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sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Análise FC Porto 2-1 Marítimo - A Força Esteve Connosco. Quer Dizer, Mais ou Menos...

Os campeonatos estão cheios de jogos destes. Quantas e quantas vezes, nos temos de Vítor Pereira, Mourinho ou Villas-Boas, não os vimos? Jogo de domínio absoluto até às substituições (ver FALTAS), aberto a saca-rolhas argelino, com uma absoluta desinspiração da frente de ataque, aquilo que poderia - e deveria - ter sido outra copiosa goleada, redundou numa vitória justíssima, mas com uma ansiedade que não deveria ter passado pelo Dragão. Vamos a notas.

Óliver - Cada vez mais o fiel da balança do FC Porto, o nosso Maestrinho fez mais um jogo como só ele sabe: pressionante e aguerrido na defesa, esclarecido e com super-visão no ataque. Às vezes até demais, como no caso do brilhante passe para a desmarcação de Maxi à direita, que este pura e simplesmente não teve pernas para acompanhar. É uma felicidade tê-lo nesta equipa do FC Porto e quando sai... nota-se bem a sua falta.

As extremidades do ataque - Soberbos jogos de Brahimi e de Corona, cada um deles com excelentes ataques, e com Brahimi premiado com um fabuloso golo de ângulo "impossível" só ao alcance daqueles que acreditam sempre, mas principalmente pelo apoio defensivo que conseguiu transformar o 4x2x4 num efectivo 4x4x2 de pressão imediata e de reacção à perda de bola. Ver Brahimi a fazer cortes junto à linha é uma alegria esfuziante! Como dizia ontem o meu amigo João "Golden Dragon" Santos, "quem é aquele, o número 8? É novo?" Que maravilha! Assim há equilíbrio. Pena não ter havido pontas de lança, mas já lá vamos.

Os laterais com as pilhas todas - Já todos sabemos como Maxi é alguém que deixa tudo em campo mas, além disso, no ataque não pára de criar situações, boas subidas e chegadas à linha, excelentes tabelas... enfim. A não ser pelo cansaço que demonstra de quando em vez, pode muito bem ser que venhamos a ter o "sacrilégio" de deixar o fenomenal Layún no banco mais tempo. Mas a época é longa e haverá muito espaço para ele. Já Alex Telles, em dia de aniversário com direito a parabéns cantados no Dragão - e que ele agradeceu profusamente - parece ominpresente. Intenso e pressionante na defesa, com óptimas subidas à linha, tem justificado exponencialmente a sua contratação. É uma alegria tê-lo, com toda a sua paixão, por cá.

Danilão - É preciso dizer mais alguma coisa? Corta tudo, pára tudo, sai para o ataque, impulsiona a subida dos seus colegas, é um verdadeiro Capitão dentro de campo.... falta talvez sentir-se seguro para o remate. Ficaríamos muito bem servidos com um tiro exterior potente. Creio que lá chegará.

Os pontas de lança que querem uma mantinha e um cházinho - Uma absoluta nulidade André Silva e Diogo Jota, ontem. Especialmente este último, uma vez que o primeiro estava no sítio certo para receber o passe de Brahimi para golo (embora o mérito tivesse sido do argelino e de Óliver), estavam lá nitidamente sem chama e praticamente na Lua. Então Jota... a forma como ele falha um golo feito, em frente à baliza, com um remate frouxo, à figura... merecia um apertão do Danilão e um "puxão de orelhas" do Casillas. Está a precisar de terapia de banco.

Baralhar sem necessidade - Estava ganho o jogo, sim, estava. Era altura de dar espaço a jogadores que precisam e merecem minutos. Sim, era. Mas como explicar as trocas? Porque tirar Brahimi e Corona, quando ambos estavam com vontade de contribuir? Então Jota não estava bem pior? Não era hora de dar mais segurança defensiva, passando para um 4x3x3 com cabeça? O que aconteceu de seguida é culpa disto. Baralhadas que estavam as pedras em campo (em especial depois da saída de Óliver, embora aí a troca fosse directa), veio a desorganização, o golo maritismista, sem que estes tivessem feito o que quer que fosse que o justificasse, e os nervos, que tão bem Casillas descreveu. As substituições devem ser equilibradas, embora João Carlos Teixeira fizesse por merecer os minutos há muito devidos.

Arbitragem - Mais um habilidoso, mais dois penaltis, mais critérios diferentes para coisas iguais. Enfim, sempre o mesmo. Não são os jogadores que têm de fazer algo acerca desta pouca vergonha. A responsabilidade mora mais acima.

Público - Tanta gente exige, tanta gente vocifera, tanta gente fala do alto da burra e critica mas... e estar lá? Pois! O Portismo novo! Curiosamente, contra Bayerns e papoilas não falta, independentemente das condições climatéricas! Mas é contra Marítimos que se ganha ou perde os campeonatos que os "exigentes"... exigem! Ou então, como estamos numa fase em que as coisas parecem correr bem... não dá pica, verdade? É como as caixas de comentários nos blogues... para dizer mal entopem elas! Uma tristeza!

Segunda feira há mais, contra uma equipa de maior valia e intensidade. Temos contas a saldar com esses meninos. Vamos a eles, carago!

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Antevisão FC Porto - Marítimo Seriedade e Concentração


Voltamos amanhã ao que é importante, os 90 minutos da bola a rolar que nos dão a alegria e a felicidade, o convívio com os nossos, as curvas mágicas da Nossa Casa. Voltamos ao Dragão, em jornada antecipada, para defrontar a muito organizada formação maritimista, que conseguiu derrotar as papoilas e que fez uma primeira parte agressiva e intensa nesse jogo.

O onze de amanhã nada tem a saber, é, de certeza, salvo lesões ou imponderáveis, este que está em baixo. Contra o Marítimo será necessária uma intensidade e uma concentração muito superiores ao jogo de domingo! Também é importante que NES explique a Brahimi e Corona a diferença entre um 4x4x2 e um 4x2x4. A atacar até pode ser este último, a defender é suicida. A recuperação da bola deve começar na linha da frente e não deixar um Óliver que, já sabemos, está demasiado perto de Danilo, a fazer tudo sozinho.

Vamos ver se há a evolução que falta fazer: a da equipa jogar compacta, em 60 metros, como o treinador deseja. Se assim for, este esquema funciona bem. Senão, é vulnerável ao contragolpe. Um FC Porto que consegue golear o Leicester também conseguirá fazer boa figura frente ao Marítimo. O desafio é ter a noção de que a importância é rigorosamente igual.


NOTAS: Saúdo vigorosamente a coragem de Francisco J. Marques em denunciar a perniciosa manipulação informativa de ditos jornais "de referência" e "isentos". A forma vigorosa e célere com que FJM desmascarou o torcer da verdade e expôs o bullying jornalístico ao qual o FC Porto foi votado é de aplaudir de pé. Naturalmente, espero de ora avante igual atitude em relação a todas as manipulações jornalísticas que afectem o Clube e não só o seu Presidente e família deste, como é óbvio.

E, por falar em manipulações, por todo o lado se vai assistindo ao mudar de agulha do inimigo para o FC Porto. Além da exposição deste caso, tão ridículo na sua dualidade de critérios aberrante e propositada, também se torna bastante óbvia  a forma perciosa com que a ratazana ontem, no seu programa de solta-bílis, se dedicou a insinuar que André Silva não "precisava" de ter caído, dizendo que, apesar de reconhecer que é penalti pelas leis do jogo,  "se estes penaltis são para se marcar não vamos fazer outra vida". Claro, claro, ratazana! Malandros, esses do FC Porto! Já o intensómetro, quando toca ao jogadores da mui querida segunda circular, a Pátria Lusa para a ratazana, funciona que é uma maravilha! Nem que seja para declarar válido o mergulho de Lima e Jonas ou os golos de Braçobol de Gelson e de Bryan Ruiz. A manha é toda do Norte, já sabemos. Como sabemos, e sabemos muito bem, que o campeonato perfeito para o menino tirava esses empecilhos da zona das Antas.

Temos pena, not gonna happen!

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Análise FC Porto 1-0 CS Marítimo (19ª Jornada) [ACTUALIZADO BOMBA!]


Jogo esforçado, complicado e naturalmente confuso, notou-se uma entrega diferente, um sentido mais positivo e tendente à baliza, mas também, como disse André André ao Porto Canal, uma grande ansiedade. Novos métodos, novos posicionamentos, mas a programação do hábito rotinado idêntico.

Quero sublinhar a importância capital deste aspecto. Neste momento há uma clara dicotomia corpo/cabeça nos jogadores. Sabem dos aspectos a mudar, mas o automático, aquilo que é treinado, sistematizando, para que seja feito sem pensar, é ainda o mesmo, e nota-se essa falta de fluidez de quem se detém quando tende, naturalmente, a fazer aquilo que é o seu automatismo a cada situação.

Houve belíssimas desmarcações, passes em profundidade que foram, invariavelmente, tidos como foras de jogo, e muito querer, embora se traduzisse numa urgência nem sempre positiva.

Importa deixar bem vincado que foram feitos dois/três treinos antes do jogo e que as mudanças ainda estão por vir. Houve lampejos de mais soltura mas os automatismos e mudanças tácticas só virão como tempo e o Dragão, como qualquer animal que muda a pele, fica frágil na sua transição. Há que dar um certo tempo e tolerância. Mas as vitórias, mesmo do género desta, são fundamentais. Uma palavras para os adeptos, que souberam apoiar bem a equipa até ao fim. Obrigado!


As formigas atómicas - André André e Maxi não deixam nenhuma bola para trás, não se abstraem do jogo e entregam-se a cada lance. Mais até o segundo do que o primeiro, não chegaram ao balneário com um pingo de suor por escorrer, certamente. Dois motores muito bons.

Corona - Impressionante a rotação e disponibilidade de Tecatito, a ir a todas, muitas vezes a buscar bolas... difíceis... enviadas pelo seu compatriota Herrera, podia ter marcado mais e jogado mais... se o tivessem deixado jogar.

Suk - A disponibilidade de Suk e a sua entrega estão, neste momento, a anos-luz da nulidade Aboubakar. Ainda que sem oportunidades de golo (Corona poderia ter feito passe para o seu golo de estreia), também foi outro exemplo de uma entrega muito à Porto.


Jorge Ferreira e sus muchachos - Três penalties não assinalados, três foras de jogo na cara do golo e bastante fechar de olhos disciplinar para os jogadores do Marítimo - sarrefeiros à quinta casa - são neste momento o espelho de uma arbitragem que não respeita o Dragão e que é (quase) sempre tendenciosa contra nós, com a agravante de Jorge Ferreira ser despreparado e alheio do jogo jogado. Um pavor. Teríamos outra confiança e jogo com uma arbitragem mais condigna.

Herrera - Abandonada de novo a capa do super Hector Miguel, voltou Herrera, o aluado saturniano no meio campo, cheio de passes errados e mal medidos, defesa pobre, posicionamento pavoroso. Um terror.

Aboubakar - Que pena que tenho que Abou seja um jogador com tanto talento e que se deixa afectar psicologicamente com tanta brutalidade! Está a começar a ser ultrapassado, já de início, por Suk. A equipa precisa de Rei Bakar de volta e não desta pessoa que não se faz a lances, que não ganha divididas... que não faz o seu trabalho.

Em construção - A transição será gradual. Há tanto por fazer! Mas tenho a certeza que Peseiro sabe desse facto. Vamos ver já, para a semana, diferenças claras, estou certo.

ACTUALIZAÇÃO: Olha, olha, que giro! É por estas e por outras que eu ainda acredito que o FC Porto é o mesmo, apesar dos silêncios arbitrais! Marega é um excelente avançado e José Sá um guarda-redes de muito, muito futuro! Bem-vindos! Muito feliz por estas contratações!

sábado, 23 de janeiro de 2016

Antevisão FC Porto - CS Marítimo (19ª Jornada)


Primeiro jogo de Peseiro à frente do FC Porto, onde, estou certo, poderemos ver os primeiros sinais de um FC Porto mais atacante e com um futebol mais positivo. É sensato e realista não esperar mudanças imediatas em tudo, é normal que haja a circulação de bola Lopeteguiana nos jogadores, mas já com um sentido de baliza mais forte.

A motivação é uma coisa extraordinária e creio que é mesmo o que faltava aos jogadores. Todos têm qualidade para mais, e um treinador motivador e com uma atitude de potenciar características em vez de as limitar a um determinado modelo, poderá fazer maravilhas a um plantel que vale muito mais do que o que tem mostrado.

Curiosamente, creio que saber circular a bola não é, em si mesmo, uma coisa negativa, e até pode ser uma mais valia para Peseiro. O suplemento atacante deste último será, contudo, aquilo que faltava mais - preencher o último terço. 

Não estou, sublinho, à espera que se dê uma mudança mágica. Esta vem com o tempo, E temos de dar esse tempo. Por isso, peço que tenhamos paciência com uma equipa em transição de modelos, com tudo o que isso acarreta.

A boa notícia é que o Marítimo está, nesta altura, a passar pelo mesmo processo, o que pode ser positivo. E perdeu Marega para o sportem, o seu poderoso avançado. No entanto, há sempre Darth Salin, esse homem-elástico que cresce na baliza sempre que defronta o FC Porto. Não será, de todo, um jogo fácil, mas a casa cheia que se adivinha (já foram vendidos mais de 35 mil bilhetes) vai dar, certamente, o apoio que este FC Porto renovado merece.

Na convocatória, André Silva cede, naturalmente, o lugar a Suk. Concordo. André Silva não pode ver etapas queimadas desta maneira. Solidificar na B é o que necessita.

Helton e Casillas (guarda-redes); Maxi, Martins Indi, Maicon, Marcano, Rúben Neves, Varela, Brahimi, Aboubakar, Sérgio Oliveira, Herrera, Corona, André André, Miguel Layún, Danilo, Imbula e Suk.

(4x3x3): Casillas; Maxi, Maicon, Marcano, Layún; Danilo, André André, Herrera; Corona, Aboubakar, Brahimi;

Cristián Tello foi para o Fiorentina de Paulo Sousa. Foi, para mim, muito mais vítima das circunstâncias e de um tipo de jogo que não o favorecia, do que qualquer outra coisa. Vi grandes jogos do Cristián Tello, acho-o uma boa pessoa, teve sempre uma boa atitude e nunca foi obstáculo, despediu-se de uma forma muito digna e, pese embora o desalento dos meses finais, a garra com que venceu o sportem, com que marcou em Borisov, que fez a assistência em Donetsk e venceu em Braga, não esquecerei.

Obrigado Cristián Tello e boa sorte.

O MaisFutebol de ontem foi uma autêntica palhaçada anti-FC Porto. Mas, como diz, e bem, João Valente Aguiar num comentário na página de Facebook do Porto Universal (link ali em cima, à direita), "Detestam o Porto, são futebolisticamente ignorantes e armam-se em engraçadinhos. Pior mesmo só aqueles de 2ª feira à noite que felizmente não vejo há meses." Lá está, há coisas que não vale a pena combater. Basta ignorar.

Foi apresentada a equipa de ciclismo W52-FC Porto -Porto Canal. Boa sorte e muitas vitórias! 

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Análise FC Porto 1-3 Marítimo (Taça da Liga)


O FC Porto vive dias tão oscilantes, de tal carrossel, que admite duas leituras distintas. A saber:

Leitura Positiva 

A Taça da Liga não interessa nada. Não se poderia arriscar as melhores soluções para jogar outra vez contra o Sporting. O André André tinha de sair ao intervalo porque veio de lesão. Uma equipa estava a jogar com o seu melhor onze, a outra estava a jogar sem dez titulares. O André Silva começou agora, estava nervoso. Sérgio Oliveira nunca jogou a 6 no FC Porto. Aboubakar marcou um golo de raiva e pode ter acabado com a maldição. O Angel jogou bem. Por morrer uma andorinha, não acaba a Primavera. 

Leitura Negativa

Não há fio de jogo. Joga-se demasiado para o lado. Remata-se pouco. Não há espontaneidade. Os jogadores estão inseguros. Nenhum dá o seu potencial. Lopetegui tirou a cola ao intervalo. Lopetegui suga a confiança aos jogadores. Falta raça e nervo a este FC Porto. Falta deixar de ser bonzinhos. O Maicon esteve uma nódoa. O Marcano também. Falhou-se golos que é um disparate.

O paradoxo é que ambas as leituras são verdade. E o mesmo se pode dizer sobre a massa assobiativa. Pode-se dizer que estar a assobiar uma equipa que nunca jogou junta nestes moldes desde os 20 minutos, é estúpido. Mas também se pode dizer são justificados, porque este estio de jogo pastoso e mastigado não merece os pergaminhos do FC Porto. Ficou, para mim, evidente, que Imbula e Tello são jogadores castrados por um modelo sufocante, que os faz ter medo de ser livres e de esplanar o futebol que têm nas pernas. Idem ibidem para Aboubakar.


Julen Lopetegui tem de perceber que acabaram as experiências, que o adepto Portista não admite oscilações do género "bom jogo/péssimo jogo" e que um Futebol Clube do Porto digno desse nome tem que deixar tudo em campo, nem que seja a jogar à carica! Se quer ganhar a falange adepta, que, claramente, não está com ele, tem de apresentar uma consistência, acutilância e coerências muito superiores às que vimos hoje. Se o caminho continuar a ser este, a derrocada pode ser grande e violenta e a cadeira de sonho ficar vaga.

Por último, duas breves notas: Aqueles que gritaram "André Silva, Allez" naquele espectáculo degradante contra a Académica, talvez tenham percebido que não se pode pedir a um miúdo que seja o esteio ofensivo do FC Porto! O seu, a seu tempo! E, senhor Presidente, talvez o senhor precisasse perceber que falar em tempo de alegria é fácil....

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Antevisão FC Porto - Marítimo (Taça da Liga) e Se O NGP O Diz... [ACTUALIZADO]


Antes de mais, porque o mais importante vem sempre primeiro, parabéns ao Nosso Grande Presidente, Jorge Nuno de Lima Pinto da Costa. Fico feliz de o ver interventivo e contundente, espero este ano encontrá-lo no seu melhor. Nunca houve alguém igual. As suas vitórias serão também as nossas!

Fiquei satisfeito de saber que o NGP não cede a pressões de assobio e incentiva os seus técnicos a fazer o mesmo. Ser campeão não é vencer um concurso de popularidade, mas sim ultrapassar uma maratona com obstáculos difíceis. O seu humor não deixa de conter a Sabedoria própria de quem já faz isto há muito tempo. "Se isso deu sorte para ele ficar em primeiro lugar, espero que assobiem muito, mesmo desde o princípio, porque foi o jogo em que a equipa atingiu o primeiro lugar. Ele não se preocupa com os assobios. Nem eu. Estou habituado a ter treinadores que seguem as suas convicções, que seguem os seus princípios e que não são influenciados pelos jornais, pelos comentadores e pelos assobios. Fazem aquilo que pensam. No dia em que tiver um treinador que não faz aquilo que pensa para o melhor da equipa e que cede a pressões, esse treinador não serve" Se o NGP o diz....!


Bem sei que mudou o nome, talvez um pouco do "espírito da coisa" , mas não deixa de ser um palco privilegiado para fazer uma rodagem de jogadores menos utilizados, dar andamento ao nosso regressado dínamo, e dar oportunidade ao seus fãs tão... intensos... na sua opinião, para poder encher o Dragão em apoio a André Silva. Casa cheia a apoiar o jovem ponta de lança é o que se espera! Uma entrada para o clássico de domingo que, segundo o NGP, é para levar a sério. Uma vez mais, se o NGP o diz...!

Helton e Casillas; Maicon, Marcano, Rúben Neves, Varela, Aboubakar, Tello, Sérgio Oliveira, José Ángel, Evandro, Jesús Corona, André Silva, André André, Miguel Layún, Lichnovsky, Imbula e Víctor García.

(4x3x3): Hélton; Victor Garcia, Maicon, Marcano, Ángel; Imbula, Sérgio Oliveira, André André;  Varela, André Silva, Tello;

NOTAS: Não é que surpreenda, mas depressa se tratou de desvalorizar o negócio do FC Porto por todos os media em geral. Desde equiparar ao contrato do ficaben, a fazer incluir coisas não incluidas como o naming, a dizer que beneficia o ficaben... tudo vale a pena quando a Alma não é pequena! Uma maravilha! O NGP diz, no entanto, que os contratos que fazemos não são em comparação com os dos outros. Se o NGP o diz...!

Acho que, a esta altura, ninguém quer o Osvaldo por cá - nem o próprio. Sobretudo porque agora viria contrariado e, dado o histórico... O NGP disse que ele foi autorizado a ficar mais tempo fora. Que pode estar de saída do FC Porto. Se o NGP o diz.... ADENDA: O próprio Osvaldo esclarece. É tudo uma questão de detalhes. Mais espaço fica para quem quer mesmo cá ficar.

Já agora, isto é tão ridículo que não merece comentário.

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Dias Cinzentos


 Iker Casillas, em mais um toque de classe e de maturidade própria de um campeão, que não vai pôr selfies a sorrir ou a fazer sinais de gangsta após uma derrota - sim, está claro que Casillas sente o jogo como uma derrota, e bem - colocou no seu Instagram um dia cinzento com um mar agitado, dizendo "#diascinzentos #amanhãserámelhor". 

Espero que sim. Sou dos que estão até ao fim, apoiando e incentivando, muito mais até quando vejo estas atitudes nobres. Mas sou, confesso, neste momento um homem algo ansioso no que toca ao meu clube. Não acho, de todo em todo, que se possa atenuar este tempo com a ideia de que se tem um "plantel fraco" - mentira - ou coisas quejandas. Estou apreensivo porque gosto do modelo de Lopetegui mas, se este não consegue perceber uma coisa que todas as outras pessoas já perceberam, temos um treinador casmurro. 

Ensaiar um sistema com bons resultados, maior verticalidade e intensidade na área e não o usar quando, evidentemente, o necessitava, é terrível. Mais uma vez, ouvi-lo a dizer que "houve pouca circulação de bola" é arrepiante. Como assim, pouca circulação? Passar com mais velocidade abrindo desmarcações e chamando jogadores adversários? Concordo. Também não gosto do desespero de chuveirinho, não acho que seja táctica. Mas um 4x2x3x1 com Bueno ou Osvaldo nas costas de Aboubakar, com a bola em progressão rápida entre todos, como na primeira parte do jogo em Setúbal no ano passado, era tudo o que esta equipa precisava. Fazer mais passes inconsequentes entre o meio campo e a defesa? Não, obrigado!

Não é isso que falta, Julen! É ocasiões de golo, é ataque, é pendor ofensivo! Chames-lhe o que quiseres, mas faz! Cria um Dragão que quer ganhar o jogo, não só controlá-lo!  Hoje é um dia cinzento, faz com que não seja negro e o Sol abra por entre as nuvens, sábado às 18:30.

P.S.: Já agora, pouco me importa as derrotas dos adversários. Quero fazer o meu caminho ganhando, depender de mim próprio e não de ponto ganho ou perdido alheio. Vencer é o nosso Destino, não pode haver como não o ser.

P.S.2: Bernardino Barros, além do Porto Canal, está também pela TVI24, no "Campeonato Nacional". É bom ouvir a sua voz num programa destes, bem ao seu estilo, numa televisão com maior abrangência. Finalmente alguém do FC Porto que não é seguidista e não vai lá dizer "amen". Bravo, BB! Muita força!

domingo, 23 de agosto de 2015

Carta de Um Portista Preocupado


Meu caro Julen,

Olho para o teu futebol e fico preocupado. Fico preocupado porque se nota que és teimoso e que passas essa teimosia para a tua equipa. Desculpa, mas é verdade. Está na hora, caro amigo, de perceberes uma verdades.

- O futebol do teu amigo Guardiola é assente em pressupostos que tu não tens nem nunca poderás ter. Em primeiro lugar, cada jogador seu tem um radial total de passes e cada colega deste tem como missão desmarcar-se o mais rapidamente possível, sempre em sentido ascendente. O que, aqui, não acontece por uma razão, os adversários marcam cada jogador como lapas. Não há nenhuma vontade de fazer mais que marcar um golo fortuito ou empatar o jogo para garantir o ponto. Mas já devias saber isso! Não foi para isso que foste buscar o Alberto Bueno? Vai ser outro Adrián? E, já agora, contra ti Guardiola flanqueou o jogo, viu onde estavam os buracos, empurrou-te lá para trás, mandou o tiki-taka para as urtigas e espertou-te 5 golos. Elasticidade, e não ego, é o que precisamos. Senão és como o teu Nemesis ao contrário.

- O futebol do teu amigo Guardiola é assente em orçamentos milionários e em manter as pedras principais anos a fio, luxo esse que tu não tens. Podes queixar-te o quanto queiras, este é o modelo de gestão Portista desde que me lembro, funcionou com outros, tem de funcionar contigo também. Não podes é insistir em replicar modelos de equipas que jogam em ligas ultra-competitivas quando a que estás inserido tem 3 equipas que jogam olhos nos olhos e, a bem da verdade, em Portugal, nenhuma o faz. Somos nós, fãs do teu futebol na Champions, onde o teu modelo funciona porque todos têm de ganhar, que te advertimos para a verdade de Variações, enquanto podes: Muda de Vida.


- Ainda não percebeste que não te podes queixar da qualidade dos teus jogadores se lhes cortas as pernas? Se a tua posse não tem sentido ascendente, o que vais fazer, dizer que não jogaram bem? Eu, que não sou treinador de equipa grande, tenho que te dizer que é evidente que: Herrera está fora de forma, precisa de banco e descanso e que não podes pôr titulares por decreto quando ninguém se zangaria com a sua troca pelo nosso André André. Tens de treinar com Brahimi para lhe explicar que não está a jogar rugby e que não tem de levar a bola para casa, ele que veja os colegas desmarcados e passe a bola, não cortes as pernas ao Imbula, não lhe ensines que não pode passar por entre 3 ou 4 gajos em direcção à baliza, quando foi para isso que o contrataste, deixa o Aboubakar baixar e ajudar a equipa mas manda toda a gente da defesa pra frente para a área para compensar e não insistas em jogar lateralizado e deixar o Brahimi na ala para não fazer um cruzamento sequer. Boa? Em jogos de tendência ofensiva, ter Danilo e Imbula é uma redundância total. O teu e nosso menino Rúben faz de Danilo com uma qualidade de passe de rotura excepcional e variação de jogo fantástica. Não convocaste o Evandro que no jogo anterior ajudou imenso e descartaste a velocidade do Hernâni e a sabedoria posicional do Sérgio Oliveira, por um jogador claramente em baixa de forma. Desculpa, não concordo.

- Se estás 40% do tempo a encostar a equipa adversária que quer só não perder tens de pôr mais gente no ataque! Não foi para isso que treinaste - com bons resultados! - o 4x2x3x1 com Danilo e Imbula atrás e Bueno atrás de Aboubakar? Vais deitá-lo fora por teimosia? E para quando treinar bolas paradas? Não podes ser teimoso! Em suma, tens uma boa qualidade defensiva - eu acho que Cissokho precisa de mais tempo mas chega lá - não podes viver agarrado às posses de bola. No futebol não há TKO, só KO. E quando estás em modo de controle, este tem de ser no sentido atacante, não horizontal. Epá, e quem já não te disse isso? Compreende a Matemática do Pontinho senão não vais chegar lá! A maior parte das equipas contra quem vais jogar não te quer ganhar, ok? Não vai abrir espaços!

Meu caro Julen, eu sei que, infelizmente - e isso deu-me um arrepio - o problema não é só teu. Ontem, cheio de saudades, lá vi 3/4 do jogo do Atlético de Madrid contra o colosso do Las Palmas, e o teu amigo Cholo também fez posse pela posse, zero de velocidade e desmarcação, encostando o "nosso" Óliver à ala e reduzindo o grandioso Jackson a verbo de encher. Se esse é o teu caminho, digo-te:

Salta para Manager, pareces um iman de jogadores, damos-te bom dinheiro para isso, ninguém te chateia nem à tua família, nunca mais te trocam o nome, e deixas um treinador treinar. Ok? 

Vamos lá arrepiar caminho, eu sei que consegues!

Um abraço Azul e Branco,

Jorge Vassalo

sábado, 22 de agosto de 2015

Análise Marítimo 1-1 FC Porto (2ª Jornada)


Um jogo mau, pobre, paupérrimo, um nojo. Não podemos ser campeões assim, e não tem nada a ver com ter ou não um 10. Tem a ver com o jogo pastoso, lento, sem nexo na altura em que é necessário mudar a velocidade. A ideia do jogo Portista não pode ser sempre lateralizar e esperar que os extremos criem oportunidades. Tem de haver velocidade, desmarcação, imprevisibilidade. Se tal não acontecer não aproveitamos as perdas dos outros e justificamos a noção de que, cortados os flancos, o jogo do Futebol Clube do Porto pura e simplesmente não existe. Uma desilusão. 

Basta uma equipa fechar-se lá atrás e pronto. Sejamos rigorosos, não merecemos perder mas é indubitável que não merecemos ganhar. O resultado acaba por ser completamente justo.

Não vou fazer destaques. A equipa esteve globalmente mal. Se posso dizer algo de bom, só os M&Ms que não desiludem e Maxi que não desiste. Mas mesmo esses, precisam de fazer mais. Precisam todos de fazer mais. Não é assim que se ganham jogos.

Pelos vistos Lopetegui está agora, na flash interview, a dizer o mesmo do que eu. Mas, Mister, galvanizar não é dizer aos seus atletas que é difícil, é dizer que somos o Futebol Clube do Porto!

ADENDA: Rui Cerqueira cortou a palavra à CMTV, dizendo que é "jornalismo de sarjeta" e acenando que não. Vamos indo. É Rui Cerqueira que tem de dizer isso e não Lopetegui.

Antevisão Marítimo - FC Porto (2ª Jornada)


 Curto e simples: ganhar para acabar com a "maldição da ilha". Há muitas razões para acabar com isso, a primeira e mais importante de todas, o facto de ser uma palermice. Não é uma "maldição" de coisa nenhuma. Foi pura displicência, moleza e muito deixa-andar. Fez bem Lopetegui em dizer que é um encontro difícil, porque o é. Mas só na perspectiva de derrotar os nossos moinhos de vento, só na questão de tornar a nossa Ilha das Tormentas na Ilha da Boa Esperança.

Temos razões para estar confiantes. Temos um acumulado de experiência muito superior à do ano passado, nomeadamente a questão de Varela e Cissokho não terem o trauma, muito menos o Maxi, que nem via nada Salin pela frente, e então Casillas só se deve estar a perguntar "¿¡ Que coño es eso de maldición?!"

Tal como todas as superstições e fobias, nada como enfrenta-las corajosamente e de peito feito, racionalmente e sem emoções desproporcionadas. A verdade é que o Marítimo tem um manancial de jogadores novos, ainda anda à procura da sua identidade e, mais importante,  o seu melhor jogador está agora do nosso lado. Danilo Pereira era uma dor de cabeça que nós limpamos. Agora é só ignorar os *tussifrussi* dos bombos. E trazer os três pontos para casa.
  

Helton, Casillas e Raúl Gudiño (guarda-redes); Maxi Pereira, Martins Indi, Maicon, Marcano, Rúben Neves, Varela, Brahimi, Aboubakar, Dani Osvaldo, Tello, Herrera, André André, Danilo, Alberto Bueno, Imbula e Cissokho.
 


 
Casillas; Maxi, Maicon, Marcano, Cissokho; Danilo, Imbula, Herrera; Tello, Aboubakar, Brahimi;