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segunda-feira, 30 de maio de 2016

Esclarecimentos Cabais Exigem-se [ADENDA ESCLARECEDORA DE PENSAMENTO]


"COMUNICADO DA FC PORTO – FUTEBOL, SAD

A Administração da FC Porto – Futebol, SAD chegou a acordo com o treinador da equipa principal de futebol, José Peseiro, para a cessação do seu vínculo contratual no final da presente época desportiva.

A Administração
"

Com este curto comunicado, chega ao fim a ligação de José Peseiro ao FC Porto. Não é inesperado, claramente. A ele o meu muito obrigado pela disponibilidade, mas obviamente que os resultados estiveram muito aquém do exigido.

Vou ser curto e grosso - espero que nas próximas horas seja anunciado um treinador. A ser verdade o veiculado de ser Nuno Espírito Santo, o que se está a passar é, no meu entender, grave, e não é por causa da qualidade ou não do treinador! Grave se for resultado de facções, grave se for uma "imposição de Jorge Mendes para ajudar a moldar a equipa" e gravíssimo se representar um episódio de influência de Alexandre Pinto da Costa, alguém que não tem nem pode ter nenhuma ligação ao FC Porto! E se ganhar comissão, será o fim da picada!

ADENDA: Admito não ter sido claro no meu pensamento, portanto esclareço: uma equipa que se quer forte e lutadora não pode dar espaço e tempo para que pretensas divergências possam fragilizar a posição de qualquer treinador que venha!

Não pode ser uma mera apresentação de este x é o treinador do FC Porto! Tem de ser uma manifestação de união total da SAD  e a demonstração cabal de que não começaremos com fendas no próximo ano.

Uma comunicação clara e atempada exige-se, um comprometimento com as opções de todos exige-se, uma massa adepta com o treinador SEMPRE exige-se! Só essa pode ser a chave do sucesso.

DEIXAR ARRASTAR ESTA SITUAÇÃO SERÁ UM INSULTO AOS ASSOCIADOS.

segunda-feira, 23 de maio de 2016

Á Mixtxcá Dos Intócáveis


Vivemos tempos estranhos no Dragão. Se chegamos ao primeiro lugar do campeonato, os nossos jogadores e treinador são assobiados. Perdemos a Taça de Portugal e a nossa equipa é recebida... com aplausos! Há assobios, claro, mas só para alguns - os "estrangeiros" do plantel. Os que não são "dos nossos". Helton enterrou de uma forma absurda - das duas vezes! - e custou-nos um título, e é aplaudido. Já Herrera leva assobios. 

Quem viu Iker Casillas a sofrer ou a festejar o golo do André como qualquer um de nós, não pode ter estes critérios diferenciados para com a equipa. Da mesma forma, aceito que um jogador seja "profissional", embora saiba que muito jogador do FC Porto emprestado teve febres de última hora antes de jogar contra o FC Porto. Mas, depois da fita do choro e por aí em diante, nada como andar, feliz e contente, a fazer de repórter do título ganho à equipa que lhe paga o ordenado e que é, supostamente, a do seu coração.

Somos uma piada, uma piada ainda maior quando o capitão da nossa equipa, depois de ser responsável directo pela perda de um título, vir dizer que "a equipa está de parabéns"! Como assim, Helton, parabéns por quê? Pela atitude? Qual? A de começar a tentar jogar com 2-0 a desfavor? Essa atitude? E o resto? E o nosso treinador, a dizer que "Fomos Porto na segunda parte" e que "jogamos muito bem". Como assim?

Então despedimos um treinador pela falta de acutilância defensiva, pela ausência de critério na rotação de jogadores, pela constante variação de posições durante o jogo, pela ausência de rotinas e pela pólvora seca, e depois é isto? O que mudou?


Ainda bem que a Mistica mora no futuro e que, depois da tempestade, uma bonança se avizinha. Porque parece que o Presidente terá uma ideia "diferente" da de Peseiro. E há quem tenha fome de muito mais do que queixar-se sem olhar para si mesmo. E esse é o verdadeiro FC Porto! O que vai até ao fim pelas vitórias e aquele que fica fodido pelas derrotas. Desejo ardentemente que este volte para o ano. É que há por aí muito "Guardião da Mística" algo ressabiadito.... e convém voltar a centrar a Mística no Presente e no Futuro. 


NOTAS: Aparentemente, do outro lado da fronteira não há nacional-verificanismo. Há, sim, uma clareza de raciocínio sobre questões de óbvia matreirice. A este caldinho comercial, junte-se o Atlético de Madrid e teremos uma bela caldeirada. Pelo menos uma caldeirada milionária. Nem que seja de ar e vento. Mas, de certeza, com uma bela de uma comissão associada. Só que sem aparecer nas capas da lixeira. Ou da bolha. Ou do rascord. Mas o que não quer dizer que não aconteça. Já agora, um sublinhado especial ao nome do outro clube envolvido na investigação que não o benfas.

quinta-feira, 5 de maio de 2016

(Des)Comunicações

Por vezes tenho uma certa pena do jornalismo desportivo, a sério que tenho. Deve ser muito complicado ter de encher páginas de jornais com o mínimo de qualidade para que estas possam ser compradas pelos leitores. Nesse sentido, não fico surpreendido com o facto do rol de "interesses" e "contactos" do FC Porto por jogadores cresça exponencialmente quando estamos na silly season e não há nada suficientemente picante para fazer disso notícia. Inventa-se, edifica-se, sabendo que, algum tempo depois, se vai dar o "negócio" como falhado. O problema é quando o feitiço se vira contra o feiticeiro.

Hoje de manhã eu, mais cedo do que a maioria, vi a capa do jornal d'O Jogo aqui reproduzida em cima. Sei que o interesse da Major League Soccer (concretamente, nesta altura, da equipa de Miami) é real, mas o interesse do guarda-redes, aparentemente, não. Como Casillas não é info-excluído, e sabe que o Departamento de Comunicação do FC Porto funciona lindamente, resolveu fazer um Facebook Mentions (aqui) onde, entre sorrisos, desmente completamente qualquer saída. Resultado: A maior parte das pessoas vê as capas dos jornais de manhã, e às 9, já Iker Casillas tinha desmentido O Jogo. Nada contra o jornal - acontece a todos os jornais desportivos - mas fica aqui o exemplo do que será toda a silly season e o quanto se deve dar uma importância... relativa... a tudo o que não seja oficial.

Por falar em descomunicações, o caso de Peseiro, hoje, é paradigmático. Peseiro tem razão em queixar-se da arbitragem, certamente. Mas deve ser advertido que a desculpabilização de todo e qualquer resultado com as arbitragens, não pode colher. Há que assumir o que é evidente. Esta semana, Capucho deu o exemplo no Varzim que treina. Uma atitude à Porto é esta: assumir os erros, ser claro com as falhas próprias e dos jogadores, e não estar sempre a culpar a situação nos terceiros. Claro que somos roubados, claro que é preciso falar nisso, mas fazer disso o centro não colhe. Há que assumir e responsabilizar-se - que faz - e os seus jogadores - que não faz. Ganhamos 7 campeonatos na última década, apesar de remarmos contra a maré. Como diria Mourinho "em condições normais vamos ser campeões. Em condições anormais... também vamos ser campeões!" Com a coragem a vencer o medo.

segunda-feira, 2 de maio de 2016

Os Patinhos Feios E Os Gourmets

Ao longo da nossa história tivemos muitos patinhos feios no FC Porto. O que são "patinhos feios"? São jogadores que começam por ser criticados porque não jogam nada e depois acabam por sair em glória porque são os maiores. Ou então vão corridos e chegam a outros lados e jogam, e bem. 

No ano passado o expoente máximo desse "patinho feio" foi Adrián López. Não vou estar a falar muito, já falei sobre ele o suficiente. Foi vilipendiado todas as vezes que tocava na bola, todas as vezes que falhava um passe, todas as vezes que falhava um golo. Era o "senhor 11 milhões", caro e sem interesse. O senhor 11 milhões não foi vendido, e tivemos de o começar a pagar. Está no Villareal e, no jogo seguinte a marcar o golo da vitória ao Liverpool, faz isto. Desde os passes, os cruzamentos e um golo fantástico, esteve lá tudo. Era cepo? Não.

No início do ano, Aboubakar era extraordinário, não havia nada que não fizesse. Eu chamava-o de "Rei Bakar". Mas a confiança perdeu-se e a chama apagou-se. Nunca mais foi o mesmo.

Para mim, a maior pressão que amedronta os jogadores é a dos adeptos. Não compreendo, juro que não, qual é a lógica de insultar os seus e deixar os adversários à vontade. Os adeptos são examinadores? Os adeptos têm de ser convencidos? Mas ser adepto não é, literalmente, "gostar de"? 

A estrutura tem de mudar de atitude. O treinador tem de mudar de atitude, ou temos de mudar de treinador. Os jogadores têm de mudar. Mas, de uma vez por todas, depois de um Casemiro, um Danilo, um Lisandro, se calhar muitos outros que agora não me recordo, que passam de bestas a bestiais num ápice, está na hora de repensar o que significa ser adepto.


Nas outras equipas, do ficaben ao sportem, não se vê nada disto. Não se vê, por exemplo, esta pressão constante como a que sofreu esta época um dos nossos melhores jogadores, Hector Herrera. Mas passa pela cabeça de algum adepto do ficaben assobiar o Gaitán, nos jogos em que joga subpar? Ou ao Jonas? Ou ao Mitroglu? Ou ao Pizzi, em baixa notória de forma? E no sportem, o que aconteceu quando William esteve mal? Ou Adrien? Ou qualquer outro? Assobios de meia noite?

Hector Herrera foi insultado e assobiado a cada passe errado. Teve dois anos a jogar sem parar. No seu baixo de forma foi maltratado sem par, hoje carrega a equipa às costas, dentro do possível. Mas para a exigente massa assobiativa, é só sofrível, a unica coisa que fazem é assobiar menos.

Meus caros, estas birras de menino mimado, de quem se habituou a que a vitória é um dado adquirido, servem ao adversário, não ao FC Porto. Os treinadores adversários já contam convosco para pressionar os vossos!

Orgulhar-se-iam de que o FC Porto fosse conhecido como a casa que maltrata os seus? Que é uma pressão insustentável para os vossos? Sim, é que eu ouvi a claque do sportem, não ouvi foi os 45 mil restantes nas bancadas a contrariá-los, ou a puxar pela equipa. Se se dão ao trabalho de ir ao Dragão, como se justifica essa (ausência de) atitude?

Como disse ontem e, muito bem, Bernardino Barros, Villas Boas não servia, vendeu-se, Vítor Pereira não servia, era chato, Lopetegui não servia, não atacava, Jesualdo não servia, era chato. Neste momento, serve quem, para a nata goumet? Pep Guardiola? Diego Simeone? Não, este último, no FC Porto, era apupado do pior.

Mas o mais extraordinário é que, até nisso, o adepto é tendencioso: a uns permite todos os erros, má criadice, desresponsabilização, maus jogos em catadupa - é "dos nossos". A outros, é desde o primeiro minuto a malhar. Lopetegui foi assobiado desde o jogo da apresentação com o St. Ettiéne. Foi assobiado no jogo em que chegou ao primeiro lugar. José Peseiro não tem nada disso ao fim de oito derrotas.

E nada me move contra Peseiro, atenção. Tem toda a minha solidariedade! Teve uma mão péssima neste poker (plantel cansado, lesionado, despreparado, manco em posições defensivas) e fez o favor de vir quando, na minha opinião, mais ninguém quis. Estarei eternamente grato, como estive a José Couceiro, a Luís Castro e ao "Piccolo" Barros, pessoas que ainda hoje vejo de uma forma grata.

Mas o nosso treinador mais ganhador, José Mourinho, também não saiu a bem com os adeptos, por isso...

Está na hora de repensar o que significa ser adepto do FC Porto. Precisamos de uma frente unida e coesa desde o primeiro segundo. Ontem vi, pela primeira vez, todos os paineleiros Portistas, Rodolfo incluído, a defender o FC Porto com unhas e dentes. Assim é que tem de ser. Bem sei que a estrutura também tem de dar o sinal, e que este foi dado, após o jogo, pelo NGP. Quando alguém lidera, é mais fácil seguir.

Mas a pergunta impõe-se: o que significa, para si, ser adepto do FC Porto? Pense nisso. Para o ano precisamos de todos a remar para o mesmo lado.

segunda-feira, 11 de abril de 2016

Porreiro, pá!


Em janeiro último, quando Lopetegui foi embora, todos pensamos que o garrote tinha soltado, que os jogadores tinham tido liberdade, o primeiro jogo com o Boavista foi lindo, 5-0, ataque, atitude, querer. Que bom, ia ser um FC Porto à Porto, evidentemente ninguém esperava goleadas, mas era aquele silício lopeteguiano que os prendia e sangrava.

Com Rui Barros, conseguimos, a seguir, apurar-nos para as semifinais da Taça de Portugal - in extremis e graças a alguma sorte, mas ainda assim, com a justiça de sermos gamados como gente grande. A indefinição sobre o futuro era grande, quem ocuparia a cadeira de sonho, o que viria a seguir.

Veio José Peseiro e a crítica foi unânime: apesar de sofrer muitos golos, as equipas jogam bom futebol, muito balanceado para o ataque, de pressão sufocante e processos simples. Assim foi, começamos a perder contra o Estoril, mas jogando com vontade, rapidez no meio campo e desmarcações intensas, ganhamos o jogo com todo o mérito na primeira remontada em dois anos.

O problema é que, a seguir a essa, seguiram-se muitas outras remontadas, porque qualquer equipa marca golos ao FC Porto. O sítio onde estávamos mais seguros, a defesa, transformou-se numa folha de papel. E os jogadores foram ficando desgastados de tanto correr atrás do prejuízo, de nunca estar por cima, e muitas vezes acabar com o credo na boca os jogos.

Peseiro não tem um bom futebol. Tem um futebol kamikaze. A esta altura o FC Porto não tem modelo de jogo, não tem jogadas estudadas, não tem sequer posicionamentos definidos. Criticou-se Lopetegui pela fraca capacidade de criar oportunidades - Peseiro cria menos. Criticou-se Lopetegui pelo jogo de posse enfadonho, pouco atacante e esclarecido - o de Peseiro é pior.

Antes havia um modelo de jogo. Não era um bom modelo, provavelmente, mas era um modelo. Agora não há nada. Há uma série grande de "tudo ao molho e fé em Deus" que é difícil de compreender. Como a questão do plantel também é uma falsa questão: que eram Ilbula, Osvaldo e Tello, nos últimos tempos, com Lopetegui? Nada. Desses três, o único que talvez pudesse fazer a diferença seria Tello. Peseiroficou com o que veio, fixe, porreiro pá. A culpa da falta de soluções e de profundidade no plantel não é dele.

Mas é dele as opções. Não a de não convocar o Abou, mas sim a de tirar ao intervalo Corona, que era dos poucos que tentava o golo, de pôr André Silva aos 75 minutos, de trocar Layún por Angel (?!?). Mas, principalmente, a de ter trocado uma ideia de jogo, com muitos defeitos, que os tinha, por rigorosamente NADA

Há uma diferença clara - a quantidade de assobios ao primeiro passe falhado, à bola mal trocada, ao passe de risco. Diminuiu drasticamente. Substituiu-se o "sacana do espanhol" pelo "gajo porreiro". O arrogante pelo fixolas. Porreiro, pá. Como é tuga, deixa lá isso. E isentou-se de qualquer culpa. Passou a ser da SAD e do antecessor.

O aumento do número de derrotas é abissal, o de golos sofridos disparou em catadupa, e não ter omeletes para fazer ovos não é só problema de Peseiro. Claro que Lopetegui também teve a sua quota-parte de responsabilidade no desequilíbrio do plantel. Mas ele próprio diz que não lhe preencheram as posições que pediu. Mas isso é passado, e a verdade é uma: Lopetegui saiu a 4 pontos do primeiro lugar. Agora estamos a 12. Triplicamos a distância pontual.

Encham-me as caixas de comentários, não quero saber. Tudo para a Lipor. Quando estávamos EM PRIMEIRO, ouviram-se ASSOBIOS no Dragão. Não estávamos bem. Agora estamos muito, muito pior. O resto é conversa.

Como diz o meu caro Silva, da Tasca, "assobiassem menos. Agora é tarde".

P.S.: As declarações de José Peseiro na conferencia de imprensa são risíveis. No mínimo dos mínimos, já foram muito criticadas vindas da boca do seu antecessor.

quarta-feira, 6 de abril de 2016

Saber

Via Papa Pinto da Costa
Esta palavra serve para tudo e todos, mas vamos centrar-nos agora apenas no jogo desta semana e suas consequências. Se Peseiro quer continuar no FC Porto - acho cada vez mais difícil - terá de saber muito mais do que parece saber. Fiquei atónito quando Peseiro disse não saber exactamente o que se passou. Como assim? Um dos seus capitães sabe! Aliás, Peseiro parece não saber grande coisa: diz não saber o que é o FC Porto, diz não saber o que se passa, parece desconhecer muito mais do que deveria com este tempo de experiência.

Se os jogadores não estão motivados, é precisa saber motivá-los, e não é com beijinhos. Se a "táctica" é anárquica é preciso saber encontrar uma ordem. Se não há posicionamentos e estratégia, é preciso saber encontrar uma!

Mister, você tem cinco importantes jornadas pela frente, incluindo um clássico! Se você quer continuar no FC Porto, tem de saber mais e depressa! E se quer ganhar a Taça de Portugal, tem de saber COMO!

 Quanto à Direcção, tenho a certeza que, a partir do momento em que no Dragões Diário se escreve que "o FC Porto está em crise", há a consciência que algo de profundo, de curativo e não de paliativo, há a fazer. Tenho a certeza absoluta que a próxima época já está a ser preparada com cuidado, que se chegou à conclusão de que como está não pode continuar e que se está a rever tudo, sem deixar pedra sobre pedra, se necessário. Mais do que uma mudança de nomes, uma mudança de atitude, de Alma e de Querer Portistas tem de existir. Chega de slogans e hashtags, está na hora de ACÇÃO. Está mais que na hora de ACORDAR

Para finalizar, quero dar os parabéns ao felácio praticado por todos os média portugueses à derrota do ficaben de ontem. Desde os comentários absolutamente delirantes dos relatadores da SportTV até à imprensa a destacar o "feito heróico", não há quem não queira agigantar um feito. Curiosamente, o ficaben tem, neste momento, de fazer o mesmo resultado na luz que o FC Porto fez no Dragão no ano passado, ou contar que o Bayern não marque golos enquanto eles fazem dois! Meus caros ficabens, tal como o Arsenal ou a Juventus, levamos 6 porque ousamos ganhar-lhes, entendem? Façam isso e depois falamos.

Mas há algo muito doce em tudo isto: quanto mais inebriados com "derrotas vitoriosas", mais convencidos. Quero voltar a ser odiado pelos vendilhões. Só assim saberei que o meu Grande Clube estará de volta.

terça-feira, 22 de março de 2016

Prioridades E Porreirismo


Mais um dia passa, mais uma cabal demonstração de que o inimigo "interno" incomoda mais do que o externo. A resposta às declarações de Vítor Baía parece da escola primária, de menino a fazer birrinha e a dizer "tu és cócó". O Presidente também se engana em números e datas, não é por aí. 

Poderia ser, sim, por outro lado: poderia ser por perguntar onde estava o sócio Vítor Baía aquando da Assembleia Geral, se ele precisa do follow spot para brilhar e se ele acha que o "momento certo" é quando tudo for pelo ar. Também, já agora, e sem fazer ataques ad hominem, que não é o meu estilo fazer, perguntar às "glórias do passado" se sempre puseram o Clube à frente de tudo o resto.

É legítimo procurar uma vida melhor e melhores contratos. É legítimo querer assegura uma vida, numa carreira tendencialmente curta e cheia de vicissitudes possíveis e prováveis. O que não se pode querer é Sol na eira e chuva no nabal. O FC Porto precisa de contenção na política de compra e venda e não necessariamente de a mudar. A espinha dorsal da "Mística" também veio de contratar grandes jogadores - que não grandes nomes - com o dinheiro de vendas. Só foi possível contratar Jackson, Danilo, Deco, Lisandro, Lucho, etc, etc porque se abriu o caminho com outros. Deveria ter ficado uma coluna de Capitães. Sem sombra de dúvida. Agora querer que a equipa B seja uma A, santa paciência!


Há muito Portismo, e às vezes com sotaque, na Casa do Dragão. É preciso preservá-lo. Como em tudo na Mãe Natureza, demora o seu tempo a expandir-se e florescer. Mas, no Presente, estamos à deriva. No meu entender, é preciso ir buscar um ou dois Capitães. Que joguem. Que sejam. Que vibrem. Para fazer a transição. Mas há muito Porto a pulsar nas veias das camadas jovens. E até com sotaque. Há muito por onde ir buscar.

Os "Guardiões da Mística" são os novos "cinco violinos".  São os dos tempo cor de sépia lindo, onde cada jogo era um hino, cada jogada uma ode. Pelamordasanta! Não me lixem! Ninguém vos tira o lugar na História. Não sejam é sobranceiros. Apropriadamente motivados, já podemos ter dois capitães agora: o Danilo pela sua raça e o André pela linhagem. Não é, contudo, com dois dias de casa que se ganha autoridade e ascendente para o comando. É com tempo e casa. Mas de certeza que não é a olhar para trás, maravilhados no Museu, que traremos novos títulos para este.

E pronto, como seria de esperar, o porreirismo de Peseiro chegou às primeiras páginas dos jornais. Como não haveria de chegar? Um treinador que admite ainda não sentir ainda o que é o FC Porto, que os seus jogadores também não, que são frágeis donzelas que devem ser protegidos, que o Maicon é fraco... Não poderia ser senão aproveitado por quem nos quer prejudicar. Será mentira? Discutível. Será uma avaliação honesta? Certamente. É o local apropriado para ter essa reflexão, o espaço público? CERTAMENTE QUE NÃO! 

Lopetegui era estupidamente fechado com a imprensa nacional e os adeptos. Peseiro tem língua solta. Havia um tempo em que o FC Porto era uma muralha. Está na hora de retornar ao que de bom se teve. Porque roupa suja não se lava na rua.

Há muita coisa a mudar, e urgentemente. Aproveitar o que serve, mudar o que não serve. Porque o futuro é já agora. E o FC Porto tem de estar à frente de qualquer ego.

segunda-feira, 21 de março de 2016

Em Dia De Aniversário, Um Gajo Honesto


Faz hoje um ano, Marco Ferreira apitava um penalti contra o ficaben. Marco Ferreira era um árbitro promissor, muito bem cotado, com um futuro brilhante na arbitragem - não era de forma nenhuma azul, bem nos lixou muitas vezes - mas calhou no erro de enfrentar o poder. Pouco tempo depois, por ter tido nota negativa nesse jogo - apesar do penalti o ser mesmo - foi despromovido, não sem antes ter apitado a final da Taça de Portugal (NE: Obrigado João Santos). Hoje em dia, já nem é árbitro sequer. É este o alcance tentacular do #colinho. 

Ontem o ficaben fez um jogo miserável, a uma equipa que já goleamos este ano, ganha in extremis por um golo de pura sorte. Mas para a história do jogo fica mais um vermelho perdoado a Eliseu e para uma escaramuça com, adivinharam, Renatinho (ou Renatão, who knows) no meio, escaramuça essa que, pintada a azul e branco, dava um cartão vermelho. Assim, cada um se acalmou e siga para bingo. No entanto, pergunto: Como seria esse jogo se o ficaben tivesse menos um jogador de campo? Nunca saberemos.

Nunca soubemos, aliás, neste campeonato, nem saberemos. O ficaben tem zero vermelhos, zero duplos amarelos e zero penaltis contra. Vai a caminho de um recorde mundial. Mas como estas, muitas outras. Estamos desmotivados, é certo, a esta altura no ano passado já haveria esta contabilidade feita em muito sítio. Uma vez mais, de quem deve falar, silêncio. Mais uma desilusão. Passado o prazo de candidaturas, silêncio novamente.

Gosto de José Peseiro. Acho que é uma pessoa de carácter, honesta. Se calhar até demasiado, pelo menos em público. Afirmou ontem, no Fórum de Treinadores de Futebol e Futsal que "Ainda não está à [sua] imagem. Os jogadores precisam de tempo para conhecer o FC Porto. Basta ver que do onze titular em Setúbal, ninguém ganhou nada pelo clube. O capitão, o Herrera, está cá há ano e meio. Há que ir fazendo um caminho para perceber a história do clube. E o treinador também. Tenho de sentir e viver o Porto, conhecer as pessoas e eu próprio tenho um défice nesse aspeto. Também quero sentir o que é o FC Porto. Basta entrar no museu para ficar a tremer".

Já falei sobre a necessidade de Sentir o que é Ser e Jogar à Porto. É muito sério que não haja um Capitão e/ou treinador responsável por incutir essa Garra e esse Espírito de Sacrifício que representa o ADN Portista desde o tempo de Pedroto. Esta é a maior pecha do entreposto de jogadores. Não se construiu uma espinha dorsal de Portismo nesta equipa. Não é responsabilidade do treinador, mas que ele admita que ainda tem de perceber o que é, é grave.

Alguém tem de saber. É algo a corrigir urgentemente. Não podemos deixar de ser Quem Somos!

NOTA: Estou, mais uma vez, ao lado dos Super Dragões, na denúncia do tratamento desigual gritante a que somos votados.  Os SD são a única claque legalizada. Ser multados por acompanhar a equipa é escandaloso! Depois das vergonhas em Guimarães e no Marquês por parte dos ficabens, que ficaram absolutamente impunes, isto só pode parecer uma piada. Não tem é graça nenhuma! E depois perguntam-nos porque somos assim, sempre a denunciar a prevalência da capital! Se formos bons rapazes, seremos sempre comidos!

domingo, 20 de março de 2016

O Calvário


José Peseiro chegou ao FC Porto para ser a antítese do "passe para o lado, passe para trás". Chegou na segunda volta, com expectativas grandes de muitos. Não da minha parte. Já me preparei psicologicamente para um terceiro lugar, com um segundo como long shot, dependendo, e muito, daquilo que os outros, literalmente, deixarem de fazer.

Não creio que haja um Portista que pense, para lá de uma remota esperança, no título como possibilidade. Se assim é, concedo que é difícil motivar os jogadores para lá dos serviços mínimos. Mas um treinador que se quer de continuidade, tem de saber motivar os seus atletas para lá do óbvio. Venderam-nos futebol de ataque, pressionante e sufocante, intenso e alegre. Ao invés, vemos, sim, mais pessoas na área, mas o mesmo desnorte e desconexão de antes, com a agravante da posse ter descido drasticamente.

O jogo de ontem foi apenas o segundo da era Peseiro sem golos. É certo que a dupla de centrais muda quase todos os jogos, não há estabilidade no sector defensivo, mas a agressividade sem bola não depende de quem joga onde. Bem como o jogo simples e rápido, com que se começou a era Peseiro, e que foi abandonado. Eu sei que os índices físicos dos jogadores são baixos, e muito provavelmente é culpa de quem se sentou na cadeira de sonho antes de Peseiro.

Mas a verdade é que nenhum dos problemas está resolvido. Estamos praticamente na mesma, com a mesma ausência de ideias e de eficácia atacante. Atacamos mais, mas perdemos em apoio e ficamos ainda mais vulneráveis ao contragolpe. Nos últimos tempos, Peseiro tem tentado tratar desse aspecto, mas parece-me que imitar a táctica de jogo (mal) apoiado anterior não é o caminho. 

Eu sei, é uma espécie de pescadinha de rabo na boca, esta de tentar solidificar ideias sempre em rotação, e Peseiro tem aí a minha solidariedade. Mas confesso, estou desapontado. Estava à espera de uma atitude mais Guerreira, uma motivação mais à Porto. Não era isso que se dizia que faltava antes? Se calhar a minha expectativa filosófica estava nos antípodas da minha expectativa para o que resta do campeonato.

É possível que o problema seja meu. Mas tremo de pensar nesta ideia para o ano. E já agora, no drama do duplo-pivot que teima em não nos abandonar. O caminho para restituir a glória ao FC Porto não pode vir de alguém como medo de arriscar. Tem de ser com quem leva tudo ao limite. Menos do que isso, não serve. Não servia ontem, não serve hoje, e não servirá amanhã.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Telegrama: Peseiro, O Buda Sorridente


Forte, assertivo, directo, inteligente, de discurso claro e conciso, foi assim o discurso e postura de José Peseiro. Mas foi também relaxado, sorridente, de quem é experiente e confiante em si próprio.

José Peseiro foi directo ao dizer que quer devolver o Clube ao lugar que este exige e onde já esteve esta época e que estão ao nosso alcance as competições em disputa. 

José Peseiro foi forte ao mostrar-se inflexível - que não agressivo - com as perguntas dos jornalistas sobre plantel, ao dizer que não revela se vêm ou não reforços - obviamente, sim - e vincou que importante é devolver confiança e vontade aos que já lá estão.

José Peseiro rompeu com o passado, deixando claro que é a sua própria pessoa, que tem as suas ideais e as vai implementar com o tempo

Mas, mais importante que tudo, José Peseiro foi agregador, apelando à união e dizendo o óbvio, que muitos querem ver o FC Porto mal e que temos de estar juntos para vencer.

Acima de tudo, José Peseiro tinha um brilhozinho nos olhos de quem está altamente motivado e com vontade de vencer. Estou certo que irá passar essa essa confiança e Vontade aos jogadores, ainda vamos bem a tempo de conseguir títulos.

José Peseiro tem alegria e serenidade. José Peseiro está realizado, feliz, um Buda sorridente. Que se mantenha assim, sempre. Hoje, gostei.

Para mim, José Peseiro está na pré-época durante a época. Não lhe exijo nada, tenho confiança em tudo. E domingo estarei lá para apoiar.

Logo à noite, 22:30, tem a palavra o Nosso Grande Presidente, no Porto Canal. Depois farei a análise.