quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Análise Club Brugge 1-2 FC Porto - Rés Vés Campo Do Brugge

Ganhámos! Uff! Na nesga, merecidamente pela meia hora a jogar futebol, mas com sorte até lá. Sorte, sim, porque entramos a parecer uma equipa de amadores. Não podemos entrar nervosos e desconexos como entramos, a dar o flanco - literalmente, Layún esteve pavoroso nessa altura - e consentir um golo palerma daquela maneira. Da defesa, a esta altura, só se safava Casillas - que ainda fez duas defesas!

Do meio campo para a frente era um disparate pegado, onde só se safava a entrega total de Óliver e Otávio, cada um à sua maneira, mas sem conseguirem ligar o jogo como se impunha, onde a posse de bola com critério era mentira e o Capitão era pedra ausente. Aliás, Herrera perde espaço cada vez mais, com a sua inconstância gritante, é mais mau do que bom. A espaços, lá aparecia um lampejo daquilo que deveria ser o FC Porto, mas bastava uma pressãozinha do Brugge para tudo evaporar novamente.

Felizmente, após quase 60 minutos, NES viu o óbvio e tirou Jota e um inexistente Herrera e pôs Brahimi e Corona que sacudiram a equipa e fizeram tombar a balança - justamente! - a favor do FC Porto. Finalmente houve dinâmica, intensidade e faro de golo, que começou por um belíssimo remate de Brahimi e que começou a fazer o Brugge recuar, o que possibilitou um belíssimo contra-ataque com um golaço de Layún a redimi-lo da parvoíce da primeira parte. 

A partir daí, a reacção foi aquela que se sabe, o crer motivou o FC Porto que avançou, no fim como deveria ser no início para cima e tentou, uma e outra e outra vez, até que um penalti soberbamente marcado por um André Silva com olhos à Pedro Emanuel deu justiça ao resultado.


Agora em nossa casa, temos de saber da nossa superioridade e matar esta contenda de uma vez por todas, mostrando desde o início o que é um FC Porto à Porto.

Como me disse uma amigo uma vez, são estas vitórias arrancadas a ferro que fazem equipas e dão carácter e nervo. Esperemos que seja eliminada de uma vez por todas a necessidade de dar uma parte e um golo ao adversário. Só dependemos de nós. E isso é excelente. O que conta são os 3 pontos. É melhor jogar bem, mas a jogar mal que se ganhe na mesma. Também serve.

NOTA: É ver, se faz favor, o início do jogo da SportTV, quem fala na roda antes do jogo, e quem fala também verticalmente e sem merdas na flash interview. Esse, um jogador recordista de jogos na Champions, respeitado por todos, tem de usar a braçadeira. O resto, é treta.

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

O Guarda-Chuva Da "Mistica"

Começo a fincar cansado desta treta da "Mística", honestamente. Começa-me a fartar que haja tratamentos diferenciados para uns e outros, dependendo da origem geográfica ou da maior ou menos popularidade junto dos adeptos.

Se Iker Casillas tivesse feito a burrada que fez Helton na Taça de Portugal e nos tivesse custado um título, não haveria uma só voz que não lhe batesse, seria criticado e corrido ao pontapé. Exigir-lhe-iam a transferência imediata, encher-lhe-iam de comentários o instagram e o facebook.

Se Óliver estivesse aqui onze anos e ganhasse Liga Europa, Campeonatos e Taças várias, e chegasse ao fim e agradecesse - e fizesse questão de sublinhar esse qualificativo - aos adeptos todos do futebol e não só aos do FC Porto, seria insultado de filho da puta para baixo.

Mas Helton não! Como hoje - e estou certo que a contra-gosto - o FC Porto acaba por ser obrigado a comunicar, é falso que Helton não tivesse conhecimento de nada, é falso que tivesse ficado qualquer coisa por tratar, e a rescisão foi - tenho a certeza com montantes incluídos - acertada a 15 de Setembro último! 

Se fosse Rolando, por exemplo, a fazer uma cena como esta, mentindo descaradamente, que adjectivos lhe seriam averbados? Que tipo de julgamento de carácter seria dado? Isto agora é assim? A uns, tudo é permitido?

Quando é que, na hora de despedida, o Bicho iria agradecer a "todos os adeptos de futebol"? Quando é que o faria João Pinto ou António André?

E, já agora, e porque este é o Porto Universal, fica no ar uma pergunta: se Ivan Marcano se chamasse Ivo Macedo, fosse Portista desde o berço, se estivesse a comportar exemplarmente em campo desde o início da época , se, como no último jogo, fosse voz de comando e ajudado na defesa e no ataque, seria ou não considerado um jogador à Porto

Está na hora de pensarmos e repensarmos bem esta coisa de estar com uns que carregam o Brasão Abençoado e contra outros. Depois as surpresas acontecem e o amargo na boca fica...

NOTA: Não vou por a equipa provável nem antecipar o jogo de amanhã mais do que: a equipa é a mesma do Nacional e tem de ser para ganhar, por tudo e mais alguma coisa.

Para terminar, meu caro Rodolfo, querias ser o ponta de lança do FC Porto nos programas? Fácil! Puxa a box para trás e vê o Bernardino Barros ontem na TVI24. É assim - por exemplo - que se defende o FC Porto. Ok? Abraço!

domingo, 16 de outubro de 2016

Análise GD Gafanha 0-3 FC Porto - Cimentando Uma Equipa [ACTUALIZADO]

Vitória natural de um FC Porto superior, que se apresentou num onze quase titular, ou que será possível em qualquer jogo do campeonato. Peço desculpa, mas hoje não vou fazer Golos e Faltas. Tenho muito que escrever mas interliga-se. 

Acho absolutamente detestável a reacção da maioria dos adeptos à opção de Nuno Espírito Santo em utilizar o onze titular - ou próximo - no jogo de hoje. Na flash interview, NES disse sobre este assunto que "A última vez que estes jogadores jogaram juntos foi com o Nacional, a 1 de outubro. Era importante estarem juntos em competição, consolidar as dinâmicas. Agora, continuar o crescimento e o próximo jogo é já terça-feira, para a Champions". Subscrevo inteiramente.  

Agora que encontramos uma forma de jogar e um par de avançados que se liga muito bem - que prazer foi ver a ligação Jota e André Silva mais uma vez a funcionar, ainda que, no entanto,  o Gafanha estivesse claramente preparado para ela - e que fizemos um jogo bastante convincente, qual era o sentido de estar a partir a equipa outra vez? Se fosse na semana seguinte, como gestão de esforço, ainda entendia, agora, depois de uma paragem?

Mais a mais, não se confunda a Taça de Portugal - um título demasiado importante - com a taça da carica! O Gafanha da Nazaré fez um jogo bastante bom para as suas capacidades, ainda que contando com a complacência do senhor "Pode ser" Ferreira na agressividade com que atacou os jogadores do FC Porto. 

Apesar disso, a defesa Portista esteve bastante sólida - Boly ocupou muito bem os espaços, saiu a jogar, deu profundidade ao jogo e ainda podia ter marcado de bola parada - e impediu que o Gafanha fizesse.. o que o Famalicão tentou fazer e o 1º de Dezembro fez mesmo!  Essa é a verdade que custa à claque do Gafanha, perdão, aos comentadores da SportTV, que nem conseguiam disfarçar o entusiasmo de cada vez que o Gafanha TENTAVA chegar perto da área Portista. Sem ser entusiasmante e intenso - o subconsciente funciona sempre - o FC Porto controlou totalmente o jogo e não deu espaço para que o Gafanha esboçasse mais do que uma esperança de uma reacção. 

Para isso, muito contribuiu o grande jogo de Óliver Torres nas recuperações de bola e no trabalho mais "sujo" de distribuição e defesa, perante um Herrera no modo downtime que ligou muito o complicómetro. Isso permitiu que Otávio pudesse ser o Mago que sabe ser nas zonas de finalização, e que tenha podido marcar o fantástico golo que marcou. Saiu com queixas, há que dosear o esforço do geniozinho, está mais que visto. Parece-me contudo que Óliver está a ter a fava nesta dupla, mas não sei se não será zona onde o Maestrinho está mais confortável.

Também gostei muito do 4x3x3 final e de Depoitre. Tenho a sensação que vale muito mais do que toda a gente acha que ele vale. Marcou um golo à ponta de lança, não deu uma só bola como perdida e deu o ponto de referência que se impunha. Brahimi e Corona também mostraram que merecem muito mais tempo, cada um com as suas especificidades.

Independentemente do que digam daqui a umas horas, a verdade é que fizemos uma melhor jornada do que os outros rivais.

Já agora, num certo off-topic, Brad Tinsley e Jeff Xavier mereciam uns calduços de Moncho López.

ADENDA: É inacreditável - simplesmente inacreditável - a forma como as capas dos jornais do sul fizeram o favor de ignorar o nosso jogo. Ontem, tudo era fantástico e magnífico numa paupérrima exibição lampiónica, como já tinha sido com a lagarta. Lá voltamos nós a um cantinho pequenino à direita. Se for para criticar, 6 a 8 páginas. Se for para dizer bem, cantinho minúsculo.

Insisto, não quero saber. Não estou nem aí para os critérios editoriais da bolha e do rascord. Importa-me, isso sim, que os nossos adeptos não vão na palha que nos querem servir!

Ah, e já agora, vejo críticas por todo lado ao Óliver. Ignoram, com certeza, que a Rojita esteve a fazer dois jogos de grande desgaste para garantir o play-off  e o jogo passou todo por ele nesses jogos. Por mim nem teria jogado. Mas entendo a opção de NES. Agora, entre um Danilo muito recuado, um Herrera ausente e um Gafanha durinho, só digo... calma, pessoal, o Óliver deu tudo em campo. Não vão na palha que vos servem.

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Antevisão CD Gafanha da Nazaré - FC Porto (3ª Eliminatória) E As Verdades De La Palice [ACTUALIZADO]

Sejamos francos. O mais difícil nestes jogos de equipas desproporcionadas - com todo o respeito que o Gafanha me merece - é o inimigo interno, a célula do adormecimento, da vitória "antecipada" porque absolutamente natural, mas também da descoordenação de uma equipa que será, previsivelmente, desrotinada. Será, no entanto, uma oportunidade para que aqueles que são considerados "segundas linhas" possam demonstrar inequivocamente que têm um lugar no plantel e conquistem o direito a tornar as opções de Nuno Espírito Santo o mais difíceis possível. Não é preciso dizer que a conquista da Taça de Portugal é vital. Por isso, a primeira verdade de La Palice é a de que não há jogos fáceis.


Helton disse que não sabia do seu fim de contrato senão pelos jornais. Depois, já disse que os valores não seriam os acordados. Uma questão de dinheiro, então? Que trapalhada! Afinal em que ficamos? É surpreendente para Helton que o FC Porto tenha rescindido o contrato com um jogador que não treina? A segunda verdade de La Palice é a de que mais vale cair em graça do que ser engraçado. Helton andou a fazer muitas gracinhas nos últimos anos, desde estar "eternamente grato" até a dar entrevistas confusas.. enfim, muitos tiros no pé. Apesar de tudo, será sempre um dos nossos, desejo-lhe todas as felicidades, pessoais e profissionais. Mas também que tenha a noção de que a mais curta distância entre dois pontos A e B é sempre uma linha recta. Ou seja, acredito que tenha o número do Presidente. Se o tem, para quê todo este alarido?

ADENDA: Se alguma coisa demostra este vídeo, é o principal problema de Helton no FC Porto - o problema político. Helton Arruda sempre procurou uma imagem de simpatia e de abrangência que não é lá muito compatível com a ideia de um lider que está na frente da batalha contra tudo e todos. Ora, ao agradecer aos adeptos todos do futebol - sim, lampiões e lagartos incluídos - Helton mostrou que sempre quis ser consensual. Essa consensualidade, querido amigo, não pode ser conseguida a capitanear um Clube odiado pela maioria sem que se sacrifique a raça e a garra que o caracterizam. Uma vez mais, Helton mostrou ser um homem que procurou ser consensual, acima de tomar um lado e uma posição que o comprometesse. Nada contra. Desejo muitas felicidades ao Helton. Mas desejo, acima de tudo, um Capitão que não tenha medo de escolher um lado. No FC Porto, ser bom rapaz é ser sempre comido. No FC Porto, o Capitão tem de morder a língua, ser agressivo, duro e impositivo. No FC Porto, o Capitão tem de impor respeito. Mesmo que seja odiado por todos os outros "adeptos do futebol". Capitães históricos como João Pinto, Jorge Costa ou Fernando "Bibota" Gomes não tinham nada de consensual! E isso faz parte daquilo que nos faz orgulhar neles!

Finalmente, last but not least, ao ver o Juca Magalhães a entrevistar o grande Herman José ontem - com uma classe extraordinária a fazer umas gentis piscadelas de olho à maravilha do Porto e umas alusões tangenciais ao nosso futebol - tive uma epifania: de repente, percebi que a ridícula publicidade feita ao filme de João Botelho (sim, esse mesmo!!!) sobre a vida e obra do, esse sim dos nossos, Mestre Manoel de Oliveira, não é senão um reflexo condicionado de um subconsciente que procura estar "acima" destas "mundanidades" do FC Porto, como se tentasse um exercício de automutilação da parte do seu canal que "conspurca" a megalómana ideia da "supra-regionalidade". Pena é que nada tenha percebido da fantástica conversa do seu interlocutor sobre as imitações baratas... A terceira verdade de La Palice, que Juquinha deveria conhecer, é a de que para se saber para onde se vai deve-se ter bem presente DE ONDE SE VEM.

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Culpa Nossa

Tal como seria de esperar, a bolha não perdeu tempo e encheu a capa com uma imagem que sacou do Google em 2 segundos e estampou todo o nosso descalabro, com direito a miniaturas e tudo. Nada a dizer. A culpa é nossa. Nossa, ponto e vírgula: deles. Seja qual for a razão, acreditemos ou não em Fernando Gomes, a verdade é que, calculado ou não, foi o nosso pior desempenho de sempre. E isso os nossos inimigos podem aproveitar. E vão. Mesmo que na realidade não estejam melhor. Mas esta não é altura de estar a olhar para o lado. É altura de se assumir e trabalhar.

Sim, de se assumir. Como é de esperar, o FC Porto não é feira dos 300 e não se vendem jogadores a preço de saldo. Até aí eu vou. Não tenho a bondade de acreditar nos 95M dito por Gomes, lamento. Não consigo acreditar que se houvesse bons valores na mesa se cometesse a insanidade de compreender que não há insubstituíveis.

Não vale a pena bater no ceguinho. Teremos uma Assembleia Geral sobre isto - lá estarei - e é preciso mostrar o nosso desacordo com esta insanidade a quem é responsável. Não é com um parágrafo na Dragões Diário que se resolve esta trapalhada

O meu caríssimo amigo José Lima já esmiuçou de uma forma clara aqui todas as áreas chave, sempre pensando no melhor do FC Porto - há muitos, muitos anos - e sublinho a frase "Contratações feitas sem nenhum critério de qualidade, subida nos Custos com salários, e falta de receitas nas competições europeias, conduziram a um resultado desastroso de imprevisíveis consequências."

Espero que o Dr. Fernando Gomes tenha sido sincero quando disse que a SAD não era "irresponsável" e que "sabia o que tinha de fazer para inverter esta tendência". É que todo este patético defeso teve consequências desastrosas. Espero que não fizesse já "parte do plano". Seria o fim da picada. Não há, claramente, mais latitude para nada. Ou demonstram que têm os superiores interesses do FC Porto em mente ou a linha acaba aqui. E não sou só eu que o digo. Vai começando a faltar quem defenda o que quer que seja.

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Crónica De Um Descalabro Anunciado


E aqui está a rica prenda do dia de hoje. Já muitas vezes o disse, não sou TOC nem ROC, mas quem quiser analisar, aqui tem o documento. Vou-me concentrar, pois, nos discursos de pouca vergonha de quem parece que não tem responsabilidades. Aviso já que vai ser um post forte em links.
  • Disse, pois, o Dr Fernando Gomes aqui que "O resultado é mau e a SAD assume. A SAD, de forma assumida e deliberada, decidiu ser assim juntamente com a equipa técnica. Entendeu que não deveria enfraquecer a equipa. Sem que a Champions estivesse garantida a 30 de junho, a venda de alguns jogadores podia ser um rude golpe". Depreender-se-á então daí que as vendas tinham de estar feitas antes da pré-eliminatória da Champions? Se a razão era a não entrada na Champions, não se poderia negociar de forma a acautelar tal? E agora? Poderá inferir-se que haverá vendas a serem feitas no mercado de inverno?
  • Previsivelmente, não cumprimos o fair-play financeiro. Não se temem consequências. Há que reduzir custos e não depender da venda dos jogadores. Concordo! Podemos começar pela inchada SAD? Como se admitirá prémios ou qualquer outro tipo de bonificação numa época destas? E eu sei que pode ser, e é-o tecnicamente, venda de jogadores, mas que tal reduzir o emprestados a metade?
  • A SAD diz-se "preocupada com os salários". Que necessita um "novo rumo". Estamos todos tão de acordo! O FC Porto indica, como aumento do passivo, a aquisição do Porto Canal, não é? Quanto custa aquela frota de amiguinhos do clube amigos Disney? E quanto aos jogadores caros em plantel, serão mesmo todos imprescindíveis? E a Estrutura no seu todo quanto custa? Há que se deixar de viver com uma realidade que não se adequa minimamente ao Clube que se representa!
  • A notícia de que a SAD se terá recusado a vender Danilo, Herrera e André Silva é difícil de entender. Há quem ache que isto, e os valores em causa, absolutamente falsos. Se o são, é algo grave. Se não são, também o é. Como se explica esta tolaria? Se se fala em 95M, isso significaria um valor de mais de trinta milhões por cada um deles! Seriam excelentes negócios! Há que relembrar o que tínhamos perdido no ano anterior, por um retorno não muito superior a este?! Considero-os 3 excelentes jogadores mas o Céu está cheio de "insubstituíveis"! Ou isto é  pura e simplesmente um laissez-faire amador de deixar o treinador decidir, sem nenhum tipo de intervenção de quem paga? Se assim for é um crime de lesa-Clube!
   Seja como for, como é possível que ninguém caia sobre a espada neste descalabro? Qual seria a firma que apresentasse um resultado destes que não exigisse uma reestruturação profunda?! E será desta que o Presidente vem explicar-se aos sócios

Não é novidade. Mas dizer "Ooops!" NÃO CHEGA!! Há que haver consequências! Esta é uma gestão suicida! E tem de terminar JÁ!

Dragões De Ouro?


Em primeiro lugar, faço uma declaração de interesses: não sou nada fã de galas e de distinções arbitrárias baseadas em critérios de alta subjectividade. No caso da Dragões de Ouro, ainda pior. Não consigo entender a utilidade daquilo. Vejo, naturalmente que sim, mas desde a entrega "à pressão", sem direito a discursos de agradecimento, até a uma sensação de desconforto com a forma amadora com que se passa de um bloco a outro, tudo parece demasiado constrangedor.

Nada, para mim, aliás, é mais paradoxal nesta gala do que a figura do Sócio do Ano. Não conheço o Dr. Barroso, não faço a mais pequena ideia de quem seja. Decerto será uma excelente pessoa e um grande Portista. Mas o prémio de Sócio do Ano deveria ser entregue a alguém cujo exemplo de abnegação e de empenho em prol do FC Porto fosse absolutamente inegável. Conheço tantos exemplos - alguns deles felizmente pessoalmente - que vão a todos os jogos, estão em todos os jogos possíveis quando não for necessária a ubiquidade, alguns até privilegiam as modalidades sobre o futebol e perdem muito do seu tempo e dinheiro a apoiar o FC Porto em Portugal e no estrangeiro, especialmente quando o FC Porto mais precisa. Esses sim, deveriam ser Sócios do Ano. Esses são, para mim, os verdadeiros Dragões de Ouro.

Compreendo que todo e qualquer prémio possa ter uma componente de realpolitik subjacente, que haja um interesse de razões de política do Clube para destacar cada um dos nomeados nas respectivas categorias, mas porque não dar à categoria onde será distinguido - repito, certamente pelas melhores e mais justificadas razões - o Dr. Barroso, um outro nome como "Sócio de Honra", por exemplo? Não seria altamente motivador para um adepto que tanto faz pelo Clube ver a sua dedicação premiada? E não daria uma imagem de maior proximidade entre o Clube e os seus adeptos? 

A sensibilidade a este tipo de detalhes parece-me importante. Fica aqui a sugestão.

Notas: Parece que André Silva conseguiu  bater mais um recorde, foi capa  da bolha dois dias consecutivos nos jornais sulistas. Contudo, vamos com calma na alegria. Não aparece vestido de Azul e Branco. Aparece, isso sim, nas cores da selecção. Ou seja, de vermelho. Já o seu colega Gelson pode perfeitamente aparecer no seu verdinho. Não se pode querer tudo, verdade?

O MaisTabaco é divertidíssimo! Então o senhor Pedro Sousa acha que a comunicação na Dragões Diário tem o mesmo tom e cariz do paleio da segunda circular? Que lata! Se algum defeito o DD tem é o de pecar por defeito, não por excesso.

E já agora, ó Braz, não me devias ter levado tão a sério naquela coisa do São Bieirinha pá! Como assim, "epistemologia do discurso de Vieira"? Epá, oh meuje amigoje eje eje, num habia nexexidade... Comparar palavras divinas com a de um dirigente futebolista?! Pois, lá está, mete mais tabaco...