Começo este post por pedir milhões de sinceras desculpas a todos os leitores do Porto Universal pela demora na publicação do mesmo. Já foi há quase semana e meia que a nossa equipa de andebol regressou à competição, e só agora consegui terminar a visualização de ambos os jogos.
Em primeiro lugar, fiquemos com um recorde que tem tudo para ser consecutivamente batido: 19 vitórias em 19 jogos do campeonato. Se contarmos com o último jogo do campeonato anterior, são já 20 vitórias consecutivas. Se não houvesse esta "habilidosa" forma de "aumentar a competitividade" sob a forma de playoff, por esta altura já se podia encomendar faixas, gravar nome da equipa na taça, e preparar os confetis. Como não há, tudo está em aberto.
Na Luz, jogo típico de início de época. Não tenham dúvidas que foi esse o efeito de 1 mês de paragem nas competições. O FC Porto passou do 80 para o 8, de quase 30 jogos em 4 meses para todas as competições, muitas vezes com jogos de 2 em 2 dias, para um mês inteiro sem competição; isso notou-se claramente na Luz, onde houve menos velocidade na transição, uma quantidade incrível de falhas técnicas, de ataques com perdas de bola estúpidas, de más tomadas de decisão, etç... As razões de não termos saído da Luz com resultado negativo: uma 2ª parte brilhante de Alfredo Quintana, e uma equipa do Benfica a "sofrer" do mesmo mal em termos de falhas ofensivas. Ah, e já agora, a diferença monstruosa de qualidade e profundidade entre os dois plantéis. Em suma, uma vitória justa, mas longe de ser categórica, num jogo que expôs as falhas de organização do calendário do andebol português. E, foda-se, um saborzinho muito doce por voltarmos a triunfar em terreno inimigo.
O jogo com o Fafe foi já diferente, com menos falhas técnicas do que o jogo da Luz, mas com um dado curioso: 10 bolas nos ferros da baliza dos minhotos. Talvez isso possa explicar os "apenas" 26 golos marcados ao último classificado do campeonato. Isso e uma boa exibição de Miguel Marinho, na baliza fafense. Um jogo importante para reintegrar em competição Ricardo Moreira e Nuno Roque, e para dar largos minutos de jogo a atletas como Nuno Gonçalves ou Jordan Pitre. Dizia Ricardo Costa no final do jogo, que nem sempre é fácil motivar os jogadores para estes jogos, e consigo compreender isso, até porque o primeiro lugar está garantido. Mas estes jogos terão de ser encarados como a melhor oportunidade de recuperar ritmos e dinâmicas de jogo.
Assegurado o 1º lugar na fase regular, que nos permite a vantagem de jogar os jogos decisivos, ou possíveis desempates em casa onde, muito honestamente, acho quase impossível não vencermos, é agora altura de aproveitar os próximos jogos para preparar essa fase da melhor forma. Temos de chegar aos jogos do playoff com a mesma dinâmica de transição, de velocidade de ataque, de assertividade nas decisões, e com a mesma confiança dos meses de Novembro e Dezembro.
Está nas nossas mãos.
Um abraço,
Z
Aproveito o tópico para questionar o Z, o porque de jogarmos hoje e amanha enquanto os nossos adversários não o fazem. Não pode ser prejudicial para nós no jogo da taça uma vez que é a eliminar? Obrigado. Abraço.
ResponderEliminarPS: A TVI no seu melhor, depois de passar mais jogos do b€sfica na LC das épocas anteriores, até na TL fazem o mesmo...
Caro João,
EliminarPercebo a estranheza, mas trata-se de aproveitar para poupar os jogadores a Duas viagens a Lisboa. Sejamos honestos, nem o Belenenses tem uma equipa especialmente forte, e a eliminatória da taça não deve trazer grandes problemas, visto que é contra o Camões, da 2ª divisão - zona Sul. Sendo assim, e porque o tempo de recuperação de um dia para o outro é menor no andebol (basta ver a cadência de jogos do Europeu que decorre na Polónia neste momento), parece-me uma solução perfeitamente lógica.
Digamos que é um risco calculado