Ganhámos! Uff! Na nesga, merecidamente pela meia hora a jogar futebol, mas com sorte até lá. Sorte, sim, porque entramos a parecer uma equipa de amadores. Não podemos entrar nervosos e desconexos como entramos, a dar o flanco - literalmente, Layún esteve pavoroso nessa altura - e consentir um golo palerma daquela maneira. Da defesa, a esta altura, só se safava Casillas - que ainda fez duas defesas!
Do meio campo para a frente era um disparate pegado, onde só se safava a entrega total de Óliver e Otávio, cada um à sua maneira, mas sem conseguirem ligar o jogo como se impunha, onde a posse de bola com critério era mentira e o Capitão era pedra ausente. Aliás, Herrera perde espaço cada vez mais, com a sua inconstância gritante, é mais mau do que bom. A espaços, lá aparecia um lampejo daquilo que deveria ser o FC Porto, mas bastava uma pressãozinha do Brugge para tudo evaporar novamente.
Felizmente, após quase 60 minutos, NES viu o óbvio e tirou Jota e um inexistente Herrera e pôs Brahimi e Corona que sacudiram a equipa e fizeram tombar a balança - justamente! - a favor do FC Porto. Finalmente houve dinâmica, intensidade e faro de golo, que começou por um belíssimo remate de Brahimi e que começou a fazer o Brugge recuar, o que possibilitou um belíssimo contra-ataque com um golaço de Layún a redimi-lo da parvoíce da primeira parte.
A partir daí, a reacção foi aquela que se sabe, o crer motivou o FC Porto que avançou, no fim como deveria ser no início para cima e tentou, uma e outra e outra vez, até que um penalti soberbamente marcado por um André Silva com olhos à Pedro Emanuel deu justiça ao resultado.
Agora em nossa casa, temos de saber da nossa superioridade e matar esta contenda de uma vez por todas, mostrando desde o início o que é um FC Porto à Porto.
Como me disse uma amigo uma vez, são estas vitórias arrancadas a ferro que fazem equipas e dão carácter e nervo. Esperemos que seja eliminada de uma vez por todas a necessidade de dar uma parte e um golo ao adversário. Só dependemos de nós. E isso é excelente. O que conta são os 3 pontos. É melhor jogar bem, mas a jogar mal que se ganhe na mesma. Também serve.
NOTA: É ver, se faz favor, o início do jogo da SportTV, quem fala na roda antes do jogo, e quem fala também verticalmente e sem merdas na flash interview. Esse, um jogador recordista de jogos na Champions, respeitado por todos, tem de usar a braçadeira. O resto, é treta.