde o potencial de 4 dos nossos principais está bem exposto, e tirar de lá as devidas ilações.

Já vimos em todos os jogadores muito mais do que temos em frequência. Esse é um problema sério a ser corrigido. Há muito trabalho para desligar o complicómetro. Mas ele tem de ser feito. Não queremos o futebol à tolinho estilo jesuíta? Não. Mas também não queremos futebol de chutão para a frente e de passe curto e lento, medroso e sem intensidade. Esse é simples. O FC Porto precisa de mais!

Via Papa Pinto da Costa

É fácil de ver também, de uma vez por todas, que o FC Porto precisa de um Capitão. Precisa? Não! O FC Porto tem um Capitão. Um histórico do futebol, voz de comando e autoridade, habita no nosso balneário. Em sua vez, a braçadeira está com um excelente rapaz, mas sem brilho nem qualquer espírito de liderança. A segunda parte foi melhor? Pudera! Este vídeo, cujo som é irrelevante, dá bem para perceber quem tem maturidade, autoridade e experiência para liderar e o efeito que tal produz. Faz algum sentido que ele não seja Capitão?  

Faz algum sentido que alguém que é multi-titulado, que já esteve em mais de 150 jogos da Champions, que já ganhou o caneco mais vezes do que o FC Porto, esteja relegado à condição de jogador normal, por culpa de uma regra absurda de senioridade, quando esta representa, no máximo, três épocas? Faz algum sentido que alguém que é, obviamente, venerado no balneário, esteja atrás de um Herrera, Marcano ou André André na hora de falar? Aliás, a postura corporal desta imagem feliz demonstra bem quem fala e quem ouve! Faz algum sentido que essa autoridade óbvia não seja reconhecida na hierarquia do balneário? Claro que não!

Braçadeira para Iker JÁ! Para termos um Capitão A SÉRIO!

domingo, 18 de setembro de 2016

Análise Tondela 0-0 FC Porto - Perder Pontos Por Falta De Comparência


Perguntas: Como  se pode explicar que o treinador de uma equipa faça uma análise correcta sobre o que se fez mal no jogo só depois de ele acabar? Se é percetível - vê-se da Lua! - que o FC Porto não consegue concretizar, chegar à área com acervo e critério, quem melhor do que esse mesmo treinador para fazer essas alterações, ele que trabalhou durante a semana a equipa, ele que (supostamente) sabe os seus pontos fortes e fracos de trás para a frente?

Não tenho respostas, honestamente. Mas sei que dar uma parte de oferta - z e r o remates - não é prática, que só acordar para a vida aos 70 minutos, já na fase do "ó-tio-ó-tio" ainda pior é e só começar a criar oportunidades a dez minutos do fim é inadmissível.

O FC Porto não é equipa pequena, não lhe basta ter o controle do jogo, nem joga para empates. Estamos todos, colectivamente, enquanto inexcedíveis adeptos e sócios, cansadíssimos de ver um FC Porto mole e amorfo, preocupado em controlar e rodar, e passar e passar e passar. Queremos e exigimos um FC Porto incisivo, atacante, pressionante e dominador mas, principalmente, com sentido de baliza e de golo.

Não temos nada disso. Temos, sim, um conjunto de boas e bem falantes intenções e quases

Não vale a pena falar de nada mais. NES tem 5 dias para pôr o FC Porto a jogar futebol. E o resto é conversa!

PS - Não me falem de arbitragem. Para reivindicar é preciso fazer os serviços mínimos. E aqui, neste blog, muito se disse que não se pode pôr a responsabilidade da vitória num miúdo. Não comecem a bater assim.
 
E muito importante. Os meus caxineirinhos do Capucho espetaram 3 batatas ao sportem. Seríamos líderes. E agora eu pergunto: quantas mais oportunidades teremos de recuperar pontos assim? É assim que se perdem campeonatos!

sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Do 80 ao 8 Em 2 Segundos


Não me cessa nunca de espantar a absoluta bipolaridade dos adeptos de futebol, no seu geral. Não só nos adeptos Portistas como de todos os outros clubes, se o clube ganha está tudo bem, se o clube perde está tudo mal.

Ora, se ontem não éramos Deuses, agora não somos párias. Não estava tudo bem, temos um plantel que é o que é, bastante jovem e com algumas áreas sensíveis e um treinador que, pese embora o discurso, é, também ele, inexperiente, com tudo o que isso tem de bom e de mau.

Esta foi a equipa que ganhou à Roma no seu Olímpico, esta foi também a equipa que empatou com o Copenhaga. Mudou uma coisa: a forma como o jogo foi encarado. Danilo falou de um "relaxamento" na segunda parte. Essa palavra traduz toda a psicologia por detrás da questão. O jogo foi encarado de uma forma leve, à semelhança do Dínamo em casa no ano passado. As contas de cabeça foram feitas com vitórias garantidas e pontos "fáceis". Não existem.

O FC Porto tem de voltar a ter compromisso. O FC Porto tem de voltar a ser matador e intenso. O FC Porto tinha de voltar a pôr os pés no chão. E tal tem de começar imediatamente. E nada como uma lostra na cara para acordar da miragem.

Nuno Espírito Santo foi uma aposta pessoal de Pinto da Costa. O seu estilo de jogo é conhecido: menos posse, linhas mais baixas, futebol de transições rápidas. É com este modelo de jogo e todas as suas vicissitudes por ele apresentadas que vivemos. Mas há mais a ter em conta.

A juventude de André Silva, por exemplo, terá de fazer com que se tenha de ter tolerância para tudo o que não está limado, para as suas oscilações de forma. É tudo natural e não é culpa do miúdo. Foi insistentemente pedido pelos adeptos ("André Silva, allez!") mas não pode ser responsabilizado por ser a melhor solução atacante do plantel. 

De resto, toda a disposição dos jogadores, todas as opções de pôr a jogar um em detrimento de outro em jogo, são do treinador. Mas este também não pode ser bode expiatório do vulcão instável que é a relação Clube-adeptos no FC Porto. As vitórias vêm de cima, as derrotas também. 

Não há margem de tempo, não há espaço pontual e não há desnível de qualidade para com os nossos rivais que nos permita ter tempo para ter tempo. Se NES não sabe isso, deveria saber. Corremos de trás, corremos por fora. Está na hora de nos capacitarmos disso.

Se começam os assobios por dá-cá-aquela-palhinha vamos estar constantemente a começar do zero. 

Há que dar uma certa margem. Mas também há que relembrar que não podemos estar "relaxados". O resto são opções. E quem é responsável por elas terá de o assumir. Não resta mais do que encarar o Tondela como a final da Champions. Quem não o fizer estará certamente tolo. E no Clube errado.

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Análise AS Roma 0-3 FC Porto - A Vitória Da Redenção E Da Raça


Qual de nós não tremeu quando soube que o adversário da pré-eliminatória da Champions era o AS Roma? Quem não viu o fantasma da Europa League a pairar nas nossas cabeças?  Tirando o Silva - era quase o cincazero, amigo! - creio que mais ninguém.

Mas entramos bem, atacando cada bola, tendo uma fantástica reacção à perda de bola, e defendendo primorosamente. E, logo a abrir, aos 8 minutos, acontece a redenção de Felipe, para mim o herói da noite, a repôr a justiça no agregado das mãos e a dar o ímpeto para seguir em frente, e aquele acreditar tão importante! 

Logo a seguir, o meu segundo herói da noite, Iker Casillas. Aqui esteve a classe mundial de alguém que já levantou o caneco 3 vezes, com duas defesas surreais a garantir que poderíamos acreditar mais ainda.


Fomos sofrendo, sofrendo, sofrendo e deixando a Roma cada vez mais nervosa, até que De Rossi vê, aos 39 minutos, o mais que justo vermelho directo por  lesionar Maxi. E assim, a tentar depois, em vantagem, chegar aos 2-0, chegamos ao intervalo, depois de 6 longos minutos de compensação.

Começamos a segunda parte como acabamos a primeira, com a vontade de arrumar a eliminatória mas com nervos. Nervos que, inexplicavelmente, ainda aumentaram mais com a expulsão de Emerson, numa entrada assassina sobre Corona aos 50'.

Quer dizer, há uma explicação, sim. A Roma mereceu todo o meu respeito. Apesar de estar a jogar com 9, a super organização da Roma compensou estando balanceadíssima para o ataque e intensa. Apesar disso, o grande organização defensiva do FC Porto compensou a sua clara inexperiência em lidar com situações de vantagem - não estamos propriamente habituados - e os nervos e sofreguidão.


E eis que, então, valeu Layún com uma grande arrancada pela direita a passar tudo e todos, a despachar o guarda-redes romano e a enfiar a bola nas malhas do poste mais distante. Estava feito o 2-0, aos 73', mas não chegava.

Dois minutos depois, era Corona - que exibição ofensiva e defensiva! - que, pela sua esquerda natural, parte os rins a Manolas e faz um grande golo, num remate primorosamente colocado. 3-0, e a Roma deu de si, naturalmente.

Aí o FC Porto conseguiu fazer aquilo que deveria ter feito quando se viu com 9, jogou apoiado, curto, controlou e dominou , nomeadamente no eixo central orientado por André André e Danilo, de tal forma congelando o jogo que o árbitro polaco de uns grandes bagos de adamantium, Szymon Marciniak, resolveu acabar o encontro rigorosamente aos 90'.

O FC Porto celebrou, então, uma grande exibição e a vitória mais que justa, com sabor a título, à campeão. Com esta garra, esta união e este espírito de sacrifício, não há nada que não se consiga! Tudo se deve a Nuno Espírito Santo, que em pouco tempo conseguiu criar a imperiosa mentalidade raçuda À PORTO na equipa. Esta noite mágica, não a vou esquecer tão cedo. Tenho a certeza que vocês também não.


NOTAS FINAIS: 

Layún é uma grande dor de cabeça para NES. Tamanha qualidade não pode, não deve, não se admite, que esteja no banco. Se ele ataca melhor do que defende, porque não avançar mais no terreno?

Todas as bocas que eu poderia mandar, o Presidente Pinto da Costa já o fez melhor do que eu esta noite na zona mista. Desde o MaisTabaco, ao Chouriço, a MST, foi tudo a eito. Gosto de o ver nesta forma. Gostava era também de o ver assim, corrosivo como só ele sabe ser, quando perde, ou a sair em defesa da sua equipa quando esta perde. É importante esta força para unir. Fica a sugestão. Fica o pedido.

É sempre fantástico fazer um zapping de aziados. Hoje dormiremos melhor. E esta confiança e moral não trará só recursos. Traz a mentalidade ganhadora que nos poderá levar aos títulos. Não estou a ver ninguém melhor que nós. Domingo é para arrasar.

Real Madrid, Barcelona, FC Porto. 21 presenças na Champions League. Mais ninguém. É só para lembrar.

SILVA, TINHAS RAZÃO. O PRÓXIMO MENU É ON ME.  

terça-feira, 5 de julho de 2016

A Gestão Do Espaço

Papa Pinto da Costa
Nem 24 horas depois do meu lamento, verifico que se começa a fazer o vital com o plantel: a gestão do espaço. Antes das entradas, é preciso tratar das saídas. Pelo que consta, depois de Maicon, irá Marcano. Gosto do Marcano, acho que deve ser um excelente rapaz, e até fez uma dupla defensiva com Maicon que, durante muito tempo, foi a menos batida de toda a Europa. No entanto, todos pensamos: seria da dupla em si ou do sistema de jogo com baixo risco?

O certo é que, este ano, Marcano foi, na melhor das hipóteses, desastrado, teve falhas posicionais graves que nos custaram alguns pontos e, quem sabe, um título ou dois. Não me pareceu ser, este ano, um central seguro e confiante, como precisamos. Lamentavelmente, estará de saída ao longo das próximas horas.

Sabe-se também que NES "riscou" Aboubakar, Indi, Angel, Adrián, Marega e Suk, especula-se sobre uma possível saída de Layún, Brahimi e Herrera estão a ser negociados e até há a hipótese da saída de Rúben Neves. Estamos, portanto, numa espécie de mini-PREC no plantel do FC Porto, o terceiro consecutivo.

Fui defensor de Lopetegui no primeiro ano, menos no segundo, mas há que chegar à conclusão de que o que se passou ao nível das contratações é um exemplo a não seguir. O único jogador consensual trazido pela mão de Lopetegui foi... Óliver Torres, que nem sequer cá está, nem pôde ficar. 

É da minha esperança que a SAD, e o seu departamento de futebol em particular, estejam a tratar de contratar um plantel com um ponto de vista de maior permanência e entrosamento. Não é possível ser-se consistente num plantel em constante reset. O FC Porto sempre vendeu 2 ou 3 titulares por época - é um modelo no qual acredito - mas não limpou tudo a toda a hora. Por isso, acredito que se esteja a ver contratações cirúrgicas, com continuidade e uma atenção orçamental redobrada, para que não haja mais necessidades financeiras absolutamente pornográficas, que desequilibram planteis e são inimigas das rotinas e do entrosamento!

Acredito que as saídas estarão em linha, no seu grosso, com o pensamento da generalidade dos adeptos Portistas e que será aberto então o necessário espaço para uma solução de qualidade e permanência, de acordo com a realidade orçamental do Clube.


Vejo muita gente desagradada com o empréstimo do Chicão ao Chaves e do Gleison ao Paços. Relembro que a grande maioria dos grandes jogadores do FC Porto tiveram empréstimos antes de ingressar na equipa principal do FC Porto. É preciso habituarem-se à Primeira Liga e ao seu ritmo e fluidez. Estou certo que, tal como Rafa, demonstrando qualidade, terão, no seu devido tempo, lugar no FC Porto. Todos ganham: os jogadores, que tem espaço para crescer sem o jugo crítico em cima deles, e o Clube, que ter Portistas felizes por estar no plantel, sem pensar que a equipa A é só o passo lógico seguinte.

Saúdo o grande Maxi, que cortou nas férias para vir treinar e estar pronto para dar tudo nesta época. Nestes gestos se vêem os grandes profissionais, cheios de empenho e vontade. O discurso dele é um que há que pendurar, bem visível, no balneário- Com esta vontade, já acredito bastante mais.