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quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Dixit

Não sou muito de fazer isto, mas tudo o que penso está condensado em um só video - Via Tertúlia Azul e Branca.

Não, não costumo concordar nada com o Pedro Sousa, mas neste caso está tudo dito, e francamente cansa-me muito todo este lento erodir do que é o FC Porto. 

Só tenho a acrescentar que Yacine Brahimi fez 13 golos na primeira época e 12 na segunda. Para além disso, a forma como os jogadores passam do onze inicial, para a bancada, para o onze, para a bancada outra vez, é pura esquizofrenia.

E não, não é rotação, não é dar oportunidade a todos ou manter uma equipa fresca. Depoitre joga pouquíssimo. André André também. Rúben Neves nem se fala. E João Carlos Teixeira ainda nem jogou.

Estamos a sete jogos do fim da primeira volta. E ainda se anda à procura. É o que é. É o que temos. Liberdade total ao treinador para pôr e tirar. E deixar talento em casa. E adiar decisões. E perder competições. Sempre interessado em "competir".

O Porto Canal lançou ontem um Universo Porto especial debate em que se discutiu a arbitragem abertamente com Francisco J. Marques, o Director de Comunicação do FC Porto. Saúda-se a iniciativa.

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Espaço Z - "Apanhado"

1. Analisando a fundo todas as opções, questões de estabilidade na equipa técnica e do próprio plantel, organização interna, penso que partimos para esta temporada um pouco atrás dos nossos rivais na luta pelo título. Quer isto dizer que não podemos sonhar/acreditar no trabalho dos nossos rapazes? De todo. Significa apenas que teremos uma muito menor margem de erro; não podemos almejar a conquistar uma prova de regularidade e perder com Aroucas e Tondelas em casa, ou continuar a não conseguir ganhar um jogo ao medíocre Marítimo nos Barreiros. Temos de ser mais, correr mais, jogar mais, lutar mais. E isto tudo, sabendo que temos menos opções de qualidade do que Sporting e Benfica. E não há problema nenhum em reconhecê-lo: o primeiro passo para a glória costuma estar em conhecermos a fundo as nossas debilidades e defendermo-nos delas. Penso que haverá mais alguma qualidade em termos globais face à época passada (e o facto de não haver Suks ou Maregas a agredir a bola ajuda nesse aspecto), mas há algumas debilidades em posições fulcrais que deixam algumas preocupações - especialmente no sector mais recuado. Uma lesão ou um castigo podem trazer-nos alguns amargos de boca. Mas bom, só tivemos 5 meses para preparar esta nova época, e quem consegue fazer um bom trabalho num período tão curto de tempo, hein? Quem consegue? 

2. Muito se falou na altura sobre a escolha do novo treinador do FC Porto. Teria de ser assim e assado, com uma personalidade cozida e assada, a jogar na táctica 2-5-3 ou 7-2-1, e que falasse 3 línguas diferentes. Falou-se muito, analisou-se muito, e talvez se tivesse exagerado um pouco nas expectativas criadas. NES dificilmente seria a escolha de muitos de nós, mas talvez acabe por fazer sentido se olharmos para a nossa capacidade negocial actual (muito próximo do ridículo), para o "cemitério" em que nos tornámos nestas últimas épocas, na ausência dum plano desportivo a médio/longo prazo, talvez seja uma das opções que fazem sentido. Confesso não ser um admirador do estilo de jogo que NES promove - especialmente não sou nada admirador da sua actividade de redes sociais, regada de frases clichê, de alguém que tem de se capacitar da dimensão e responsabilidade de treinar um clube como o FC Porto - mas confio muito na seriedade do seu trabalho (e de toda a sua equipa técnica) e na capacidade de conseguir, mesmo que não deslumbrando, fazer do FC Porto uma equipa competente, personalizada, que mande na sua própria casa e que, acima de tudo, não encare nenhum adversário com receio nos olhos e nas pernas. Como sempre acontece, NES terá a minha total confiança para a época em curso, e espero que a massa associativa lhe consiga dar a tranquilidade necessária para que desenvolva o seu trabalho em paz. Talvez seja altura de pararmos de dar contribuições tão generosas para continuar a "enterrar" treinadores dentro das nossas portas.


3. Otávio, André Silva, João Teixeira, Óliver, Corona, Ruben Neves... Nestes nomes (quiçá noutros que não referi) reside o futuro a curto/médio prazo da nossa equipa de futebol. Sem estatísticas nas quais me possa basear, não tenho dúvidas de que a bola rola de outra forma quando temos estes jogadores em campo. E se a bola rola doutra forma, as probabilidades de ganhar jogos serão maiores. Nem só de correr muito, morder a língua e bater muito no peito se faz um jogador "à Porto"; nem só de talento se faz um jogador "à Porto"; terá de haver uma equipa equilibrada, de jogadores comprometidos com a vitória, e que tenham inteligência em campo. Um meio-campo com Danilo, Herrera e André André deixa-nos dependentes de fogachos individuais de algum dos 3 da frente. Espero que NES tenha conseguido perceber isso. Os melhores jogadores têm de jogar. Independentemente de apelido, nacionalidade ou idade. 

4. Por vários motivos, sinto-me mergulhado no final da década de 90, ou no final da primeira década deste milénio. E denoto laivos de Benfica e Sporting dentro do meu clube. Má gestão, negócios ruinosos, guerrilha interna. Discursos vazios, dirigentes escondidos, caos organizativo. Dá a sensação de que tudo é planeado em cima do joelho, quase nunca com os nossos melhores interesses no horizonte. Lembro-me dum tempo em que, com quase toda a estrutura directiva que hoje nos lidera, seguíamos com um avanço de 3 temporadas jogadores com potencial. Que os jogadores se "matavam" para vir cá parar (mesmo que não oferecêssemos ordenados superiores aos dos rivais). Neste momento temos o líder máximo do clube a aparecer a terreiro apenas depois de vitórias, com um discurso oco, com promessas que não se cumprem, cada vez mais afastado dos sócios e adeptos, esquecendo decerto que somos nós o combustível desta grandiosa instituição. E que se não temos memória curta, e nunca esqueceremos quem nos deu tudo o que podíamos querer, faremos cair com igual estrondo quem nos tratar como mentecaptos, meros clientes duma empresa privada. E convém que não haja medo de dizer e pensar tudo isto, mesmo sabendo do alcance das garras da Guarda Pretoriana que protege a cúpula do clube e da SAD. Passo bem sem a minha roseta de 25 anos de associado (que já cá devia cantar há cerca de 4 anos), mas que ninguém pense sequer em tentar fazer sombra ao meu clube. Ninguém! Estou convicto de que, de agora em diante, será no sentido da tribuna e não no sentido do relvado que seguirá a contestação se (Deus nos livre!) algo correr mal.

5. Não tenham dúvidas: a nomeação do árbitro e a respectiva actuação no jogo em Alvalade foram a prova mais do que óbvia de onde se situa o "centro de decisão" neste momento. Retirando o jogo de Campo Maior, um outro em Alvalade em 02/03 e o de Barcelos na primeira época de VP, não me consigo recordar dum escândalo tão claro e nojento como o do jogo de Alvalade. Um resultado de 0-1, em que o FC Porto tem o controlo dos acontecimentos, praticamente sem ser incomodado, é transformado num 2-1, com dois golos feridos de ilegalidade (nem sei escolher qual deles o pior). Obviamente que uma equipa ainda em fase de crescimento, com tudo o que penou na época passada, a jogar fora de casa, ainda por cima contra um rival forte como o Sporting, teria uma tarefa muito complicada para tentar inverter o rumo dos acontecimentos. Expulsões perdoadas, mãos na bola, foras de jogo mal assinalados... E ainda há por aí quem consiga criticar a equipa? Quem critique a cor da camisola nesse jogo? Tenham juízo! Há jogos com erros arbitrais, e há jogos como o de Alvalade: "Calabotadas" do séc. XXI. E neste ponto, não hesito em afirmar: quem tenha visto um Porto amorfo e incapaz, depois das incidências vergonhosas do jogo de Alvalade (especialmente na 1ª parte), pode arrumar o cartão de sócio e ir apoiar o FC "Caralho Que o Foda". Foi assim, irritado, que me deixou o jogo de Alvalade. Deal with it!


6. Falhei em larga escala na fase final da época passada, no que diz respeito ao Andebol. Por falta de tempo, demorei bastante a conseguir ver os jogos todos das meias-finais contra o Benfica, e acabei por deixar arrastar o assunto, assim como a nossa equipa de andebol terminou a época: a arrastar-se. Li em diversos locais da bluegosfera que perdemos devido às arbitragens; eu estou em completo desacordo. Ricardo Costa não teve unhas para o potencial que tinha em mãos na época passada (estaremos cá para ver se as unhas entretanto cresceram), e brincou um bocado com a sorte depois da paragem de Janeiro. Uma equipa que despontou em anos anteriores pela agressividade na defesa, velocidade na transição, e condição física global, acabou a temporada de rastos, numa fase em que teve muito menos jogos do que o rival das meias finais. Mas para além da questão física, foi confrangedor ver o banho táctico que Mariano Ortega deu a Costa nas meias finais. Conseguiu colocar o jogo do Porto onde sempre quis (nos nossos piores jogadores em termos de tomada de decisão), em Gustavo e Cuni, forçando-os a cometer inúmeros erros; e foi aproveitando as ofertas, mais a supremacia física e anímica. Uma equipa limitadíssima conseguiu dar um festival táctico ao plantel mais forte da época transacta, e possivelmente o mais forte dos últimos 8/9 anos. Vou mais longe: até o jogo que o Benfica perdeu no Dragão Caixa, foi por clara decisão de Ortega, que decidiu rodar a equipa já a pensar na meia-final da Taça Challenge na Rússia, e com a possibilidade de resolver o playoff com o FC Porto já na Luz. Assim aconteceu. Ricardo Costa mostrou que não só não teve unhas para o Ferrari que lhe caiu no colo (literalmente no colo dum treinador com 1 ano de experiência na 1ª divisão), como é um treinador pouco inteligente. Querer uma ruptura total com os princípios de jogo que nos deram, pelo menos, 6 títulos, principalmente depois de um upgrade como a que a nossa equipa teve (com as entradas de Areia e de Rui Silva, principalmente) revela teimosia, falta de qualidade como treinador ou, mais assustador ainda, ambas. 

7. Para esta temporada, o FC Porto parte no grupo da frente, como sempre acontece, mas com uma baixa importantíssima: Gilberto Duarte. E sem Gilberto, qualquer equipa fica mais fraca. Convençamo-nos duma coisa: ver um talento como Gilberto a jogar com as nossas cores foi algo que poderá não se repetir tão cedo (só porque acho difícil que Miguel Martins se segure por cá muito mais tempo). Este tipo de jogador é insubstituível, e vai levar algum tempo a que a equipa se readapte a jogar sem Gilberto. Dos reforços, tirando Carrillo, tudo me parece muito medíocre para ser verdade. Contudo, hey, alguém tem de continuar a pagar as comissões ao Prof. Magalhães! E o que está a dar é ir buscar jogadores com ombros destruídos à Croácia, brasileiros de qualidade muito duvidosa, ou fazer acordos com a Federação de Cabo Verde (a nova Cuba do FC Porto), trazer para cá um saco de jogadores a troco de uns cobres, e enviá-los para a 2ª divisão para ganhar rodagem. É, eu sei muitas coisas. E hoje apeteceu-me debitar isto tudo. No andebol as coisas funcionam assim, por cunhas e jogos de bastidores. Se alguém tiver interesse em saber o rumo dos treinadores que "gravitam" em torno do FC Porto, FC Porto B e clubes "irmãos" (ISMAI, Colégio dos Carvalhos, FC Gaia... por aí fora), decerto terá surpresas desagradáveis. 

8. Tenho estado afastado desta (um bocadinho minha) "casa", mas sempre em cima do acontecimento. Continuo a não perder uma crónica do Jorge, do Miguel, do Silva, do Vila Pouca, do Bertochini, e do TdD. Continuo a gostar de ler opiniões diferentes, mas que transbordam portismo por todos os poros. Precisamos todos desse sentimento: é disso que é feito o clube. Dos associados. Dos adeptos. De quem respira FC Porto. Daqui a umas horas o Mundo terá um novo Portista. Meu filho, mas filho do Porto. Do FC Porto. Conto convosco, bloggers e leitores, para me ajudarem a trazê-lo para a família portista e fazê-lo perceber que também ele é "o" FC Porto. 


Um abraço,

Z.

sábado, 3 de setembro de 2016

A Estrada Da Beira E A Beira Da Estrada

E lá estamos nós outra vez com a mesma embirração aparente. Embirração, não: constatação. Dia após dia, semana após semana, o clubinho da segunda circular que é o menos, muito menos, futebol, vai mostrando ao que vem. 

Depois da nossa pequena grande Joana Marques - alô Porto Canal, estais à espera do quê para pô-la nos comentários regulares? - nos alertar a todos, lá fui eu ver na diagonal aquela regurgitação. Claro, para o meninos, nós não existimos. A luta, este ano, é feita a dois. 

Evidentemente, Ferraris também só a Norte. São "planteis equilibrados" e "vastas soluções", quando se fala da secunda circular. Zero de pressão! Só nós é que, pronto, coitadinhos, partimos claramente de trás e não temos sequer direito a espaço de análise.

Ainda bem. Como o sistema na SC é e sempre foi grandes nomes=grandes títulos, mesmo quando Vítor Pereira ganhou a um fifica orçamentado em mais de 150M, com um onze forte e um banco pouco razoável, não lhes passa pela cabeça que o FC Porto tenha sequer hipóteses de entrar na contenda.

Mas tem. Com Raça, Vontade e Querer, o FC Porto supera-se, une-se, sublima-se. E Isso, indubitavelmente, NES já conseguiu dar a esta equipa. Perdemos com o sportem, por todas as razões e mais algumas - por falar nisso, meu caro Slimani, acho que vais ter uma vida difícil num país com um futebol a sério - mas não tivemos falta de vontade de vencer. Estamos num processo de entrosamento de ideias que levarão o seu tempo a consolidar, mas não vamos ver nenhum FC Porto mole e perdido em campo.
Mais a mais, as nossas contratações estão longe de ser más, são, aliás, bastante boas. Felipe e Alex Telles já vão mostrando muito do que valem e, com o habituar aqui a estas águas mediterrânicas, ainda mais se verá. A entrega e a raça de Diogo Jota ficou bem patente a quem o quis ver ontem, mesmo jogando numa posição de quase ponta de lança, e o nosso Tsubasa vai ser o nosso Maestro - vejam o resumo do Espanha 6-0 San Marino e as suas duas lindas assistências e verão que a posição 10 tem lugar cativo. As incógnitas Boly e Depoitre estarão aqui para se mostrar, mas existem, e mesmo Areias é um avançado com velocidade e sentido posicional bastante interessante que, mesmo jogando na B, poderá estar disponível em caso de lesão (bater três vezes na madeira) ou fadiga do nosso André Silva. 

A juntar a um onze base com Casillas, Layún (acredito que ganhará o lugar a Maxi), Felipe, Marcano, Alex Telles, Danilo, Herrera, Óliver, Otávio, André Silva, Corona temos um banco com José Sá, Depoitre, Diogo Jota, Brahimi, Rúben Neves, André André e Boly. Além disso, temos Maxi a poder fazer saltar um destes do banco. 

Faço-lhe, meu caro leitor, um desafio. Diga-me qual destes que está no banco não poderia ser titular. E, para além destes, temos ainda João Teixeira, Evandro, Varela e Adrián para fazer a necessária perninha caso seja útil. E toda a B com um João Graça, o referido Areias,  Xicão Ramos e Tomás Podstawsy, por exemplo, à espreita de uma oportunidade para mostrar serviço.

Falhamos redondamente de uma forma directiva neste defeso, mas confundir a gestão de backoffice  com a gestão da equipa  é confundir a estrada da beira com a beira da estrada.

Contamos com isso. Contamos com a soberba. Com as festas de "campeões" na Madeira. Com o relax e a indiferença. A berdoarda Nortenha vem sem avisar e chega forte.  

O melhor FC Porto é este, onde o colectivo se supera ao individual, onde a União e Raça fazem sempre jogar com 12. Mesmo quando jogamos contra 14. 

Mas isso não é a lógica da SC. E ainda bem que não é. Já no Basket foi igual.

sábado, 19 de dezembro de 2015

Mitos Desfeitos

Desde o início do campeonato que se fala de um "super plantel" de Lopetegui, do "maior investimento" de Portugal e outras tantas mentiras. Ao contrário dos seus rivais directos, Lopetegui perdeu jogadores importantes - e mesmo em profundidade de plantel - de um ano para o outro.

Recorde-se que Lopetegui ficou sem, ao mesmo tempo, Danilo, Alex Sandro, Casemiro, Óliver, Jackson, Quaresma, Quintero, Ricardo Pereira e Diego Reyes. Desses, cinco são habituais titulares. Ficamos sem toda a lateral direita, sem meio campo (Herrera regressou de uma forma lastimosa) e sem dois terços do ataque habitual. 

Tello esteve longo tempo a recuperar da lesão do ano anterior, Herrera não fazia férias há 2 anos, o que significa que, na práctica, a equipa manteve, de habituais titulares, apenas três jogadores: a dupla de centrais e Brahimi. É surpresa para alguém que sejam, por isso, estes jogadores que maior consistência têm?

Mais a mais, não esquecer que Layún veio para ser suplente e pegou de estaca, Maxi começou bem mas desde as selecções, tal como André André, (touché Luís Miguel) ficou seriamente diminuído, o meio campo nunca tinha jogado junto, o ponta de lança tinha feito meia dúzia de jogos e Corona, agora habitual titular, não conhecia o campeonato.

Contra a teoria da conspiração de que o plantel não está com Lopetegui, ao belo estilo Chelsea, o jornal "O Jogo" veio hoje dar a machada final. O que está bom de ver, é que há uma série de contratações falhadas e que nunca ligaram verdadeiramente com a equipa. Cissokho jogou apenas dois jogos no campeonato, com uma falha defensiva que nos rendeu o infeliz empate que, ainda hoje, nos afasta da liderança, Osvaldo marcou um mísero golo e, apesar de trabalho para a equipa e entrega, nunca teve a cabeça cá mas sim no "seu" Boca Júniors e Varela - que pediu para sair - é um absoluto desastre, com a mesma inconsistência de sempre, mas em pior.


Como cereja no topo do bolo, o Zero Zero noticia hoje que, surprise, surprise, Imbula pode estar de saída já em Janeiro. Portanto, o "senhor 20M" não vai custar um cêntimo ao FC Porto e pode dar inclusivamente lucro, ainda que marginal.

É por estas e por outras que, com todos os seus erros, acho que Lopetegui faz verdadeiros milagres com a verdadeira falta de rumo e de esteio que o circunda. Se calhar, mas só se calhar, a culpa não é só do treinador...

Como ficam, então, as contas do grande plantel? Jesus Corona (10M)+ Danilo Pereira (2.8)+ Maxi (2M prémio de assinatura)+ André André (1.5) =26,3 M. Nada do outro mundo, mesmo juntando o valor que Layún - justificadíssimo - possa custar, na casa dos 8, o que prefaz 34,3M por 4 jogadores.

Fora custos, como ficamos então? Na baliza, estamos bem servidos, na defesa, com a perspectivada saída também de José Ángel, estamos descalços de laterais suplentes nas duas alas, só temos um central de "reserva" em Indi, no meio campo, temos boa gente, falta ligar um sector onde não há dinâmicas nem consistência, e no ataque, Brahimi, Bueno e Corona não são extremos de raiz, sendo que o único que o é, Tello, está numa forma deplorável. A juntar a isso, temos um ponta de lança muito bom em crise de confiança e nenhum substituto.

Temos, claro, alternativas de qualidade na equipa B em todos os sectores, desde André Silva até Victor Garcia. Mas estes erros de casting não poderão ser imputados a Lopetegui - talvez a teimosia de não jogar com extremos de raiz num 4x3x3 - e a renovação constante de um plantel não ajuda nada à consistência, num modelo em que tal palavra é fundamental, juntamente com o entrosamento. Muito difícil fazer um jogo à Barça quando, em ano e meio, se vai operar a terceira mudança de equipa, ao contrário dos rivais da segunda circular, que mantêm a sua estrutura base. O ficaben manteve tudo menos Maxi e Lima e o not sportem lisbon só perdeu o Cédric. Mesmo com treinadores novos, as dinâmicas estão lá e o conhecimento vem de anos. Lopetegui nunca teve esse luxo

Ferrari? Pois! Deixar de comer palha é fundamental! Esta lavagem cerebral, não contrariada pela nossa SAD, faz da mentira verdade e prejudica a confiança dos adeptos e o necessário reconhecimento do esforço do treinador! E que tal ajudar um pouco, meus senhores da SAD?