Está bom de ver que a verdade é como o azeite. No seu devido tempo, tudo se conhece, tudo se sabe e, por vezes, faz vítimas. O caso da Cartilha é um, mas há mais pontos de interesse. Vamos então às evidências.
É evidente que o que importa mais é a bola. É um facto, amanhã joga-se o primeiro dos jogos em que só um resultado poderá levar ao objectivo: vencer. É evidente também que o campo estará mais do que inclinado: Fábio Veríssimo já mostrou ao que vinha no Bessa e só alguém muito inocente pode pois pensar o contrário. Vai ser interessante, para os subscritores da teoria de que Xistra não poderia ter a coragem de ser isento no galinheiro, poder ver como um árbitro não se vai ensaiar nada em continuar a permitir cacetebol e seus derivados no Dragão, e contra o FC Porto. Mas já temos esta circunstância há anos e não foi por isso que deixamos de vencer. Está mais que visto que o benfas de belém vem mais do que incentivado a fazer uma gracinha, está mais que visto que seremos 12 contra 16, mas assim se fazem os títulos no FC Porto: com todo o suor gasto. Não há maior prioridade do que esta. O Dragão é a nossa fortaleza, e esta vai replicar-se durante os próximos sete jogos. É imperativo que os jogadores percebam que jogam a vida aqui. Independentemente das circunstâncias. Estamos, todos, a lutar para nivelar o terreno, mas Roma e Pavia não se fizeram num dia, e a pressão faz diamantes. Por isso há diferenças entre os jogadores que saem do FC Porto e outros que saem de outros lados....
É evidente que nenhum Portista que lê o Porto Universal ou muitos outros blogs que compõe o maravilhoso mundo da Bluegosfera - a minha selecção pode ver-se aqui ao lado - poderá ter ficado surpreendido com a Cartilha. Ela era uma evidência há muito, muito tempo. Quem se pôs a jeito foi quem passou a vida a negá-la. Afinal, apesar de ser tão fácil de ver, pelo discurso, pelas frases, pela repetição em cadência e entoação, que erma ensaiadas como se de uma peça de teatro se tratasse, repetidas ad nauseam para passar a mensagem, não era possível resistir ao doce apelo do moralismo e à sedução de se arvorar em superiores à maralha. Assim, são hilariantemente apanhados em contrapé, denunciados pela sua própria soberba e por terem tido a lata de, como se vê, terem negado aquilo que todos intuíamos. É, como disse, hilariante assistir às contradições de quem não se quer contradizer e, no caso do senhor Window, de ser desmascarado como o autor de uma propaganda fascistóide e mentirosa. Agora, tanto quiseram armar-se em santinhos e impolutos, que qualquer argumento que seja da Cartilha - no fundo, todo o arsenal que compõe a mesma cassete, há anos gasta de tanto uso - poderá e deverá ser ridicularizado pelos comentadores adversários. Afinal, tudo poderia ser mais simples - mas era tão divertido ver os comentadores Portistas a pensarem pela própria cabeça e a, por vezes, criticar o Clube...
Por fim, a melhor das evidências, a de que a bolha e o rascord não passam de panfletos com uma estratégia de exaltação de cada traque de cor rubra. Também, onde estão as novidades? Se se via o Reco-Reco Guerra a defender o seu amor bromelho na bieirinhaTv com aquele afinco todo... não era surpreendente.
Agora, uma coisa acabou. Nunca mais poderão fingir-se ISENTOS. Obedecem à voz do dono - coisa que nenhum Portista que eu conheço faz. Nem Bernardino, nem nenhum nos Migueis, nem Manuel Serrão ou Rodolfo - todos eles já mandaram umas bocas bem mandadas ao Clube que amam, quando as coisas não têm a qualidade que se lhes exige. E esse tipo de isenção não se controla nem se compra. Nem por 100 mil ao ano!