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sexta-feira, 21 de julho de 2017

O (Bom) Trabalho Em Curso - Meio Campo e Ataque

Antes de mais, porque o importante vem primeiro, quero desejar rápidas melhoras ao Presidente Pinto da Costa, figura maior do Desporto Mundial - nunca esquecer disto! Outros serão presidentes, mas o Olimpo das Lendas está reservado para muito poucos! Acho curioso, no entanto, que as "virgens ofendidas" que se indignaram com um inofensivo - mas sim, de mau gosto - cântico de uma claque e fizeram disso um escabeche, estejam agora alegremente a gozar com um acidente de saúde e, uma vez mais, a desejar a morte de um ser humano! Que isto fique bem sublinhado.


Voltando ao tema de ontem, prosseguimos então para o importante miolo, a "casa das máquinas", onde muito se tem visto - e muito que, para alguns, é surpreendente. Na ausência de Danilo por lesão, Mikel Agu fez a posição 6, repartida com André André, num feliz regresso ao lugar do seu Pai. Mas Agu mostrou que segue o estilo do seu concorrente natural - um médio de predominância defensiva, embora ainda com alguns defeitos de posicionamento, que também estou certo que Sérgio Conceição saberá dirimir. Agu é forte na pressão e intenso na recuperação. Em breve será um provável dono da posição - dependendo do estilo que Sérgio queira. Sim, porque André foi pressionante e intenso também, a "carraça" que já lhe conhecemos, mas naturalmente soube colocar melhor a bola na zona de ataque e foi mais rápido na criação de ataque e na dinâmica atacante. Mas Mikel é mais parede, o que não é nada mau. Para diferentes jogos, diferentes alternativas. Outro possível candidato a essa posição é Herrera, que já a fez muito bem na selecção mexicana. Voltou a entrar bem vindo do banco, melhor contra o Chivas - como todos - com uma assistência brilhante para Otávio e um par de excelentes remates. Não entendo, juro que não, a antipatia por Herrera. Tem as suas paragens cerebrais, mas bem aproveitado, por exemplo, a 6, é forte, possante e dinâmico.


Na posição 8, todos estiveram bem, uns mais outros menos, mas parece-me bem claro que Óliver conquistou o lugar, naturalmente. Contra o Chivas, então, fez 35 minutos do melhor Óliver, complementando com uma verticalidade e um assumir do comando muito inspirado, com uma alegria no jogo que já não víamos desde o tempo de Lopetegui. Essa verticalidade, a forma como pegou na bola e galgou metros, era uma das poucas coisas que faltava a Óliver. Se Sérgio - sim, dedo de treinador aqui, sem sombra de dúvida - souber reconciliá-lo com o remate... é um caso sério. A juntar a Óliver, João Teixeira e Sérgio Oliveira também estiveram em bom nível, em especial o primeiro, mostrando ser dignos de um voto de confiança para o plantel. A JCT só falta juntar ao seu perfume, intensidade e toque de bola, uma melhor definição do último passe. A Sérgio Oliveira, a única coisa que falta ver é se consegue ser consistente, uma vez que talento, remate exterior, capacidade de marcar livres e cantos - tudo coisas importantíssimas - não lhe falta. Esperemos que a maturidade tenha vindo com a melhor atitude que se lhe viu.


É no capítulo dos extremos que a porca torce o rabo. Ninguém me pareceu estar particularmente bem. Galeno, com tanta vontade de se mostrar ao mister, foi sempre sôfrego e pouco esclarecido, definindo mal e fazendo más escolhas, no capítulo da finalização ou passe para um colega desmarcado. Hernâni foi um desastre, uma vez que a altitude e o esforço físico tiram-lhe a capacidade de explosão, que é a sua principal característica. Apesar disso, acredito que fique no plantel, ao contrário de Galeno, a quem está bom de ver que deverá continuar a evoluir na B, embora com uma porta entreaberta para a A, ou um empréstimo a uma equipa da Primeira Liga. Tal como Hernâni, também a Corona não correu particularmente bem a vida. Cheguei, confesso, a esquecer-me que estava em campo. Também Corona me pareceu cansado e sem o discernimento necessário para fazer boas escolhas, na hora de rematar ou passar. De entre os extremos, apenas Brahimi me pareceu melhorar, embora o cansaço também lhe tire o drible e a capacidade de decisão. Acho que o sector deveria ser reforçado, ou aproveitar Ricardo e Layún quando fosse necessário. As soluções parecem bastante curtas. 


Na frente de ataque, acho que todos estiveram muito bem. Otávio parece muito bem como 9,5, com possibilidade de ser 10 numa variação de jogo. Excelente no apoio e combinação com Aboubakar, rápido, intenso e capaz de furar no espaço, com remate fácil e um golo de cabeça (!), dificilmente se poderia pedir melhor estreia. No entanto, também Soares esteve bem a fazer uma parceria demolidora com Aboubakar. Apesar de não ter marcado, foi rápido, ágil, rematador, intenso na recuperação e pressão, e mostrou jogar bem em tabelas e combinações (vide com Óliver e com Herrera). Mas, para mim, a maior surpresa, e quem pega de estaca, é mesmo Aboubakar. Sim, eu sei o que ele disse. Mas devo dizer que foi estranhamente deixado de lado pelos dois últimos treinadores. Abou tem o defeito de ser temperamental - no que parece ter evoluído - mas a qualidade e facilidade no remate estão lá. Uma belíssima surpresa, a fazer lembrar o início da sua segunda época. Entre ficar com eles e com Rui Pedro, ou ir comprar mais um ponta de lança, eis uma bela dor de cabeça. Por ventura não estará aqui um matador - se Abou estiver de cabeça limpa, sim - mas é sem dúvida um ataque cheio de qualidade.

Bons sinais, a confirmar domingo. Que é também dia de Cavani, o podcast, onde abordarei mais aprofundadamente esta pré-época. Para já, bons sinais. Serão confirmados? A ver, ansiosamente! 

quarta-feira, 5 de julho de 2017

O Mundo Ao Contrário

Afinal, a tão propalada operação que "ia pôr fim ao império de Pinto da Costa" morreu, pifiamente, quando foi o próprio Ministério Público a pedir a absolvição de Pinto da Costa - e de Antero Henrique! - no caso!

Ao fim de tanto especial, tanto "tesão" de Rui Santos, Laranjos e companhia, a montanha novamente pare um rato. Deve ser frustrante. Afinal, passa-se a vida a pré-condenar pessoas e nada acontece! É ainda mais indicativo de um mundo ao contrário que um criminoso efectivamente condenado por roubo seja incensado nos media nacionais como um poço de virtudes, enquanto aquele que é repetidamente inocentado de todas as imputações, até pelo próprio Ministério Público, é permanentemente usado como figura poluída, sinónimo de corrupção e da "podridão do futebol português".

Não é curioso? É, pois! No FC Porto não há portas mágicas para a neve, buscas inusitadas, mortes nas suas imediações por atropelamento e re-atropelamento nem armas encontradas nas instalações. No entanto, sabe sempre bem à imprensa centralista e sulista equivaler o Norte com o rufia, o rude e o criminoso. Continuará a provar-se a sua falsidade. Mas o sistema continuará a tentar.

Continuem a mandar postais!

Fantástico é, igualmente, como um clube que tem a segunda maior dívida da Europa, nuns extraordinários 336M, consegue comprar (ou recomprar!) jogadores na primeira liga para depois os distribuir como favores que se pagarão mais tarde, sem que nada lhes aconteça! Uma vez mais, tudo é feito com um atroz beneplácito do poder político e desportivo, que lhes permite um financiamento infinito, um relatório e contas criativos e umas comunicações à CMVM bastante inovadoras!

Prolífico como é, o benfas vai continuando a tentar garantir vitórias à partida com tudo o que seja necessário. Menos jogar futebol em condições. Isso é que é mais complicado! Tenho genuína pena dos coitados que assinam contratos para rodar, alguns pensando mesmo que é a grande oportunidade das suas carreiras. Servem apenas como moeda de troca de mais uma adulteração à verdadeira verdade desportiva.

Já agora, para terminar, a coisa da bolha entregar a camisola papoila a um jogador da NBA só surpreende que não sabe que a bolha é o jornal oficial do clube de regime.

quinta-feira, 1 de junho de 2017

FC Porto Azul Escuro

Não vale a pena começar o post de outra forma. José Manuel Ribeiro tem toda a razão no seu editorial de hoje. Um treinador - seja ele qual for - não vai resolver o problema de fundo do FC Porto: a desagregação sistemática e permanente de uma estrutura altamente competente e profissional sem a sua substituição idempotente. À parte de Luís Gonçalves no futebol, todas as restantes áreas do FC Porto têm perdido pela saída dos seus anteriores membros sem substituição competente.

Estamos a chegar ao fim de um dos piores anos do FC Porto: à parte do título brilhantemente conquistado pela nossa equipa B da Premier League International Cup (que diferente que é quando se joga em campos não-inclinados!), o futebol A foi um descalabro, o futebol de formação foi uma vergonha e, nas modalidades, os antes hegemónicos Andebol e Hóquei em Patins são o que se vê - perdem, sem honra nem glória, no trecho final e da mesma forma uma e outra vez.

No caso de Cabestany, começou logo com o pé esquerdo, com a Direcção a dispensar um Capitão, um ídolo, uma referência como Reinaldo Ventura, que o deixou entregue à sorte de voluntariosos miúdos sem rumo orientador. Aliás, alguém me há-de explicar o que se passa com o FC Porto para desvalorizar a figura importante do Capitão nas suas equipas, bem como a de jogadores da casa! Sem bases nada se consegue fazer de relevante!

No caso do Andebol, ainda pior. Tivemos excelentes reforços, uma equipa recheadíssima de qualidade, limpamos a primeira fase a pano e... perdemos em photofinish! Aliás, irrita-me solenemente que se passe a vida a pôr as culpas na arbitragem em tudo e um cento! Sim, fomos roubados! Sim, fizemos muito bem em recorrer às entidades competentes! Mas o nosso desnível competitivo tem de bastar - como foi visto ontem! Não somos o sportem, pois não? Vamos andar agora nesta vida? O FC Porto sempre foi visto como menor e arruaceiro! É de ontem??? Não é! Sempre soubemos - e temos de passar isso aos jogadores! - que temos de trabalhar muito mais para sermos campeões, e é por isso que depois quem sai daqui está preparado para a excelência na Europa!

Esta política de desresponsabilização pessoal leva à acomodação. E um Clube acomodado é tudo menos o que os sócios e os adeptos EXIGEM - e como bem se pôde comprovar no Dia do Clube!

O desleixe e a apatia do jogo de Andebol com o Madeira SAD e as papoilas não pode ser permitido, o desleixe e a apatia do jogo do Moreirense não pode ser permitido!

De uma vez por todas, gostaria que percebessem o caminho em que estão - mas não tenho grandes esperanças, confesso. Fiquei definitivamente desencantado com o discurso do Presidente no sábado. Numa altura que é a de um dos vales mais profundos da história recente do Clube, o senhor Presidente discursava sobre muros pintados e a Gaianima

Senhor Presidente, com todo o respeito e a admiração que lhe tenho por tudo o que me deu e não esqueço, permita que lhe diga: NINGUÉM QUER SABER DISSO PARA NADA! O FC Porto não pode andar mais nestas guerrinhas acessórias e alheado do fundamental - o equilíbrio financeiro do Clube e o trabalhar para retomar o caminho das vitórias. Tudo o resto - pessoas, interesses, opiniões - é secundário. A falhar-se uma vez mais, afunda-se o período negro de um FC Porto Azul Escuro que o Presidente não merecia ter. Nem os adeptos que sempre com ele estiveram. A situação ficaria, certamente, insustentável.

Já agora, entre as acusações de um Vice Presidente do benfas e o passeio da Madonna, preferimos o segundo ao primeiro?? Estou esclarecido! 


quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Parabéns, Antevisão e a Saudade


Antes de mais, o mais importante: Parabéns Presidente! Que, para o ano, nesta mesma data, o seu octogésimo aniversário seja um com mais dois... ou três (... :) ...) títulos de futebol a engrossar a sua já longa lista de Presidente mais titulado da História do Futebol.

Ainda bem que o treinador interino do Feirense diz que "só a vitória interessa". Fico bastante agradado. Afinal, o jogo do FC Porto é favorecido quando as equipas procuram a vitória em vez de tentar apenas o pontinho. Aparentemente a Taça da Carica conta e, como tal, há que encará-la na máxima força, como disse NES na antevisão ao Porto Canal. Não sei o que quer isso dizer e, como não há convocatória.... não apresento onze provável. Com quem for, como for, é para ganhar e seguir em frente na prova. Lá estarei. E pelos vistos, casa cheia no Dragão. Ainda bem.


Acho curiosíssimo como há empresas que gostam de dar tiros nos pés do tamanho deste post, e queimar possíveis patrocínios com esta ligeireza.  Talvez Laurent Depoitre lhes mostre duas ou três coisinhas. Enfim, deixar estúpidos ao volante dá acidente na certa.... O bet.pt ofendeu o FC Porto. A reacção tem de se fazer notar e ser forte.

Hoje, quarta feira, o Porto Canal passa uma entrevista ao meu jogador preferido de sempre: "El Comandante" Lucho González. Portista como sempre, o melhor Capitão desde o Bicho, Lucho foi uma inspiração para todos os que jogaram com ele. A não perder. Para matar saudades. Eu, pelo menos, vou. Bem-vindo a casa, Comandante!


terça-feira, 13 de dezembro de 2016

O Copo Meio Cheio Do Presidente

Ontem o Jornal de Notícias inaugurou a sua plataforma de conteúdos online - iniciativa que, naturalmente, saúdo - e teve como entrevista inaugural o Presidente do FC Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa. Devo dizer que gostei bastante da entrevista.

Em primeiro lugar, não foi no canal do Clube, não foi para consumo interno e respondeu a todas as questões de jornalistas independentes da sua forma característica. Mas gostei bastantes das seguintes coisas, e passo a elencá-las:

  • Gostei da forma clara, sem rodeios, como respondeu às diferentes questões. Quem não deve, não teme e é bom conhecer a sua visão dos assuntos.
  • Gostei da forma como se assume primeiro responsável por todas as decisões e momentos do Clube. 
  • Gostei da forma clara como explicou o negócio com a MEO.
  • Gostei de saber que o FC Porto está interessado em apostar na formação de activos primordialmente locais. Está mais que visto aos olhos de todos que a identidade Portista "de berço" é mais do que valorizada pelos adeptos. E há muito e bom talento nacional, na grande maioria das posições, para preencher um FC Porto com a identidade local que se exige, essa que é, e sempre foi, na verdade, a sua grande força. O talento estrangeiro deve ser cirúrgico e conforme as necessidades.
  • Gostei de saber que essa é também uma grande prioridade de Luís Gonçalves.
  • Achei de muita classe o esvaziamento de pressão feito pelo Presidente sobre a dupla Jota/André Silva, ao dizer o óbvio: aos 20 anos não se lhes pode exigir outra coisa senão trabalho para a realização do seu potencial.
  • Foi impecavelmente incisivo na questão da arbitragem e da Taça de Portugal, demonstrando o seu ponto sem recorrer a linguagem e atitude baixa demais para a posição que ocupa.
  • Finalmente, concordo em absoluto sobre a questão da alternativa. Sim, é verdade o que diz o Presidente: muitos criticam e escrevem e falam, mas chegam aos sítios apropriados e não falam na AG, não dão a cara à luta e não se apresentam como alternativa
De resto , já conhecem o meu pensamento sobre a sua atitude perante a presença do filho, sobre a desvalorização de uns adeptos sobre os outros e sobre Lopetegui, embora concorde que este salário de seleccionador de Espanha é escandaloso. Também sinto que a forma como fala de Adrián é muito pouco cordata. É (ainda) um activo do Clube, e deveria ser tratado como tal. Contudo, concordo que a Palavra de um homem deve ser o seu maior tesouro e fico contente que tenha aprendido uma lição sobre Jorge Mendes e os seus negócios.

Saúdo, portanto, a entrevista, fazendo votos que se repita muitas vezes, porque um Presidente incisivo e ao ataque é algo que vamos precisar e abençoar sempre.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

O Delírio Do Quadro e do Discurso Ao Lado


Confesso, fico preocupado. O meu lugar anual no Dragão deve ter Ayahuasca, ou outra espécie qualquer de poderoso alucinogénio, bem como a televisão da minha casa, porque não sou capaz de descortinar a equipa de que Nuno Espírito Santo explicou como sendo a sua no Desenha.No.Quadro.s01e02 em 480p ou 1080p, consoante o televisor.

Diz NES, e cito: "É uma equipa que consegue estar no campo adversário. Os laterais estão constantemente projetados, médios que envolvem, que rompem. Em 60 metros, não há um sistema que se possa identificar. Há uma ideia. Na maioria dos jogos, conseguimos isto. O resultado não identificam o jogo da equipa. Em todos os empates que tivemos, não corremos o risco de perder. Estivemos sempre muito mais perto de ganhar. Apenas esporadicamente consentimos oportunidades de golo. A equipa teve um bom crescimento, mas não conseguiu o golo. Consolidar o que estamos a fazer atrás e melhorar a eficácia. Ser capaz de concretizar o que produzimos. A equipa que vai jogar amanhã [sábado] é a equipa que tem jogado. Confiamos no plantel desde o dia um e assim será até ao fim. Estão a fazer a melhor época das suas longas carreiras".

É fácil de ver aqui o problema. O que eu destaquei é um absoluto delírio, pelo menos segundo o que vejo. Os médios não envolvem nada. Óliver passa 3/4 do tempo em missões defensivas, a vir buscar jogo a Danilo e a tentar fazer recuperações ad hominem. Otávio não faz outra vida senão tentar furar, sozinho, aquilo que, se estivesse a jogar apoiado, faria junto com os seus colegas. Também não é verdade que a maioria das equipas jogue recuada, e vai fazê-lo cada vez menos, ao ver um meio campo de dois miúdos a tentar fazer tudo sozinhos, com um buracão entre o ataque e a defesa, uma vez que Danilo dá o apoio aos centrais - que ficam bem atrás - para a projecção dos laterais. Projecção mas, como se viu no Restelo, non troppo, porque até esses não sabem se atacar ou defender. E depois, é preocupante como Otávio e Diogo Jota falam que NES lhes dá "liberdade atacante". Não pode haver. Deve haver processos, treino, jogo organizado, e não rasgos de criatividade. Assim, é fácil de perceber porque não raras vezes se atropelam os jogadores, procurando ocupar os mesmos espaços, não respeitando desmarcações nem triangulações. Cada um por si, como lhe der na telha, não é uma ideia de jogo!

Elasse, o treinador dizer que a equipa está de uma forma quando está claramente de outra, se não for um discurso para tentar  ganhar tempo - que não existe quando se diz que há que ganhar títulos JÁ - é um delírio que me deixa (ainda mais) apreensivo com a minha equipa.

Claro que a defesa forte funcionava no Rio Ave e no Valência. Mas não no FC Porto. Não chega clean sheets. É preciso que o adversário vá buscar a bola ao fundo das redes, uma e outra e outra vez. 

E, ou NES admite que vai precisar de mais de um ano para isso ou está a falhar! Com esse discurso não vai a lugar nenhum - a não ser à chacota dos nossos adversários! E chega de ter outra coisa senão temor do lado de lá!

Os Super Dragões fizeram 30 anos. Parabéns a eles e o meu sentido obrigado pela abnegada dedicação e disponibilidade, a maioria à custa de grandes sacrifícios pessoais e profissionais em prol do sucesso do Nosso Grande Clube.

Mas tenho pena que o Presidente , em mais um discurso delirante, tenha vindo dizer que estes são os adeptos bons, contra os adeptos maus que são "aqueles que criticam, aqueles que na sombra, quando há qualquer desaire, põem as orelhas de fora". Pois é, senhor Presidente, saiba que não são os adeptos "maus", são sim os adeptos tão legítimos como os que aplaudem, com uma voz e uma dor, que também eles abdicam do seu tempo e das suas, muitas vezes parcas, condições para estar no Dragão a cumprir o seu sonho Azul e Branco.

Sabe, os adeptos de Coração Azul e Branco não se esgotam na Tribuna Presidencial, Camarotes, Tribuna e dois sectores do Estádio! Não compreendo este discurso do Quixotesco inimigo interno a alguém que tão bem sempre soube combater os verdadeiros inimigos externos! Perceba, senhor Presidente, que todos queremos o mesmo - um FC Porto vencedor, titulado e dominador. E as visões diferentes devem ser respeitadas, encorajadas e debatidas! Pode ter a certeza que não ouvirá nenhum assobio se a equipa jogar bem!

Tristes dias estes, onde o delírio tomou conta da estrutura do Clube. Faz-me temer ainda mais pelo futuro próximo deste. Parece-me que está tudo ligeiramente ensandecido...

"The art of our necessities is strange,
And can make vile things precious."
- "King Lear", Acto III, cena II, William Shakespeare.

(Se quiserem saber do verdadeiro caminho que defendo, eu e outros bloggers da bluegosfera, e que vemos, felizmente, melhor explicado, nada mais do que procurar aqui. Nas 4 Linhas, um programa fantástico de debate sério por gente que sabe , no Porto Canal! Bravo Juca Magalhães, assim sim!)

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Complementaridades


Pouco mais há a dizer acerca da entrevista de Danilo e das declarações de "são" Bieirinha que já não tenha sido dito pelo meu amigo Vila Pouca. Quero, no entanto, acrescentar uma coisa: fico, por vezes, espantado com a minúcia da análise dos adeptos às declarações dos seus atletas.

Disse, então, Danilo que "não podemos perder no Dragão". Oh, sacrilégio! Oh, ignomínia! Danilo disse que podia perder fora do Dragão! Danilo disse que podia empatar no Dragão! Como se atreve ele?

Em primeiro lugar, não era, evidentemente, esse o espírito dessa declaração. É óbvio que a frase tinha a ideia subjacente de um "em nossa casa mandamos nós" ou um "no Dragão seremos invencíveis". Mas, pobre Danilo, não é formado em linguísticas, nem tem estudos avançados de Língua Portuguesa, e teve o topete de não saber a diferença entre expressões. São, na verdade, estas piquinhices ao nível de uma Edite Estrela, que são o embrião da mimalhice de certos adeptos que é confundida com exigência e que leva aos tenebrosos assobios.

Disse o nosso Presidente que "Na forma de entrega, na solidariedade, esta equipa e plantel está como eu desejava e não via há já algum tempo". Concordo inteiramente. Bastava ver os Instagram stories do Felipe, do Alex Telles ou do Óliver para perceber que, no almoço de equipa de ontem, não havia inimizades ou vedetas. Essa solidariedade é uma de "irmãos de armas", que darão a vida em campo uns pelos outros. Essa cola é o que faz um FC Porto à Porto. E isso é. honra lhe seja feita, responsabilidade de Nuno Espírito Santo. Acredito que este é o caminho a seguir. As próximas jornadas poderão comprová-lo ou não. Espero que sim.


Onde já não concordo com o Presidente é nisto. Não compreendo, aliás, que ele não vá atrás do espírito guerreiro da equipa. Talvez ele tenha perdido o pulso à realidade sócio-económica da nação. Quando "são" Bieirinha pergunta se " Acha mesmo que um árbitro se deixa corromper por 300, 400 ou 500 euros?" a resposta não pode ser outra senão um claro obviamente que sim!

O ordenado mínimo nacional ronda os 500€. O ordenado médio os 900, dados do Pordata. Se, cada vez que um árbitro apitar o fifica, receber de "gratificação" mais 1/3 a 1 salário mínimo nacional, a juntar ao seu salário como árbitro profissional de primeira categoria, que é de 1500€, concluímos que este ganha, portanto, desde 1/5 até 1/3 do seu salário por jogo de bónus para fazer o pequenino "favor" de inclinar o campo a favor do fifica. A mim não me parece nada despiciente. 

Estas são aquelas coisas que mereciam referência pronta mas que não encontram contraditório, bem como o facto de parecer não ser de relevância o número de elementos do poder político e judicial que integram a lista de apoio à lista de Bieirinha. E atenção, não estou a fazer qualquer juízo de valor, estou apenas e só a citar factos públicos. Se o Presidente não que saber do caso dos vouchers para nada, não serei eu a fazê-lo.

Estou apenas crente que a atitude de união que se vê na equipa tenha eco nas vitórias subsequentes e que estas levem a títulos. Apoiar é o meu único dever como adepto. Cada um que trave as suas batalhas.

O FC Porto estará lá PARA SEMPRE. Na Voz de cada um de NÓS. 

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

O Discurso Forte Exige Acção Correspondente


Já aqui o disse, quando me pedem para dar a minha maior referência do FC Porto, respondo sempre: Jorge Nuno de Lima Pinto da Costa. Mais que qualquer jogador ou treinador, é por causa de Pinto da Costa que tenho o meu coração tatuado a Azul e Branco.

Não conheci outro Presidente do Nosso Grande Clube. Sempre adorei o seu humor mordaz, a forma desinibida e directa como atacava - mesmo que as suas palavras fossem indirectas. Cada frase que dizia abanava por completo os noticiários e as análises desportivas, e muitas vezes mudava o status quo. Era emocionante saber que iria dar uma entrevista ou fazer uma declaração - haveria de vir aí uma bomba de fragmentação, com toda a certeza.

Assim, é provável que seja por causa de uma certa nostalgia que ainda me empolgo ao saber que o Presidente vai falar. Aguardo sempre por uma crítica mordaz, um antes e um depois dessa declaração. Mas a verdade é que tal se esvaziou. E fica um certo amargo de boca após as declarações ou discursos.

Não, não é pela idade, nem pela falta de clareza de discurso - essa mantém-se intacta, mesmo com a areia da ampulheta a descer. É porque ao discurso deve seguir-se a acção correspondente.

Já nem falo da enésima referência ao chouriço - Presidente ele gosta é da sua atenção - mas sim das críticas, mais do que justificadas, à lixeira da manhã e à bolha. 

É certo que os editoriais são pavorosos e os artigos difamatórios e tendenciosos. Mas sou capaz de apostar que, na próxima antevisão ao jogo, lá estarão, hipocritamente sorridentes, os microfones da lixeira e bolha tv. E aí reside o problema. Um discurso forte com uma acção fraca não significa coisa alguma.

Se Rui Cerqueira se negar a dar a palavra à lixeira e à bolha, saberei que algo terá mudado - para muito melhor. Se tal não se verificar, cada vez será maior a nostalgia e menos o interesse no discurso do Presidente. E esse será um dia triste.

Esperemos que o inverso se passe. Ainda tenho esperança que sim.

terça-feira, 6 de setembro de 2016

A Identidade E A Marca

O FC Porto é um clube de uma forte identidade regional. Literalmente, identifica-se com a região Norte e defende-a como sua. Tal como o Barcelona na Catalunha, a sua maior força vem daí, e deverá ser sempre aí que as raízes da árvore que dê frutos de sucesso devem buscar o seu nutriente.

Naturalmente, não subscrevo o retorno ao campo da Constituição e ao Estádio das Antas, acho a modernidade do Dragão condizente com a importância que granjeamos como um Clube internacional. Não acho, de todo, que o facto de estar seco e ter uma cadeira minimamente confortável me faça menos Portista do que aqueles que viveram na bancada fria. Acho, contudo, heroicamente Portista que  se esteja com o Clube em estádios inóspitos e sem condições a apoiá-lo, e curvo-me perante esse Portismo em toda a minha admiração.

Como aqui se pode ver e ouvir, Pinto da Costa diz, e bem, que foi aqui que nasceu Portugal e é daqui que vem as suas máximas conquistas. Assusta-me, pois, que haja uma razão bem menos obscura para o silêncio do que uma qualquer chantagem - o FC Porto se ter tornado, de repente, corporate

O FC Porto pode e deve ter uma dimensão internacional, mas não deve viver para ela. Nada me causa mais urticária do que o conceito de "marca FC Porto". Não é por vendermos camisolas ou outro produto que temos um Clube de futebol, mas sim o inverso! Não é por termos parcerias com marcas e serviços que temos um Clube, mas sim o contrário!
Assusta-me, pois, que a zona VIP do Estádio do Dragão pense ou consiga fazer pensar quem decide - a começar pelo Presidente - que ser feio, porco e mau, como todos os "bimbos" do Norte, seja prejudicial para a brand. Sem a identidade Portista não há brand para defender! 

Ao nos julgarmos acima do mais básico que é a defesa dos interesses do Clube, nomeadamente no que se refere à contemporaneidade das decisões que afectam o sucesso desportivo do mesmo, estamos a enfraquecer-nos

Será, com certeza, verdade noutros países e ligas, como a Premier League, por exemplo, mas essa não é a realidade portuguesa. Ao deixar que assim se pense e se aja, estaremos a enfraquecer a nossa posição doméstica, e assim sendo também a brand e todos os interesses corporate.

Urge compreender uma realidade simples, que se aplica como uma luva ao FC Porto: só tendo presente de onde vimos poderemos saber claramente para onde queremos ir!

E, já agora, para terminar: não é verdade que "há muito tempo que não temos Mistica e um Porto à Porto". Este FC Porto lutou muito, e não ganhou um Campeonato muito por causa deste problema comunicacional, ficando a 3 míseros pontos de tal, tendo sido descaradamente roubado sem que tivesse havido defesa de quem estava mais preocupado com a brand.

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Obrigado, Antero


Não conheço Antero Henrique, mas sei que esteve à frente do futebol (e Andebol, e Basket, e Hóquei, e Formação....) durante alguns - a maioria - dos melhores anos do FC Porto e que continuava a fazer muito do que de bom se viu nas modalidades e formação, por exemplo.

Não acredito, como homem de ciência, em coincidências. Este período de insucesso está, publicamente - ouvia aliás, BB dizer isso mesmo agora na TVI24 - ligado a decisões com as quais ele, aparentemente, não concordara.

Só há duas formas de ver esta saída, no meu entender: ou bem que é um assumir as responsabilidades de um período pavoroso do defeso, o que é uma atitude de um homem sério, embora seja minha convicção que esta palhaçada deste defeso não é da sua responsabilidade, ou bem que poderá ter saído em desacordo com a política desportiva seguida nos últimos tempos.

Seja como for, cada vez mais o FC Porto tem um e um só responsável - Jorge Nuno de Lima Pinto da Costa. A ele será devido todo o sucesso e vitórias. A ele será assacada toda a responsabilidade dos fracassos. Espero, a bem do FC Porto, que seja a primeira vertente a predominante.

Desejo a Antero Henrique a melhor das sortes pessoais e profissionais. A ele o meu mais sentido obrigado.

Para alegrar uma notícia inquietante, aqui fica o resumo de um jogo fantástico do nosso maestro Óliver, hoje, nos Sub 21. A segunda assistência, então, é soberba. E faz sorrir em pensar que vai, seguramente, fazê-lo ao longo do ano.

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Mais Do Mesmo, Mesmo Resultado

Corporativismo FTW!
Se, em vez do polaco, estivesse estado um Tiaguinho no jogo contra a Roma, teríamos perdido, estaríamos na Liga Europa, independentemente da nossa valia.

A juntar a esta verdade crua, diga-se que este foi o mesmo que deu o seu critério interessante ao FC Porto B neste jogo e que já tem um longo e bonito historial de decisões bem giras.

Mas adianta de quê falar? O nosso Presidente só fala quando ganha ou em competições que nada têm a ver com o Campeonato. A ultima reacção de nervo foi há dois anos na Taça da Liga!

A mim não me importa rigorosamente nada em que caldos se encontra o cidadão Jorge Nuno Pinto da Costa. Como Presidente da instituição a que preside, é sua obrigação vir defendê-la. Ou melhor, sua ou permitir que seja de outro qualquer.

Não se admite que o silêncio impere e que venha a "fortíssima" voz do FC Porto através de duas notas no Facebook e Twitter e de uma mensagem deslavada na Dragões Diário. Elas poderiam servir bem como complemento a um argumento e a um discurso, mas não como o discurso em si mesmo!

Naquilo que se vê e ouve, na rádio, na televisão e nos jornais, só ouvi uma pessoa a defender-nos veementemente: João Alves... o paineleiro do benfas  do Play-Off! De resto, o Tribunal d'O Jogo é a vergonha que se vê, o ratazana aproveitou para meter o veneno e no lado dos nossos... nem um deu o murro na mesa!

Tudo entendo.. é complicado, quando temos de fazer pela vida, defender um Clube que nem se sabe defender a sí próprio... como esperar dos outros aquilo que não damos nós? Vão os nossos paineleiros atravessar-se pelo Clube sem nenhuma rede para os apoiar? Vão eles, sem nenhum apoio institucional, directo ou indirecto, contrariar um discurso sincronizado a relógio suíço? Não me parece.

Tenho pena que haja - e cada vez mais parece evidente que há - motivos ulteriores para um silêncio que prejudica activamente o Clube e que permite que se interrompam importantes ondas de moral galvanizadoras. Foi assim com o mês de Abril de Lopetegui, no primeiro ano, é agora com NES, já em Agosto.

Se tivesse havido justiça no primeiro ano de Lopetegui não teria havido tri, se fossemos campeões não haveria a vergonha contra a Académica e não estaríamos nesta situação. É o que é. Finalmente criamos identidade à Porto no campo, mas não se enganem: se não for alimentada com a mesma raça por parte da Direcção, este querer morrerá.

E aí, sim, poderemos queixar-nos de nós mesmos. Mas não por causa da nossa defesa, da táctica ou do plantel. É porque não se pode pedir a jogadores que venham jogar para um Clube onde os adeptos exigem que seja normal jogar contra 14, não se pode pedir a treinadores que venham treinar um Clube que não os apoia e os deixam a ser porta-vozes isolados dos mesmos e não se pode, em bom rigor, exigir à massa adepta que defenda mais o Clube do que quem dele vive.

Perderemos poder, influência, capacidade de implantação no mercado e até destruiremos a "marca FC Porto".

E, sim, a "marca FC Porto" não passa também por pôr os jogadores a jogar com o equipamento que vende menos. O amarelo não era o terceiro equipamento? Onde fica o preto? E contra o sportem sempre Azul e Branco, carago!

Um Porto à Porto tem de começar de cima! Senão, toda esta Raça, entrega e Querer, não passarão de um bom tempo passageiro.

E, já agora, vamos comparar a verdade com o que dizem os "tribunaleiros" acerca da mesma? Ok... quem não tem vergonha....

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Análise AS Roma 0-3 FC Porto - A Vitória Da Redenção E Da Raça


Qual de nós não tremeu quando soube que o adversário da pré-eliminatória da Champions era o AS Roma? Quem não viu o fantasma da Europa League a pairar nas nossas cabeças?  Tirando o Silva - era quase o cincazero, amigo! - creio que mais ninguém.

Mas entramos bem, atacando cada bola, tendo uma fantástica reacção à perda de bola, e defendendo primorosamente. E, logo a abrir, aos 8 minutos, acontece a redenção de Felipe, para mim o herói da noite, a repôr a justiça no agregado das mãos e a dar o ímpeto para seguir em frente, e aquele acreditar tão importante! 

Logo a seguir, o meu segundo herói da noite, Iker Casillas. Aqui esteve a classe mundial de alguém que já levantou o caneco 3 vezes, com duas defesas surreais a garantir que poderíamos acreditar mais ainda.


Fomos sofrendo, sofrendo, sofrendo e deixando a Roma cada vez mais nervosa, até que De Rossi vê, aos 39 minutos, o mais que justo vermelho directo por  lesionar Maxi. E assim, a tentar depois, em vantagem, chegar aos 2-0, chegamos ao intervalo, depois de 6 longos minutos de compensação.

Começamos a segunda parte como acabamos a primeira, com a vontade de arrumar a eliminatória mas com nervos. Nervos que, inexplicavelmente, ainda aumentaram mais com a expulsão de Emerson, numa entrada assassina sobre Corona aos 50'.

Quer dizer, há uma explicação, sim. A Roma mereceu todo o meu respeito. Apesar de estar a jogar com 9, a super organização da Roma compensou estando balanceadíssima para o ataque e intensa. Apesar disso, o grande organização defensiva do FC Porto compensou a sua clara inexperiência em lidar com situações de vantagem - não estamos propriamente habituados - e os nervos e sofreguidão.


E eis que, então, valeu Layún com uma grande arrancada pela direita a passar tudo e todos, a despachar o guarda-redes romano e a enfiar a bola nas malhas do poste mais distante. Estava feito o 2-0, aos 73', mas não chegava.

Dois minutos depois, era Corona - que exibição ofensiva e defensiva! - que, pela sua esquerda natural, parte os rins a Manolas e faz um grande golo, num remate primorosamente colocado. 3-0, e a Roma deu de si, naturalmente.

Aí o FC Porto conseguiu fazer aquilo que deveria ter feito quando se viu com 9, jogou apoiado, curto, controlou e dominou , nomeadamente no eixo central orientado por André André e Danilo, de tal forma congelando o jogo que o árbitro polaco de uns grandes bagos de adamantium, Szymon Marciniak, resolveu acabar o encontro rigorosamente aos 90'.

O FC Porto celebrou, então, uma grande exibição e a vitória mais que justa, com sabor a título, à campeão. Com esta garra, esta união e este espírito de sacrifício, não há nada que não se consiga! Tudo se deve a Nuno Espírito Santo, que em pouco tempo conseguiu criar a imperiosa mentalidade raçuda À PORTO na equipa. Esta noite mágica, não a vou esquecer tão cedo. Tenho a certeza que vocês também não.


NOTAS FINAIS: 

Layún é uma grande dor de cabeça para NES. Tamanha qualidade não pode, não deve, não se admite, que esteja no banco. Se ele ataca melhor do que defende, porque não avançar mais no terreno?

Todas as bocas que eu poderia mandar, o Presidente Pinto da Costa já o fez melhor do que eu esta noite na zona mista. Desde o MaisTabaco, ao Chouriço, a MST, foi tudo a eito. Gosto de o ver nesta forma. Gostava era também de o ver assim, corrosivo como só ele sabe ser, quando perde, ou a sair em defesa da sua equipa quando esta perde. É importante esta força para unir. Fica a sugestão. Fica o pedido.

É sempre fantástico fazer um zapping de aziados. Hoje dormiremos melhor. E esta confiança e moral não trará só recursos. Traz a mentalidade ganhadora que nos poderá levar aos títulos. Não estou a ver ninguém melhor que nós. Domingo é para arrasar.

Real Madrid, Barcelona, FC Porto. 21 presenças na Champions League. Mais ninguém. É só para lembrar.

SILVA, TINHAS RAZÃO. O PRÓXIMO MENU É ON ME.  

sábado, 28 de maio de 2016

Acordar

E o FC Porto, na pessoa do seu Presidente, acordou. Acordou para a realidade de que rigorosamente nada mudou. Acordou para a realidade de que continuam a querer rebaixar as nossas conquistas e exacerbar as nossas perdas. Ainda bem que o Presidente percebeu, de uma vez por todas, espero, que os inimigos não são para tentar agradar, mas antes para vencer. E são inimigos, "uma vara", como disse o NGP, no inflamado discurso de ontem. E assim é, Presidente. E precisa da sua voz presente, directa, insistente, precisa que os rejeitemos, precisa que os tratemos como os vermes que são!

Nesta linha, não deixa de ser interessante ver que as pretensas "operações fénix" merecem mais destaque de primeira página do que as letras muito pequeninas em todos os jornais desportivos da CONDENAÇÃO de Paulo Pereira Cristóvão, dirigente do Sporting Clube de Portugal por por dois crimes de peculato, por uso indevido de dinheiro e bens do Sporting, por um crime de acesso ilegítimo e ainda por denúncia caluniosa agravada ao árbitro José Cardinal. Assim sendo, é exigido que à justiça comum se siga a desportiva! Qual será a pena para o sportem? A descida de divisão, como é devida? A perda de pontos?

Mas mais importante do que tudo o resto, qual continuará a ser a lata desta gente de nos falar de frutas e afins? NINGUÉM do FC Porto foi condenado! Nos nossos amigos da capital sim! Caiu-lhes a máscara da impunidade e da pureza angelical. Está na hora de voltar a lutar de igual para igual e de vencer, ainda que custe dez vezes mais.

Um bom exemplo disso é mais uma vitória da nossa equipa de Basket, por 98-89, literalmente contra tudo e contra todos. A equipa de arbitragem tudo fez para ajudar os amigos, a marcar faltas contra o Capitão André Bessa porque o piso estava escorregadio e a Troy DeVries por respirar, por exemplo. Uma vergonha! Mas a raça e superação Portistas - sempre com um público excelente a puxar pela equipa - levaram a uns últimos 5 minutos de grande categoria e maturidade que põe a final em 2-1 para nós, ou seja, a uma vitória do título! Hoje poderá ser um dia histórico e merecidíssimo, de uma equipa que poderá ter vindo directamente da Pro Liga para arrebatar um título a um gigante orçamental como o verifique. Que assim seja!

Uma boa notícia, já esperada, é saber que Miguel Layún já é nosso e é indiscutível. Aparentemente, junto com ele, haverá o regresso de um maturado Diego Reyes. Começa a desenhar-se uma equipa forte, como deve ser! Que deixemos pois, de ser bons rapazes, porque não ganhamos nada com isso! Sejamos feios, porcos e maus e irritantemente indestrutíveis!

quarta-feira, 25 de maio de 2016

Dignidade E Respeito


Ia escrever um longo post sobre Peseiro e o disparate que foi a sua estadia, mas pensei duas vezes e não vale a pena. Exijo dignidade e respeito para com José Peseiro. Apesar de tudo, teve a coragem de assumir uma casa em chamas e de fazer o melhor que sabia e podia, e por isso tem a minha eterna gratidão e respeito. Espero honestamente que saia com um agradecimento bem público pelo seu trabalho e com a noção de que é reconhecida a sua entrega, ainda que mal dirigida.

Preocupa-me, bem mais, a notícia de hoje do DN, que fala da saída de Antero Henrique por divergências com a posição do clã Pinto da Costa. Não conheço AH, nunca falei com ele, mas sei que com ele ganhamos muitos títulos e fomos muito bem sucedidos no Clube. AH tem muitos defeitos, nomeadamente um pobre cuidado da sua imagem pública e uma mania de estar em silêncio em alturas importantes. No entanto, não dá as mãos a Vieira, não acompanhou José Veiga no ataque ao FC Porto e nunca teve uma fase de complexo de Édipo como teve Alexandre Pinto da Costa. 

Vou ser perfeitamente claro: não considero o Futebol Clube do Porto o Pinto da Costa Futebol Clube. Já me é bastante incomodativa a ideia de Alexandre Pinto da Costa caminhar nos corredores do Dragão como se de sua casa se tratasse. Não admitiria que agora APC fizesse parte das decisões do Clube de uma forma tão elevada. A escolha de jogadores e treinadores não pode ser feita por APC. Digo, desde já, que se isso acontecer estaremos a caminhar para um buraco ainda mais fundo. E, com muito pena minha, será um peditório para o qual não darei.

Compreendo o rumo da Vida, onde, numa fase onde a mortalidade nos olha de frente, queiramos "arrumar a casa" em termos de família. Mas, por muita gratidão, admiração e respeito que sinta por Pinto da Costa, não consinto uma oligarquia. Não será com o meu voto, não será com a minha concordância e não será com o meu dinheiro.

Espero que esta notícia não passe de um ruido de clickbait, e que Pinto da Costa perceba, de uma vez por todas, a forma como o seu filho é visto pelos adeptos. Se não o fizer, perderá bem mais do que títulos nos próximos tempos. 

O que é demais é moléstia. Haja Dignidade e Respeito.

segunda-feira, 23 de maio de 2016

Á Mixtxcá Dos Intócáveis


Vivemos tempos estranhos no Dragão. Se chegamos ao primeiro lugar do campeonato, os nossos jogadores e treinador são assobiados. Perdemos a Taça de Portugal e a nossa equipa é recebida... com aplausos! Há assobios, claro, mas só para alguns - os "estrangeiros" do plantel. Os que não são "dos nossos". Helton enterrou de uma forma absurda - das duas vezes! - e custou-nos um título, e é aplaudido. Já Herrera leva assobios. 

Quem viu Iker Casillas a sofrer ou a festejar o golo do André como qualquer um de nós, não pode ter estes critérios diferenciados para com a equipa. Da mesma forma, aceito que um jogador seja "profissional", embora saiba que muito jogador do FC Porto emprestado teve febres de última hora antes de jogar contra o FC Porto. Mas, depois da fita do choro e por aí em diante, nada como andar, feliz e contente, a fazer de repórter do título ganho à equipa que lhe paga o ordenado e que é, supostamente, a do seu coração.

Somos uma piada, uma piada ainda maior quando o capitão da nossa equipa, depois de ser responsável directo pela perda de um título, vir dizer que "a equipa está de parabéns"! Como assim, Helton, parabéns por quê? Pela atitude? Qual? A de começar a tentar jogar com 2-0 a desfavor? Essa atitude? E o resto? E o nosso treinador, a dizer que "Fomos Porto na segunda parte" e que "jogamos muito bem". Como assim?

Então despedimos um treinador pela falta de acutilância defensiva, pela ausência de critério na rotação de jogadores, pela constante variação de posições durante o jogo, pela ausência de rotinas e pela pólvora seca, e depois é isto? O que mudou?


Ainda bem que a Mistica mora no futuro e que, depois da tempestade, uma bonança se avizinha. Porque parece que o Presidente terá uma ideia "diferente" da de Peseiro. E há quem tenha fome de muito mais do que queixar-se sem olhar para si mesmo. E esse é o verdadeiro FC Porto! O que vai até ao fim pelas vitórias e aquele que fica fodido pelas derrotas. Desejo ardentemente que este volte para o ano. É que há por aí muito "Guardião da Mística" algo ressabiadito.... e convém voltar a centrar a Mística no Presente e no Futuro. 


NOTAS: Aparentemente, do outro lado da fronteira não há nacional-verificanismo. Há, sim, uma clareza de raciocínio sobre questões de óbvia matreirice. A este caldinho comercial, junte-se o Atlético de Madrid e teremos uma bela caldeirada. Pelo menos uma caldeirada milionária. Nem que seja de ar e vento. Mas, de certeza, com uma bela de uma comissão associada. Só que sem aparecer nas capas da lixeira. Ou da bolha. Ou do rascord. Mas o que não quer dizer que não aconteça. Já agora, um sublinhado especial ao nome do outro clube envolvido na investigação que não o benfas.

sexta-feira, 22 de abril de 2016

Paradoxos e Traduções


Se há uma palavra que, para mim, resume a entrevista de Lopetegui, é a palavra paradoxo.

Toda esta situação é paradoxal. É paradoxal que ainda se fale de Lopetegui. É paradoxal que se tenha assobiado um treinador por ter 1, ou 2, ou 3 derrotas, quando se tem condescendência e bonomia por outro, por ser, se calhar, mais simpático. É paradoxal que se tenha criticado a rotatividade exagerada de um, quando o seguinte faz o mesmo. Ao mesmo tempo é um paradoxo pensar-se que Lopetegui possa MESMO pensar que foi ele - e mais ninguém - que descobriu Rúben Neves.  Entre outras coisas.

Todos sabemos que, qualquer que seja o argumento, a discussão ou o assunto, a verdade dos factos não mora com Lopetegui ou Pinto da Costa. Está algures no meio. Está no intermédio entre aquilo que a quezília legal exige dos intervenientes, o primeiro porque quer ser indemnizado, o segundo porque quer pôr-se de fora. Está algures entre a falta de auto-análise de um teimoso e a tentativa de passar por entre os pingos da chuva do outro.

Parece-me bastante evidente que coisas boas e más aconteceram com Lopetegui ao comando, mas esse é, nesta altura, já um tempo sem tempo. Agradeço a classe de Lopetegui quando diz bem do NGP, quando tem palavras elogiosas para o Nosso Grande Clube e, porque não dizê-lo, não usa Pinto da Costa como bode expiatório. A frase que mais lhe subscrevo é a que ele diz "Pinto da Costa que siga o seu caminho, eu sigo o meu". Qualquer outra atitude não dignifica o FC Porto e serve de alimento para piranhas.

Mas há uma coisa curiosa, um dilema para quem adora odiar: Se Lopetegui é a pior coisa desde a bomba atómica e Antero um ladrão inominável, que dizer do facto, cada vez mais evidente, de ter sido este que fez a pressão para que Lopetegui saísse? Onde ficam os meus queridos haters?


Naturalmente, nada dá mais jeito do que fazer-se de parvo e traduzir "à Google Translator "  a frase de Lopetegui "me dá pena ver Pinto da Costa agir asi". A tradução é exacta será "tenho pena que Pinto da Costa esteja a agir assim". Que jeito que dá parecer estúpido. Faz capas como esta aqui de cima, curiosamente, como sempre, de destaque ao FC Porto cada vez que haja algo que seja menos positivo ou até mesmo negativo. Onde está a conversa de que o ficaben é que vende? Não, é só pura perseguição. Como é a estupidez de dizer que Layún vai embora, para depois pôr em nota de rodapé que afinal não vai. Como é de inventar coisas como que se anda a tentar Hulks, Pepes, Brunos Alves e Moutinhos, só para depois se poder dizer que o FC Porto "falhou as contratações".  Não somos assim tão estúpidos, amiguinhos!

Usando o vosso fabuloso tradutor, digo-vos: desamparem-ma loija! (RIP Prince, 2016 anda a ceifar demasiado talento!)

terça-feira, 19 de abril de 2016

Claro Como Água


Pinto da Costa, o Nosso Grande Presidente, deu, ontem, uma entrevista no Porto Canal (resumo aqui, entrevista na sua totalidade aqui) que foi, quanto a mim, completamente esclarecedora.

Foi esclarecedora quanto à posição do FC Porto para o futuro - criar um plantel com raízes, parar com esta porta giratória dos últimos anos, ter jogadores da casa e trocar cirurgicamente.  Estamos todos, naturalmente, de acordo nisso. Alguns dizem que já deveria ter sido mais cedo. Concordo, mas águas passadas não movem moinhos. É bom sinal ouvir do NGP que estão a tratar-se de métodos alternativos de financiamento. É sinal de que o Clube passa a ser o centro. E ainda bem.

Foi muito bom ouvir o NGP dar um chega-pra-lá nas intenções do filho se candidatar à Presidência. Não que ache que isso seria viável, claro, mas nada melhor do que matar o mal à nascença. Concordei, evidentemente, com a explicação sobre o porquê de Antero Henrique estar na administração da SAD. Achei piada à farpa a Angelino Ferreira.

Achei que Miguel Guedes foi um excelente "entrevistador", que fez, directamente, as perguntas menos cómodas. Achei de bom tom a sinceridade quanto aos grandes nomes com que alguns sonham. Achei, mais do que tudo, que o NGP foi franco e, desta vez, nada evasivo. Gosto de ver que o NGP sabe responsabilizar e dar aos jogadores a noção de que têm de ser homenzinhos e preparar-se para tudo o que vão encontrar.  

Evidentemente, se o NGP - que esteve corrosivo à antiga na questão sobre a bolha e o freteiro - sabia que a bolha é o jornal do ficaben, ainda está por explicar o faux pas de convidá-lo para o Dragões de Ouro. Mas erros todos cometemos, e como dizia Confúcio "só erra verdadeiramente quem erra a segunda vez".

Mas, acima de tudo, adorei ouvir a sua admissão de que estavam a ser demasiado brandos na comunicação e que este ano iriam corrigir isso, o que é fundamental, e a questão da arbitragem também me sossegou. Dizer "ganhou a batalha, mas não a guerra" é um sinal de que estamos cá para equilibrar as coisas. Sim, queremos equilíbrio, não favorecimento. E aida bem que há consciência desse défice.

Por falar em défice, e em jeito de conclusão, achei NGP vintage a forma como ele falou da questão da extensão de contrato de Aboubakar. Não só expõe as mentiras dos media como melhora a única coisa que falta a Aboubakar - a confiança. E na questão de Peseiro, foi, naturalmente, inconclusivo, como não poderia deixar de ser. "Contamos com ele" é muito diferente de "ele será". Mas é elegante. Como também foi muito mais, desta vez, com Lopetegui.

É bom ver que o NGP está de regresso à sua melhor forma. Mas é excelente saber que ele incumbiu os dirigentes de cada departamento para falarem. Já não era sem tempo. Agora, ao trabalho, NGP.


NOTAS FINAIS

- Ia falar sobre o processo eleitoral mas não é necessário quando subscrevo tudo o que está aqui. Acrescento apenas algumas notas: não precisei da "coragem de Humberto Delegado", como li por aí, para fazer os riscos nos nomes que bem me apeteceu, não vi ninguém a olhar para mim com ar de controleiro e ainda tive tempo de emprestar a minha caneta ao vizinho do lado. Quanto às cruzes no boletim, devo relembrar que o Clube deu a hipótese de votar em cada candidato nominalmente, numa lista única. Poderia, pura e simplesmente, apresentar uma designação para a lista, num boletim com a mesma a concorrer a cada sector directivo. E assim será, se houver mais do que uma lista no futuro. Em qualquer eleição, as listas estão representadas por uma designação, e a sua composição está à entrada. Nos EUA há votações nominais, mas o boletim é gigante. Quanto às cabines de voto, estou de acordo que deveriam existir. Mas, sabendo que a eleição estava garantida, seria mesmo necessário tanto recurso?

- Se votaram 2400 pessoas, num dia de jogo em em que estavam 27000 na Dragão, estamos a falar de um universo de votantes de 8,9% dos presentes no jogo. Mesmo que fossem apenas metade desses adeptos associados habilitados a votar, estaríamos a falar de perto de 18% de votantes! E assim sendo, os votos nulos seriam apenas 3,74%! Das pessoas, cujo voto seria possível, a assistir ao jogo no Dragão! É essa a "forte onda de contestação"? A mim parece-me que a montanha pariu um rato. E eu pergunto: quem teria mais motivação para ir votar? Quem está a pensar que vem ai o Apocalipse ou quem apoia o NGP?

- E por falar nisso, talvez esteja na hora de apontar baterias para o verdadeiro inimigo: o ficaben e o sportem fizeram dois jogos absolutamente miseráveis. Mas os títulos são "meia hora à campeão" e coisas do género. Contra o Setúbal, ganhamos ambos os jogos, controlamos todo o jogo completamente, sem hipóteses. Está na hora de deixar de ir atrás do spinning dos media e começar a abrir os olhos - temos os nossos defeitos, mas quando há #colinho do outro lado, tudo simplifica bastante. Como as comissões de jogadores sérvios. Ou contratos de renovação. Ou empréstimos para pagar outros. Grandes "rolos compressores" que vão por aí.

Já agora, sabiam que Iker Casillas diz que vai ficar connosco mais duas épocas?

sábado, 9 de abril de 2016

Je Suis Papalvo


Ora aí está. O sempre inclusivo e meiguinho mundo da bluegosfera já vomitou outra designação que vai ter mais lastro do que um cometa: o papalvo. O papalvo, no contexto Portista, é aquele que ousou acreditar que Pinto da Costa (NGP) está mesmo com vontade de mudar as coisas e de as devolver a su sitioO significado da palavra é, literalmente, aquele que é facilmente ludibriado; sujeito ingénuo, simplório ou pacóvio.

Há agora uma nova casta de Portistas, os superiormente inteligentes. Esta casta não se deixa enganar pela palha servida pelo NGP! Não, para esta superior casta, o NGP é um salafrário, um ladrão, alguém cujo único fito é acalmar o povo para poder continuar a mamar na mama do Clube. Para eles, o discurso do NGP é "para boi dormir" e está "ultrapassado".

Esta superior casta também adoraria ver Pinto da Costa pregado num cruz, não sem antes levar umas boas chibatadas pelos crimes da sua "gestão recente". Já não adianta o Presidente reconhecer que esteve mal e querer encontrar um novo rumo, nunca deveria ter estado mal para começar! Agora é tarde, agora acabou, agora só "sangue novo" poderá devolver o FC Porto ao seu legítimo lugar.

Essa casta superiora está também ciente de todos os problemas, todos os erros, todos os faux pas. No entanto, têm um problema, vivem no Olimpo e o Olimpo não tem uma estrada para a Terra. Não são capazes de se agregar numa lista, não têm liderança, e em comum têm apenas a frase "é obvio que o problema é X" onde X é uma variável, muitas vezes aleatória, mas 90% das vezes arrancada directamente da bolha, do rascord, ou da lixeira da manhã. Para além da frase, comungam do lema "não sei para onde vou, só sei que não vou por aí".

A crítica é sempre mais fácil do que a solução. Aliás, não há nada mais simples e "coerente" do que estar sempre contra! É fácil negar que o próximo concorrente possa ser comissionista porque ele não existe, é fácil negar que o próximo concorrente possa ser aldrabão porque ele não existe, é muito fácil acreditar numa hipotética alternativa porque ela, ao não existir, poderá ser sempre tudo o que for sonhado, por cada um, na sua visão particular de Portismo.

No entanto, exceptuando os corajosos e corajosas que interpelam a SAD nas Assembleias - e tenho a honra de conhecer alguns deles e delas pessoalmente - também é muito confortável dizer tudo sentadinho o seu cantinho. Afinal, não se pode ser responsabilizado por uma ideia que não se tem ou uma alternativa que não se apresenta!

Mas nada tema a casta inteligente, nós, os papalvos, quando ganharmos títulos, festejá-los-emos convosco. O papalvo tende a ser inclusivo. Afinal, de maneiras diferentes, queremos todos o mesmo, não é verdade? Só que uns gostam mais de Joe Satriani do que outros, pronto!